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Prof. Vinicius Nejaim CAPÍTULO 3 Estratégias de Produtos: Administrando Produtos Existentes Significado e Tipos de Produtos Prof. Vinicius Nejaim Um produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer uma necessidade ou desejo. Os produtos comercializados incluem bens físicos, Serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Ao planejar sua oferta ao mercado, o profissional de Marketing precisa pensar nos atributos, nos benefícios e nos custos para quem compra, e os compradores focalizam, de forma geral, os benefícios e os custos do produto (URDAN; URDAN, 2006). Níveis de Produto Prof. Vinicius Nejaim Fonte: Kotler e Armstrong (2003) Prof. Vinicius Nejaim 3 (três) Níveis de Produto Benefício ou Produto/Serviço central É o benefício fundamental ou Serviço que o Cliente está realmente comprando, que aborda a questão: o que o comprador está realmente levando? Produto Básico No segundo nível, o profissional de Marketing deve transformar o benefício central em um produto básico, podendo ter até cinco características – nível de qualidade, característica, design, um nome de Marca e embalagem. Produto Ampliado No terceiro nível, ele prepara um produto esperado (ampliado), oferecendo uma série de benefícios e Serviços agregados ao produto adquirido pelo comprador. Níveis de Produto Prof. Vinicius Nejaim Tipos de Produtos a) Quanto à Durabilidade e Tangibilidade b) Quanto ao Uso (Tipo de Cliente): Produtos de Consumo (comprados por consumidores finais para uso próprio); Produtos Empresariais (são comprados para processamento posterior ou para uso na gestão de um negócio). Tipos de Produtos Prof. Vinicius Nejaim a) Quanto à Durabilidade e Tangibilidade Bens não Duráveis São bens tangíveis que são consumidos rapidamente e usados em poucas vezes. Exemplo: cigarros, refrigerantes, fósforos. Bens Duráveis São bens tangíveis que sobrevivem a muitos usos. Exemplo: ferramentas, eletrodomésticos, automóveis. Serviços São intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis. Exemplo: Serviços de manicures, cabeleireiros, consertos, consultas médicas. Tipos de Produtos Prof. Vinicius Nejaim b) Quanto ao Uso (Tipo de Cliente) 1 . P ro d u to s d e C o n su m o Bens de Conveniência Bens e Serviços que o consumidor compra com bastante frequência, com o mínimo de comparação, de baixo preço e disponíveis num grande número de estabelecimentos. Ex.: sabonetes, jornais, cigarros. Bens de Compra Comparada Produtos de consumo comprados com menos frequência e cuidadosamente comparados pelos consumidores em termos de adequação, qualidade, preço, estilo e Marcas. Ex.: aparelhos eletrodomésticos, carros. Bens de Especialidade Produtos de consumo com características únicas ou identificação de Marca, em função das quais vários consumidores dispõem-se a fazer um esforço especial de compra. Ex.: Computador pessoal. Carros de luxo, televisores tela grande, helicópteros. Bens não Procurados Produtos de consumo que o consumidor não conhece, ou se conhece, normalmente não pensa em comprar. Ex.: seguros de vida, enciclopédias, lotes em cemitérios Tipos de Produtos Fonte: Adaptado de Kotler (2006) Prof. Vinicius Nejaim b) Quanto ao Uso (Tipo de Cliente) 2 . P ro d u to s Em p re sa ri ai s Materiais, Matéria-prima e Peças Produtos que vão ser incorporados no processo de produção. Bens de Capital Bens de longa duração que facilitam o desenvolvimento ou o gerenciamento do produto acabado. Podem ser divididos em instalação e equipamentos. Ex: Edifícios, equipamento informático, geradores etc. Suprimentos e Serviços Empresariais Bens de curta duração que facilitam desenvolvimento ou o gerenciamento do produto acabado. Exemplos de Fornecimento: Energia, óleo, papel; Exemplos de Serviços: Serviços de manutenção e reparação (jardinagem, reparação de computadores). Tipos de Produtos Fonte: Adaptado de Kotler (2006) Prof. Vinicius Nejaim Decisões do Composto de Produtos Abrangência Número de diferentes linhas de produtos Extensão Número total de itens em cada linha de produtos Profundidade Número de versões para cada linha de produto Mix de Produtos Todas as linhas de produtos e itens oferecidos Fonte: Kotler e Armstrong (2003) C o n si st ên ci a Consistência: refere-se à proximidade com que as várias linhas de produtos estão ligadas quanto ao uso final, às exigências de produção, aos canais de distribuição ou a algum outro critério. Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Produtos a) Decisões de Linhas de Produtos De modo geral, uma empresa oferece uma variedade de linhas de produto voltadas para diferentes mercados-alvo. A abrangência, a profundidade e a extensão irão depender do potencial e da segmentação dos mercados, que serão escolhidos em função da consistência que for possível manter entre as linhas. (ALMEIDA, 2008). b) Decisões Individuais de Produtos 1. Atributos (características) do Produto; 2. Embalagem; 3. Rotulagem; 4. Serviços de suporte e assistência ao produto; 5. Estabelecimento de Marca de produtos. Decisões de Produtos Prof. Vinicius Nejaim b) Decisões Individuais de Produtos 1. Atributos Os atributos são características tangíveis dos produtos, tais como qualidade, principais características, estilo e design: 1. Qualidade do Produto: a qualidade tem duas dimensões: nível e consistência; 2. Características Fundamentais do Produto: são características que as empresas adotam em seus produtos para se diferenciar dos seus concorrentes; 3. Estilo e Design do Produto: outra forma de adicionar valor ao Cliente é por meio de design e estilo distintivos do produto. Decisões de Produtos Prof. Vinicius Nejaim b) Decisões Individuais de Produtos 2. Embalagem Podemos definir a embalagem como o conjunto de atividades relativas ao projeto e desenvolvimento do recipiente ou envoltório de um produto (KOTLER, 2000). 1. Embalagem Primária: Onde é armazenado o produto em si, como o frasco de um perfume ou a garrafa de um vinho; 2. Embalagem Secundária: Que é uma proteção da embalagem primária, como a caixa de papel onde é colocada a garrafa do vinho ou do uísque; 3. Embalagem de Remessa: Que acondiciona um lote para transporte, como a caixa de papelão onde colocamos meia dúzia de caixas de vinho. Decisões de Produtos É importante lembrar que os diversos elementos da embalagem devem estar harmonizados com as decisões sobre determinação de preço, propaganda e outros fatores de Marketing (KOTLER, 2000). Prof. Vinicius Nejaim b) Decisões Individuais de Produtos 3. Rotulagem O rótulo é o projeto gráfico que compõe a embalagem, podendo ser simples, como uma etiqueta colada, ou um produto visual elaborado. Em muitas categorias, ele contém informações importantes sobre o produto, sendo, em alguns casos, alimentos ou remédios, por exemplo, regulamentado por leis específicas. Eles podem desempenhar diversas funções: • Identificar o produto ou a Marca; • Classificar o produto; • Descrever o produto (quem o fez e como usá-lo); • Promover o produto (ilustrações atraentes). É importante também que os rótulos sejam sempre renovados, uma vez que eles acabam ficando desatualizados com o passar do tempo. Decisõesde Produtos Prof. Vinicius Nejaim b) Decisões Individuais de Produtos 4. Serviços de Suporte e Assistência ao Produto Serviços de suporte ao produto são um componente que amplia o produto propriamente dito, isto é, são Serviços que a empresa presta com o objetivo de fidelizar o Cliente e aumentar o valor do produto. Decisões de Produtos Prof. Vinicius Nejaim b) Decisões Individuais de Produtos 5. Estabelecimento de Marca de Produtos Segundo Kotler (2000), Marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho, ou uma combinação deles, que pretende identificar os bens ou Serviços de uma empresa ou grupo de empresas e diferenciá-los dos da concorrência. Ela é, portanto, a identificação de um produto. Para o fabricante, a Marca permite que seus Clientes reconheçam todo o esforço que ele faz para melhor atendê-lo e permite, ainda, aos canais intermediários, identificar quais fabricantes são mais atrativos para seus Clientes, permitindo oferecê-los com maior frequência. Decisões de Produtos Prof. Vinicius Nejaim Seis Níveis de Significado de Marca 1. Atributos: Uma Marca traz à mente certos atributos. Por exemplo: a Mercedes sugere automóveis caros, bem construídos, duráveis e de alto prestígio. 2. Benefícios: Os atributos devem ser traduzidos em benefícios funcionais e emocionais. Por exemplo: o atributo “durável” poderia traduzir o benefício funcional “não terei de comprar outro carro por muitos anos”; já o atributo “caro” poderia traduzir o benefício emocional “o carro me faz sentir admirado”. 3. Valores: A Marca também diz algo sobre os valores da empresa. Por exemplo: a Mercedes simboliza alto desempenho, segurança e prestígio. Marca Prof. Vinicius Nejaim Seis Níveis de Significado de Marca 4. Cultura: A Marca pode representar certa cultura. Por exemplo: a Mercedes representa a cultura germânica – organizada, eficiente, preocupada com a qualidade. 5. Personalidade: A Marca pode projetar certa personalidade. Por exemplo: a Mercedes pode sugerir um chefe decidido (pessoa), um leão poderoso (animal) ou um palácio austero (objeto). 6. Usuário: A Marca sugere o tipo de consumidor que compra ou usa o produto. Por exemplo: poderíamos esperar ver um alto executivo de 55 anos, e não uma secretária de 20 anos, usando uma Mercedes. Marca Os significados mais permanentes de uma Marca são seus Valores, Cultura e Personalidade, pois são eles que definem a essência da Marca são aspectos mais abstratos, que levam mais tempo para se construir, e que estão ligados à imagem da Marca. Essência, neste caso está no sentido de formar a “alma” do produto. Prof. Vinicius Nejaim Valor Patrimonial de uma Marca O que diferencia uma Marca nova, que está entrando no mercado, de uma Marca tradicional, de sucesso e já estabelecida é o resultado de todos os recursos que foram investidos ao longo do tempo pela Marca estabelecida para que ela atingisse a posição de sucesso de que desfruta hoje. O valor dessa posição atual é denominado Patrimônio de Marca (em inglês, Brand Equity). Aferir o real valor patrimonial de uma Marca é difícil, pois baseia-se na lealdade dos consumidores à Marca, na importância do nome, na qualidade percebida e em outros ativos, como patentes, Marcas comerciais e canais de distribuição. O valor de uma Marca consiste num importante ativo de qualquer empresa (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Marca Prof. Vinicius Nejaim Valor Patrimonial de uma Marca Marca (Mundial) Valor 1. Google US$ 229,198 Tecnologia | Estados Unidos 2. Apple US$ 228,460 Tecnologia | Estados Unidos 3. Microsoft US$ 121,824 Tecnologia | Estados Unidos 4. AT&T US$ 107,387 Telecomunicações | Estados Unidos 5. Facebook US$ 102,551 Tecnologia | Estados Unidos 6. Visa US$ 100,800 Pagamentos | Estados Unidos 7. Amazon US$ 98,988 Varejo | Estados Unidos 8. Verizon US$ 93,220 Telecomunicações | Estados Unidos 9. MacDonald US$ 88,654 Fast Food| Estados Unidos 10. IBM US$ 86,206 Tecnologia | Estados Unidos Marca Fonte: Ranking BrandZ (2016) Prof. Vinicius Nejaim Valor Patrimonial de uma Marca Marca (Brasileira) Valor 1. Skol US$ 6,743 milhões 2. Brahma US$ 3,269 milhões 3. Sadia US$ 2,010 milhões 4. Bradesco US$ 1,920 milhões 5. Itaú US$ 1,875 milhões 6. Antáctica US$ 1,383 milhões 7. Bohemia US$ 1,153 milhões 8. Natura US$ 826 milhões 9. Ipiranga US$ 824 milhões 10. Cielo US$ 664 milhões Marca Fonte: Kantar Vermeer (2016) Prof. Vinicius Nejaim Graus de Fidelidade (Aaker -2002) Grupo 1 – Os Clientes trocam de Marca, principalmente por razões de preço; Grupo 2 – Os Clientes estão satisfeitos e não pensam em mudar de Marca; Grupo 3 – Os Clientes estão satisfeitos e pensam nos problemas que terão que enfrentar se tiverem que mudar de Marca; Grupo 4 – Os Clientes valorizam a Marca e a consideram parte de sua vida; Grupo 5 – Os Clientes são devotos à Marca. Marca Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Marca 1. Escolha do nome da Marca 1. Nomes individuais 2. Nomes de família abrangentes 3. Nomes de família separados 4. Nome comercial da empresa combinado com diferentes nomes de produtos 2. Patrocínio de Marca 1. Marca do fabricante 2. Marca própria 3. Marca licenciada 4. Marcas combinadas 3. Estratégia de Marca 1. Extensão de linha 2. Extensão de marca 3. Multimarca 4. Nova marca Marca Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Marca 1. Escolha do nome da Marca Nomes individuais As linhas de produtos são lançadas com nomes independentes, para que não haja interação entre eles. É o caso, por exemplo, dos relógios Pulsar, de preços mais populares, que não afetam a marca tradicional Seiko, da mesma empresa. Nomes de família abrangentes Toda a linha compartilha uma marca comum, como as sopas Knorr. Isso permite que novos tipos de sopa lançados pela empresa já desfrutem de um certo conhecimento no mercado. Nomes de família separados São desenvolvidos nomes específicos para cada linha de produto, de acordo com suas características ou de seus públicos-alvo. A Multibras, por exemplo, possui a marca Cônsul para refrigeradores em mercados mais populares, a marca Brastemp está posicionada para os mercados de qualidade com preço justo e a marca Whirlpool para os refrigeradores premium. Nome comercial da empresa combinado com diferentes nomes de produtos Trata-se da associação do nome da empresa a um nome de marca para cada produto, pela qual o nome da empresa legitima o novo produto e o nome individual o identifica. É o caso, por exemplo, da Ford, que possui o seu nome nos produtos: Ford Focus. Marca Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Marca 2. Patrocínio de Marca a. Marca do Fabricante; b. Marca Própria c. Marca Licenciada d. Marcas Combinadas Marca Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Marca 2. Patrocínio de Marca a. Marca do Fabricante O fabricante é criador e dono da marca. Nessa questão, o fabricante precisa decidir se adotará uma marca da empresa para todas as linhas (marca única ou marca corporativa) ou uma marca específica para cada linha de produto. Se o fabricante adotar uma marca da empresa para todas as linhas, seria uma marca corporativa que identifica todos os seus produtos. A grande vantagem é que, ao criarmos uma marca de sucesso, podemos lançar novos produtos com maior rapidez, maior aceitação, menores investimentos e riscos, já que o Cliente conhece e aprecia a marca e está disposto a dar credibilidade aos novos lançamentos. No outroextremo, se o fabricante criar uma marca para cada produto ou linha de produto (marcas múltiplas), pode-se evitar que problemas de uma linha possam contaminar outra. Exemplo: a Grand Metropolitan é uma grande multinacional praticamente desconhecida, que tem como estratégia trabalhar apenas suas marcas individuais, como vodka Smirnoff, sorvetes Häagen-Dazs, tequila Jose Cuervos e bitter Cinzano. Quando o bitter Cinzano apresentou desempenho inferior ao desejado, a marca foi vendida, sem que a imagem das demais marcas fosse afetada (ALMEIDA, 2008). Marca Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Marca 2. Patrocínio de Marca b. Marca Própria Um número crescente de varejistas e atacadistas tem criado marcas próprias, como o caso da linha Good Light, que representa 10% das vendas de todos os itens diet da rede Pão de Açúcar. c. Marca Licenciada Significa que o fabricante concedeu a licença de exploração de uma marca a uma empresa, mas tendo essa empresa que pagar royalty a outras despesas. c. Marcas Combinadas Consiste no uso de uma marca por duas companhias diferentes no mesmo produto. Trazem duas ou mais marcas conhecidas, quando uma reforça e recomenda a outra. É o caso, por exemplo, das lava-louças Brastemp, que já vêm com o sabão em pó para lava- louça da marca Sun, ou do sorvete McDonald’s, que usa o Chocolate Nestlé . Marca Royalty: Uma importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, Serviço ou marca para permitir seu uso ou comercialização Prof. Vinicius Nejaim Decisões Estratégicas de Marca 3. Estratégia de Marca a. Extensão de Linha; b. Extensão de Marca; c. Multimarca; d. Nova Marca. Marca Prof. Vinicius Nejaim Estratégia de Desenvolvimento de Novos Produtos Kotler e Armstrong (2003) conceituam novos produtos como sendo produtos originais, as melhorias, as modificações nos produtos e as novas marcas que a empresa desenvolve por meio de seus próprios esforços de pesquisa e desenvolvimento. Urdan e Urdan (2006) explicam que há dois pares de alternativas estratégicas: inovação puxada pelo mercado versus pela tecnologia; desenvolvimento interno (desenvolvimento de novos produtos pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da empresa) versus aquisição (de uma empresa inteira ou de uma patente) ou aliança para fabricar o produto de outra empresa. Essas opções não são excludentes, sendo que, quando combinadas, acabam melhorando o desempenho em novos produtos. Portfólio: Conjunto de trabalhos, de fotos, ou nesse caso, conjunto de produtos de que a empresa dispõe. Marca Prof. Vinicius Nejaim Estratégia de Desenvolvimento de Novos Produtos Principais Motivos para o Fracasso de Novos Produtos Deficiências do produto; Problemas tecnológicos; Análise de mercado inadequada; Posicionamento incorreto em relação ao seu público alvo; Previsão de custos subestimada; Esforço de Marketing ineficiente; Lançamento em época errada; Estratégia de preço adotada; Falta de um Sistema de Informação em Marketing; Erros na política de distribuição e, Reação da concorrência. A solução está no forte planejamento do produto e no estabelecimento de um processo sistemático de desenvolvimento de novos produtos para descobrir e elaborar novos produtos Marca Prof. Vinicius Nejaim Estratégia de Desenvolvimento de Novos Produtos Principais Estágios de Desenvolvimento de Novos Produtos Geração e Triagem de Ideias; Projeto inicial de produto; Análise econômica; Construção e testes do protótipo; Finalização do projeto; Lançamento do produto e comercialização. Brainstorm: Técnica para desenvolver a criatividade em um grupo ou para determinada situação. A técnica consiste na exposição de várias ideias que vêm à cabeça diante da apresentação de um tema-problema. Todos devem participar e contribuir sem que sejam interrompidos Marca Prof. Vinicius Nejaim Ciclo de Vida dos Produtos Ciclo de vida do produto, então, é um modelo dos estágios históricos de vendas e lucros de um produto. Esse conceito expressa, simplesmente, que a vida de um produto no mercado não é eterna, mas que, normalmente, o produto passa por diferentes níveis de vendas (e de lucratividade), que se assemelham à evolução dos seres vivos: os produtos nascem, crescem, amadurecem e morrem. [...] todos na empresa sabem que cada produto terá um ciclo de vida, mas não se pode prever de antemão sua forma e duração exatas. (KOTLER, 1998) Ciclo de Vida dos Produtos Prof. Vinicius Nejaim Estágios do Ciclo de Vida dos Produtos 1ª. Introdução • Começa com o lançamento do produto e caracteriza-se por lento crescimento das vendas e baixos lucros, ou mesmo prejuízos, devido aos altos investimentos, à inexistência de economias de escala e ao desconhecimento do produto ou Serviço por grande parte do público-alvo. (DIAS, 2004); 2ª. Crescimento • Caracteriza-se pela aceleração da taxa de adoção do produto pelos Clientes potenciais; • As vendas crescem acentuadamente e os lucros acompanham o crescimento das vendas, à medida que se ganham economias de escala. • Em geral, as vendas do produto aumentam mais rapidamente do que a demanda total do mercado, possibilitando ganhos de participação de mercado. • É nesse estágio que surgem novos concorrentes, que lançam outros produtos para aproveitar as altas taxas de crescimento da demanda. • O mercado fica mais competitivo, exigindo maiores investimentos em Marketing para sustentar os ganhos de participação de mercado. Ciclo de Vida dos Produtos Prof. Vinicius Nejaim Estágios do Ciclo de Vida dos Produtos 3ª. Maturidade • As vendas do produto tendem a estabilizar-se, acompanhando o crescimento vegetativo do mercado que é pequeno ou, até nulo. • Há um grande número de concorrentes e a disputa pelo market-share (participação de mercado) fica mais acirrada, já que o crescimento só é possibilitado com a perda de participação dos concorrentes. 4ª. Declínio • O produto fica obsoleto e é gradativamente substituído por novos. • As vendas são decrescentes e, para minimizar prejuízos, algumas empresas reduzem ou eliminam investimento, outras descontinuam o produto do mercado, e há as que reduzem a distribuição, atendendo exclusivamente aos segmentos de maior volume, ou os preços, diminuem o número de itens ou versões de produto ou deixam de investir em propaganda, tecnologia e inovações de produto. • Nessa etapa, é necessário reduzir custos para minimizar a redução dos lucros, e o produto poderá ser descontinuado, substituído ou sofrer uma transformação. Dessa forma, volta-se ao início do ciclo de desenvolvimento, com ideias inovadoras procurando adaptar-se às novas expectativas do consumidor. Ciclo de Vida dos Produtos Prof. Vinicius Nejaim Conceito Podemos definir Serviços, então, como sendo resultado de uma atividade ou uma série de atividades que envolvem interações entre Clientes, funcionários, equipamentos, instalações e procedimentos do prestador de Serviços e atendem a necessidades e desejos dos consumidores (URDAN; URDAN, 2006). Classes dos Serviços A primeira classe é composta por Serviços que são o propósito principal da empresa ou o objeto de transação, sem que seja necessária a venda de um bem tangível para que ele seja executado. Exemplo: as locadoras de automóveis, Serviços médicos, mecânicos entre outros. A segunda classe é composta pelos Serviços que são considerados suplementares e que suportam ou facilitam a venda de um bem ou de outro Serviço. Exemplo: a compra de um CD player, quando o vendedor oferece informações técnicas (Serviço) e a oportunidade de pagar o produto com um cartão de crédito(outro Serviço). Marketing de Serviços Prof. Vinicius Nejaim Características dos Serviços Marketing de Serviços Fonte: Kotler e Armstrong (2003) Prof. Vinicius Nejaim Intangibilidade Estratégias para sugerir os Benefícios de um Serviço A ESTRATÉGIA DE VISUALIZAÇÃO utiliza imagens que expressam os benefícios do Serviço. Exemplo: Uma empresa de viagens representa os benefícios dos seus cruzeiros com anúncios que mostram pessoas dançando, jantando, jogando e visitando lugares exóticos. A ESTRATÉGIA DE ASSOCIAÇÃO visa combinar o Serviço com um bem tangível a uma pessoa, objeto ou lugar. Exemplo: A companhia aérea australiana Quantas usa um coala carinhoso em suas propagandas para projetar uma imagem quente e amistosa da Austrália. A ESTRATÉGIA DE AMBIENTE FÍSICO utiliza argumentos físicos para representar os benefícios. Exemplo: A American Express usa as cores ouro e platina para seus Serviços de cartões de crédito, simbolizando riqueza e prestígio. A ESTRATÉGIA DE DOCUMENTAÇÃO utiliza documentos ou fatos que possam dar suporte a declarações de confiança e desempenho. Exemplo: As companhias aéreas falam de seus equipamentos em seus anúncios para dar suporte a declarações de confiança, desempenho e segurança. Marketing de Serviços Prof. Vinicius Nejaim Marketing de Serviços Fonte: elaborado pela autora com base em Lovelock e Wright (2005) Métodos de Classificação das Diferenças entre os Tipos de Serviços Grau de tangibilidade ou intangibilidade dos Processos de Serviços Serviço realiza algo físico e tangível ou seus processos envolvem uma parcela maior de intangibilidade? Destinatário direto do Processo de Serviço Alguns Serviços são dirigidos aos próprios Clientes, já outros não envolvem os Clientes no processo de entrega dos Serviços, aproveitando depois os seus benefícios. Lugar e tempo de entrega dos Serviços Para o Marketing de Serviços é relevante saber se os Clientes precisam ir ao local da prestação de Serviços ou se o Serviço deve ir até ao Cliente. Personalização versus padronização Uma importante decisão do Marketing é saber se os Clientes devem receber o mesmo Serviço (padronização) ou se os Serviços devem se adaptar para satisfazer às necessidades individuais (personalização). Natureza da relação com os Clientes Em alguns Serviços, a organização conhece o Cliente e tudo o que é feito é registrado e cadastrado individualmente, envolvendo uma relação formal. Já em outros Serviços, os Clientes não são identificados. Medida na qual a oferta e a demanda estão em equilíbrio Alguns Serviços encontram demandas constantes, enquanto outros enfrentam flutuações importantes. Prof. Vinicius Nejaim Intangibilidade Estratégias de Marketing para empresas Prestadoras de Serviço As prestadoras de Serviços têm que enfrentar 3 importantes tarefas de Marketing: precisam aumentar a diferenciação competitiva, a qualidade de Serviço e a produtividade. Gerenciamento da Diferenciação de Serviços • Desenvolver oferta, entrega e imagem diferenciadas. Gerenciamento da Qualidade dos Serviços • Dar força aos empregados de linha de frente. • Tornar-se “obcecada pelo Cliente”. Estabelecer altos padrões de Qualidade de Serviços • Vigiar de perto a execução do Serviço. Gerenciamento da Produtividade dos Serviços • Dar melhor treinamento aos empregados. • Trabalhar na qualidade como também na quantidade. • Utilizar tecnologia. Marketing de Serviços Atividade Prof. Vinicius Nejaim 1. Em um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Administração da PUC-SP, coordenado pelo prof. Moacir de Miranda Oliveira Júnior, foram investigadas as estratégias das subsidiárias de multinacionais no Brasil, sob o foco das fusões e aquisições ocorridas no mercado brasileiro desde meados dos anos 1990. Para tanto, foram entrevistadas 113 empresas, constatando que mais da metade teve, como principal interesse, nesse processo de negociação, a aquisição de ativos intangíveis (marcas e relacionamento com os canais de distribuição). Nesse estudo, para avaliar como essas empresas gerenciam suas marcas, foram consideradas na amostra apenas as subsidiárias envolvidas em processos de fusões e aquisições. A exemplo da Procter & Gamble, a maioria das americanas prefere trabalhar com uma estratégia de marca múltipla, ou seja, marcas individuais para diferentes produtos. Já as subsidiárias de origem europeia, como a italiana Parmalat, adotam uma marca guarda-chuva para batizar em média cinco produtos diferentes. As duas estratégias têm prós e contras. Comente as vantagens e as desvantagens de se trabalhar com esses dois tipos de estratégias (marcas individuais e/ou marcas guarda- chuvas ou corporativas) Atividade Prof. Vinicius Nejaim 2. Os Serviços possuem quatro características: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade. Quando se diz que “um avião decolou do aeroporto com vinte e três lugares não ocupados”, as características identificadas nesse caso, são: a) intangibilidade e variabilidade. b) intangibilidade e perecibilidade. c) inseparabilidade e variabilidade. d) perecibilidade e inseparabilidade. e) variabilidade e perecibilidade. Atividade Prof. Vinicius Nejaim 3. Maria comprou uma geladeira que, após dois meses de funcionamento, apresentou um defeito que tornou inviável o seu uso. Assinale a opção que retrata a solução desse problema dentro da filosofia do conceito de Marketing. a) Maria foi gentilmente atendida e informada de que, de acordo com os procedimentos, a visita do técnico aconteceria no prazo de uma semana. Ela comunicou a sua aflição pela premência de ter a geladeira funcionando. Entretanto, o prazo do conserto não foi cumprido. b) Maria, após tentar, durante três dias, comunicar-se com a empresa para efetuar sua reclamação, foi atendida e informada de que o técnico faria o conserto em 24 horas. No dia seguinte, o técnico colocou a geladeira em funcionamento. c) Maria ligou para um telefone especial para reclamações, indicado pela empresa. A sua mensagem foi registrada em uma secretária eletrônica que garantia solução no prazo de 24 horas. Maria teve a geladeira consertada após três dias. d) Maria conseguiu, após diversas tentativas, entrar em contato com a empresa. A sua ligação foi passada para três pessoas, pois cada uma dizia não ser responsável pela solução daquele problema. Finalmente, obteve o conserto da geladeira em dois dias. e) Maria, com um número de telefone especial para reclamações, conseguiu ser atendida de maneira educada e cortês. A informação é de que o conserto ocorreria o mais rápido possível, no prazo máximo de 24 horas. O conserto aconteceu na manhã seguinte. Atividade Prof. Vinicius Nejaim 4. Produtos e Serviços têm um ciclo de vida composto de várias fases: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A esse respeito, assinale a assertiva incorreta. a) Na fase de crescimento, a empresa investe no desenvolvimento do produto para conquistar maiores mercados. b) O período de maturidade indica que deve ser feito um investimento em produção. c) O declínio de um produto significa que há uma restrição da demanda em relação àquele produto da empresa. d) Quando o produto está em crescimento, a empresa deve investir no composto de promoção. e) Quando se observa o início da queda de vendas de um produto, dependendo da situação, pode-se decidir sobre a revitalização do produto no mercado. Atividade Prof. Vinicius Nejaim 5. Numa prova de Administração Mercadológica, um aluno escreveu: “Um ponto crítico em Serviços, que confere a eles uma imagemde baixa qualidade, é sua variabilidade”. Tal afirmativa merece reparos porque: a) A variabilidade não é uma característica típica dos Serviços. b) A variabilidade dos Serviços pode ser justamente a razão que gera uma boa imagem do Serviço. c) A variabilidade de um Serviço e a satisfação do consumidor apresentam alta correlação positiva. d) A influência da variabilidade sobre a qualidade percebida dos Serviços é mínima se comparada à da perecibilidade. e) Bens físicos também apresentam variabilidade e não têm sua imagem prejudicada por isso. Atividade Prof. Vinicius Nejaim 6. Hélio Ribeiro é um frequente comprador de livros de Marketing pela Internet. Ele prestigia a livraria virtual Virtulivro, da qual é Cliente há quatro anos. Hélio percebe que a Virtulivro pratica a estratégia da customização em massa quando observa que o site: a) Sugere-lhe novos títulos, baseado nas suas compras anteriores. b) Apresenta uma grande variedade de títulos. c) Cobra preços mais baixos do que as filiais reais. d) oferece uma variedade de títulos muito maior do que as lojas reais. e) É especializado em livros de Marketing. Atividade Prof. Vinicius Nejaim 7. Um grupo de amigos resolveu abrir um negócio voltado para homens sozinhos e que trabalham fora. Percebendo a necessidade, nesse segmento, de alguém para cuidar da casa, o grupo abriu a Casa Fácil — um empreendimento que começou como um Serviço de arrumação de casa. O Serviço teve grande sucesso, e os sócios o expandiram segundo uma estratégia de diversificação. Assim, criaram um Serviço de: a) Mecânica de automóvel para homens sozinhos que trabalham fora. b) Arrumação de armários para homens sozinhos que trabalham fora. c) Arrumação de casa para senhoras sozinhas que ficam em casa. d) Reparos domésticos para senhoras sozinhas que ficam em casa. e) Reparos domésticos gerais para homens sozinhos que trabalham fora. REFERÊNCIAS Prof. Vinicius Nejaim AAKER, D. Como construir marcas líderes. São Paulo: Futura, 2002. ALMEIDA, A.R.M. Material de aula da disciplina Administração Mercadológica do prof. Dr. Ricardo Almeida, UNIRG, 2008. Disponível em: <http://www.ricardoalmeida.adm.br/index.php> Acessado em: jan. 2010. CHURCHILL JR, G.A.; Peter, J.P. Marketing: criando valor para os Clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. DESCHAMPS, J.P.; NAYAK, P.R. Produtos irresistíveis. São Paulo: Makron Books, 1992. DIAS, S.R. Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2004. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. KOTLER, P. Administração de Marketing: a bíblia do Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. KOTLER, P. Administração de Marketing. 10.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998. LOVELOCK, C; WRIGHT, L. Serviços: Marketing e Gestão. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. MILAN, E. et al. A qualidade no desenvolvimento de novos produtos como fator fundamental para a sobrevivência das empresas: O caso da empresa Z S/A In: Congresso Internacional de Administração: Gestão estratégica para desenvolvimento sustentável. Ponta Grossa (PR) set/ 2007. Disponível em: http://www.admpg.com.br/2007/index.php?page=5&lang=1&sub=17 Acessado em: jan. 2010. MOREIRA, D. Administração da produção e operações. 3.ed. São Paulo: Editora Livraria Pioneira, 1998. O valor da marca, Revista Isto é, 2005. Disponível em: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/410/negocios/valor_marca.htm Acessado em: jan. 2010. URDAN, F.T.; URDAN, A.T. Gestão do composto de Marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
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