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DISCIPLINA 
DIREITO ADMINISTRATIVO I 
INSTITUIÇÃO / CURSO 
ESTÁCIO FASE / DIREITO 
PROFESSOR 
FRANCISCO GLADSON SALES ALVES 
ASSUNTO 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
AULA 2 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
OBJETIVOS 
• Compreender a dinâmica e estruturação da Administração 
Pública Brasileira, conforme estabelecido pela Constituição de 
1988; 
• Identificar os setores que compõem a estrutura da 
Administração Pública Direta; 
• Compreender as principais características dos órgãos públicos. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
ROTEIRO DA AULA 
 
1. Introdução 
2. Administração Pública Direta 
2.1. Conceito. 
2.2. Natureza da Função. 
2.3. Composição. 
3. Órgãos Públicos 
3.1. Criação e extinção 
3.2. Teorias de caracterização do órgão 
3.3. Capacidade Processual 
3.4. Classificação 
4. Conclusão 
FEDERAÇÃO 
• Federação é a forma de Estado em que, ao lado do poder político 
central e soberano, existem entidades políticas internas 
componentes do sistema, às quais são conferidas competências 
específicas pela Constituição. 
• Podem ser apontadas 3 características básicas da federação: 
1. a descentralização política; 
2. o poder de autoconstituição das entidades integrantes; e 
3. a participação das vontades dos entes integrantes na formação 
da vontade nacional. 
AUTONOMIA 
• A autonomia dos entes integrantes na organização político-
administrativa do Estado decorre do sistema federativo. 
• A autonomia dos entes federativos demonstra que são eles 
dotados de independência dentro dos parâmetros constitucionais 
e que as competências para eles traçadas na Constituição 
apontam para a inexistência de hierarquia entre eles. 
• Os entes gozam, pois, do que se denomina de poder de 
autodeterminação. 
PODERES E FUNÇÃO ADMINISTRATIVA 
• Na organização político-administrativa da República brasileira, 
são três os Poderes políticos instituídos pela Constituição: o 
Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos harmônicos e 
independentes, como prega o art. 2º da Constituição. 
• A tripartição de Poderes ocorre também nos Estados-membros, 
entretanto, nos Municípios vigora a bipartição de Poderes, 
porque em sua estrutura orgânica se apresentam apenas o 
Executivo e o Legislativo. 
• A função administrativa é desempenhada em todos os Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
abrangendo todos os órgãos que, gerindo os interesses estatais e 
coletivos, não estejam voltados à legislação ou à jurisdição. 
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
• A expressão administração pública, como já vimos, admite mais 
de um sentido. 
• No sentido objetivo, exprime a ideia de atividade, tarefa, ação, 
enfim a própria função administrativa, constituindo-se como o 
alvo que o governo quer alcançar. 
• No sentido subjetivo, ao contrário, a expressão indica o universo 
de órgãos e pessoas que desempenham a função administrativa. 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 DIRETA 
Centralizada e 
Desconcentrada 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 INDIRETA 
Descentralizada 
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
CONCEITO 
• É o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos 
quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma 
centralizada, das atividades administrativas do Estado. 
• São pessoas federativas: União, Estados, DF e Municípios. 
• “A Administração Pública é, ao mesmo tempo, a titular e a 
executora do serviço público.” 
• A ideia da Administração Direta passa a noção de dois aspectos 
importantes. O primeiro consiste em se considerar o Estado como 
pessoa federativa. E o segundo é que a Administração Direta é 
constituída por órgãos internos dessas mesmas pessoas. Cada 
órgão é verdadeiro instrumento de ação da Administração 
Pública. 
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
NATUREZA DA FUNÇÃO 
• A Administração Direta do Estado desempenha atividade centralizada. 
• As pessoas políticas que compõem o sistema federativo – a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios – exercem diversas 
atividades internas e externas. 
• A função interna da Administração Direta é de organizar, fiscalizar e 
supervisionar os agentes e órgãos públicos. Os Ministérios, as 
Secretarias, as Coordenadorias são os órgãos responsáveis por tal 
função. 
• A função externa inerente a Administração Pública Direta, 
normalmente, está prevista na Constituição Federal. Como exemplo: a 
função tributária (art. 37, XXII), a função de defesa nacional (art. 142), a 
função de segurança pública (art. 144) etc. 
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
COMPOSIÇÃO 
• Na composição da Administração Direta há de se considerar as 3 esferas 
federativas do Estado brasileiro. 
• A esfera federal tem a União como pessoa política que tem dentro da 
composição da Administração Direta do Executivo, a Presidência da 
República e os Ministérios, ligados a estes estão uma série de órgãos 
específicos de cada atividade. No Legislativo e no Judiciário existem 
normas internas que organizam os respectivos órgãos na realização da 
função administrativa. 
• Na esfera estadual tem os Estados federados que possuem, em simetria 
com a União, a Governadoria e as Secretarias estaduais e os respectivos 
órgãos do Legislativo e do Judiciário. 
• Na esfera municipal tem os Municípios com as Prefeituras, as Secretarias 
municipais e os órgãos do Legislativo. 
• Há ainda o Distrito Federal com a Governadoria distrital, as suas Secretarias 
e mais órgãos do Legislativo e Judiciário. 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
CONCEITO 
• Órgãos Públicos são centros de competências instituídos para 
desempenhar funções estatais, através de seus agentes, cuja 
atuação é destinada à pessoa jurídica a que pertencem. (Helly 
Lopes Meirelles) 
• Órgão Público é o compartimento na estrutura estatal a que são 
cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes 
que, quando as executam, manifestam a própria vontade do 
Estado. (José dos Santos Carvalho Filho) 
RELAÇÃO ÓRGÃO/PESSOA 
TEORIA DO MANDATO 
• O agente público sendo mandatário do Estado, como pessoa jurídica. 
Não prosperou pois o Estado é despido de vontade para outorgar tal 
mandato. 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO 
• O agente público representava a pessoa estatal. Não prosperou 
porque o Estado assim seria um inimputável, logo não se poderia 
responsabilizar o ente estatal. 
TEORIA DO ÓRGÃO 
• Segundo o jurista alemão Otto Gierke, o Estado possui órgãos e os 
agentes estão lotados nestes órgãos, logo quando o agente realiza 
um ato é como se o próprio Estado o estivesse realizando. Também 
chamada de Teoria da Imputação, pois os atos dos agentes são 
imputados ao Estado. 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO 
• A criação e a extinção dos órgãos públicos dependem de lei, 
conforme o art. 48, XI da CF. 
 
 
 
 
• A iniciativa da lei de criação e extinção dos órgãos é de competência 
do Chefe do Poder Executivo. (art. 61,§ 1º, II, “e” da CF) 
 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, 
não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as 
matérias de competência da União, especialmente sobre: 
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
II - disponham sobre: 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, 
observado o disposto no art. 84, VI; 
TEORIAS DE CARACTERIZAÇÃO DO ÓRGÃO 
TEORIA SUBJETIVA 
• Os órgãos públicos são os próprios agentes públicos. Tal teoria 
não retrata a realidade, pois se desaparecido o agente, estaria 
extinto também o órgão. 
TEORIA OBJETIVA 
• Os órgãos públicos são entendidos como um conjunto de 
atribuições,que independe do agente. Tal teoria também é 
deficiente, pois quando se busca um órgão, se busca um agente. 
TEORIA ECLÉTICA 
• Nesta teoria o órgão é formado por dois elementos, o agente e o 
conjunto de atribuições. Teoria aceita pelo ordenamento jurídico. 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
CAPACIDADE PROCESSUAL 
• A principal característica do órgão público é a ausência de 
personalidade jurídica. 
• Assim, o órgão não possui, em regra, capacidade processual (ou 
judiciária) para demandar ou ser demandado em Juízo, pois o art. 
70 do novo CPC somente atribui capacidade processual à pessoa 
que se acha no exercício dos seus direitos. 
• Logo, um fato praticado por agente integrante de órgão público 
deve ser imputado à pessoa jurídica da qual aquele órgão é 
integrante. 
• Exceção 1 – os órgãos públicos que atuam em defesa do 
consumidor podem demandar. (art. 82, III do CDC) 
• Exceção 2 – os órgãos da cúpula da hierarquia administrativa em 
defesa das suas prerrogativas institucionais. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL 
Independentes 
Autônomos 
Superiores 
Subalternos 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
Órgãos Independentes: são originários da 
Constituição e representativos dos Poderes de Estado, 
sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. 
Exemplos: Congresso Nacional, Câmara dos 
Deputados, Senado Federal, Presidência da República, 
Governadoria dos Estados e do Distrito Federal, 
Prefeituras Municipais, STF, Tribunais de Justiça, 
Ministério Público, Tribunal de Contas etc. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
Órgãos Autônomos: são os localizados na cúpula da 
Administração, imediatamente abaixo dos órgãos 
independentes e diretamente subordinados a seus 
chefes. 
Exemplos: os Ministérios, as Secretarias de Estado e de 
Município, a Advocacia-Geral da União e todos os 
demais órgãos subordinados diretamente aos Chefes 
de Poderes, aos quais prestam assistência e auxílio 
imediatos. Seus dirigentes, em regra, não são 
funcionários, mas sim agentes políticos nomeados em 
comissão. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
Órgãos Superiores: São os que detém poder de 
direção, controle, decisão e comando dos assuntos de 
sua competência específica, mas sempre sujeitos à 
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia 
mais alta. 
Exemplos: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Inspetorias-
Gerais, Procuradorias Administrativas e Judiciais, 
Coordenadorias, Departamentos e Divisões, Comando 
do Exército, Secretaria da Receita Federal etc. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
Órgãos Subalternos: são todos aqueles que se acham 
hierarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido 
poder decisório e predominância de atribuições de 
execução. 
Exemplos: Repartições públicas, Demais órgãos. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
QUANTO À PESSOA FEDERATIVA 
Federais 
Estaduais 
Distritais 
Municipais 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
QUANTO À COMPOSIÇÃO 
Singulares – quando integrados por um só agente. Ex: 
Chefia do Executivo, inventariante judicial. 
Coletivos – integrados por mais de um agente. Ex: 
Conselhos Administrativos, CNJ. 
R 
F 
B 
Adm Pública 
Direta 
Presidência 
da 
República 
Ministérios 
Autarquias 
Fundações 
Empresas 
Públicas 
Sociedades de 
 Economia Mista 
Adm Pública 
Indireta 
 
ESTADOS-
MEMBROS 
 
 
MUNICÍPIOS 
 
DISTRITO 
FEDERAL 
Legenda: 
 
_____ subordinação 
_ _ _ _ vinculação 
UNIÃO 
ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Órgãos 
(OAB) Processual Civil. Recurso ordinário. Mandado de segurança. 
Descentralização do ensino. Escolas estaduais. Municipalização. Inércia do 
Executivo. Impetração de segurança. Legitimidade ativa da Câmara 
Municipal. Precedentes. 
1. (...). Afetados os direitos do Município e inerte o Poder Executivo, no caso 
concreto (municipalização de escolas estaduais), influindo os denominados 
direitos-função (impondo deveres), não há como negar a manifestação de 
direito subjetivo público, legitimando-se a Câmara Municipal para impetrar 
mandado de segurança. 2. Recurso ordinário conhecido e provido. (STJ, RMS 
12.068/MG, 17/09/2002). 
Considerando a ementa acima, responda: 
a) Qual a teoria adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro a respeito dos 
órgãos públicos? À luz dessa teoria, como se explica a manifestação de 
vontade do Estado (pessoa jurídica) através de seus agentes (pessoas físicas)? 
b) Sabendo que a Câmara Municipal é um órgão público, é possível que se 
lhe reconheça capacidade processual, como na decisão supracitada? 
Justifique, do ponto de vista da personalidade jurídica dos órgãos públicos e 
da jurisprudência. 
QUESTÃO 1 
Prof. GLADSON 24 
(FGV - V Exame da Ordem) A estruturação da Administração traz a 
presença, necessária, de centros de competências denominados 
Órgãos Públicos ou, simplesmente, Órgãos. Quanto a estes, é 
correto afirmar que 
(A) possuem personalidade jurídica própria, respondendo 
diretamente por seus atos. 
(B) suas atuações são imputadas às pessoas jurídicas a que 
pertencem. 
(C) não possuem cargos, apenas funções, e estas são criadas por 
atos normativos do ocupante do respectivo órgão. 
(D) não possuem cargos nem funções. 
QUESTÃO 2 
Prof. GLADSON 25 
(CESPE - Exame da Ordem - 2007) Acerca dos órgãos públicos, assinale 
a opção correta. 
a) A teoria que melhor explica a relação existente entre o servidor 
público e a pessoa jurídica do Estado é a teoria da representação, cuja 
característica principal consiste no princípio da imputação volitiva. 
Assim, a vontade do órgão público é imputada à pessoa jurídica a cuja 
estrutura pertence, já que aquele estaria agindo em seu nome. 
b) A organização da administração pública direta, no que se refere à 
estruturação dos órgãos e competência, é matéria reservada à lei. 
c) É correto, do ponto de vista da natureza jurídica do órgão, afirmar 
que “João propôs uma ação de rito ordinário contra a receita federal”. 
d) Alguns órgãos públicos têm capacidade processual, já que são 
titulares de direitos subjetivos próprios a serem defendidos. 
 
QUESTÃO 3 
Prof. GLADSON 26 
CONCLUSÃO 
Prof. GLADSON 27

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