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INFECÇÕES DE PELE - MICROBIOLOGIA

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INFECÇÕES DE PELE
Coisas importantes a saber (termos utilizados)
Lesões
Alterações de cor:
Manchas ou mácula 
Eritema: mancha fermelha
Exantema: eritema generalizado
Purpura: mancha vermelha que não desaparece
Petéquia: mancha purpura pequena
Hipercromia: mancha escura
Formações sólidas:
Pápula: elevação pequena
Nódulo: formação sólida, podendo ou não ser elevada (1-3cm)
Tubérculo: pápula ou nódulo contendo uma cicatriz
Vegetação: inflamação tecidual
Vesícula: elevação menor de 1cm (pode ser aquosa)
Bolha: elevação maior de 1cm (pode ser aquosa)
Pústula: elevação contendo pús, até 1cm, para fora da pele
Abscesso: pús subcutâneo 
Exsudato: líquido com alto teor de proteínas séricas e leucócitos, produzido como reação a danos nos tecidos e vasos sanguíneos.
Edema: acumulo anormal de líquido
Espessura:
Queratose: espessamento (com aumento de pele) duro
Esclerose: grande aumento na espessura
Perda tecidual:
Escama: perda de tecido superficial
Crosta: formação amarelada em volta da uma área com perda tecidual. Resultante de pús ou sangue
Erosão: arranhão superficial
Úlcera: perda tecidual resistente e de forma crônica
Infecções
Bactérias Coco Gram (+) 
↓O2 → Streptococcus → β hemolítico ou pyogenes(grupo A dos hemolíticos) e agalactiae (grupo B dos hemolíticos) MAIS PROFUNDO NA PELE
↑O2→ Staphylococcus MAIS SUPERFICIAL NA PELE
Impetigo:
Estreptococus e Estafilococus
Não bolhoso: Streptococcus pyogenes → pápulas eritomatosas pequenas, que formam vesículas. Em poucos dias as pápulas formam pústulas e se rompem, chegando a formação de crostas de coloração âmbar ou castanha, circundidado por um halo eritomatoso. 
Tramento: Mupirocina (bacteriostático em baixa concentração e bactericida em alta concentração) Inibidor de síntese proteica. 3x ao dia
Bolhoso: Streptococcus aureus → vesículas que evoluem para bolhas superficiais com pouco ou nenhum eritema circundante. As bolhas podem ser rompidas facilmente, podendo levar a síndrome da pele escaldada. Ao se romperem, o exsudato pode ser seroso ou purulento, formando uma crosta marrom de desidratação. 
Tratamento: Amoxicilina+clavulinato (antibióticos B-lactâmicos em geral) por 1 semana.
Diagnóstico (ambos): Gram em cultura Agar sangue ou Agar chocolate. 
Escarlatina:
S. pyogenes.
Eritema cutâneo associado à faringite e faringoamidalite.
Causa exantema constituído por micromáculas róseas confluentes; língua framboesa (papilas linguais hipertrofiadas e salientes sobre o fundo eritematoso). Causa erupções na região do tronco e dorso, febre e coceira.
Pode ser tratado com penicilina ou eritromicina.
Diagnóstico por esfregaço de swab da garganta em ágar sangue. Apesar disso, é mais clínico, com a observação de erupções de pele associada à faringite.
Quadro clínico faringite ou faringoamidalite: febre alta, dor ao deglutir, mal estar em geral. Amigdalas apresentam hipertrofia ou hiperemia, podendo haver placa bacteriana (purulenta ou não) ao seu redor. Também é causado por S. pyogenes.
Erisipela: 
S. pyogenes
Afeta a derme e as partes mais superficiais do tecido subcutâneo.
A bactéria se manifesta em uma região maior da pele, de forma contínua.
A lesão forma uma placa eritomatosa e edemaciada, é quente e dolorosa, com bordas elevadas e estão nitidamente diferenciadas da pele normal.
O quadro clínico apresenta febre, calafrios, anorexia e a presença de vesículas ou bolhas na região afetada (erisipela bolhosa).
Diagnóstico: Gram em cultura com agar sangue, chocolate ou caldo trypticase soja.
Tratamento feito com penicilina (ou derivados) e eritromicinas. 
Celulite
Streptococcus; Staphylococcus; Haemophilus influenzae [Bactéria Gram (-)]
Afeta a derme e tecido subcutâneo de um local com feridas, ulceras ou dermatose.
Quadro clínico semelhante a erisipela, mas as lesões são lisas e sem coloração, além de não ter demarcações nítidas entre a pele normal e o local afetado. 
Pode gerar pús. 
Quando acontece celulite periorbitária em crianças, geralmente é por conta do Haemophilus influenzae.
Diagnóstico: Gram, cultura em agar sangue, agar chocolate, agar mac conker, caldo tioglicolato (meio nutritivo, que com a presença de agentes redutores e cistina, aumentam a recuperação de organismo anaeróbicos). 
Tratamento: clindamicina, trimetoprima/sulfametoxazol ou doxiciclina para tratamento oral e vancomicina para tratamento ambulatorial
Foliculite:
Staphylococcus sp.
Dá-se pela inflamação de folículos pilosos, normalmente iniciada por pequenos traumas ou bloqueio dos folículos (como maquiagem).
Pápulas eritomatosas ao redor do pelo inflamado. Formam pústulas e se rompidas, deixam crostas. Pode levar a perda do folículo piloso, quando profunda.
Terçol: Infecção estafilocócica nas pálpebras, acometendo cílios e anexos. O edema inflamatório pode se estender por toda a pálpebra. Doloroso.
Sicose de barba: Pústula folicular centralizada no pelo, podendo ocorrer placas vegetativas e infiltradas. 
Quando infecção estafilocócica, pode haver aparecimento de furúnculos e carbúnculos
Diagnóstico: Gram e cultura Ágar sangue. 
Tratamento tópico: neomicina, mupirocina, ou gentamicina
Tratamento sistêmico: ritromicina na dose de 40 mg/kg/dia, dividida de seis em seis horas; tetraciclina - adultos 2 g por dia; e cefalexina - 30-50 mg/kg/dia fracionada de seis em seis horas.
Furunculo e Furunculose
Staphylococcus aureus
Infecção bacteriana do folículo piloso juntamente com a glândula sebácea, comprometendo o tecido subcutâneo próximo. 
Nódulo eritematoso, pustuloso, quente e doloroso, que acaba por se romper e eliminar um líquido necrótico e purulento. 
Furunculos repetitivos denominam-se furunculose.
Diagnostico clínico
Tratamento (para furúnculos repetitivos ou mais de 2cm de diâmetro, furúnculos com presença de celulite) oxacilina, flucloxacilina, cefalexina, cefradina, Trimetoprim-sulfametoxazol ou clindamicina 
Antraz (carbúnculo)
Straphylococcus aureus e não muito comumente Bacillus anthracis.
Vários furúnculos confluentes entre sí na mesma localização, de forma mais profunda.
A localização mais frequente do antraz é na parte posterior do pescoço (nuca), ombros, ancas e coxas e são particularmente comuns em pessoas de meia idade ou homens idosos. 
Diagnóstico: Gram e cultura em agar sangue.
Tratamento: mesmo que furúnculos.
Fasciite Necrosante
S. pyogenes
Infecção de tecidos moles, com acentuação rápida em edemas para bolhas violáceas e necrose do tecido celular subcutâneo.
Pode ser causada por infecção mista de bactérias anaeróbicas e facultativas anaeróbicas
Caso seja mista, compromete a fáscia mm. profunda, com dores fortes, edemas, necrose da pele adjacente e crepitação. 
Diagnóstico: Clínico; Agar sangue, Agar Mac Conkey, Caldo tioglicolato.
Tratamento (utilizado para o amplo espectro de bactérias (gram + e gram -, além de bactérias que não sejam do grupo A dos hemolíticos) combinado (3): Peniclina, aminoglicosídio ou cefalosporina, clindamicina ou metronizadol.
Gangrena gasosa
Clostridium perfrigens
Pode colonizar a ferida sem causar doença
Pode causa celulite grave, estendendo-se até a musculatura e evoluindo para mionecrose, levando ao óbito
Diagnóstico: Agar Sangue, Agar mac Conkey, caldo tioglicolato
Tratamento: Penicililas, clindamicina, tetraciclinas ou cefalosporinas.
Sarampo
Morbillivirus
Doença infecciosa aguda (viral) transmissível e contagiosa, comumente ocorrendo com crianças
Vasculite generalizada.
Quadro clínico é de febre alta, mal estar, tosse, vômito, anorexia e secreção purulenta dos olhos e nariz.
Manchas brancas na mucosa da boca que evoluem para exantema máculo-papular generalizado, de cor avermelhada, com pele normal entre elas.
Diagnóstico: ELISA, igM, inibição de hemaglutinaçao, PCR, imunofluorescência.
Tratamento: analgésicos e vitaminas, além de dieta branda e repouso.
Rubéola
Rubivírus
Doença exantemática viral aguda.
Exantemas máculo-papulares puntiformes e difusos, que se iniciam na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-separa o tronco e membros. 
Quadro clínico: febre baixa e linfodenopatia generalizada, geralmente precendendo o exantema, em cinco a dez dias.
O exantema tem duração de dois a três dias e resolução espontânea, propiciando imunidade prolongada.
Quando acomete adolescentes e/ou adultos, pode apresentar poliartralgia, poliartrite, conjuntivite, coriza e tosse.
Diagnóstico: sorologia (igG e igM por inibição da hemaglutinação e ELISA).
Tratamento: Os sintomas são leves e normalmente o tratamento não é necessário, variando apenas para o uso de analgésicos para alívio de dor e febre.
Varicela
Varicela zoster.
Infecção viral primária e aguda
Exantema de aspecto máculopapular (tipo de erupção cutânea caracterizado por uma área vermelha e plana na pele com pápulas pequenas e confluentes) de distribuição centrípeta
Após algumas horas adquire o aspecto vesicular, evoluindo rapidamente para pústulas e posteriormente formando crostas, em 3 ou 4 dias.
Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. 
Principal característica clínica: Poliformismo das lesões cutâneas (se apresentam em diversas fases evolutivas ao mesmo tempo) acompanhadas de prurido (coceira)
Em crianças, normalmente é uma doença benigna auto-limitada.
Diagnóstico: Imunofluorescência indireta, aglutinação em látex, ELISA
Tratamento: tende a se autocurar, mas podem ser utilizados antivirais como Aciclovir.
Herpes Zoster
Varicella zoster
Decorrente da reativação do vírus da varicela em estado de latência
Ocorre em adultos e em imunocomprometidos
Famosa ‘’cobreira’’
Lesões cutâneas, dores nevrálgicas, ardor e prurido locais, febre, cefaleia e mal estar.
A lesão é uma vesícula sobre base eritematosa. 
Erupção unilateral, raramente ultrapassando a linha mediana, seguindo o trajeto de um nervo.
Surgimento gradual, de 3 a 4 dias para se estabelecerem
Diagnóstico: mesmo que varicela
Tratamento: mesmo que varicela
Características das bactérias e vírus
Streptococcus pyogenes é uma espécie de bactérias Gram-positivas com morfologia de coco, pertencentes ao genero Streptococcus beta-hemolítico do grupo A.
São resistentes a macrolídeos
Possuem cápsula; DNAses; Hialuronidases; peptidase do C5a (inibe sistema complemento); Proteinas M (inibem sistema complemento a partir da degradação do C3b); Proteína F (dá aderência a célula)
Staphylococcus aureus 
 é uma bactéria esférica, do grupo dos cocos gram-positivos
Possuem cápsula; proteína A (prendem anticorpos igG, neutralizando sua função e impedindo a fixação de imunoglobulinas); enterotoxinas; 
A resistência à penicilina foi detectada logo após o início de seu uso na década de 40. Essa resistência era mediada pela aquisição de genes que codificavam enzimas, inicialmente conhecidas como penicilinases, e agora chamadas β-lactamases. 
Existem muitas cepas resistentes a meticilina, chamadas de MRSA
Haemophilus influenzae é uma bactéria cocobacilar Gram negativo, aeróbiafacultativa da família Pasteurellaceae.
Os fatores de virulência H. influenzae incluem cápsula, lipopolissacarídeos, peptidoglicano, fimbrias, proteínas de membrana externa e proteínas secretadas.

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