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Trabalho fissura Labiopalatina Tratamento Fono

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de brinquedos sonoros e cantigas de 
ninar. 
A estimulação do balbucio pode ser feita através da 
motivação dada pelos pais objetivando , o posterior 
desenvolvimento da linguagem. 
TRATAMENTO DA CRIANÇA 
 
O tratamento multidisciplinar é base para o processo 
terapêutico, a fonoaudiologia trabalha desde o 
nascimento com crianças fissuradas, uma vez que não 
há estrutura adequada para a amamentação. Antes de 
iniciarmos nossa atuação, precisamos de um diagnostico 
concreto, para entendermos a dimensão da patologia, 
essa avaliação não e feita apenas pelo fonoaudiólogo. 
Tendo encontrado o problema inicia-se os trabalhos, 
lembrando que deve ser um processo rápido, pois se 
trata do bem estar da criança e família. 
 
 A orientação dada as mães da forma como lidar com 
seus bebês marca o inicio do processo terapêutico, 
sempre deixando bem claro os problemas encontrados e 
mostrando as possibilidades de tratamento. Alterações 
no sistema estomatognático, implicam dificuldades em 
deglutição e sucção, podendo também afetar a respiração 
(dependendo do caso). A criança não tem a orientação de 
base, pois a língua não tem o apoio do palato, assim 
impossibilita a alimentação adequada; algumas 
alternativas são aplicadas, como uso de placas para 
servir de apoio funcional, essa é uma alternativa 
temporária, não podendo ser definitiva. Além do 
cuidado do meio alternativo, há o cuidado da higiene 
bucal desta criança, na maioria das vezes feita com 
cotonetes, lenços ou faldas umedecidas. Em casos onde 
não é possível alimentação natural, apropria-se de 
opções artificiais, com a utilização de bicos apropriados, 
e técnicas para que não tenha a ingestão de ar enquanto 
deglute. 
 
Os pais e cuidadores devem ser orientados 
quanto a aquisição e desenvolvimento de 
linguagem, incluindo nestas orientações a 
relação com a fissura apresentada pela 
criança e como os pais podem auxiliar para 
que seu filho supere suas dificuldades, bem 
como compreendam suas limitações.. 
Precisam também ter conhecimento da 
possibilidade de distúrbios articulatórios 
compensatórios, decorrentes da busca de 
outros pontos articulatórios que tentam 
compensar a diminuição da pressão intra-
oral. 
 
A avaliação da linguagem oral é, geralmente, 
realizada por meio de conversa espontânea; por 
observação (em situação lúdica) da interação da 
criança com seu familiar, verificando-se os meio e 
função comunicativa utilizados para tal intento, 
por provas como imitação e evocação (com uso de 
figuras para nomeação). O ideal é de que estas 
provas sejam filmadas, para posterior análise e 
para comparação entre o processo de avaliação e o 
terapêutico. Na evidência de atraso na aquisição e 
no desenvolvimento da linguagem, distúrbio de 
leitura e escrita, alteração no processamento 
auditivo, alterações psicomotoras e disfonias , que 
podem estar presentes em sujeitos com fissuras 
labiopalatinas, devem ser preconizadas estratégias 
adequadas a cada situação, a fim de propiciar uma 
melhor comunicação do sujeito com sua família e 
com a sociedade. 
 
TRATAMENTO DO ADULTO 
 
Os indivíduos portadores de fissuras labiopalatinas (FLP) 
podem apresentar classes de alterações que abrangem : 
audição, linguagem, fala, voz, órgãos 
fonoarticulatórios (OFA) ,leitura , escrita entre 
outros. A terapia fonoaudiológica pode ser direcionada 
para todos os aspectos acima citados de forma 
concomitante. Entretanto muitas das pessoas 
estabelecem-se prioridades sociais e uma hierarquia dos 
problemas a serem tratados. No tratamento dos pacientes 
portadores de FLP todas as etapas são importantes e 
cabe ao terapeuta valer-se da sensibilidade para discernir 
o que é prioritário para o paciente naquele momento, 
para modificar e adaptar os exercícios conforme cada 
caso. 
O tratamento fonoaudiológico deve ser iniciado 
o mais precocemente possível, a fim de evitar o 
desenvolvimento de movimentos de articulação 
compensatória e consequentemente o prejuízo 
dos movimentos. No caso dos adultos, o 
tratamento também é efetivo, porém se dá ao 
nível de reabilitação e não da prevenção, 
levando mais tempo para a automatização dos 
padrões corretos na fala espontânea. 
Não existe nenhuma linha de tratamento que 
seja rígida e estanque, existe sim, princípios 
básicos que derivam do conhecimento da 
anatomofisiologia e que servem como guias na 
reabilitação fonoaudiológica do indivíduo 
portador de FLP. 
As inovações devem sempre ocorrer, pois 
tornam qualquer tratamento mais eclético, 
mais rico, porém sempre sob o respaldo dos 
princípios básicos vendo o que é prioridade 
ao paciente. 
É importante destacar que o tratamento 
fonoaudiológico não é só fala, mas também 
possibilitar ao paciente que atinja um 
desenvolvimento psicossocial integral, para isso 
ocorrer de forma positiva o portador de FLP será 
assistido por uma equipe multidisciplinar. O contato 
permanente com os integrantes da equipe irá 
proporcionar o adequado aproveitamento de todas as 
potencialidades do indivíduo, possibilitando, desta 
maneira o alcance do desejado sucesso terapêutico. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Fissuras Lábio Palatinas; Elisa B.C 
Altmann 
• Fissura Lábio Palatina Avaliação, 
Diagnóstico e Tratamento Fonoaudiológico; 
Jacqueline Lanza Lofiego
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