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Luiz Antonio Pereira de Oliveira Engenharia Civil Construções Verticais APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Engenharia Civil Construções VerticaisINTRODUÇÃO 1. Visão Sistémica da construção de edifícios. 2. Racionalização e industrialização da construção civil. 3. Controle de perdas na construção 4. Tecnologia da construção de estruturas em alvenarias. 5. Tecnologia da construção de estruturas em concreto pré-fabricado. 6. Tecnologia da construção em sistemas leves ou semi-leves, 7. Qualidade na construção 8. Avaliação de Sistemas Construtivos Slides das aulas e leitura de apoio (dropbox CV) Programa Metodologia Aulas expositivas e discussão de tópicos Elaboração de trabalhos 1º e 2º bimestre ou (ENADE) Avaliação provas tradicionais Apresentação do professor Luiz Antonio Pereira de Oliveira Engenharia Civil Construções Verticais CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA Prof. Luiz Oliveira Definições “É um todo organizado e unido, composto por duas ou mais partes interdependentes, componentes ou subsistemas, e delimitado por fronteiras identificáveis do seu microssistema ambiental” (Ludwig von Bertalanfly) “conjunto de partes, interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário efetuando uma dada função” (John O’Shaughnessy,1970) VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira Conjunto de dois ou mais elementos inter-relacionados de alguma maneira É contextualizar as partes para entender o funcionamento do todo, ou seja, estudar as partes levando em consideração o seu papel na estrutura do todo. Isso implica no conceito de que o todo, resultante da junção das partes, é muito maior/mais amplo do que simplesmente a soma destas. Existem características somente para o todo, que não podem ser encontradas nas partes. Engenharia Civil Construção VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira Organização: se constitui em um super fluxo que estabelece as comunicações, a coordenação e a ação entre as partes que devem ser compatibilizadas, através da estruturação de forma a criar um conjunto integrado e harmonioso (Faria, 1989) Estrutura: metodologia para resolução de problemas complexos VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira É o processo contínuo de concepção e análise dos sistemas (processos) construtivos, como totalidade integrada, em que as partes interagem no sentido de configurar o comportamento global de uma edificação, diante de condições objetivas de um contexto específico, no qual se destina a ser implantada (Braga, 1998) . VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira 2 enfoques 1º Conjunto de partes distintas elaboradas para funcionarem integradamente compondo o objeto físico edificação. 2º Avaliação organizacional global das relações entre os participantes do processo e entre as atividades por eles realizadas para a obtenção do produto final edifício. VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira 1 – levantamento de dados: características e variáveis dos processos 2 – entendimento prévio de cada subsistema e seus respectivos processos de produção 3 – prescrição dos processos construtivos 4 – estipular sistemas de parâmetros para análise (custo x beneficio, desempenho, etc.) 5 – descrever métodos e critérios de avaliação 6- avaliar e, se necessários, buscar outras alternativas A visão sistémica do edifício permite analisar as características e as funções inerentes somente ao edifício como um todo, de forma global e integrada. VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira sistema: o edifício analisado como um todo. Sua subdivisão hierárquica (em partes: subsistemas, elementos e componentes) É FEITA PELO NÍVEL FUNCIONAL DE SUAS PARTES. subsistema: a maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinado a cumprir uma macro função que a define (exemplo: fundação, estrutura, vedações verticais, instalações hidrosanitárias, cobertura). elemento: uma parte de um subsistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes. (exemplo: parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura). componente: Produto integrante de determinado elemento do edifício, com forma definida e destinado a cumprir funções específicas (exemplos: bloco de alvenaria, telha, folha de porta). VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira As partes têm funções bem definidas e devem ter desempenho específico para atender às exigências dos usuários; Ao subdividir em partes menores fica mais fácil e preciso o estabelecimento de requisitos de desempenho; As partes podem ter diferentes vida útil. Quanto mais baixa na hierarquia funcional menor a vida útil requerida, desde que possam ser substituídas. Ou seja: A vida útil das partes é uma fração da vida útil do edifício. P.ex.: a vida útil de um componente pode ser uma fração da vida útil de um subsistema. VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira Sistema Subsistema Elemento Componente Materiais O Edifício Vedação Vertical Parede de alvenaria Bloco, Junta de Arg. Cimento, cal, areia VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira Definição Elementos Importância Classificação Desempenho VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Engenharia Civil Construções Verticais Prof. Luiz Oliveira O comportamento de cada elemento do conjunto tem efeito sobre as propriedades do conjunto como um todo O comportamento de cada elemento depende de pelo menos um outro elemento do conjunto Os subconjuntos formados a partir do conjunto principal (subsistemas) também possuem estas duas propriedades CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA Engenharia Civil Construções VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira A subdivisão do edifício em partes (subsistemas) é feita por critérios funcionais. Cada um dos subsistemas tem uma função muito bem definida, que o caracteriza. Os subsistemas também são subdivididos em partes (elementos) por critérios funcionais Os elementos são compostos por um conjunto de componentes. Cada componente é caracterizado por suas funções. Engenharia Civil Construções Verticais O EDIFÍCIO COMO UM SISTEMA VISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira OS SUBSISTEMAS DO EDIFÍCIO (ISO) ESTRUTURA estruturas de fundações estruturas de elevação estruturas de contenções ENVOLTÓRIA EXTERNA (INVÓLUCRO) vedações verticais vedação horizontal inferior vedação horizontal superior vedações horizontais sobre espaços externos DIVISÓRIAS INTERNAS (PARTIÇÕES) partições verticais partições horizontais partições inclinadas (escadas , rampas) PARTIÇÕES EXTERNAS INSTALAÇÕES DE SERVIÇOS INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA MOBILIÁRIO Engenharia Civil Construções VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira OS ELEMENTOS DO EDIFÍCIO (CIB) (elemento ≡ parte funcional) SUBESTRUTURA Contenções Lajes de piso Fundações (em geral) Fundações profundas Outras ESTRUTURA E VEDAÇÕES Estruturas reticulares Paredes externas Paredes internas Pisos Escadas Coberturas COMPLEMENTOS (completions) C. de paredes externas C. de paredes internas C. de pisos C. de escadas Forros suspensos C. de coberturasOutros complementos ACABAMENTOS (finishes) Acab. de paredes externas Acab. de paredes internas Acab. de pisos Acab. de escadas Acab. de forros suspensos Acab. de coberturas Outros acabamentos INSTALAÇÕES (services) Hidráulicas (preponderantemente) Elétricas (preponderantemente) ACESSÓRIOS (fittings) De cozinha Sanitários De manutenção e limpeza Engenharia Civil Construções VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira FUNÇÕES DOS SUBSISTEMAS FUNDAÇÕES: Transferir para o solo (com segurança pré-definida) as cargas provenientes da estrutura. SUPERESTRUTURA Absorver e transmitir para as fundações, todos os esforços incidentes sobre o edifício (com segurança pré-definida). principal requisito de desempenho - a estrutura deve garantir a segurança estática (e dinâmica, em certos países) do edifício, quando este for submetido às ações previsíveis Engenharia Civil Construções VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira FUNÇÕES DOS SUBSISTEMAS VEDAÇÕES Vedar o edifício e seus ambientes internos de modo a propiciar condições adequadas de utilização, ou: Proteger os ambientes internos contra a ação indesejável dos diversos agentes atuantes, (p.ex.: calor, frio, sol, chuva, vento, umidade, ruídos, ladrões), controlando-os. principal requisito de desempenho - as vedações devem suprir as condições de habitabilidade do edifício, dentro das condições de contorno previsíveis. Engenharia Civil Construções VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira FUNÇÕES DOS SUBSISTEMAS AS VEDAÇÕES SÃO CONSTITUÍDAS POR TRÊS ELEMENTOS FUNCIONAIS VEDO + CAIXILHARIAS + REVESTIMENTOS VEDO = O principal elemento da vedação responsável pela função de vedar (paredes, divisórias, painéis de fachada, etc.). CAIXILHARIAS = elemento complementar da vedação utilizado no fechamento das aberturas (vãos), com a função de controlar a passagem de agentes atuantes (janelas, portas, etc). REVESTIMENTOS = elemento complementar da vedação com as funções de proteção e acabamento. (revestimentos de parede, de fachada, de pisos, de forros, etc.) Engenharia Civil Construções VerticaisVISÃO SISTÉMICA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Prof. Luiz Oliveira Processos Construtivos Racionalizados São processos que incorporam princípios de planejamento e controle tendo como objetivo: eliminar desperdícios aumentar a produtividade global, planear o fluxo de produção e centralizar e sistematizar as decisões. E melhorar e ou otimizar o desempenho do produto edifício e de suas partes Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Luiz Antonio Pereira de Oliveira Engenharia Civil Construções Verticais RACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO. COORDENAÇÃO DIMENSIONAL MODULAR. EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS E ESPECIFICAÇÕES DE DESEMPENHO. Prof. Luiz Oliveira CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS TRADICIONAIS RACIONALIZADOS INDUSTRIALIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS (exemplos) TRADICIONAIS de ERCA + alvenaria de vedação de estrutura “mista” (alvenaria + concreto) RACIONALIZADOS de alvenaria estrutural de paredes maciças moldadas no local INDUSTRIALIZADOS Pré-fabricados • de estrutura laminar • de estrutura reticular Volumétricos Modulares (de produção “aberta”) Monolíticos leves (“mobile homes”) Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira Processos Construtivos Racionalizados Processos nos quais as técnicas organizacionais utilizadas nas indústrias manufatureiras são empregadas na construção de edifícios, sem mudanças radicais nos métodos de produção. São processos que incorporam princípios de planejamento e controle tendo como objetivo: eliminar desperdícios aumentar a produtividade global, planear o fluxo de produção e centralizar e sistematizar as decisões. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NECESSIDADE: Quando o serviço de fabricação de um determinado produto é composto apenas da montagem de peças com tarefas simples e repetitivas, a participação humana fica limitada. MECANIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO máquinas para auxiliar o trabalho humano, aumentando a potência e capacidade de repetição de tarefas simples • evolução de ferramentas (chave de fenda e marretas por aparafusadeira elétrica e marteletes pneumáticos) equipamentos para realizar as tarefas simples e repetitivas com maior potência e maior capacidade de repetição e, em alguns casos, com maior precisão e qualidade. Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL MECANIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL MECANIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL MECANIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL No passo seguinte à mecanização, as máquinas agora passam a substituir o ser humano, não necessitando mais do seu comando para atuar, mas sim de uma programação pré-estabelecida. Os mecanismos automatizados são usados nos processos de: - fabricação, - transporte, - montagem, - inspeção e controle. Pode se dar tanto na fase de execução do empreendimento como na fase de uso da edificação (edifícios inteligentes). AUTOMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL AUTOMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Pré-moldagem aplicada à produção em grande escala resulta na pré- fabricação, que, por sua vez, é uma forma de buscar a industrialização da construção Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Construção Industrializada: Eliminação das improvisações nos canteiros; Mão-de-obra qualificada; Otimização de custo (desperdício); Padronização e racionalização; Produção seriada e em escala; Cronogramas rígidos. O objetivo é produzir: em maior quantidade; com melhor qualidade; a um custo menor; em um tempo menor. A produção em série é uma condição necessária para o emprego de uma tecnologia industrializada e determinante de um processo industrial. Só existe industrialização se há uma tecnologia mecanizada envolvida no processo. (HUTH, 1976) A CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Quais as Diferenças para construção civil? • indústria da construção civil: modo diferenciado, em relação as indústrias de outros setores, pois o produto a ser gerado pela mesma, não desloca-se ao longo do tempo aos postos de trabalho e sim às matérias primas, operários e ferramentas é que deslocam-se ao local de aplicação. • Este fato representa limitações para as empresas do setor, quanto ao processo de industrialização, ao contrário de outras indústrias que adotam o sistema de linha de montagem (eletrônica, automobilística) e que apresentam- se altamente mecanizadas. • As particularidades de cada obra e as diferençastécnico construtivas impõem essa característica, inviabilizando a mecanização maciça no canteiro de obras. Mais factível é a industrialização extra canteiro, de componentes e/ou instalações da obra (Fundação João Pinheiro, 1984) Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Diferença entre pré-moldado e pré-fabricado Elemento pré-moldado Elemento que é executado fora do local de utilização definitiva na estrutura, com controle de qualidade menos rigoroso. Ex.: meio-fio Elemento pré-fabricado Elemento pré-moldado, executado industrialmente, mesmo em instalações temporárias em canteiros de obra, sob condições rigorosas de controle de qualidade. Ex.: pilar NBR 09062 - 2001 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado PRÉ-FABRICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Revista FAE BUSINESS, número 10, novembro 2004 Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ►A construção civil é o único setor da economia nacional que não se industrializou de forma notável. Hoje apresenta grande variabilidade tecnológica onde coexistem processos produtivos dos mais tradicionais aos mais modernos. ►O que impulsiona o uso mais intensivo dos sistemas industrializados no Brasil é a internacionalização da economia, com a chegada de empreendedores estrangeiros, habituados à utilização dos pré-fabricados e a obras rápidas. ►A construção civil no mundo tem buscado sistemas mais eficientes de construção com o objetivo de aumentar a produtividade, diminuir o desperdício e atender a uma demanda crescente, o que passa necessariamente pela construção industrializada. ►As inovações tecnológicas na indústria da Construção Civil, mudam a obra de “construção” para “montagem”. ► A substituição da construção convencional por métodos industrializados de construção gera diversos benefícios tanto para as construtoras como também para os clientes. ► A combinação dos diversos sistemas construtivos em aço e concreto pode gerar facilidades construtivas entre outras inúmeras vantagens, assim como a combinação do processo construtivo industrializado com o próprio processo convencional, em certas ocasiões, pode proporcionar maior desempenho da construção. ► Cada etapa de uma construção tem sua tecnologia e sistemas próprios, cabendo, então, estudos detalhados e complexos de viabilidade técnica. EM RESUMO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL A tendência é que a construção civil, nas próximas décadas, seja influenciada pelo desenvolvimento do processo de informação, pela comunicação global, pela industrialização e pela automação. mudanças significativas na base produtiva da construção civil aplicação de uma filosofia industrial EM RESUMO Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL - Sistema construtivo pré-fabricado ou convencional? Disponível em http://blogdaeternit.com.br/construcao-civil/sistema-construtivo-pre-fabricado- ou- convencional/, capturado em 01/03/2011. - BAGATELLI, R., Edifícios de alto desempenho: conceito e proposição de recomendações de projeto. PPGEC – UFES, Vitória, 2002. -OLIVEIRA, L.F.G., Mercado da Construção Civil e Construção Industrializada, IV Ciclo de seminários, UFPR, 2008. -BAPTISTA, S. M., Racionalização e industrialização da construção civil,UFSCar. -Sistema convencional versus pré-fabricado os ganhos qualitativos e quantitativos na gestão de um projeto pelo sistema construtivo pré-fabricado em concreto. Revista FAE BUSINESS, número 10, novembro 2004. -http://www.eps.ufsc.br/disserta96/maues/cap1/cap1.htm Referências: Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DA RACIONALIZAÇÃO À INDUSTRIALIZAÇÃO Prof. Luiz Oliveira CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA • Industrialização é a máxima separação entre concepção e execução. • Condição: o trabalho deve se tornar uma mercadoria homogênea, produzida por entidades de classe ou pela própria empresa. • Consequência: elevação da produtividade. Três formas de separar concepção e execução: A) Mecanização das operações • Linha de montagem. • Logística de canteiro. B) Treinamento da força de trabalho • Administração científica. • Estudo de tempo e movimento. C) Racionalização da produção • Otimização entre meios e fins. • Controle de desperdícios • Gestão de qualidade. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL "Industrialização da construção é um processo evolutivo que, através de ações organizacionais e da implementação de inovações tecnológicas, métodos de trabalho e técnicas de planejamento e controle, objetiva incrementar a produtividade e o nível de produção e aprimorar o desempenho da atividade construtiva. (Sabbatini, 1989) Prof. Luiz Oliveira Os processos construtivos tradicionais (ERCA + alvenaria e de estrutura” mista”) podem evoluir para processos construtivos racionalizados ? ATRAVÉS DE: AÇÕES ORGANIZACIONAIS Incorporação ao processo de produção de INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS INOVAÇÃO TECNOLÓGICA é um aperfeiçoamento tecnológico, resultado de atividades de pesquisa e desenvolvimento internas ou externas à empresa é aplicado ao processo de produção do edifício objetivando a melhoria do processo de produção e do produto (do edifício ou de uma parte do mesmo) BARROS [1996] Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL SIM! Prof. Luiz Oliveira INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Um novo produto, método, processo ou sistema construtivo introduzido no mercado. Incorporaração de uma nova ideia que represente um sensível avanço na tecnologia existente em termos de: desempenho, qualidade ou custo do edifício ou uma sua parte. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E TECNOLOGIA CONSTRUTIVA RACIONALIZADA As TECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS RACIONALIZADAS configuram-se em INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS, desde que sejam incorporadas ao sistema produtivo da empresa e efetivamente aplicadas ao processo de produção. BARROS [1996] Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira E os processos construtivos tradicionais e racionalizados podem evoluir para processos construtivos industrializados ? Processos Construtivos Industrializados Processos baseados no uso intensivo de componentes e elementos produzidos em instalações fixas (fábricas, usinas) e que são acoplados no canteiro. Normalmente incorporam mudanças significativas nos métodos de produção em uso. Utilizam preponderantemente as técnicas industriais de produção, transporte e montagem. A integração do todo submete-se aos princípios organizacionais da indústria estacionária. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira E segundo o conceito de grau de industrialização ? GRAU DE INDUSTRIALIZAÇÃO Indicador que avalia o estágio organizacional de um processo industrial. Normalmente o indicador adotado está relacionado com um índice que mede a PRODUTIVIDADE POTENCIAL do processo. Se o grau de industrialização (Ip) for medido, P. Ex., pelo consumo de mão de obra no estaleiro de obras, podemos parametrizar os processos construtivos em: TRADICIONAIS Ip ≥ 40 HH/m² RACIONALIZADOS 20HH/m² ≤ Ip < 40 INDUSTRIALIZADOS Ip < 20 HH/m² Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira INDUSTRIALIZAÇÃO É um processo evolutivo que, através de ações organizacionais e da implementação de inovações tecnológicas, métodos de trabalho e técnicas de planejamento e controle objetiva: INCREMENTAR A PRODUTIVIDADE E O NÍVEL DE PRODUÇÃO e APRIMORAR O DESEMPENHO DA ATIVIDADE CONSTRUTIVA SABBATINI [1989] CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA Identifica-se quatro formas de industrialização (ou de construção industrializada): PRÉFABRICAÇÃO (industrialização de ciclo fechado) SISTEMA MODULAR DE CONSTRUÇÃO (industrialização de ciclo aberto) CONSTRUÇÃO RACIONALIZADA (p.ex. alvenaria estrutural) CONSTRUÇÃO “IN LOCO” COM EQUIPAMENTOS (p.ex. sistemas de parede maciça moldada no local) Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FECHADO Empresa produz inteiramente com seus próprios meios e em suas próprias usinas o edifício completo As partes podem ser intercambiáveis mas somente dentro de um projeto exclusivo da empresa A empresa pré-fabrica elementos em função do próprio consumo, nas suas obras INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO ABERTO Industrialização de componentes destinados ao mercado e não para atender as necessidades de uma única empresa. Empresa produz componentes e elementos construtivos regularmente, para ocupar as prateleiras do seu estoque. A empresa orienta-se para a fabricação de componentes intermediários do produto final, que é o edifício e não, segundo critérios próprios para a fabricação de produtos finais O requisito fundamental para a industrialização de ciclo aberto é a integração sistémica. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Um exemplo virtuoso de pré‐fabricação de ciclo fechado: Lelé INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FECHADO Hospital Distrital de Taquatinga, publicadas em “Arquitetura: uma experiência na área da saúde” (Romano Guerra, 2012), Prof. Luiz Oliveira INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO ABERTO Para ser implantada exige: COMO MEIOS DE PLANEJAMENTO Normalização Padronização e tipificação Coordenação modular e modulação COMO MEIOS DE PRODUÇÃO Racionalização Mecanização A CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA SE BASEIA NO TRIPÉ: COORDENAÇÃO MODULAR RACIONALIZAÇÃO CONSTRUTIVA MECANIZAÇÃO Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Verticalpre Indústria de Préfabricados Lambiase Indústria Metalúrgica ltda Prof. Luiz Oliveira Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL coordenação dimensional inter-relação de medidas de elementos e componentes construtivos e das edificações que os incorporam, usada para seu projeto, sua fabricação e sua montagem coordenação modular coordenação dimensional mediante o emprego do módulo básico ou de um multimódulo Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Desde o pré-dimensionamento, é essencial “conspirar” para que uma coordenação modular consistente seja desenvolvida. O espaços devem ser múltiplos de um módulo espacial (arbitrado, mas não arbitrário) ou de um grupo coeso de módulos espaciais básicos. A coordenação modular envolve “módulos”: funcionais, estruturais, construtivos, de instalações, de infra- estrutura predial etc. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL A ordem oculta que a coordenacão modular aporta à arquitetura, não é somente uma resposta a um problema de índole material e organizacional, senão que é também uma das bases nas quais se sustenta a beleza. As grandes construções monumentais, sempre apresentam um rigor geométrico e uma modulação evidentes, qualidades que não só outorgam uma beleza reconhecida, como também facilitam o processo de materialização. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Economia: uso do menor número possível de elementos Rigor: excluir do projeto tudo que não contribui para sua consistência formal Precisão: ideal de perfeição humana Universalidade: condição de algo que possa ser reconhecido por si mesmo Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Racionaliza e facilita o processo projetual, já que estabelece uma limitação às medidas aplicáveis aos componentes e ao projeto como um todo, além de facilitar e flexibilizar a combinação dessas medidas. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Possibilita o emprego dos componentes na construção em seu espaço designado, sem a necessidade de modificações do projeto para a obra, evitando gastos e redução de resíduos. • Controlo do tempo de execução: reduz prazos de execução • Melhora o entrosamento entre projetistas, fabricantes de materiais e executores da obra pela adoção de parâmetros comuns, facilitando a coordenação do projeto em obra e a manutenção do edifício. • Adequa as características da construção civil aos processos de produção industrial. 1851 – primeira obra coordenada dimensionalmente 1938 - 1955 - Estudos de CM na Europa e nos EUA 1942 - 1966 - 23 países publicam normas de CM 1955 - 1957 - Acordo de Coordenação Modular Decimal M=100mm 1974 - 1984 - Publicação de 12 Normas ISO Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL MODULAÇÃO ESTRUTURAL Vila Foscari (Malcontenta) de Palladio Garches (Vila Stein) de Le Corbusier Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Módulos em Utilização: 100 mm – módulo adotado internacionalmente (ISO) 12,5 cm – módulo adotado pela Alemanha até 1976 (atualmente em declínio de uso) 4” - módulo adotado pelos Estados Unidos, com indicadores de ser substituído pelo módulo internacional de 100 mm Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Objetivos da coordenação modular A coordenação modular visa a promover a compatibilidade dimensional entre elementos construtivos (definidos nos projetos das edificações) e componentes construtivos (definidos pelos respectivos fabricantes). Isso significa: a) ampliar a cooperação entre os agentes da cadeia produtiva da construção civil; b) racionalizar a variedade de medidas de coordenação empregadas na fabricação de componentes construtivos; c) simplificar o processo de marcação no canteiro de obras para posicionamento e instalação de componentes construtivos; d) aumentar a intercambiabilidade de componentes tanto na construção inicial quanto em reformas e melhorias ao longo da vida útil projetada da edificação. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Coordenação Modular Tríade básica: - Reticulado Modular de Referência - MÓDULO (100 mm) - Ajuste Modular Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL MÓDULO 100 mm Submódulos Multimódulos Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Ajuste Modular É uma medida que relaciona a Medida de Projeto do componente com a Medida Modular compatibilizando um elemento a outro. Estabelece a relação dos componentes da construção com o reticulado modular de referência. Também chamadode folga, junta ou tolerância. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ADIÇÃO DE COMPONENTES MODULADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Exemplo compositivo com componentes modulados Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL MontagemComponentes separados COMPONENTES COORDENADOS MODULARMENTE Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Montagem Componentes isolados Complementação (retrabalho) Cortes (desperdício de materiais) COMPONENTES COORDENADOS MODULARMENTE Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Cortes (desperdício) Complementação (retrabalho) COMPONENTES NÃO COORDENADOS MODULARMENTE Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Base para industrialização • A coordenação modular é base fundamental para a industrialização da construção em um padrão aberto. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Princípios da coordenação modular • Módulo básico • A unidade de medida fundamental na coordenação modular é o módulo básico representado pela letra M. Seu valor normalizado é: • 1 M = 100 mm Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Espaços de coordenação e espaços modulares de elementos e componentes construtivos O espaço ocupado por um elemento ou componente denomina-se espaço de coordenação. Ele inclui o elemento ou componente propriamente dito e as folgas perimetrais requeridas em razão de suas deformações (mecânicas, térmicas ou por umidade), suas tolerâncias (de fabricação, marcação e montagem), seu processo de instalação e seus materiais de união com componentes ou elementos vizinhos. Essas folgas perimetrais são denominadas ajustes de coordenação. Dessa forma, a medida de coordenação deve ser obtida por: Mc = Mn + Ac Onde Mc é a medida de coordenação do elemento ou componente; Mn é a medida nominal; Ac é o ajuste de coordenação Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Módulo normal (módulo básico) – Medida mínima de referência da qual devem derivar as medidas em projeto e obra. Corresponde a uma medida mínima divisora comum que visa coordenar as dimensões dos elementos de construção. O desenho do reticulado modular de referência resulta dessa medida. Por convenção internacional, o módulo básico (M) mede 10 cm. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Sistema modular de referência • Sistema constituído por pontos, retas e planos, que serve de referência espacial para se determinar as dimensões e a posição dos componentes construtivos. • Desenho com a malha modular • Desenho com elementos modulares. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Quadrícula modular de referência – Malha bidimensional de base quadrada. Superposição de retículas: podem representar subsistemas diferentes no mesmo edifício: por ex. estrutural, espacial, fechamento. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Módulo base – Unidade de medida cujo valor se fixa para coordenar as dimensões dos componentes com a máxima flexibilidade. Seu valor deriva do módulo básico – Ex: blocos de construção - dimensão 3M. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Zona neutra – Zona não modular compreendida entre quadrículas modulares destinadas a absorver partes do projeto de difícil modulação. • Quadrícula modular composta – Conjunto de quadrículas modulares de projeto relacionadas entre si por zonas neutras. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Junta – É o espaço entre dois componentes adjacentes. A medida modular de um componente corresponde a sua medida nominal mais a metade das juntas entre o mesmo e os dois componentes contíguos, ou seja, é igual à medida nominal mais duas meias-juntas. Ex: bloco de betão 3M - 300mm – 288mm + 12mm (junta) CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Tolerância – Margem admissível dentro da qual pode variar a medida real de um componente em relação à medida nominal para que não comprometa a medida da junta. Também chamada de ajuste modular. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Medida nominal – É a medida teórica especificada no projeto de um componente construtivo e que se tenta alcançar na produção, dentro de um limite permissível de variações (tolerância). Ex: 288mm • Medida real – É a medida que se obtém do componente produzido, na qual estão incluídas as tolerâncias admitidas. – Ex: 288,8mm; 287,5mm; 288,3mm CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Posição Simétrica – A projeção ortogonal do componente está situada sobre uma linha da quadrícula modular de referência com suas faces eqüidistantes dessas linhas. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Posição Assimétrica – A projeção ortogonal do componente está situada sobre uma linha da quadrícula modular de referência, estando suas faces afastadas diferentemente dessa linha. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Posição Lateral – A projeção ortogonal do componente está situada com uma das faces colocada lateralmente a uma linha da quadrícula modular de referência. CONCEITOS MAIS UTILIZADOS Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Todas as medidas são iguais? Ou algumas são preferenciais seja por questões compositivas, ou pela prática construtiva, ou mais económicas ou mais ergonómicas, etc. Exemplos: • Divisórias ou paredes: 5, 10 ou 15 cm espessura. • Pé direito: 300 cm • Produtos laminares: 120 cm largura (painéis) • Retículas de gesso: 60 x 60 cm ou 60 x 120 cm Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Espaço de coordenação espaço de coordenação espaço necessário a um elemento ou componente construtivo, incluidas folgas para deformações e instalação, tolerâncias e materiais de união, quando for o caso. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • ajuste de coordenação diferença entre uma medida nominal e a medida de coordenação correspondente. O ajuste de coordenação garante espaço para deformações, tolerâncias e materiais de união, quando for o caso 0,5 0,5 Ajuste de coordenação Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Conceitos das Medidas medida real medida verificada diretamente no objeto singular, após sua execução/fabricação. medida nominal medida esperada de um objeto,medida definida antes da execução/fabricação. tolerância diferença admissível entre uma medida real e a medida nominal correspondente. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Medidas modulares 19,9 6,56 medida de coordenação medida do espaço de coordenação de um elemento ou componente. medida modular medida de coordenação cujo valor é igual ao módulo básico ou a um multimódulo Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Medida (de coordenação) modular 19,9 6,56 Novas medidas nominais conjunto modular agrupamento de componentes construtivos que, em conjunto, resultam em medidas de coordenação modulares Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Coordenação Modular •Compatibilidade de medidas garantida pelo módulo de 100 mm Componente A Componente B Medidas nominais 119,5 x 239,5 29,7 x 29,7 Junta 1 0,6 Medidas modulares 120 x 240 30 x 30 Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Sistema de referência • sistema geométrico tridimensional de n planos ortogonais no qual a distância entre quaisquer planos paralelos é igual ao módulo básico ou a um multimódulo Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL sistema de referência modular Medidas modulares geram flexibilidade Largura Modular = 9M Diferentes ajustes de coordenação, conforme a natureza dos componentes Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Multi e submódulos • Multimódulos Para uma melhor articulação dos elementos e componentes construtivos, é importante a adoção, desde o projeto da edificação, de multimódulos convenientes ao uso e à solução construtiva, diferenciando séries para as medidas modulares verticais e para as medidas modulares horizontais • Incrementos submodulares São frações do módulo básico, com os seguintes valores normalizados: M/2 = 50 mm; M/4 = 25 mm; M/5 = 20 mm Não podem ser usados: — em substituição ao módulo; — para determinar a distância entre planos modulares de um mesmo sistema de referência; — isoladamente, como medida de coordenação de um componente. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Equívocos Compreensão da coordenação modular apenas como coordenação dimensional. nM Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Equívocos… Confusão de conceitos, especialmente quanto às medidas nominais e modulares. (Normas) Catálogos e embalagens raramente distinguem entre medidas nominais, de coordenação e modulares, nem evidenciam como compor conjuntos modulares. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Porta interna Antes Depois Medidas nominais 215,5 x 77 218 x 78 Folga perimetral 1 1 Medidas de coord’. 217,5 x 79 220 x 80 Exemplos de soluções - portas Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Laje pré. convencional Antes Depois Medidas nominais 9 + 33 9 + 30,5 Ajuste 0,5 0,5 Medidas de coordenação do conjunto 9 + 33 + 0,5 = 42,5 9 + 30,5 + 0,5 = 40 Exemplos de soluções - lajes Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Pilar Largura x Espessura (cm) Altura (cm) Medidas nominais 30 x 30 280 Folga 2,5 em cada face 2,5 Medidas de coordenação 35 x 35 282,5 Exemplo no setor de prefabricados de concreto Componente não coordenado modularmente Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Conjunto não coordenado modularmente As medidas nominais dos vãos são múltiplos de 10cm, mas... Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ...quando se somam as folgas, os vão resultantes de fato não serão modulares, porque... Conjunto não coordenado modularmente Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ...os espaços necessários a cada componente não têm medidas múltiplas de 10 cm, isto é, as medidas de coordenação não são modulares. Conjunto não coordenado modularmente Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Para solucionar a questão, pode-se aumentar as folgas ou o as medidas nominais dos componentes, de modo a obter medidas de coordenação modulares. Conjunto coordenado modularmente Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Isso possibilita o encaixe de outros componentes modulares sem cortes. Conjunto coordenado modularmente Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Qual o sentido da cordenação dimensional para a construção? • Nos momentos iniciais do projeto as vantagens não são explícitas nem imediatas. Entretanto a sua aplicação produz ordem ao resultado compositivo e confere método ao trabalho projetual, o que facilita num momento posterior a pormenorização e o projeto executivo. Créditos: H.A. Greven; A.F. Baldauf; S. Leusin Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira RACIONALIZAÇÃO CONSTRUTIVA ? É um processo composto pelo conjunto de todas as ações que tenham por objetivo OTIMIZAR o uso dos recursos disponíveis na construção (materiais humanos, organizacionais, energéticos, tecnológicos, temporais e financeiros), em todas as suas fases A INDUSTRIALIZAÇÃO PARA SER EFICAZ EXIGE AINDA QUE ESTEJA IMPLANTADA NO PAÍS UMA: METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO EM UTILIZAÇÃO DO EDIFÍCIO E SUAS PARTES (CONCEITO DE DESEMPENHO) Sem esta ação reguladora todo esforço tende a resultar em edifícios inadequados às exigências do usuário. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira A avaliação de desempenho consiste em prever o comportamento potencial do edifício, seus elementos e componentes, quando em utilização O CONCEITO DE DESEMPENHO Comportamento em utilização de um produto O produto deve apresentar propriedades e características que o capacitem a cumprir SUAS FUNÇÕES durante a vida útil Este comportamento se dá frente ao meio ambiente em que o produto está inserido Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ESPECIFICAÇÕES DE DESEMPENHO Os requisitos e critérios de desempenho, associados a uma forma de avaliação bem definida constituem as ESPECIFICAÇÕES DE DESEMPENHO de um edifício. Segundo o CIB (Conseil International du Bâtiment) as especificações de desempenho são uma expressão das funções exigidas de um objeto, que correspondem a um uso claramente determinado. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira Conjunto de necessidades a serem satisfeitas pelo edifício para cumprir a sua função Deve considerar limitações e particularidades de regiões e populações Há exigências de carater absoluto e de carater relativo Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NBR-15575 EDIFÍCIOS HABITACIONAIS DE ATÉ 5 PAVIMENTOS- DESEMPENHO Objetivo “Estabelecer uma sistemática de avaliação de tecnologias e sistemas construtivos de habitações, com base em requisitos e critérios de desempenho expressos em normas técnicas brasileiras ABNT/Inmetro“ Pini A nova norma de Desempenho de Edificações e seus impactos sobre o Setor da Construção Civil A NORMA NÃO SE APLICA A obras já concluídas e construções preexistentes; obras em andamento na data da entrada em vigor da norma (19 de julho de 2013); projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em vigor da norma; obras de reformas ou retrofit; edificações provisórias. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL edificações habitacionais com qualquer número de pavimentos, geminadas ou isoladas, construídas com qualquer tipo de tecnologia A NORMA SE APLICA A Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Conceitos, definições e responsabilidades Componente unidade integrante de determinado sistema da edificação, com forma definida e destinada a atender funções específicas (ex: bloco de alvenaria, telha, folha de porta) Elemento parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes (ex: parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura) Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Conceitos, definições e responsabilidades Sistema maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a atender uma macrofunção que o define (ex: fundação, estrutura, pisos, vedações verticais, instalações hidrossanitárias, cobertura) Desempenho comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas; desempenho, segundo as condições de exposição e de uso e manutenção por seus ocupantes Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Condições de exposição conjunto de ações atuantes sobre a edificação habitacional, incluindo cargas gravitacionais, ações externas e ações resultantes da ocupação Norma de desempenho conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para uma edificação habitacional e seus sistemas, com base em requisitos do usuário, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes Conceitos, definições e responsabilidades Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Ações atuantes sobre a edificação cargas ventilação umidade temperatura interna Sol e luz ruído chuva vento chuva sol poeira crianças adultos detergentes autos ruídos fogões insetos solo etc. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Requisitos de desempenho condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas devem possuir (estrutura, cobertura, sistema hidrossanitário etc.), de modo a atender aos requisitos do usuário Conceitos, definições e responsabilidades Critérios de desempenho especificações quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades mensuráveis, a fim de que possam ser objetivamente determinados (ou de qualidades que possam ser objetivamente determinadas) Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Especificações de desempenho conjunto de requisitos e critérios de desempenho estabelecido para a edificação ou seus sistemas. As especificações de desempenho são uma expressão das funções requeridas da edificação ou de seus sistemas e que correspondem a um uso claramente definido; no caso desta Norma, referem-se a edificações habitacionais Conceitos, definições e responsabilidades Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Exigências do usuário Condições de exposição Edifício e suas partes Requisitos de desempenho Qualitativos Critérios de desempenho Quantitativos, em geral Métodos de avaliação Análises, cálculos, ensaios Avaliação de desempenho Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Estrutura da norma ABNT/NBR-15575 – 312 páginas Parte 1: Requisitos gerais – 71 p. Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais - 31 p. Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos - 42 p. Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas - 63 p. Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas - 73 p. Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários - 32 p. Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Os projetos devem ser desenvolvidos com base nas características geomorfológicas do local, avaliando-se os riscos de deslizamentos, enchentes, erosões e outros Parte 1: Requisitos gerais Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Avaliar riscos Requisitos e critérios de desempenho (NBR-15575) a) Segurança • Desempenho estrutural • Segurança contra incêndio • Segurança no uso e operação b) Habitabilidade ̶ Estanqueidade ̶ Conforto térmico ̶ Conforto acústico ̶ Conforto lumínico ̶ Saúde e higiene ̶ Funcionalidade e acessibilidade ̶ Conforto tátil ̶ Qualidade do ar c) Sustentabilidade ̶ Durabilidade ̶ Manutenabilidade (NBR 5674) ̶ Adequação ambiental Conceitos, definições e responsabilidades Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Desempenho estrutural - ABNT/NBR-15575-2 Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Impactos de corpo mole Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Os parapeitos e os guarda-corpos de edificações habitacionais, posicionados em terraços, varandas, escadas, coberturas acessíveis e outros, devem atender ao disposto na norma NBR 14718, relativamente à altura, distanciamento máximo entre as peças e todas as demais disposições, incluindo as solicitações mecânicas detalhadas na norma. Ações em parapeitos e guarda-corpos Cargas suspensas nas paredes Ação do vento em coberturas Atuação de sobrecargas em tubulações Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Necessidade de dificultar o princípio do incêndio Dificultar a propagação do incêndio Equipamentos de extinção, sinalização e iluminação de emergência Facilidade de fuga em situação de incêndio Segurança Contra Incêndio Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Segurança Contra Incêndio Desempenho estrutural em situações de incêndio Resistência ao fogo de elementos estruturais e de compartimentação Resistência ao fogo de sistemas de cobertura Resistência ao fogo de entrepisos Limitar a fumaça Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Desempenho ao longo do tempo (recuperações por ações de manutenção) Durabilidade capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob condições de uso e manutenção especificadas no manual de uso, operação e manutenção Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Responsabilidade do Usuário Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃOE INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Vida Útil - VU período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de desempenho previstos na Norma de Desempenho, considerando sua manutenção especificada no Manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com prazo de garantia legal ou contratual) Conceitos, definições e responsabilidades Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Vida Útil de Projeto - VUP período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho estabelecidos na Norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo a correta execução dos processos de manutenção especificados Manual de Uso, Operação e Manutenção (a VUP não pode ser confundida com tempo de vida útil, durabilidade, prazo de garantia legal ou contratual) Conceitos, definições e responsabilidades Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Manutenção conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e seus sistemas constituintes a fim de atender às necessidades e segurança dos seus usuários Conceitos, definições e responsabilidades Manutenibilidade grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual possa executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas, procedimentos e meios prescritos Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL “primeiramente e acima de tudo, a abordagem de desempenho é [...] a prática de pensar e trabalhar em termos de fins, mais do que meios.[ …] Isso tem a ver com o que o edifício ou produto para a construção deve atender, e não com a prescrição de como este deve ser construído” Eric Gibson coordenador da Comissão CIB/W60 (W60 Commission, Report n.64, 1982) CIB (International Council for Research and Innovation in Building and Construction) Norma de desempenho de edificações: uma contribuição para o desenvolvimento do conceito de NORMATIVA EXIGENCIAL aplicado à construção civil Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Incumbência dos Intervenientes Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUTOR • Elaboração dos Manuais (Proprietário/Síndico); • Execução de serviços conforme especificado em projeto (não pode tomar decisões técnicas em obra); USUÁRIO • Realização das Manutenções Preventivas e Corretivas constantes nos Manuais do Proprietário e do Síndico; • Elaboração de um registro de todas as intervenções realizadas no condomínio e nas unidades; FORNECEDOR • Caracterização dos seus produtos de acordo com NBR 15575 e normas prescritivas; • Na ausência destas, caracterização de acordo com normas internacionais Prof. Luiz Oliveira CONCEITO DE SISTEMA CONJUNTO DE DOIS OU MAIS ELEMENTOS INTER-RELACIONADOS CONJUNTO DE ELEMENTOS (partes do todo) COMBINADOS EM UM TODO E ORGANIZADO PARA SERVIR A UM OBJETIVO COMUM Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Luiz Oliveira NOVO CAMINHO Investir no conhecimento do DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES Consolidar os conceitos de DESEMPENHO FUNCIONAL E DE VIDA ÚTIL Implantar o conceito de CUSTO GLOBAL Disseminar o conceito de INOVAÇÕES X DESEMPENHO Desenvolver e implantar INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS com menor CUSTO GLOBAL Engenharia Civil Construções VerticaisRACIONALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Luiz Antonio Pereira de Oliveira Engenharia Civil Construções Verticais HISTÓRICO DE PERDAS NA CONSTRUÇÃO; CAUSAS E IMPACTO DE PERDAS NOS CUSTOS DAS EDIFICAÇÕES; INDICADORES DE PERDAS, INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E/OU QUANTIFICAÇÃO DE PERDAS; INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE PERDAS E DIRETRIZES PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE REDUÇÃO DE PERDAS. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS “a quantidade de materiais e mão-de-obra desperdiçados em três obras, é possível a construção de outra idêntica, ou seja, o desperdício atingiria um índice de 33%” (GROHMANN, 1998) “qualquer ineficiência que reflita no uso de equipamentos, materiais e mão-de-obra em quantidades superiores àquelas necessárias à produção da edificação” (SANTOS et al., 1996) “qualquer recurso que se gasta na execução de um produto ou prestação de serviços além do estritamente necessário (mão-de-obra, material, etc) ” (VARGAS et al., 1997) Causas de perdas A mão-de-obra desqualificada os improvisos a não valorização da atividade de projeto a falta de planejamento da obra Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causas de perdas Principais causas das anomalias na construção civil Origem do problema Índice (%) 2,1 26,4 60,0Projeto Construção Equipamentos Outros 11,5 Fonte: CONDE (2000) Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causas de perdas Principais causas de anomalias na construção em aço Fonte: PRAVIA e BETINELLI (1998) Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causas de perdas Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causas de perdas Possibilidade de intervenção e custos acumulados ao longo da produção de um empreendimento de construção Lei da evolução dos custos relativos de intervenção. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causas de perdas Detalhamento do projeto Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS aumentar a produtividade O que fazer para? a qualidade das obras otimizar os custos otimizar os prazos Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS padronização e gestão dos processos É obrigatório buscar: padronização e gestão de projetos padronização e gestão de fornecedores novas tecnologias substituição de processos tradicionais Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causa e efeito CAUSA AUSÊNCIA OU DEFICIÊNCIA DE: - coordenação dos projetos - projetos para produção - especificações técnicas - projetos de canteiro, impermeabilização e vedações - informações técnicas - projeto sobre novos métodos construtivos - manuais de manutenção e uso - gestão da qualidade Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Causa e efeito EFEITO - aumento dos custos, dos prazos e das perdas - queda do lucro, da qualidade, produtividade e da durabilidade - dificuldades c/ seleção de materiais e controle dos serviços - problemas de interface projeto-obra, entre subsistemas e de higiene e segurança - necessidade de manutenção frequente - reduzida utilização de novas alternativas construtivas - insatisfação do cliente. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Características da indústria da construção civil [1] a construção civil é uma indústria de caráter nômade; [2] seus produtos são únicos e não seriados; [3] sua produção é centralizada, não se aplicando conceitos de produção em linha; [4] sua produção é realizada sob intempéries; [5] utiliza mão-de-obra intensiva, com pouca qualificação e com alta rotatividade; [6] possui grande grau de variabilidade dos produtos; [7] possui pouca especificação técnica; [8] seu produto geralmente é único na vida do usuário; Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DEPERDAS [9] possui baixo grau de precisão, se comparado com as demais indústrias. [10] Pouca ou nenhuma interação no processo de projeto; [11] Desconsideração, na etapa de projeto, de condicionantes de fases subseqüentes; [12] Consideração, na etapa de projeto, de condicionantes desnecessárias para as fases subseqüentes; [13] Existência de pouca retroalimentação de informações para os projetistas; [14] Falta de liderança e responsabilidade pela obra como um todo. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Características da indústria da construção civil Estratégia e criação de valor Produtividade = Bens/Serviços produzidos Recursos eficazes + Perdas Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Estratégia e criação de valor Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Estratégia e criação de valor Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS CONCEITO DE PERDAS qualquer ineficiência que se reflita no uso de equipamentos, materiais, mão de obra e capital em quantidades superiores àquelas necessárias à produção da edificação. as perdas englobam tanto a ocorrência de desperdícios de materiais quanto a execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. (a) Atividades de conversão: envolvem o processamento dos materiais em produtos acabados. (b) Atividades de fluxo: relacionam-se às tarefas de inspeção, movimento e espera dos materiais. Natureza das atividades que compõem o processo de produção. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo seu controle (a) Perdas inevitáveis (ou perda natural): correspondem a um nível aceitável de perdas, que é identificado quando o investimento necessário para sua redução é maior que a economia gerada. O nível de perdas considerado inevitável pode variar de empresa para empresa e mesmo de obra para obra, dentro de uma mesma empresa, dependendo do patamar de desenvolvimento da mesma. (b) Perdas evitáveis: ocorrem quando os custos de ocorrência são substancialmente maiores que os custos de prevenção. São consequência de um processo de baixa qualidade, no qual os recursos são empregados inadequadamente. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo sua natureza (a) Perdas por superprodução: refere-se às perdas que ocorrem devido à produção em quantidades superiores às necessárias, como, por exemplo: produção de argamassa em quantidade superior à necessária para um dia de trabalho, excesso de espessura de lajes de concreto armado. (b) Perdas por substituição: decorrem da utilização de um material de valor ou características de desempenho superiores ao especificado, tais como: utilização de argamassa com traços de maior resistência que a especificada, utilização de tijolos maciços no lugar de blocos cerâmicos furados. (c) Perdas por espera: relacionadas com a sincronização e o nivelamento do fluxos de materiais e as atividades dos trabalhadores. Podem envolver tanto perdas de mão de obra quanto de equipamentos, como, por exemplo, paradas nos serviços originadas por falta de disponibilidade de equipamentos ou de materiais. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo sua natureza (d) Perdas por transporte: as perdas por transporte estão associadas ao manuseio excessivo ou inadequado dos materiais e componentes em função de uma má programação das atividades ou de um layout ineficiente, como, por exemplo: tempo excessivo despendido em transporte devido a grandes distâncias entre estoques e o guincho, quebra de materiais devido ao seu duplo manuseio ou ao uso de equipamento de transporte inadequado. (e) Perdas no processamento em si: têm origem na própria natureza das atividades do processo ou na execução inadequada dos mesmos. Decorrem da falta de procedimentos padronizados e ineficiências nos métodos de trabalho, da falta de treinamento da mão de obra ou de deficiências no detalhamento e construtividade dos projetos. São exemplos deste tipo de perdas: quebra de paredes rebocadas para viabilizar a execução das instalações; quebra manual de blocos devido à falta de meios-blocos. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo sua natureza (f) Perdas nos estoques: estão associadas à existência de estoques excessivos, em função da programação inadequada na entrega dos materiais ou de erros na orçamentação, podendo gerar situações de falta de locais adequados para a deposição dos mesmos. Também decorrem da falta de cuidados no armazenamento dos materiais. Podem resultar tanto em perdas de materiais quanto de capital, como por exemplo: custo financeiro dos estoques, deterioração do cimento devido ao armazenamento em contato com o solo e ou em pilhas muito altas. (g) Perdas no movimento: decorrem da realização de movimentos desnecessários por parte dos trabalhadores, durante a execução das suas atividades e podem ser geradas por frentes de trabalho afastadas e de difícil acesso, falta de estudo de layout do canteiro e do posto de trabalho, falta de equipamentos adequados, etc. São exemplos deste tipo de perda: tempo excessivo de movimentação entre postos de trabalho devido à falta de programação de uma sequência adequada de atividades; esforço excessivo do trabalhador em função de condições ergonômicas desfavoráveis. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo sua natureza (h) Perdas pela elaboração de produtos defeituosos: ocorrem quando são fabricados produtos que não atendem aos requisitos de qualidade especificados. Geralmente, originam-se da ausência de integração entre o projeto e a execução, das deficiências do planejamento e controle do processo produtivo; da utilização de materiais defeituosos e da falta de treinamento dos operários. Resultam em retrabalhos ou em redução do desempenho do produto final, como, por exemplo: falhas nas impermeabilizações e pinturas, descolamento de azulejos. (i) Outras: existem ainda tipos de perdas de natureza diferente dos anteriores, tais como roubo, vandalismo, acidentes, etc. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo sua origem Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Perdas segundo sua origem Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Fluxograma dos processo para análise de perdas Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Indicadores de perdas e consumos Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Índices de perdas Indicadores de perdas na construção civil Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS cumpre um papel de fundamental na motivação das pessoas envolvidas no processo. um projeto de melhoria visando a redução de perdas de materiais pode inclusive ser empregado como um instrumento de marketing interno para um programa da qualidade Indicador: instrumento indispensável para estabelecimento de metas ao longo de um processo de melhoria continua, componente indispensável de um programa para melhoria da qualidade. visa a identificar as oportunidades de melhorias e verificar o impacto de intervenções no processo. Indicadores de perdas na construção civil Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Indicadores: podem ou não ser relacionados ao desperdícios de materiais. Cada processo, em geral, necessita de um ou mais indicadores para ter o seu desempenho avaliado. (a) Percentual de material adquirido em relação a quantidade teoricamente necessária; (b) Espessuramédia de revestimentos de argamassa; (c) Tempo de rotação de estoques; (d) Percentual de tempos improdutivos em relação ao tempo total, horas homem gastas em retrabalho em relação ao consumo total, etc. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Indicadores de perdas na construção civil Na maior parte das vezes se definirá uma situação de referência, se quantificará a situação real, e o indicador será constituído por uma relação percentual da discrepância da situação real com relação a de referência, Onde: IND = indicador de perdas, SREAL = situação real, SREF = situação de referência. Indicadores globais podem expressar os valores de perdas de um determinado material na obra como um todo, apenas em um serviço ou, ainda, apenas nas etapas subsequentes a sua estocagem. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Indicadores de perdas na construção civil Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Recomendações para redução de desperdício e para um melhor aproveitamento e economia na obra. 1. Projeto detalhado da obra, facilita o orçamento e evita o desperdício de materiais. 2. A efetivação de uma equipe de planejamento e administração de materiais permite reduzir o desperdício, que chega a representar um custo adicional de 12% do valor da obra. 3. Lista de materiais e uma programação das compras necessárias para toda a obra. 4. Ao iniciar a obra, não comprar o materiais em uma única vez. A grande quantidade pode levar ao desperdício. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Recomendações para redução de desperdício e para um melhor aproveitamento e economia na obra. 5. O canteiro deve estar bem organizado e limpo, cuidado ao guardar o material e evite mudanças. 6. O espaço do canteiro deve ser definitivo. Os corredores de passagem bem estabelecidos. Deslocamento de material gera desperdício. 7. Quanto aos materiais de construção: - Tijolos e telhas, guardados em pilhas para evitar quebras; - Sacos de cimento e argamassas, armazenados longe da umidade; - Material mais delicado deve ser transportado em carrinhos de mão. 8. Na preparação do concreto, deve-se calcular bem a quantidade necessária para uso. As sobras não podem ser guardadas, a mistura endurece. Engenharia Civil Construções VerticaisCONTROLE DE PERDAS Recomendações para redução de desperdício e para um melhor aproveitamento e economia na obra. 10. Calcular com exatidão a espessura das vigas de acordo com as de alvenaria, evite que posteriormente sejam preenchidas com argamassa. 11. Para manuseio do aço na obra é necessário adotar rotinas relacionadas ao recebimento no canteiro, passando pelo corte planejado, a montagem e o controle das respectivas aparas geradas. A criação de uma central de montagem tem sido valiosa para reduzir os custos e melhorar o padrão de qualidade. 12. A argamassa para revestimento é um dos mais freqüentes fatores de desperdício nas obras, desde as péssimas condições de estocagem e de preparação, até a aplicação. 9. As chapas de madeira adotadas na confecção de fôrmas para estruturas de concreto, principalmente lajes, normalmente apresentam rápido desgaste e baixo índice de reutilização. Isso se deve aos danos causados durante as etapas de montagem, desmontagem e transporte. A proteção das bordas e o razoável enrijecimento, obtido com o uso de requadro com perfis metálicos seção "U", tem contribuído bastante para aumentar o número de reutilizações das chapas. Luiz Antonio Pereira de Oliveira O SISTEMA CONSTRUTIVO ALVENARIA ESTRUTURAL; MATERIAIS COMPONENTES DA ALVENARIA ESTRUTURAL; TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO EM ALVENARIA ESTRUTURAL; COMPORTAMENTO MECÂNICO DE ALVENARIAS; O PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL. Engenharia Civil Construções Verticais ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construções Verticais Processo Construtivo que se caracteriza pelo uso de paredes como principal estrutura suporte do edifício, dimensionada através de CÁLCULO RACIONAL NBR 10837 (1989) NBR 15812 – 1 e 2 ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Vários exemplos na história da humanidade: Pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos) 2600 A.C – 147m de altura - 2,3 milhões de blocos com peso médio de 2500 kg Coliseu de Roma – 70 a 90 D.C – 48 m de altura e 500 m de diâmetro Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Vários exemplos na história da humanidade: Castelos, Igrejas, Mosteiros e Casas Castelo de Penedono Mosteiro da BatalhaMosteiro dos Jerónimos Casa da ÍnsuaSé Catedral da Guarda Casa Senhorial Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Principal técnica de construção até o inicio do século XX Apesar do surgimento de teorias matemáticas sobre o comportamento dos elementos: Da Vinci ARCOS Euler COLUNAS São projetadas empiricamente: Técnicas passadas de geração para geração Avanços com base na experiência anterior Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Edifício Monadnock – Chicago (1891) Engs. Burnham e Root 16 pisos e 65m de altura. Paredes de base: 180 cm de espessura Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Panteão de Paris - 1790 Arq. Jacques-Germain Soufflot/Jean Baptiste Rondelet Alvenaria de pedra armada Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Igreja de São João de Montmartre – 1904 Arq. Anatole de Baudot Alvenaria estrutural de tijolos cerâmicos Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Hotel Haneley – San Diego (1966) - 8 pisos Hotel Excalibur – Las Vegas (1988) Edifício mais alto construído em alvenaria estrutural – 28 pisos – Alvenaria armada com blocos de 28 MPa Igreja de Atlântida - Uruguai Eládio Dieste Edifício Rail Pompeia São Paulo Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Não existem pilares ou vigas convencionais Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Distribuição das forças laterais sobre o edifício Concepção do sistema com paredes de contraventamento • espaço concebido por painéis laminares • lajes de piso = diafragmas horizontais - ligação perfeita com as paredes • parede de contraventamento e enrijecedores Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Bloco Canaleta Bloco Meia Canaleta Bloco Vazado Bloco Hidráulico Plaqueta de Complemento Bloco Especial Meio Bloco Vazado Bloco Especial de Canto 45º Bloco Especial FORMATO E DIMENSÕES PERFEIÇÃO DIMENSIONAL E PRECISÃO GEOMÉTRICA MAXIMIZADAS BLOCO DE CONCRETO Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Família 39 Inteiro BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO FAMÍLIA DE BLOCOS 19 19 Unidades modulares em planta, iguais a 15cm x 20cm. Meio Bloco 34 Bloco 54 Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Amarração em “L” Bloco Inteiro Bloco 34 BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO AMARRAÇÕES Família 39 Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL AMARRAÇÕES EM “L” Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Inteiro Bloco 54 BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO AMARRAÇÕES Amarração em “T” Família 39 Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL AMARRAÇÕES EM “T” Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Elementos estruturais
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