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Hidrograma Escoamento de base Escoamento Superficial Direto • Uma bacia pode ser imaginada como um sistema que transforma chuva em vazão. • A fração da chuva ocorrida num evento que gera escoamento superficial é conhecida como chuva efeBva. • A chuva efeBva é responsável pelo crescimento rápido da vazão de um rio durante e após uma chuva. Escoamento Superficial Direto • Nem toda a chuva efeBva gerada numa bacia chega imediatamente ao curso d’água. • A parBr dos locais em que é gerado, o escoamento percorre um caminho, com velocidades variadas de acordo com caracterísBcas como a declividade e o comprimento dos trechos percorridos, e a resposta da bacia a uma entrada de chuva depende destas caracterísBcas. O Hidrograma Hidrograma de Escoamento Superficial Direto e Chuva Excedente O Hidrograma Hidrograma de Escoamento Básico Hidrograma de Escoamento Superficial Hidrograma Estudo do Hidrograma • Analisar o Hidrograma é fazer a separação do hidrograma de Escoamento Superficial Direto do hidrograma total. – Estudo de cheias – Determinação do hidrograma de cheias Estudo do Hidrograma • O conhecimento do comportamento da vazão de um rio durante longos períodos de esBagem é fundamental em diversos problemas na hidrologia e gestão de recursos hídricos. • É durante as esBagens que, em geral, ocorrem as situações mais críBcas do ponto de vista ambiental. • Também é durante as esBagens que os conflitos entre os diferentes usos da água tendem a ser mais intensos. Análise do Hidrograma • Primeiro: Determinar os pontos a e c Escoamento de base • Durante os períodos sem chuva, o escoamento natural nos rios é, as vezes, denominado escoamento de base, porque apresenta uma variação muito menor do que a variação observada durante os eventos chuvosos. • O escoamento de base é manBdo pela água subterrânea existente nos aqüíferos da bacia. Escoamento de base • A água subterrânea tem sua origem principal na água da chuva que infiltra no solo e percola para camadas mais profundas. • Ao longo de um período longo de chuvas é grande a quanBdade de água que aBnge os aqüíferos, especialmente o aqüífero superficial. • Durante estes períodos o nível da água subterrânea se eleva. Escoamento de base • Ao longo de períodos secos, a água armazenada no subsolo vai sendo descarregada para as nascentes dos rios e o nível da água subterrânea diminui. • Ao contrário do escoamento superficial, o fluxo de água subterrânea é, normalmente, muito lento. Exemplo Hidrograma do rio dos Bois, em Goiás, de 1990 a 1993, com respostas às chuvas de verão e recessões durante os meses de inverno. Escoamento de base • Quando representado em escala logarítmica, o hidrograma durante a esBagem mostra um comportamento semelhante a uma linha reta. • Isto sugere que o comportamento da vazão do rio dos Bois ao longo deste período pode ser representado por uma equação do Bpo: Q(t) =Q0 ⋅e − t k onde t é o tempo; Q0 é a vazão num instante t0; Q(t) é a vazão num instante t (por exemplo: t dias após t0); e é a base dos logaritmos naturais; e k é uma constante (em unidades de t). Escoamento de Base • Para esBmar o valor da constante k pode-‐se uBlizar dois valores conhecidos de vazão espaçados por um intervalo de tempo ∆t, e rearranjando a equação exponencial, como mostra a equação a seguir: k = −Δt ln Q t +Δt( )Q(t) # $ % & ' ( Exemplo • Durante uma longa esBagem de um rio foram feitas duas medições de vazão, com quatro dias de intervalo entre si, conforme a tabela abaixo. Qual seria a vazão esperada para o dia 31 de agosto do mesmo ano, considerando que não ocorre nenhum evento de chuva neste período? Solução • Portanto, a constante k tem valor de 94 dias. A vazão no dia 31 de agosto pode ser esBmada a parBr da vazão do dia 18, considerando a diminuição que ocorre ao longo dos 13 dias que separam estas duas datas: k = −4 ln 57,660,1 " # $ % & ' ≈ 94 Q(13) = 57,6 ⋅e− 13 94 ≈ 50,2 Portanto, a vazão esperada no dia 31 de agosto seria de 50,2 m3/s Balanço Hídrico da Água Subterrânea • Durante uma esBagem uma bacia se comporta de forma semelhante a um reservatório linear simples, em que a vazão descarregada é proporcional ao volume armazenado. Balanço Hídrico da Água Subterrânea Balanço Geral ΔV Δt =G −E −Q Em que ∆V é a variação do volume de água armazenado no aquífero da bacia (m3); ∆t é o intervalo de tempo considerado (s); G é a percolação do solo para o aquífero (m3/s); E é a evapotranspiração (m3/s); e Q é o escoamento (m3/s) Considerações • Normalmente a evapotranspiração diretamente a parBr do aqüífero é nula;• Em um período de esBagem o fluxo de percolação entre o solo e o subsolo (G) pode ser considerado desprezível. ΔV Δt =G −E −Q dV dt = −Q Δtè0 Escoamento de Base • Aproximar a curva de recessão de um hidrograma durante uma longa esBagem por uma equação exponencial decrescente equivale a admiBr a idéia que a relação entre armazenamento de água subterrânea e descarga do aqüífero para o rio é linear, como na equação a seguir: Q = Vk ou V =Q ⋅ k Em que V é o volume de água armazenado pelo aqüífero (m3); Q é a vazão que passa pelo rio durante a esBagem, que é equivalente à descarga do aqüífero (m3/s); e k é uma constate com unidades de tempo (s). Escoamento de base SubsBtuindo a relação linear: na equação de balanço hídrico simplificada: obtém-‐se a relação: Considerando a condição inicial de que Q(t=0)=Q0 V =Q ⋅ k dV dt = −Q k dQdt = −Q Q(t) =Q0 ⋅e − t k Escoamento • Apesar de toda a complexidade existente no armazenamento e no fluxo de água subterrânea de uma bacia, a relação entre volume de água armazenado e vazão é aproximadamente linear. • Esta afirmação é válida para condições de esBagem, na maior parte dos rios do mundo. Separação do escoamento de base • Método de Linsley D = 0,827 ⋅A0,2 12 14 16 18 20 22 7.3891 20.0855 54.5982 ln Q tempo F 0 5 10 15 20 25 0 20 40 60 80 100 120 140 Q (3 /s ) Tempo (min.)
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