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APS A qualquer preço

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FICHA PARA RELATÓRIO 
DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 2017/2º
Campus: Ano: 
1.Aluno: 
2. Turma: RA:
3. Título do trabalho: Filme “A qualquer preço “
4. Data da Atividade 20/11/2017
5. Relatório da Atividade:
A história do filme “A Qualquer Preço” trata de uma condução de um processo judicial, baseada em fatos reais. Este filme é sobre um advogado que defende uma causa representando moradores de um povoado cujas crianças morreram intoxicadas pela água da localidade, contaminada em função de indústrias locais.
O filme começa com Jan Schlichtmann fazendo uma explanação sobre a vítima de lesões corporais mais rentáveis; ele é um advogado que ficou riquíssimo auferindo lucro sobre a tragédia alheia, defendendo vítimas de lesões corporais – por si só um ramo considerado menor da advocacia, coisa de “chantagistas”, “caçadores de ambulância”
O monólogo de abertura e a frase final acentuam essa característica do sistema baseado na diferença social de uma forma brutal. É assim: “um querelante morto raramente vale tanto quanto um vivo, aleijado. Porém, se a morte for agonizante, e não rápida, por afogamento ou acidente, o valor pode aumentar consideravelmente, Um adulto morto, de 20 a 30 anos, vale menos que um de 40 a 50. Uma mulher morta, menos que um homem morto. Um adulto solteiro, menos que um caso. Negro menos que branco. Pobre menos que rico. A vítima perfeita é um profissional branco, de 40 anos, no auge de sua carreira, derrubado na flor da idade. E a mais imperfeita? Segundo o direito de lesões corporais, uma criança morta é a vítima menos importante.”  
Após esse contesto é apresentado a ele o caso de oito crianças mortas em uma cidade ao Norte de Boston, com câncer, adquirido em virtude da água que beberam, que estava envenenada por resíduos químicos altamente tóxicos, cancerígenos. Crianças mortas – a coisa que vale menos na sua profissão. 
Duas indústrias localizadas na região são processadas pela comunidade afetada, sob a acusação de negligência operacional, pois teriam contaminado o solo, corpos hídricos superficiais e subterrâneos por meio de suas atividades ao longo dos anos. Esta contaminação teria sido causada pelo lançamento de diversos compostos químicos, dentre eles, o tricloroetileno, solvente utilizado para diversos fins industriais e que é considerado altamente tóxico e perigoso quando disposto de maneira não controlada na natureza. A grande concentração de doenças e mortes em condições similares sofridas pelos habitantes da pequena cidade serviu-se como primeiro indicador de que algo com o ambiente estava em desequilíbrio. Casos de leucemia com subsequentes óbitos, problemas imunológicos, convulsões, abortos espontâneos e diversos outros sintomas epidemiológicos fora das séries estatísticas normais, demonstram que condições ambientais adversas podem ocasionar perdas significativas, como mortes e diminuição da qualidade de vida da população.
Pleiteia-se a tomada de responsabilidade sobre as perdas humanas, emocionais e ambientais decorrentes, sob a acusação de, entre outros crimes, homicídio culposo como fato gerado pelo desleixo nas atividades produtivas. O Direito, considerando as íntimas relações com a Economia, desempenha um papel importante, que é o de regular e disciplinar as atividades produtivas, passíveis de causar prejuízos à sociedade, e minimizar tais prejuízos com a indenização. Logo, na defesa dos valores maiores da sociedade e da pessoa, os efeitos decorrentes de fatos humanos produtores de lesões a certos interesses alheios protegidos e, com isso, garante a fluência natural e pacífica das interações sociais. O agente de fatos lesivos que lhe possam ser imputáveis, subjetiva ou objetivamente, arca com o ônus correspondente, tanto em seu patrimônio como em sua pessoa, ou em ambos, e assume a obrigação de indenizar danos provocados, contra ius, a pessoas, ou a bens e a direitos alheios. Dano é, nesse contexto, qualquer lesão injusta a componentes do complexo de valores protegidos pelo Direito.
Destarte, estabelecem-se informações para subsidiar o magistrado na determinação do nexo causal entre o ato de contaminar e a peculiar incidência de doenças e mortes na população. Para tanto, também são analisados registros e prontuários médicos dos afetados, corroborando as informações consolidadas pelos assistentes técnicos. Isto é, com os fatos levantados sobre se, como e quando ocorreram as contaminações, associados ao estudo sintomatológico vivido pelas vítimas, o esclarecimento dos fatos seria evidente para se produzir uma sentença justa. O advogado das vítimas, lidera uma equipe de assistentes técnicos ambientais para a condução de um processo judicial no qual se fazem necessários exames, vistorias e avaliações na busca do reconhecimento da Verdade sobre o objeto da lide.
Mas progressivamente o advogado começa a arriscar tudo na causa, seu sucesso, a saúde financeira do escritório, até seu modo de vida, para provar seu ponto de vista. E traz a tona questões como o sistema legal e limites éticos da atuação dos advogados em causas jurídicas.
O caso se prolonga, fazendo a firma de Jan ficar em sérias dificuldades financeiras, tanto que seus sócios o abandonam enquanto ele marcha para o que parece ser seu suicídio financeiro e profissional. Ao final da obra, ele desiste de levar o caso à Suprema Corte e faz um acordo por não dispor de meios financeiros suficientes para continuar com a ação.
Diante do suposto fracasso, fica ele desesperado, pois não se permite aceitar tamanha injustiça com as vítimas, já que as perdas socioambientais não foram devidamente recompensadas pois agora enxerga que o lucro não é o mais importante da causa, que diversas crianças morreram e que a catástrofe ambiental havia gerado males infinitamente superiores ao ganho financeiro.
Pensando desta maneira, enviou os documentos a uma ONG em defesa do meio ambiente que reabriu o caso. E assim, Jan Schlichtmann, um advogado cínico, se vê transformado em um defensor dos direitos humanos.

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