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Visão geral • Lei nº 9.478 de 6 de agosto de 1997 – Petróleo: Todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado – Refino: Conjunto de processos destinados a transformar o petróleo em derivados de petróleo O petróleo • Não existe apenas um tipo de petróleo • Suas características, juntamente com as necessidades do mercado, que vão determinar quais derivados podem ser melhor obtidos • A refinaria irá operar de acordo com essas características O petróleo PETRÓLEO HIDROCARBONETOS CONTAMINANTES CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS EFEITOS INDESEJÁVEIS O petróleo O petróleo - Composição O petróleo, no estado em que é extraído do solo, tem pouquíssimas aplicações. É uma mistura complexa de moléculas, compostas principalmente de carbono e hidrogênio – hidrocarbonetos – , além de algumas impurezas. Aromáticos HIDROCARBONETOS Parafínicos Naftênicos O petróleo - Composição IMPUREZAS • Enxofre • Oxigênio • Nitrogenados • Metálicos • Impurezas inorgânicas • Compostos sulfurados – estabilizam as emulsões (dificultam a separação da água) – provocam corrosão – contaminam catalisadores – conferem cor e odor aos produtos finais – geram poluentes (formação de SO2 e SO3 altamente tóxicos) IMPUREZASIMPUREZAS • Classificações de acordo com o teor de enxofre: – ATE (alto teor de enxofre): >1,0% – BTE (baixo teor de enxofre): <1,0% – Azedos: >2,5% – Doces: <0,5% (faixas intermediárias poderão ser classificadas como semi-doces ou semi-azedos) IMPUREZASIMPUREZAS • Compostos nitrogenados – são termicamente estáveis – estabilizam as emulsões (dificultam a separação da água) – contaminam catalisadores – tornam instáveis os produtos finais – geram poluentes (formação de NO2 e NO3) IMPUREZASIMPUREZAS • Compostos oxigenados: afetam a acidez, a corrosividade e o odor destas frações • Metais: podem envenenar os catalisadores • Resinas e Asfaltenos: além da elevada relação carbono/hidrogênio, trazem em suas composições os enxofre, nitrogênio e oxigênio • Impurezas Inorgânicas (oleofóbicas): águas, sais, argilas, areias e sedimentos IMPUREZASIMPUREZAS O que faz a refinaria? • Gera produtos finais a partir do petróleo recebido de campos de produção • Esses produtos comercializáveis são chamados de DERIVADOS DE PETRÓLEO • Eles são obtidos a partir de um conjunto de processamentos chamados de PROCESSOS DE REFINO • Uma refinaria de petróleo pode destinar-se a dois objetivos básicos: Produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas (constitui a maioria dos casos); Produção de lubrificantes básicos e parafinas (não há refinarias deste tipo no Brasil, a produção de lubrificantes fica a cargo de conjuntos presentes nos parques de refino atuais) . Objetivos de uma refinaria Esquemas de refino A arte de compatibilizar as características dos vários petróleos que devam ser processados numa dada refinaria afim de suprir-se de derivados em quantidade e qualidade desejada. Desta forma são montados arranjos de várias unidades de processamento, para que tal objetivo seja alcançado da forma mais racional e econômica possível. O encadeamento das várias unidades de processo dentro de uma refinaria é o que se denomina Esquema de Refino. Alocação de Petróleos Esquemas de Refino Mercado Consumidor Matéria-Prima disponível Unidades de Processo Suprimento de Derivados Como funciona • Classificação quanto: – à finalidade: • energéticos • não-energéticos – ao ponto de ebulição: • leves • médios • pesados Produtos da refinaria • Combustíveis • Alguns exemplos de utilização: – Motores de combustão interna – Turbinas geradoras de energia elétrica – Caldeiras – Iluminação Derivados energéticos • Nafta e gasóleos petroquímicos • Solventes • Parafinas • Lubrificantes básicos • Asfalto • Coque Derivados não energéticos • Gás Combustível: C1 - C2 • GLP: C3 - C4 • Nafta/Gasolina: C5 - C12 Derivados leves • Difícil classificação pela faixa de comprimentos das cadeias carbônicas • Corte pela temperatura de ebulição – Médios: querosene e óleo diesel – Pesados: óleo combustível, asfalto e coque Derivados médios e pesados Característica Parafinas Isoparafinas Naftênicos Aromáticos Densidade Baixa Baixa Média Alta Octanagem (gasolina) Ruim Boa Média Muito alta Nº de cetano (diesel) Bom Médio Médio Ruim Lubricidade (lubrificantes) Ótimo Bom Médio Ruim Resistência à oxidação Boa Boa Boa Ruim Características dos hidrocarbonetos PETRÓLEO ENERGÉTICOS NÃO ENERGÉTICOS GÁS COMBUSTÍVEL GÁS LIQUEFEITO GASOLINA DE AVIAÇÃO GASOLINA AUTOMOTIVA QUEROSENE DE AVIAÇÃO QUEROSENE DE ILUMINAÇÃO ÓLEOS DIESEL ÓLEOS COMBUSTÍVEIS COQUE VERDE OUTROS GÁS RESIDUAL SOLVENTES NAFTAS PETROQUÍMICAS GASÓLEO PETROQUÍMICO ÓLEOS LUBRIFICANTES ÓLEOS ISOLANTES GRAXAS PARAFINAS RESÍDUO AROMÁTICO RESÍDUO ASFÁLTICO ASFALTO OUTROS Derivados de petróleo A destilação é um processo físico de separação, baseado na diferença de temperaturas de ebulição entre os compostos existentes em uma mistura líquida. Fonte: Elie Abadie Destilação B C A TEB (ºC) 570 400 %vaporiz.10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Curva de destilação Fração TEB (ºC) Composição (aprox.) Gás residual < 40 C1 – C2 GLP C3 – C4 Gasolina 40 – 175 C5 – C11 Querosene 175 – 235 C11 – C13 Gasóleo Leve 235 – 305 C13 – C17 Gasóleo Pesado 305 – 400 C18 – C25 Lubrificantes 400 – 510 C26 – C38 Resíduos > 510 C38+ Fonte: Alexandre S. Szklo, 2005 Faixas típicas de corte API Petróleo <15 Asfáltico 15-19 Extra-Pesado 19-27 Pesado 27-33 Médio 33-40 Leve 40-45 Extra-Leve >45 Condensado ººAPI = 141,5 API = 141,5 -- 131,5131,5 d d 20/4 20/4 ººCC Maior Valor Agregado (US$/barril) Grau API P E V Ponto de Ebulição Verdadeiro • Destilação PEV • Curva PEV PONTO DE EBULIÇÃO • O ponto de ebulição ou temperatura de ebulição é a temperatura em que uma substância passa do estado líquido ao estado gasoso. • O ponto de ebulição varia com a altitude e a pressão. Quanto mais baixa for a pressão menor será o ponto de ebulição e vice-versa Destilação PEV Curva PEV TIPOS E QUALIDADE DE PETRÓLEOS RENDIMENTO DE PETRÓLEOS PETRÓLEO API %S ACIDEZ GLP NAFTA DIESEL GASÓLEO RV ALAGOANO 36 0,2 0,08 1,0 16 43 37 14 BAIANO 36 0,1 0,06 0,5 14 36 31 19 CABIÚNAS 30 0,6 1,00 1,6 12 37 24 25 CURIMÃ/XARÉU 33 0,3 0,30 0,5 20 41 23 16 SERGIPE/PLAT 28 0,1 0,33 2,0 15 46 20 15 UBARANA 33 0,2 0,28 0,5 14 37 30 19 GUARICEMA 39 0,2 0,18 2,6 14 47 21 14 URUCU 41,8 0,07 0,18 1,3 20 49,6 14,9 14,2 CORAL 41,8 0,08 0,12 4,8 26,3 48,0 14,6 7,3 ALBACORA 28,8 0,5 0,24 2,8 10,1 43 20 24,1 MARLIN 24,2 0,7 0,59 1,7 9,3 47 16,1 24,1 BOSCAN 10 5,5 1,15 0,0 1 21 14 64 LEONA 25 1,5 0,60 1,3 14 38 23 24 MAYA 22 2,8 0,14 2,0 16 33 19 30 EL ORIENTE 29 1,0 0,06 1,4 18 43 20 17 ÁRABE LEVE 35 0,7 0,01 1,6 24 40 21 13 BASRAH LEVE 35 1,9 0,02 2,5 24 37 21 16 KUWAIT 31 2,0 0,02 2,7 21 35 20 21 CABINDA 32 0,2 0,14 2,0 15 38 20 25 Características de alguns petróleos • Destilação • Desasfaltação a propano • Desaromatização a furfural • Desparafinação a MIBC • Desoleificação a MIBC • Extração de aromáticos (Recuperação de aromáticos - URA) • Adsorção de n-parafinas Processos de Separação Tipos de processos realizados nas refinarias Processos de Conversão Tipos de processos realizados nas refinarias •Craqueamento Catalítico •Hidrocraqueamento Catalítico •Alcoilação Catalítica •Reformação Catalítica •Craqueamento Térmico •Viscorredução•Coqueamento Retardado Processos de Tratamento Tipos de processos realizados nas refinarias •Dessalgação do petróleo •Tratamento Cáustico •Tratamento Merox de GLP •Tratamento Merox de naftas e querosene •Tratamento Bender •Tratamentos DEA e MEA •Hidrotratamento Processos Auxiliares Tipos de processos realizados nas refinarias • Geração de hidrogênio • Recuperação de enxofre • Utilidades Vapor Água Energia elétrica Ar comprimido Distribuição de gás e óleo combustível UP1 UP4 UP3 UP2 Tanques UP1 UP3 UP2 Tanques • Cada refinaria é construída de acordo com o tipo de petróleo e necessidades do mercado • Um esquema de refino define o tipo e a quantidade de derivados. Por isso, alguns derivados só podem ser produzidos em determinadas refinarias ESQUEMAS DE REFINO • Durante a vida de uma refinaria podem ocorrer mudanças como o tipo de petróleo processado, especificações ou demanda dos derivados por ela produzidos. • A refinaria deverá, portanto, ser passível de um certo grau de flexibilização, de forma a reajustar o funcionamento das Unidades e, assim, adequar-se às mudanças ocorridas. ESQUEMAS DE REFINO • A Destilação é o PRIMEIRO processo de refino e é o único que tem como entrada o petróleo. • Dificilmente adotada como configuração única em um esquema de refino ESQUEMA 1 DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICAPETRÓLEO Gás Combustível GLP Naftas Querosene + Diesel Óleo Combustível RAT • A destilação não pretende obter produtos puros e diferentes entre si. Os produtos da Unidade de Destilação são frações, misturas ainda complexas de hidrocarbonetos e contaminantes, as quais são diferenciadas por suas faixas de ebulição. DESTILAÇÃO FLASH Vapor V Líquido L Líquido L + V P1 > P2 P1 T1 P2 T2 adiabático não adiabático Vapor V Líquido L Líquido L + V T2 > T1 P1 T1 P2 T2 Destilação Multi-estágios Líquido L + V 1 2’ 2V1 , y1 L + V L1 , x1 L + V 3V2 , y2 L + V 3’ L2’ , x2’ L + V L2 , x2 L3 , x3 V3 , y3 V2’ , y2’ V3’ , y3’ L3’ , x3’ Destilação Multi-estágios Líquido L + V 1 2 2’ 3’ 3 3 Refluxo Destilado Resíduo V1 , y1 L1 , x1 V2 , y2 V3 , y3 L2 , x2 L2’ , x2’ L3’ , x3’ L3 , x3 V2’ , y2’ V3’ , y3’ V4’ Com refluxo DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA • torres de fracionamento • retificadores • fornos • trocadores de calor • tambores de acúmulo e refluxo • bombas • tubulações • instrumentos de medição e controle EQUIPAMENTOS • Efeitos dos contaminantes: – geram HCl que pode causar corrosão acentuada nas torres de fracionamento e linhas – depositam-se em trocadores de calor e tubos de fornos – atuam como catalisadores para a formação de coque no interior dos tubos de fornos e linhas de transferências – afetam o desempenho dos catalisadores nas unidades de conversão da refinaria DESSALGAÇÃO DESSALGAÇÃO Petróleo Água de Processo Torre de Pré-Flash ou Torre Atmosférica Salmoura LdC LdC • Estará sempre presente em uma refinaria de petróleo, uma vez que todos os outros processos, lá existentes, dependem, direta ou indiretamente, de alguma saída da Destilação. DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA RENDIMENTOS TÍPICOS: OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: INVESTIMENTO: Desmembrar o petróleo em suas frações básicas atmosféricas Petróleo bruto Separação física Gás combustível, GLP, Nafta DD, Querosene, Óleo diesel e Resíduo Atmosférico (RAT) Função do tipo de petróleo a ser processado US$ 30 – 200 milhões DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA PetrPetróóleoleo 30 30 ººCC CGCG ÁÁgua gua ÁÁcidacida ResResííduo Atmosfduo Atmosféérico (RAT)rico (RAT) 400 400 ººCC Nafta Leve, CG e GLPNafta Leve, CG e GLP 110 110 ººCC Nafta PesadaNafta Pesada QueroseneQuerosene DieselDiesel Vapor DVapor D’Á’Águagua RETIFICADORES Nafta Nafta InstabilizadaInstabilizada Sem Pré-Flash DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA PetrPetróóleoleo PrPréé--VaporizadoVaporizado CGCG ÁÁgua gua ÁÁcidacida ResResííduo Atmosfduo Atmosféérico (RAT)rico (RAT) QueroseneQuerosene DieselDiesel Vapor DVapor D’Á’Águagua RETIFICADORES Nafta PesadaNafta Pesada Com Pré-Flash DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA PetrPetróóleoleo 30 30 ººCC CGCG 60 60 ººCC 200 200 ººCC GLPGLP Nafta LeveNafta Leve ÁÁgua gua ÁÁcidacida ResResííduo Atmosfduo Atmosféérico (RAT)rico (RAT) 400 400 ººCC Nafta Leve, CG e GLPNafta Leve, CG e GLP 110 110 ººCC Nafta PesadaNafta Pesada QueroseneQuerosene DieselDiesel Vapor DVapor D’Á’Águagua RETIFICADORES CGCG ÁÁgua gua ÁÁcidacida DESTILAÇÃO A VACUO RENDIMENTOS TÍPICOS: OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: INVESTIMENTO: Desmembrar o resíduo atmosférico em suas frações básicas sub-atmosféricas RAT Separação física Gasóleo Leve de Vácuo (GOL), Gasóleo Pesado de Vácuo (GOP) e Resíduo de Vácuo (RV) Função do tipo de petróleo a ser processado US$ 30 – 150 milhões DESTILAÇÃO A VÁCUO RATRAT AsfaltoAsfalto GasGasóóleo Leveleo Leve GasGasóóleo Pesadoleo Pesado GasGasóóleo Residualleo Residual ““slopslop cutcut”” ÓÓleo Combustleo Combustíívelvel RVRV Vapor DVapor D’Á’Águagua GGáás Residual, s Residual, ÁÁgua gua ÁÁcida e Gascida e Gasóóleo Residualleo Residual • Unidades de um estágio: – Destilação Atmosférica • Unidades de dois estágios: – Torre de Pré-Flash e Destilação Atmosférica – Destilação Atmosférica e Destilação a Vácuo • Unidades de três estágios: – Torre de Pré-Flash, Destilação Atmosférica e a Vácuo TIPOS DE UNIDADES DIAGRAMA DE BLOCOS GOPGOPFORNO FORNO A VA VÁÁCUOCUO DESTILADESTILAÇÇÃOÃO A VA VÁÁCUOCUO GOLGOL RVRV PETRPETRÓÓLEOLEO DESSALINADESSALINAÇÇÃO E ÃO E PRPRÉÉ--AQUECIMENTOAQUECIMENTO PRPRÉÉ--FLASHFLASH ESTABILIZAESTABILIZAÇÇÃOÃO FRACIONAMENTOFRACIONAMENTO DE NAFTADE NAFTA GLPGLP Nafta LeveNafta Leve (Petroqu(Petroquíímica)mica) Nafta MNafta Méédiadia Nafta PesadaNafta Pesada DESTILADESTILAÇÇÃOÃO ATMOSFATMOSFÉÉRICARICA RETIFICARETIFICAÇÇÃOÃO FORNO FORNO ATMOSFATMOSFÉÉRICORICO RETIFICARETIFICAÇÇÃOÃO RETIFICARETIFICAÇÇÃOÃO QueroseneQuerosene DieselDiesel GCGC Unidade de Destilação com 3 estágios DESASFALTAÇÃO A PROPANO RENDIMENTOS TÍPICOS: OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: INVESTIMENTO: Extrair do Resíduo de Vácuo, por meio do Propano líquido, um Gasóleo extra-pesado RV Separação física (extração) Óleo Desasfaltado (ODES) e Resíduo Asfáltico (RASF) Função do Resíduo ODES: 60% - RASF: 40% vol US$ 20 – 60 milhões RH/UP/ECTAB Objetivo do Processo de Desasfaltação produzir carga para a produção dos óleos básicos lubrificantes Bright Stock Cilindro I e Cilindro II – unidades de lubrificantes; preparar carga para craqueamento catalítico; preparar carga para o processo de hidrocraqueamento de lubrificantes ou de combustíveis; produzir resíduo asfáltico, que pode ser usado como componente do CAP (cimento asfáltico de petróleo), como do óleo combustível, como matéria-prima para uma unidade de coqueamento retardado ou de gasificação por oxidação parcial. A desasfaltação pode ser usada para melhoria da qualidade de um cru pesado. DESASFALTAÇÃO A PROPANO Óleo Desasfaltado Resíduo Asfáltico (RASF) DEST. ATM DEST. VÁCUO Esquema: PETRÓLEO Gás Combustível GLP Nafta DD Querosene Diesel RAT RV Gasóleo Leve Gasóleo Pesado DESASFALTAÇÃO A PROPANO Definição – Processo de extração líquido-líquido usando um solvente selecionado para solubilizar preferencialmente os hidrocarbonetos mais levese menos polares; – Separação de HC´s por massa molar (densidade) ao invés de ponto de ebulição. – No refino do petróleo, a desasfaltação é utilizada para extrair do cru frações pesadas que não podem ser separadas por destilação. Aplicações • Unidade de Combustíveis – A desasfaltação é importante para separar asfaltenos e resinas do Resíduo de Vácuo (RV) gerando carga para as unidades de FCC com menor propensão à formação de coque (rica em compostos parafínicos) e ao envenenamento de catalisadores (baixos teores de metais – Ni e V) • Unidade de Lubrificantes – Extrair do resíduo de vácuo um óleo de elevada viscosidade, o qual não poderia ser obtido por destilação à vácuo – baixo % de asfaltenos, baixo teor de poliaromáticos, índice de viscosidade adequado • Processo tem alta flexibilidade na produção de ODES com diferentes níveis de qualidade FRAÇÕES RESIDUAIS 14 14 14 37 31 21 36 18 11 13 3 0 0 20 40 60 80 100 Saturados Aromáticos Resinas Asfaltenos RAT RV RASF Polaridade Peso molecular aumento de: Observa-se que a Destil. Vácuo praticamente não altera a quantidade de asfaltenos e Resinas do RAT. A desasfaltação remove saturados, aromáticos e resinas do RV. Destilação a vácuo Desasfaltação Desasfaltação Rendimento de asfaltenos em processos de extração (em função do número de átomos de carbono do hidrocarboneto precipitante) 3 4 5 6 7 DIAGRAMA DE BLOCOS RVRV RECUPERAÇÃO DE SOLVENTE DO RAFINADO RETIFICAÇÃO DO RAFINADO TORRE EXTRATORA RECUPERAÇÃO DE SOLVENTE DO EXTRATO PURIFICAÇÃO DO SOLVENTE Vapor RETIFICAÇÃO DO EXTRATO ÁÁguagua RASF:RASF: ASFALTO, ASFALTO, CAP ou CAP ou ÓÓleo leo Comb.Comb. Vapor ODES ODES (FCC ou (FCC ou HCC)HCC) PropanoPropano Efeitos da desasfaltação sobre as propriedades do óleo desasfaltado – Árabe Leve ~6,0 (castanho)8,0+ (preta) Cor ASTM 0,9391,003Densidade 0,120,29Nitrogênio, %m 2,554,05Enxofre, %m 1,461Vanádio, ppm 119Niquel, ppm <0,054,2Teor de asfaltenos, %m 1,6516,4Resíduo de carbono Conradson, %m 35345Viscosidade a 100°C, cSt Desafaltado (Propano) Carga (RV) Propriedade DESASFALTAÇÃO A PROPANO VaporVapor Forno de Rafinado VaporVapor Torre de Flash (média pressão) Torre de Retificação RASF:AsfaltoRASF:Asfalto Forno de Extrato Compressor de Propano ResResííduo duo de Vde Váácuocuo VaporVapor VaporVapor VaporVapor Torre de Flash (alta pressão) Torre de Flash (média pressão) Torre de Flash (baixa pressão) Torre de Retificação ODESODES ÁÁguagua T o r r e s E x t r a t o r a s Tambor de Média Pressão Tambor de Alta Pressão RENDIMENTOS TÍPICOS: OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: INVESTIMENTO: Quebrar catalíticamente moléculas de gasóleos e resíduos para Obtenção de gasolina e GLP Gasóleo Pesado e RAT (principalmente) Conversão Química Gás Ácido, Gás Comubstível, GLP, Nafta Craqueada, Óleo Leve de Reciclo (LCO), Óleo Decantado (OD) e Coque GC: 4% GLP: 20% Nafta: 55% LCO: 10% OD: 5%, Coque: 6% US$ 150 – 450 milhões CRAQUEAMENTO CATALÍTICO CRAQUEAMENTOCRAQUEAMENTO CATALCATALÍÍTICOTICO FLUIDOFLUIDO (FCC)(FCC) CARGACARGA ARAR GGáás de s de CombustãoCombustão GGáás s ÁÁcidocido GGáás Combusts Combustíívelvel GGáás Liquefeitos Liquefeito Nafta FCCNafta FCC ÓÓleo Leveleo Leve (Diesel FCC)(Diesel FCC) ÓÓleo Clarificadoleo Clarificado CRAQUEAMENTO CATALÍTICO CRAQUEAMENTO CATALÍTICO ...... Unidades de Destilação Atmosférica e a Vácuo RATRAT GasGasóóleo de vleo de váácuocuo RASFRASF ODESODES GasGasóóleo Pesado de Coqueleo Pesado de Coque Unidade de Coqueamento Retardado Craqueamento CatalíticoResResííduo duo de Vde Váácuocuo Unidade de Desasfaltação a solvente ...... LIMITAÇÕES À CARGA • Faixa de Destilação – 370 a 650 ºC • Resíduo de Carbono – deve ser inferior a 1,5% em peso • Fator de Caracterização (KUOP) – maior de 11,5 (condições de operação menos severas) • Teor de Metais – afetam a atividade e seletividade do catalisador – Fe + V + 10 (Ni + Cu) deve ser menor que 5 ppm CARACTERIZAÇÃO DA CARGA • Conhecendo-se o teor de HC parafínicos, naftênicos e aromáticos é possível estimar a Conversão potencial da carga. • Os percentuais de produtos nobres gerados, de acordo com o tipo de carga são: – Parafínicos: gera 100%; – Naftênicos: gera de 80 - 100%; – Aromáticos: 0 - 30% (o restante gera coque). C1 Cn Tcraq. CRAQUEAMENTO CATALÍTICO CATALISADOR • Finalidade: – Promover as reações de craqueamento em temperaturas inferiores às necessárias no craqueamento térmico – Transferir o coque e o calor gerado – Acelerar as reações em condições favoráveis de P e T • P ligeiramente acima da atmosférica • T = 490-550ºC FORMAÇÃO DE PRODUTOS – C – C – C – C – C – C – – C – C – C – – C – C – C + Calor =+ H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H + H H H H H CATALISADOR • Propriedades Catalíticas: – Atividade: Capacidade de converter a carga em produtos – Seletividade: Capacidade de orientar as reações para obtenção de determinado produto, pode ser alterada pela ação de contaminantes (metais pesados). O catalisador de FCC é um sólido formado de partículas de pequenas dimensões com tamanho médio de 70 µm cujos constituintes básicos são a alumina (Al2O3) e a sílica(SiO2). Dentro do conversor de FCC, o catalisador se comporta como um fluido e percorre os equipamentos de forma a cumprir sua função de acelerar, ou seja, catalisar as reações químicas de interesse e de transportar a energia necessária para as reações. CATALISADOR matriz ativa componente ativo Fonte: FCC - Fábrica Carioca de Catalisadores • A Zeólita é o componente ativo do catalisador, onde se encontram os sitios ativos, que são os principais responsáveis pelas reações. CATALISADOR • Propriedades Físicas: – Estabilidade – Área Específica (virgem: 300-350 m2/g; equilíbrio: 170-200 m2/g) – Diâmetro dos poros – Resistividade (0 hm/cm2) – Volume dos poros – Índice de atrito – Densidade aparente – Granulometria REAÇÕES • Ocorrem no riser e classificam-se em: – Primárias: são endotérmicas, rápidas e se favorecem das elevadas temperaturas do catalisador – Secundárias: são exotérmicas e se favorecem com a queda de temperatura do catalisador ao longo do riser propeno coque Parafínica PRODUTOS PRIMÁRIOS PRODUTOS SECUNDÁRIOS gasolina C4 e C5butenobutano propano iso-butanoetanometano eteno REAÇÕES • Reações Primárias (endotérmicas) – Quebra de parafinas e olefinas • ex: C32H66� C16H34 + C16H32 Parafina Parafina Olefina • ex: C30H60� C10H20 + C20H40 Olefina Olefina Olefina – Desalquilação de aromáticos (alquil aromático ou alquil naftênico: Aromático ou Naftênico + olefina – Quebra de Naftênicos • ex: C26H52� C15H30 + C11H22 Naftênico Olefina Olefina • Reações Secundárias (exotérmicas) – Transferência de Hidrogênio • Naftênicos + Olefinas� Aromáticos + Parafinas – Condensação de Aromáticos e Olefinas – Isomerização de Olefinas • Olefinas� Iso-Olefinas – Ciclização de Olefinas REAÇÕES PRINCIPAIS REAÇÕES Parafinas normais Parafinas ramificadas Olefinas Anéis Naftênicos (ramificados ou não) Naftênicos Aromáticos Aromáticos Polinucleados com cadeias laterais Aromáticos Polinucleados com cadeias laterais Parafinas e Olefinas normais e ramificadas Parafinas e Olefinas normais e ramificadas Parafinase Olefinas normais e ramificadas Parafinas e Olefinas ramificadas; Anel Benzênico eventual Parafinas, Olefinas e Aromáticos Parafinas, Olefinas e Aromáticos Coque e Hidrogênio TIPO DE HIDROCARBONETO ESTruptura QUÍMICA ESQUEMÁTICA REAÇÕES PREDOMINANTES PRODUTOS OBTIDOS ruptura em diversos pontos da cadeia e isomerização ruptura em diversos pontos das cadeias e isomerização ruptura em diversos pontos das cadeias e isomerização ruptura e aromatização do anel naftênico ruptura das cadeias próximo ao núcleo aromático abertura do anel e ruptura das cadeias próximo ao núcleo refratário a quebra, mas passíveis de hidrogenação SEÇÕES DO PROCESSO FCC • Seção de Pré-Aquecimento • Seção de Reação ou Conversão • Seção de Fracionamento • Seção de Recuperação de Gases • Seção de Tratamento DIAGRAMA DE BLOCOS C3 2 Soprador de Ar Soprador de Ar Regenerador Regenerador Pré- Aquecimento Pré- Aquecimento Reator Reator Caldeira de CO Caldeira de CO Trat. Cáustico ou Merox Trat. Cáustico ou Merox Estocagem Estocagem Desbuta nizadora Desbuta nizadoraFracionadora Fracionadora Trat. Cáustico ou Merox Trat. Cáustico ou Merox Trat. com DEA ou MEA Trat. com DEA ou MEA Butano Butano Propano Propano Despropa nizadora Despropa nizadora Recuperação de Gases Recuperação de Gases Estocagem Estocagem 1 1- Catalisador regenerado 2- Catalisador gasto CARGA GASOLINA ÓLEO DECANTADO - OCL ÓLEO LEVE-LCO GASOLINA + GLP GASOLINA GLP GC GC GLP GLP GC + GLP H2S PARA URE C4 VAPORÁGUA GASOLINA GASES DE COMBUSTÃO ÁREA QUENTE ÁREA FRIA CONVERSOR 3 3- Catalisador virgem HCs Fonte: FCC - Fábrica Carioca de Catalisadores Módulo de Operações Unitárias de Processo. 1999 (com adaptações) CONVERSOR - RISER Gases para Gases para FracionadoraFracionadora RETIFICADOR REATOR CALDEIRA CÂMARA DE EXPANSÃO AQUECEDOR DE AR SOPRADOR Gases deGases de CombustãoCombustão REGENERADOR RISERArAr CargaCarga ReciclosReciclos 700 700 ººCC Vapor deVapor de RetificaRetificaççãoão FORNOBateria de Pr Bateria de Préé--AquecimentoAquecimento Reciclo de BorraReciclo de Borra Reciclo de Reciclo de ÓÓleo Pesadoleo Pesado Vapor dVapor d’Á’Águagua Vapor dVapor d’Á’Águagua GasesGases Nafta instNafta instáávelvel Decantador de Borra ÓÓleo Leve de Recicloleo Leve de Reciclo ÓÓleo Pesado de Recicloleo Pesado de Reciclo ÓÓleo Decantado (Clarificado)leo Decantado (Clarificado)Fracionadora SEÇÃO DE FRACIONAMENTO CargaCarga CombinadaCombinada Gases deGases de QueimaQueima ArAr Carga FrescaCarga Fresca Regeneração Reator RECUPERAÇÃO DE GASES GasesGases NaftaNafta InstabilizadaInstabilizada GGáás s CombustCombustíívelvel Compressor de Gás LCO para a Fracionadora LCO da Fracionadora VaporVapor ÁÁguagua CC33 CC44GasolinaGasolina Tratamentos DEA-MEROX Cáultico Tratamentos MEROX ou Cáultico HCO para a Fracionadora HCO da Fracionadora D e b u t a n i z a d o r a A b s o r v e d o r a P r i m á r i a A b s o r v e d o r a S e c u n d á r i a S e p a r a d o r a C 3 - C 4 D e e t a n i z a d o r a Tambor de Alta Pressão GLP+Nafta Líquida Oleosa Rica em GC Remover C3+: Objetivo nas Absorvedoras C1+C2+C2=+H2S GLP FCC descrição sumária do Processo • Descrição Sumária do Processo • • O processo consiste na quebra (cracking) de moléculas pesadas presentes nos gasóleos e resíduos, por ação de um catalisador, à base de sílica-alumina, em altas temperaturas. A ruptura das ligações possibilita o aparecimento de moléculas leves - principalmente compostos de 3 a 12 átomos de carbono (GLP e gasolina), devido à seletividade do catalisador usado. As reações também provocam a formação, em menor escala, de gases leves (C1 e C2), gasóleos leve e pesado e coque, este último depositando-se na superfície do catalisador. • A deposição de coque provoca a desativação do catalisador, devido à considerável redução de área disponível aos reagentes (hidrocarbonetos). Com o objetivo de se restaurar a atividade, o catalisador inativo pelo coque é continuamente retirado do vaso de reação e enviado a um vaso de regeneração, onde, por intermédio de uma injeção de ar e por ação de alta temperatura, o coque é queimado, restabelecendo a atividade catalítica. O conjunto reator-regenerador é denominado conversor. • Os gases de craqueamento, efluentes do reator, são encaminhados à seção de fracionamento, onde, por intermédio de uma torre de destilação, obtemos uma separação primária dos cortes produzidos. Pelo fundo da torre produz-se um óleo pesado, bastante denso, denominado Resíduo de Craqueamento. Esta corrente também é conhecida como Óleo Decantado ou Óleo Clarificado. FCC descrição sumária do Processo • Descrição Sumária do Processo(Continuação) • A fracionadora produz, como corte lateral, um óleo leve de faixa de ebulição semelhante ao diesel, conhecido como Óleo Leve de Reciclo (Light Cycle Oil - LCO) ou Diesel de Craqueamento. Pelo topo da torre sai uma corrente gasosa composta de nafta (gasolina) de craqueamento e hidrocarbonetos mais leves, que, uma vez resfriada e condensada parcialmente, gera no tambor de acúmulo duas correntes. A corrente gasosa é composta de hidrocarbonetos leves (C1, C2, C3 e C4), enquanto a fração líquida é constituída de nafta instabilizada (grande quantidade de gases leves dissolvidos). Ambas as correntes são enviadas à seção de recuperação de gases. • A finalidade da seção de recuperação de gases é, através de operações de compressão, absorção, retificação e destilação em várias etapas, processar as correntes de gases e de nafta instabilizada, e dela separar três frações distintas: o Gás Combustível (C1 e C2), o Gás Liquefeito (C3 e C4) e a Nafta de Craqueamento (C5 a C12). • As correntes supracitadas são enviadas em seguida à seção de tratamentos onde, por intermédio de produtos químicos, tais frações têm seus respectivos teores de enxofre consideravelmente reduzidos. Os processos utilizados são: Tratamento com Di-Etanol-Amina (DEA) para remoção de H2S (gás sulfídrico) do Gás Combustível e do Gás Liquefeito, e o Tratamento Merox, que remove mercaptans do GLP e da Nafta de Craqueamento (gasolina) (na Reduc, a UFCC não utiliza Tratamento Merox para o Gás Liquefeito, mas sim, um Tratamento Cáustico comum para ele). Após essas operações, as frações são destinadas à estocagem. • A corrente de gás ácido, proveniente do Tratamento DEA, rico em H2S, é normalmente enviada à Unidade de Recuperação de Enxofre (URE), onde, através de uma queima controlada da corrente gasosa, tem-se, então, a produção de Enxofre elementar. Os gases de combustão provenientes da queima do coque durante a regeneração do catalisador saem dessa etapa em elevadas temperaturas, superiores mesmo a 700°C. De modo a aproveitar todo o potencial energético dessa corrente, ela é encaminhada à caldeira recuperadora de calor (caldeira de CO), onde produz vapor d'água de alta pressão, resfriando os gases de combustão antes dos mesmos serem lançados na atmosfera. • PRODUTOS • Gás Combustível – Composto de H2, C1, C2= e C2 – O FCC é o principal gerador de GC – Gás rico em H2S (necessita tratamentos) – Eventualmente pode-se recuperar etileno – Vai para a unidade de Tratamento DEA – Queimado em fornos e caldeiras na própria refinariaPRODUTOS • Gás Liquefeito - GLP – Composto de C3=, C3, C4= e C4 – Vai para a unidade de Tratamento DEA (remoção de H2S) – Em seguida para a unidade de Tratamento Cáustico (remoção de mercaptans) – Utilizações petroquímicas: • C3= obtenção de fibras acrílicas e polipropileno • C4= obtenção de butadieno p/ resinas SBR e ABS PRODUTOS • Nafta de Craqueamento (Gasolina) – Rica em aromáticos, isoparafinas e olefinas – Alto Índice de Octanagem (81-83 MON) – Alto teor de enxofre (H2S e Mercaptans) – Requer Tratamento Cáustico – Alto teor de olefinas (formação de gomas) PRODUTOS • Óleo Leve de Reciclo (Diesel FCC) – Produto de faixa de ebulição semelhante ao diesel – Rico em aromáticos, bi e trinucleados e olefinas – Baixo Índice Diesel (21-31) – Alto teor de olefinas, enxofre e nitrogênio – Alta instabilidade química – Não pode ser incorporado integralmente ao “Poll” de diesel da refinaria, caso não seja hidrotratado – Utilizado para acerto de viscosidade de OCs PRODUTOS • Óleo Pesado de Reciclo (HCO) – Semelhante ao OC de baixa viscosidade – Rico em anéis aromáticos polinucleados (3 a 5) – Hoje é usado apenas como refluxo circulante PRODUTOS • Óleo Decantado (Clarificado): é o produto líquido mais pesado do FCC. – Riquíssimo em aromáticos polinucleados – Alta relação carbono/hidrogênio – Utilizado como diluente do resíduo de vácuo – Matéria-Prima para Negro de Fumo (carga para borracha) – Matéria-Prima para Coque de Petróleo – Pode conter teores razoáveis de catalisador PRODUTOS • Coque (não é um produto comercial) – Cadeias polímeras de altos pesos moleculares – Polianéis aromáticos condensados – Altíssimo teor de carbono (>90%) – Totalmente queimado no regenerador RENDIMENTOS TÍPICOS: OBJETIVO: CARGA: TIPO DE PROCESSO: PRODUTOS: INVESTIMENTO: Craquear termicamente RV para a obtenção de frações mais leves e coque RV, RASF, OD Conversão Química Gás Comubstível, GLP, Nafta de Coque, GOL de Coque, GOP de Coque e Coque de Petróleo GC: 6% GLP: 4% Nafta: 10% GOLK: 30% GOPK: 17%, Coque: 33% US$ 100 – 200 milhões COQUEAMENTO RETARDADO COQUEAMENTOCOQUEAMENTO RETARDADORETARDADO CARGACARGA GGáás s ÁÁcidocido GGáás Combusts Combustíívelvel GLPGLP Nafta KNafta K Diesel KDiesel K GasGasóóleo Kleo K Coque VerdeCoque Verde COQUEAMENTO RETARDADO CARGAS E PRODUTOS GC GLP Nafta Leve Nafta Pesada GOL GOM GOP Coque FCC Destilação a Vácuo Coqueamento Retardado Desasfaltação a Propano Fonte: II Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás Óleo Decantado RASF RV • Aumento da conversão dos petróleos pesados brasileiros. Marlim gera 60% de RAT; • Consome o resíduo que geraria OC, cuja demanda tem decaído; • Aumento da margem de refino – elevadíssima rentabilidade • Aumento da produção de diesel • Menor investimento inicial comparado a outros processos concorrentes • Tecnologia consolidada IMPORTÂNCIA DO PROCESSO UNIDADE DE COQUEAMENTO Tempo: 1,2 a 3s T~490ºC T~438-466ºC FORNO DE COQUEAMENTO • Fornece a energia necessária para promover as reações de craqueamento térmico (endotérmicas); • É um forno-reator com parte das reações ocorrendo em seu interior: – conversão na saída do forno de ~25-30% – efluente do forno parcialmente vaporizado • Acima de 400 ºC a taxa de craqueamento dobra para cada aumento de 10 ºC. • Acima de 427 ºC o tempo de residência deve ser de no máximo 1s, para minimizar a o coqueamento do forno As condições operacionais de P e T variam: • Temperatura no topo do tambor é resultante: → da temperatura de saída do forno → do calor consumido pelas reações de craqueamento térmico → do isolamento térmico da linha de transferência e do tambor • Pressão no topo do tambor é resultante: → da pressão no vaso de topo da fracionadora → da perda de carga na fracionadora e no seu circuito de topo → da perda de carga na linha de transferência tambor- fracionadora TAMBORES DE COQUEAMENTO Características importantes: � Presença de 3 fases no interior do tambor: → líquida: precursora do coque → vapor: produtos do craqueamento → espuma: resultante da aeração da fase líquida � Necessidade de adição de antiespumante para minimizar o arraste de finos de coque. � Medição do nível de coque no tambor por sensores radioativos (Co 60 – emissor de raios gama) TAMBORES DE COQUEAMENTO Em função da formação de um produto sólido (coque), surge a necessidade de tirar de operação o tambor que está recebendo a carga: • os tambores de coque operam em batelada; • são necessárias diversas etapas para a remoção do coque de dentro do tambor; • o tempo requerido para o seu enchimento é usualmente denominado “ciclo do tambor de coque”. CICLO DO TAMBOR DE COQUE Coque L.T. Vapor Coque Espuma Vapor L.T. Vapor L.T. A l t u r a L i v r e A p ó s R e s f r i a m e n t o Carga Efluente Vapor Espuma Carga Coque Fonte: Petrobras – VII Encontro Técnico de Coqueamento Retardado 2005. TAMBOR DE COQUE 80% do Tambor Fonte: Petrobras – VII Encontro Técnico de Coqueamento Retardado 2005. DESCOQUEIFICAÇÃO TIPOS DE COQUE VERDE • Classificados pela natureza química das cargas de origem: – Shot coke: cargas ricas em asfaltenos (>13%m/m). Formadas por RV ou RASF que apresentam altos teores de enxofre e metais. A olho nu, o material apresenta forma esférica de várias dimensões. – Coque esponja: formado por RV que ainda contém resinas e médios teores de enxofre, asfaltenos e metais. A olho nu, o material apresenta pequenos poros e paredes espessas. – Coque esponja grau anodo: formado a partir de RV que apresente menor grau de impurezas do asfaltenos, enxofre, resinas e heteroátomos. Camadas mais alinhadas e poros em forma de elipse. – Coque agulha: produzido a partir de cargas formadas por óleos decantados ricos em HCs aromáticos. Baixa presença de asfaltenos, resinas e metais. UTILIZAÇÃO DO COQUE VERDE TIPO DE COQUE USOS MAIS REPRESENTATICOS Shot Coke Combustível Esponja Combustível Combustível e Produção de TiO2 Esponja Grau Anodo Produção de anodos para a indústria de Al 2Al2O3 + C + energia = 4Al + 3CO2 + calor Consumo = 450 kgcoque/tAl Agulha Eletrodos para a produção de Aços Especiais e Aços Ligas COQUE Coque verde Anodos de coque Coque siderúrgico Coque calcinado COQUES ESPECIAIS • Seleção de Carga – cargas com caráter fortemente aromático – baixo teor de enxofre e metais – baixo teor de asfaltenos – baixa viscosidade • Condições operacionais – alta razão de reciclo (60% a 100%) – alta pressão (3,4 a 6 atm) e temperatura – alto tempo de residência e longos ciclos • Projeto – tambor de maior espessura – forno para condições severas – coque mais duro, requer sistema de descoqueamento mais potente – tambor de menor diâmetro (<24 ft) – manuseio elaborado e cuidadoso para minimizar o finos Por que, então, não produzimos somente coques especiais?
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