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República oligárquica

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 OLIGARQUIA = Governo de poucos.
 Período em que o Brasil foi controlado por cafeicultores da região sudeste, especialmente de SP e MG. 
Prof: Otto Barreto
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Prudente de Morais (1894-1898)
Vice: Manuel Vitorino
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Guerra de Canudos (1896-97) 
Local:
 Arraial Belo Monte, cidade próxima do Rio Vaza-Barris no Estado da Bahia.
Líder: 
Antônio Mendes Maciel (Antônio Conselheiro)
Fatores:
Miséria social dos sertanejos nordestinos.
Características:
Movimento de protesto social dos pobres, que assume uma linguagem e uma visão religiosa – messiânico;
O movimento foi anti-republicano;
Conselheiro foi acusado de ser Monarquista;
Pregava a lenda do Sebastianismo.
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Guerra de Canudos (1896-97) 
 Conselheiro prega em vilarejos e ganha milhares de seguidores:
Se estabelece em Arraial Belo Monte, cidade próxima do Rio Vaza-Barris no Estado da Bahia.
“O mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar”
(Euclides da Cunha)
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Cotidiano de Canudos:
A administração era de com Canudos transformou-se em uma comunidade onde a terra, os rebanhos e o produto do trabalho coletivo eram propriedade comum;apenas os bens móveis e as residências constituíam propriedade pessoal .
Além da produção agrícola, a população do arraial produzia artesanato e criava animais, que complementavam a alimentação e forneciam couro. O excedente da produção era vendido nos municípios vizinhos.
No arraial havia duas escolas, lojas comerciais, oficinas e diversas casas residenciais.
Competência do Conselheiro e de doze chefes, que cuidavam das finanças, construções, registros de nascimento, entre outras atividades.
Não havia polícia nem impostos. Oitocentos indivíduos formavam a Santa Companhia, responsável pela guarda pessoal do líder
Guerra de Canudos (1896-97) 
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Oposição a Canudos:
IGREJA: insatisfeita com o caráter religioso da comunidade;
FAZENDEIROS: descontentes com a perda da mão de obra sertaneja migrando para canudos;
ESTADO: Conselheiro aconselhava seus seguidores a não pagarem impostos.
Repressão:
1º EXPEDIÇÃO: 300 homens;
2º EXPEDIÇÃO: 700 homens;
3º EXPEDIÇÃO: 1300 homens;
4º EXPEDIÇÃO: 15000 homens.
Guerra de Canudos (1896-97) 
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Em 22 de setembro morreu, de doença, Antônio Conselheiro; em 1º de outubro, travou-se a batalha decisiva que deu vitória ao governo republicano. Conselheiro, mesmo depois de morto, foi desrespeitado.Desenterraram seu corpo, cortaram sua cabeça, levada depois a Salvador, onde o médico Nina Rodrigues a examinou.Este divulgou o laudo com a informação de que Conselheiro era mestiço e, por isso, talvez pudesse ser degenerado, ainda que seu crânio não apresentasse nenhuma anomalia.Nesse caso, a ciência foi utilizada para justificar a supremacia de uma organização política e social sobre outra ao classificar as etnias em uma escala hierárquica.
 "Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos, e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5.000 soldados”
 ( Euclides da Cunha) 
Guerra de Canudos (1896-97) 
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Campos Salles (1898-1902)
Vice: Rosa e Silva
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Estrutura Política:
Nível Municipal:
Coronelismo: poder local dos coronéis. Coronel era o nome pelo qual os latifundiários eram conhecidos. Usavam seu prestígio pessoal para arregimentar votos em troca dos quais obtinham financiamentos do governo ou obras infra-estruturais como barganha política – “voto de cabresto”. Quanto maior o “curral eleitoral” (número de eleitores que o coronel podia controlar) do coronel, maior o seu poder.
Obs: Pinheiro Machado ficou conhecido como o “Coronel dos Coronéis”
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Fraudes eleitorais ou manipulação de resultados:
Clientelismo : voto em troca de pequenos favores ou “presentes”.
Voto de Cabresto: voto a partir de intimidações pessoais.
Bico de Pena: Manipulação de dados com votos repetidos e/ou “criação” de eleitores fantasmas.
“Degola”: política em caso de vitória de opositores: não reconhecimento e titulação da vitória por parte da Comissão Verificadora de Poderes.
Estrutura Política:
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Nível Estadual:
Política dos Governadores: acordo firmado entre o presidente e os governadores estaduais que previa o apoio mútuo e a não interferência de ambos em seus governos. Assim, o presidente conseguia os votos dos estados para a continuidade de seus projetos e em troca, não interferia em disputas de poder local das oligarquias. 
Estrutura Política:
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Nível Federal:
Política do Café-com-Leite: 
Oligarquias de SP e MG (as duas mais poderosas do país) alternavam-se na presidência da República;
SP= Estado mais rico
 MG= Maior colégio eleitoral;
Oligarquias menos expressivas apoiavam o acordo em troca de cargos ou ministérios, como por exemplo o RS, BA, RJ, entre outros. 
Estrutura Política:
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Estrutura Econômica:
Funding Loan (1898):
Renegociação da dívida brasileira;
Novo empréstimo com bancos ingleses;
Suspensão de juros por 3 anos;
13 anos para início do pagamento e 63 anos para a quitação integral;
Garantias: receitas da alfândega do RJ e demais se necessário, receitas da Estrada de Ferro Central do Brasil e do serviço de abastecimento de água do RJ.
Compromisso de retirada do meio circulante e queima de moeda, visando a valorização monetária.
Campos Salles impõe aumento total dos impostos:
Sem dívida, não emitiu papel moeda contendo a inflação;
Lançou imposto sobre o selo ganhando o apelido de “Campos Selos”
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Rodrigues Alves (1902-1906)
Vice: Almeida Brandão
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Ciclo da Borracha (1890-1910):
Fatores:
II Revolução Industrial = mercado consumidor.
Extraída na região Norte (PA e AM):
Formação de grandes seringais.
Construção da ferrovia madeira Mamoré;
Anexação do Acre (1903):
Interesse na extração do látex.
Atritos entre seringueiros brasileiros e bolivianos. Liderança de Plácido Castro;
Tratado de Petrópolis (1903): BRA compra a região da Bolívia pelo valor de 10 milhões de dólares. Eliminou o Tratado de Ayacucho;
Atuação do Barão do Rio Branco (José Paranhos) e Assis Brasil.
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 Revolta da Vacina (RJ – 1904):
Projeto de modernização do RJ (Presidente Rodrigues Alves):
“Farei do RJ uma capital de verdade!”
Nomeação de Pereira Passos como prefeito do Distrito Federal (RJ);
Destruição de cortiços e favelas, ampliação das avenidas, construção de novos prédios inspirando-se em Paris:
 Construção da Av. Rio Branco, Teatro Municipal (projeto elitista)
Expulsão de comunidades pobres das regiões centrais, inflação, alta do custo de vida = Favelização:
 Ocupação do Morro da Providência e Conceição;
Pereira Passos
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Contratação do médico de sanitarista Oswaldo Cruz;
Série de medidas sanitárias:
 Extermínio de ratos;
 Tratamento de lixo;
Congresso aprova Vacinação obrigatória contra a varíola:
 Truculência policial + Boato sobre a vacina + Purismo com a exposição do corpo da mulher = Conflito.
Durante o conflito, um grupo de partidários radicais do Mal. Floriano Peixoto, denominados “jacobinos florianistas” tentam derrubar Rodrigues Alves;
Após uma semana de embates, o congresso veta a vacina obrigatória. Com a população mais calma a repressão se torna mais eficiente.
Revolta da Vacina (RJ – 1904):
Oswaldo Cruz
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Mais do que uma simples revolta contra a vacina, o movimento foi um grito da população contra os abusos da oligarquia, ausência de representatividade popular, onda de desemprego e aumento dos gêneros de primeira necessidade. 
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 Convênio de Taubaté (1906)
Plano de valorização artificial do café;
Reunião dos principais estados:
RJ: Nilo Peçanha
SP: Tibiriçá
MG: Francisco Sales
Definições do Convênio:
Governo comprava os excedentes de café e estocava;
Diminuindo a oferta do produto, seu preço mantinha-se estável.
O governo contraía empréstimos para comprar esse excedente.
Cobrava-se impostos para equilibrar as contas do governo e honrar compromissos.
O país se endividava e ampliava sua dependência com o exterior.
Consequência:
Aumento desenfreado das lavouras e produção;
O bolso dos cafeicultores estava salvo:
“Socialização do prejuízo”
Caixa de conversão.
Obs: Apesar de cafeicultor, Rodrigues Alves não concorda com os termos do convênio.
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Afonso Pena (1906-1909)
Vice: Nilo Peçanha
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Principais medidas:
Expedição de Cândido Rondon:
Exploração do interior;
Construção do telégrafo RJ/Amazonas;
Incentivo a imigração:
“Governar é povoar”.
Adere as decisões do Convênio de Taubaté:
Compra do café excedente pelo governo federal.
A Lei Adolfo Gordo (1907):
 e a repressão aos movimentos grevistas, principalmente liderados por imigrantes.
O presidente morre antes de completar o mandato (14/JUN/1909).
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Nilo Peçanha (1909-1910)
Termina o mandato de Afonso Pena;
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Hermes da Fonseca (1910-1914)
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Revolta dos Marinheiros ou Revolta da Chibata (RJ 1910): 
João Cândido (líder), posteriormente apelidado de “Almirante Negro”.
Causas: maus tratos, baixos soldos, péssima alimentação e castigos corporais (como a chibata, por exemplo) dentro da marinha.
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Marinheiros tomam 2 navios (SP e MG) e ameaçam bombardear o Rio caso continuassem os castigos na marinha;
Governo promete atender as reivindicações e solicita que marinheiros se entregassem;
Eclode levante dos fuzileiros na Ilha das Cobras;
Envolvidos foram presos e mortos. João Cândido sobrevive mas é expulso da marinha .
Castigos corporais na marinha são abolidos.
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Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916):
José Maria (líder).
Causas: exploração de camponeses, concessão de terras e benefícios para empresas inglesas e americanas (Brazil Railway) que provocaram a expulsão e marginalização de pequenos camponeses.
Origem do nome: região contestada entre os estados de Santa Catarina e Paraná.
Assim como Canudos, os participantes foram violentamente massacrados.
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Principais medidas:
Política das Salvações:
O presidente inicia campanha contra a influência política das oligarquias;
Nomeia interventores estaduais.
Novo Funding Loan:
Empréstimo de 15 milhões. 
Compra de aviões de guerra:
Investimentos e modernização das forças armadas.
 Criação do SPI (serviço de proteção ao índio) em 1910:
Combate aos “bugreiros” (matadores de índios)
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Banditismo Social ou Cangaço (NE 1890 – 1940): 
Bandos armados que percorriam o interior nordestino sobrevivendo de delitos.
Principais bandos: Lampião e Curisco.
Causas: miséria crônica da população nordestina, seca, má distribuição de terras, descaso do Estado e dos coronéis para com os mais pobres, violência.
Mito do “Robin Hood”.
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Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e exterminados um a um. Eram os únicos que despertavam medo nos coronéis, justamente por não terem perspectiva de melhorar sua condição e portanto não precisar temer o desrespeito das leis vigentes 
Virgulino Ferreira – o “Lampião” 
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Venceslau Brás (1914-1918)
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Industrialização do Brasil:
Impulsionada pela I Guerra Mundial (1914 – 1918).
Substituição de importações (dificuldade de importar dos países em guerra).
Capitais acumulados decorrentes do café.
Basicamente na região Sudeste 
Entrada de um grande número de imigrantes (disponibilidade de mão-de-obra).
Impulso aos centros urbanos.
Bens de consumo não duráveis.
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Movimento operário:
 
Causas: ampla exploração dos trabalhadores urbanos das fábricas e ausência de legislação trabalhista que amparasse os trabalhadores.
Até a década de 20 predomínio de imigrantes italianos de ideologia: anarquista + sindicatos = anarcosindicalismo.
Principais formas de luta: formação de sindicatos e organização de greves;
A partir de 1922 o principal instrumento de luta operária foi o PCB, que tenta organizar os operários.
A repressão violenta do Governo aos amotinados: “Caso de Polícia”.
 Grandes greves de 1917 – (Revolução Russa)
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Delfim Moreira (1918-1919)
Morte de Rodrigues Alves
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Com a morte de Rodrigues Alves, em 1918, vencedor das eleições presidencialistas deste mesmo ano, Delfim Moreira, na condição de vice-presidente, assumiu o comando da nação. Porém, cumpriu o termo constitucional e convocou novas eleições, dando vitória a Epitácio Pessoa.
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Epitácio Pessoa (1919-1922)
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A Semana de Arte Moderna (SP – fev/1922):
Crítica aos padrões artísticos e literários formais (métrica, rima, saudosismo, sentimentalismo).
Criação de uma nova estética sem fórmulas fixas e limitadoras da criatividade.
“Paulicéia Desvairada” – MÁRIO DE ANDRADE: primeira obra modernista.
Principais representantes: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia (literatura), Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti (pintura), Villa-Lobos (música), Vitor Brecheret (escultura).
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O Tenentismo:
Movimento da baixa oficialidade do exército (tenentes e capitães).
Classe média urbana e letrada.
Contra o poder central das oligarquias.
Objetivos: moralização política (voto secreto, fim das fraudes, afastamento do controle oligárquico), ensino obrigatório, centralização positivista.
Programa elitista – para o povo, mas sem o povo.
Consideravam-se a “salvação nacional”.
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Revolta do Forte de Copacabana ou os 18 do Forte (RJ 1922):
Contra a posse do presidente Arthur Bernardes (1922).
Episódio das “Cartas Falsas”.
Movimento fracassou, mas 18 integrantes (sendo um civil, o engenheiro Otávio Correia) marcharam em Copacabana contra uma tropa do governo de mais de 3 mil homens. Sobreviveram ao gesto suicida dois tenentes: Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
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Rebelião Paulista (1924):
 
Tenentes tomam o poder de São Paulo, liderados por Isidoro Dias Lopes, por 22 dias, até a reorganização das tropas federais. Fogem para o Paraná onde se encontram com outro grupo de tenentes vindos do RS, liderados por Luís Carlos Prestes.
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Arthur Bernardes (1922-1926)
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O turbulento governo de Artur Bernardes;
A ampla contenção ao Tenentismo;
A forte oposição das camadas médias às oligarquias
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Coluna Prestes (1924 – 1926):
Líder: Luís Carlos Prestes (“o Cavaleiro da Esperança”).
Marcha pelo interior do Brasil tentando debilitar o governo de Arthur Bernardes e conseguindo mais adeptos para a causa tenentista.
Caráter social mais amplo: alguns mencionavam o desejo pelo voto feminino e pela reforma agrária.
Fracassou. Seus integrantes se exilaram na Bolívia. Alguns retornaram ao Brasil posteriormente.
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A COLUNA PRESTES:
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Washington Luís (1926-1930)
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O fim da República Velha:
Manifestações de diversos setores abalam o poder do governo.
Movimento operário.
Movimento tenentista.
 A Crise de 1929 e a crise do café brasileiro;
Tentativa de restaurar a ordem: A Lei Celerada de 1927
 Construção da rodovia Rio-SP;
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Auge da instabilidade política
_Crise de 29 abala poder econômico dos cafeicultores.
Governo não tem como valorizar artificialmente o café.
Rompimento do pacto do café-com-leite: era a vez de MG indicar o candidato, porém, SP indica o paulista Júlio Prestes para a sucessão do presidente Washington Luís.
MG + RS + PB formam a ALIANÇA LIBERAL com os candidatos Getúlio Vargas (RS) e João Pessoa (PB) para presidente e vice, respectivamente.
Aliança liberal recebe apoio de alguns tenentes e classe média urbana, além de várias outras oligarquias dissidentes.
Júlio Prestes vence eleição fraudulenta.
Protestos contra o resultado das urnas
tomam conta do país.
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Revolução de 30
João Pessoa é assassinado na PB.
Agitação popular aumenta.
Exército resolve depor o então presidente Washington Luís antes mesmo da posse de Júlio Prestes e entregar a presidência ao comandante em chefe da revolta, Getúlio Vargas.
“Façamos a Revolução antes que o povo a faça!
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