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ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO SUS O SUS surgiu para assegurar aos brasileiros um direito adquirido junto à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e com essa Constituição Federal de 1988, ocorreu, em nosso país, uma mudança na concepção clássica de atenção à saúde, que era norteada por fundamentos assistencialistas e curativos, centrada na figura do médico e nos hospitais. A psicologia foi uma das últimas profissões a fazer parte na saúde nas Unidades Básicas de Saúde. Segundo Paulin e Luzio (2009) a nova proposta para o sistema de saúde era romper a visão biologista dominante que conceituava a saúde apenas como a ausência de doença. Foi estabelecido a relação direta entre saúde e condições de vida, incluindo condicionantes econômicos, sociais, culturais e bioecológicos. A Psicologia e o trabalho em equipe no contexto da saúde pública têm contribuído para uma prática de ação. Propor uma reflexão e fundamentação teórica sobre o significado da atuação do Psicólogo na área da saúde, principalmente nas Instituições Públicas. Evidenciando a necessidade, a oportunidade e a possibilidade da ação comunitária principalmente no SUS. Dentre as atividades desenvolvidas pelo psicólogo, Souza (2008) destaca; a avaliação das pessoas candidata a diferentes procedimentos cirúrgicos; atendimento psicoeducacional; grupos para modificação de comportamentos de risco; avaliação e delineamento de programa de intervenção para indivíduos com problemas em conformar-se ao tratamento proposto pela equipe de saúde; avaliação neuropsicológica para diagnóstico e sugestão de intervenção; atuação multidisciplinar com outros profissionais de saúde; ajuda na reabilitação de pacientes com deficiências físicas; intervenções para o domínio de sintomas, bem como, pacientes submetidos à quimioterapia; atendimento em psicologia pediátrica e saúde do trabalhador. A atuação do psicólogo era vista de forma individual, e hoje é vista de forma social. O campo de trabalho do psicólogo na área da saúde vem acontecendo gradualmente nas últimas décadas provocando diversos debates e mudanças na esfera da Psicologia, tendo em vista a luta constante da classe para a inserção e a necessidade de tais profissionais. Mais com uma ação preventiva, promovendo assim a saúde. A função do psicólogo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) vem desde atenção básica até o nível terciário de atenção, passando pelo projeto e gestão dos serviços. Em cada um desses níveis, o psicólogo atua como aprendiz, edificando rede com outros saberes, produzindo escutas e intervenções que abrange os sentidos e as probabilidades de criação e mudança do cotidiano. Ao pensar na atuação do psicólogo nas Unidades Básicas de Saúde, ou seja, nas instituições públicas de saúde destinadas à Atenção Primária à Saúde não é uma tarefa fácil. O tempo de inserção desse profissional nessas instituições públicas de saúde é relativamente pequeno; há um contingente reduzido de profissionais atuando na área apesar de vir aumentando gradativamente. Há uma necessidade dos órgãos públicos desenvolver novas políticas em relação a participação do Psicólogo diante a demanda e da necessidade da população a atendimento em várias áreas da psicologia. A atuação reduz-se à clínica tradicional, centrada no indivíduo, com tratamentos demorados, que não consideram o contexto sociocultural em que o paciente vive. Bleger (1992) já afirmava que “(. . .) a função do psicólogo não deve ser basicamente a terapia e sim a saúde pública” (p. 20). Com isso, é necessário repensar esse modelo de fazer Psicologia nessa área e expandir as suas práticas e formas de atuação para que a intervenção aconteça de forma mais adequada e contextualizada. REFERÊNCIAS Paulin, T. Luzio, C.A. A Psicologia na Saúde Pública: desafios para a atuação e formação profissional. Faculdade de Ciências e Letras da UNESP. Assis Revista de Psicologia da UNESP, 8(2), 2009.
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