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1 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 1 SUMÁRIO Acesse o conteúdo disponível clicando nas figuras abaixo Cap. 1 Natureza Jurídica do CDC Cap. 2 Relação Jurídica de Consumo Cap. 3 Política Nacional das Relações de Consumo Cap. 4 Direitos Básicos do Consumidor Cap. 5 Responsabilidade Civil no CDC Cap. 6 Práticas Comerciais Cap. 7 Proteção Contratual Cap. 8 Proteção Administrativa Cap. 9 Proteção Penal Cap. 10 Defesa do Consumidor em Juízo FALE COM O PROFESSOR HERCÍLIO Bibliografia Citações e Referências www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 2 Cap. 1 NATUREZA JURÍDICA DO CDC Art. 1º 2 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 3 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: compreender a natureza jurídica do CDC; conceituar norma de ordem pública e interesse social de caráter principiológico (art. 1º); explicar a evolução das relações de consumo; explicar porque as relações de consumo são merecedoras da proteção do Estado. Objetivos da aprendizagem www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 4 O objeto de regulamentação pelo Código de Defesa do Consumidor é a relação de consumo. 3 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 5 Entender a evolução das relações de consumo passa pela compreensão: da transformação dos modos de produção, de oferta de produtos e serviços, da logística e, da comunicação. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 6 Depois da Revolução Industrial a sociedade se viu dividida em dois grandes grupos: O dos fornecedores (controladores dos bens de produção) O dos consumidores (que por não controlarem os bens de produção, se submetem ao poder econômico do primeiro grupo.) 4 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 7 O desequilíbrio entre consumidores e fornecedores foi acentuado pela Globalização que agravou os conflitos de consumo e a vulnerabilidade informacional, técnica, fática e jurídica do consumidor. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 8 A produção e o consumo em massa geraram a sociedade de massa, sofisticada e complexa. Os novos mecanismos de produção e distribuição fizeram surgir novos instrumentos jurídicos, cujas as cláusulas são preestabelecidas unilateralmente pelo fornecedor, sem qualquer participação do consumidor. 5 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 9 EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 10 Desequilíbrio da Relação Jurídica de Consumo. 6 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 11 No Brasil o Código Civil foi aplicado até o dia 10 de março de 1991. Esse esquema legal privatista se demonstrou inadequado e equivocado para interpretar os contratos de consumo, porque o consumidor não se senta à mesa para negociar cláusulas contratuais. Na verdade, o consumidor vai ao mercado e recebe produtos e serviços postos e ofertados segundo as regras do fornecedor. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 12 Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social... 7 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 13 “O consumidor é o elo mais fraco da economia; e nenhuma corrente pode ser mais forte do que seu elo mais fraco.”2 (Henry Ford) www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 14 Em face do desequilíbrio da relação jurídica de consumo, achou por bem, o Estado, proteger a parte mais fraca, vulnerável e hipossuficiente – o consumidor.8 8 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 15 A partir da CF/88 a defesa efetiva dos interesses dos consumidores passou a ser considerada direito fundamental (art. 5º, XXXII) e, princípio geral da ordem econômica (art. 170, V). www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 16 Para tornar mais efetiva a tutela desse sujeito especial de direitos é que o CDC, em seu art. 6º, instituiu uma lista de direitos básicos, inspirada nos direitos fundamentais e universais do consumidor, reconhecidos pela ONU por meio da Resolução 32/248, de 10/04/1985. art. 6º DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMI DOR 9 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 17 O art. 7º, caput, dispõe: “os direitos básicos previstos neste Código não excluem outros...”. Este dispositivo é uma cláusula de abertura do MICROSISTEMA do CDC, o que significa dizer que sempre que outra lei assegurar algum direito para o consumidor, poderá se somar ao CDC. 7 Com isso, possibilita-se que o mandamento constitucional de defesa do consumidor seja concretizado por todo sistema jurídico, em DIÁLOGO DAS FONTES, e não somente pelo CDC. 7 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 18 O CDC, portanto, é Lei de ordem pública e interesse social - norma cogente, indisponível e inafastável que não pode ser modificada pela vontade das partes; 10 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 19 Lei de caráter principiológico – pois submete todas as demais normas que regulem relações específicas de consumo aos seus preceitos básicos, gerais e fundamentais; www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 20 Lei integrada a um microssistema que possibilita que o mandamento constitucional de defesa do consumidor seja concretizado por todo sistema jurídico, em diálogo das fontes. 11 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 21 Cap. 2 RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Arts. 2º, 3º, 17 e 29 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 22 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: conceituar relação jurídica de consumo; identificar elementos envolvidos na relação jurídica de consumo; definir consumidor (arts. 2º caput, 2º, parágrafo único, 17 e 29); definir fornecedor (art. 3º); Definir produto (art. 3º, § 1º); Definir serviço (art. 3º, § 2º). Objetivos da aprendizagem 12 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 23 Logo, são elementos constitutivos de uma relação de consumo: Sujeitos Objeto Finalidade PJ PF CONSUMIDOR FORNECEDOR ADQUIRE PRODUTO/SERVIÇO PARA USO PRÓPRIO COMO DESTINATÁRIO FINAL (VULNERÁVEL E HIPOSSUFICIENTE) ENCERRANDO O CICLO DE PRODUÇÃO ENTES DESPERSONALIZADOS são considerados fornecedores www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 24 O QUE É CONSUMIDOR 13 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 25 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 26 Art. 2° Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade depessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. CONSUMIDOR EM SENTIDO COLETIVO Universalidade de Consumidores 14 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 27 Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 28 ART. 29 CONSUMIDOR POTENCIAL 15 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 29 CONSUMIDOR POTENCIAL O art. 29 equipara a consumidor as pessoas determináveis ou não, expostas à oferta, à publicidade, às práticas comerciais abusivas, à cobrança de dívidas, à inserção de seus nomes em banco de dados ou cadastros, e às cláusulas contratuais abusivas. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 30 CONSUMIDOR STRICTU SENSU (Art. 2º, Caput) EQUIPARADO SENTIDO COLETIVO (Art. 2º, § único) BYSTANDER (Art. 17) POTENCIAL (Art. 29) 16 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 31 O QUE É FORNECEDOR www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 32 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 17 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 33 O CONCEITO DE FORNECEDOR ENVOLVE: ATIVIDADE PROFISSIONAL DESENVOLVIDA NO MERCADO DE CONSUMO, DE FORMA HABITUAL, EM CONDIÇÃO DE SUPERIORIDADE EM RELAÇÃO AO CONSUMIDOR VISANDO VANTAGEM ECONÔMICA. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 34 O QUE É SERVIÇO 18 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 35 Atividades de natureza trabalhista estão fora da hipótese de incidência do CDC. Art. 3° § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Serviço é toda atividade remunerada. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 36 Art. 3° § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Serviços efetivamente gratuitos estão afastados da hipótese de incidência do CDC por não representarem nenhuma espécie de proveito econômico para o prestador. Serviços aparentemente gratuitos são aqueles em que o fornecedor, ainda que indiretamente, perceba alguma vantagem econômica. (Ex.: estacionamento gratuito – custo embutido nos preços dos produtos). Incidência do CDC. 16 19 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 37 O QUE É PRODUTO www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 38 Art. 3° § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 20 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 39 E A AMOSTRA GRÁTIS É OBJETO DA RELAÇÃO DE CONSUMO O produto diferentemente do serviço não precisa ser remunerado. Os produtos oferecidos gratuitamente aos consumidores também podem ser objeto da relação de consumo. 18 (art. 39, Parágrafo único) www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 40 Cap. 3 POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO Arts. 4º e 5º 21 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 41 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: identificar os princípios que regem as relações de consumo; conceituar o Princípio da Vulnerabilidade do consumidor e suas variações; conceituar o Princípio da Boa-fé objetiva; conceituar o Princípio Equilíbrio das relações de consumo; conceituar o Princípio da Educação e Informação; Identificar os instrumentos de que dispõe o Poder Público para executar a Política Nacional de Consumo. Objetivos da aprendizagem www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 42 Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 22 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 43 PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 44 PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA 23 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 45 PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 46 PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO 24 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 47 Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 48 Cap. 4 DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR Arts. 6º e 7º 25 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 49 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: identificar e interpretar a lista de direitos básicos do consumidor; compreender como o CDC assegura o equilíbrio econômico do contrato; estabelecer a distinção e o conceito do direito de modificação de cláusulas contratuais, e o direito de revisão; Empreender uma análise comparativa do instituto da lesão jurídica no CDC e no CC; compreender a Teoria da Base Objetiva do Negócio Jurídico (art. 6, V, CDC) e a Teoria da Imprevisão (art. 478, CC), conceituando e estabelecendo a distinção; conceituar inversão do ônus da prova, identificar os requisitos e o momento de sua concessão, bem como, a responsabilidade pelo custeio das provas; Identificar em quais situações os serviços públicos são objeto da relação de consumo. Objetivos da aprendizagem www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 50 Art. 6°, I O consumidor tem o fundamental direito de não ser exposto a riscos à sua vida, saúde e segurança. 26 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 51 Art. 6°, II Direito à educação buscando-se minimizar a vulnerabilidade técnica e informacional, mediante a inserção de disciplinas de direitodo consumidor no ensino fundamental e superior (educação formal), ou informalmente, através dos próprios fornecedores, órgãos de defesa do consumidor, ONG´s e imprensa. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 52 Art. 6°, III Direito à informação. O direito de informação do consumidor gera o dever de informar por parte do fornecedor de maneira clara, precisa, adequada e eficaz, não se admitindo falhas ou omissões. Este dever deve ser observado pelo fornecedor: no momento pré-contratutal (art. 31), na conclusão do negócio (art. 30), na execução do contrato (art. 46) e, Inclusive, no momento pós-contratual (art. 10, § 1º) 27 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 53 Art. 6°, IV Direito à proteção contra práticas e cláusulas abusivas. Traduz-se na proteção contra a publicidade enganosa, a abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como, contra práticas e cláusulas abusivas impostas no fornecimento de produtos e serviços. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 54 Art. 6°, VIII Direito à inversão do ônus da prova. a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. 28 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 55 Cap. 5 Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 56 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: Conhecer os fundamentos da responsabilidade civil objetiva no CDC e discorrer sobre os mecanismos de reparação de danos causados aos consumidores; Definir e estabelecer a distinção entre defeito (teoria da qualidade-segurança) do produto ou serviço e vício (teoria da qualidade-adequação) do produto ou serviço; Definir responsabilidade pelo fato do produto e discorrer sobre os mecanismos de reparação de danos; Definir responsabilidade pelo fato do serviço e discorrer sobre os mecanismos de reparação de danos; Definir responsabilidade pelo vício do produto e discorrer sobre os mecanismos de reparação de danos; Definir responsabilidade pelo vício do serviço e discorrer sobre os mecanismos de reparação de danos; Interpretar a responsabilidade dos profissionais liberais; Identificar quando a responsabilidade é solidária ou subsidiária; Identificar as causas que excluem a responsabilidade; Discorrer sobre os prazos de reclamação, a decadência e a prescrição; Conceituar e estabelecer a distinção entre a garantia legal e a garantia contratual; Conceituar desconsideração da personalidade jurídica no CDC e elencar as hipóteses de sua concessão. Objetivos da aprendizagem 29 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 57 Responsabilidade Civil Fundamento Teoria da Qualidade Responsabilidade Qualidade-segurança Qualidade-adequação Noção de Defeito Noção de Vício Fato do Produto Fato do Serviço Vício do Produto e do Serviço Objetiva Conduta, nexo e dano Do Comerciante Direito de Regresso Denunciação da Lide Causas Exclusão Defeito Responsáveis Causas Exclusão Profis. Liberal Médico, Hospital, Planos de Saúde e Provedores da Web Solidariedade Vício de Qualidade Vício de Quantidade www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 58 Responsabilidade Civil Decadência Prescrição Garantia Contratual e Legal Desconsideração Da Personalidade jurídica 30 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 59 Cap. 6 Práticas Comerciais www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 60 Objetivos da aprendizagem Ao final deste capítulo você terá subsídios para: Conceituar oferta; Discorrer sobre o princípio da vinculação da oferta e do dever de informar; Elencar as hipóteses que se abre para o consumidor no caso de recusa do cumprimento da oferta por parte do fornecedor; Definir publicidade e identificar as suas modalidades – quando abusiva e quando enganosa; Conceituar inversão do ônus da prova, momento e requisitos para sua concessão; Analisar, interpretar e identificar as práticas comerciais abusivas, em especial, às referentes a cobrança de dívida e aos cadastros e bancos de dados relativos aos consumidores. 31 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 61 PRÁTICAS COMERCIAIS OFERTA PUBLICIDADE PRÁTICAS ABUSIVAS COBRANÇAS DE DÍVIDAS BANCO DE DADOS E CADASTRO DE CONSUMIDORES www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 62 Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 32 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 63 Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. DEVER DE INFORMAR Um dos maiores fatores de desequilíbrio nas relações de consumo é o déficit informacional do consumidor, decorrente, entre outros motivos, do fato dele participar apenas da última etapa do processo produtivo – o consumo. A oferta deve assegurar informações: Verdadeiras; De fácil entendimento; Objetivas; De fácil percepção e, Em língua portuguesa. O que não se admite é que a utilização de palavras em língua estrangeira venha a determinar confusão ou equívoco do consumidor. Ou seja, caso algum consumidor venha a adquirir o produto ou serviço de modo equivocado e o desconhecimento da expressão ou palavra na língua estrangeira tenha sido a razão do erro, o fornecedor responde pelos danos que porventura venha a causar. 41 A violação do dever de informar pode acarretar vários efeitos para o fornecedor: Ineficácia da obrigação estipulada ao consumidor (art. 46); Responsabilização civil do fornecedor pelo vício ou defeito do produto ou serviço (arts. 12 a 25); Responsabilização penal (art. 66, § 2º). www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 64 Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. 33 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 65Toda a comunicação de entidades públicas ou privadas, inclusive as não personalizadas, feita através de qualquer meio, destinada a influenciar o público em favor, direta ou indiretamente, de produtos ou serviços, com ou sem finalidade lucrativa. 42 DEFINIÇÃO DE PUBLICIDADE www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 66 Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA A inversão aqui prevista, ao contrário daquela fixada no art. 6º, VIII, não está na esfera de discricionariedade do juiz. É obrigatória. Refere- se a dois aspectos da publicidade: a veracidade e a correção. A inversão da prova é ope legis, independendo de qualquer ato do juiz. Logo, não lhe cabe sobre ela se manifestar, seja no saneador ou momento posterior. 34 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 67 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. Na caracterização da publicidade enganosa não se exige a intenção de enganar por parte do anunciante. É irrelevante, pois, sua boa ou má- fé. Logo, sempre que o anúncio for capaz de induzir o consumidor em erro, mesmo que tal não tenha sido querido pelo anunciante, caracterizada está a publicidade enganosa. A enganosidade é aferida, pois, em abstrato. não sendo, por conseguinte, exigível qualquer prejuízo individual. A publicidade por si só produz danos. O que importa não são os efeitos reais da publicidade, mas, ao contrário, sua capacidade de afetar decisões de compra. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 68 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. As diversas modalidades de publicidade abusiva, ao contrário da publicidade enganosa, não atacam o bolso do consumidor, isto é, não têm, necessariamente, o condão de causar- lhe prejuízo econômico. 35 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 69 Art. 39, I condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; PRÁTICAS ABUSIVAS www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 70 Art. 39, II recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; PRÁTICAS ABUSIVAS 36 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 71 Art. 39, III enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; PRÁTICAS ABUSIVAS www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 72 Art. 39, IV prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; PRÁTICAS ABUSIVAS 37 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 73 Art. 39, V exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; PRÁTICAS ABUSIVAS www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 74 Art. 39, VI executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; ORÇAMENTO PRÁTICAS ABUSIVAS 38 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 75 Art. 39, VII repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; PRÁTICAS ABUSIVAS www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 76 Art. 39, VIII colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); PRÁTICAS ABUSIVAS 39 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 77 Art. 39, XI recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; PRÁTICAS ABUSIVAS www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 78 Art. 39, XI elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços; PRÁTICAS ABUSIVAS 40 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 79 Art. 39, XII deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério ; PRÁTICAS ABUSIVAS www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 80 Art. 39, XIII aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. PRÁTICAS ABUSIVAS 41 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 81 Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 82 Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena Detenção de três meses a um ano e multa. CRIME DE CONSUMO 42 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 83 Art. 42. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. O CDC só cuida das dívidas oriundas de relação de consumo. Ao passo que o CC se aplica às dívidas decorrentes de relação civil (entre iguais) Para o CC, basta a cobrança dadívida. Pelo CDC exige- se que o consumidor já tenha efetuado o pagamento em excesso. O CC só se ocupa da cobrança judicial. O CDC alcança tanto a cobrança judicial quanto a extrajudicial. O CC exige a má-fé do credor. O CDC se contenta com a simples culpa do fornecedor- credor. No CDC, presentes os pressupostos, a repetição de indébito é sempre pelo dobro do valor que o consumidor pagou em excesso. No CC, é preciso distinguir: para cobrança de dívidas já pagas, no todo ou em parte, a repetição é por valor igual ao dobro do que foi cobrado; para cobrança de valor superior ao devido, a repetição é pelo valor equivalente ao que foi cobrado em excesso. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 84 Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos. § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele. § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas. § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público. § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. 43 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 85 Cap. 7 Proteção Contratual do Consumidor www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 86 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: Entender os fundamentos da proteção contratual do consumidor; Definir e compreender o princípio da boa-fé objetiva; Compreender as funções do princípio da boa-fé objetiva – como regra de interpretação, como fonte de direitos e deveres jurídicos, como limite ao exercício de direitos subjetivos; Compreender e estabelecer a distinção entre as teorias que fundamentam o princípio da boa-fé objetiva – a teoria do adimplemento substancial e a teoria dos atos objetivos; Discorrer sobre os princípios específicos da proteção contratual – princípio da transparência, da interpretação mais favorável ao consumidor, da vinculação da oferta e da preservação dos contratos; Discorrer sobre o direito de arrependimento e a garantia contratual; Identificar os mecanismos de proteção das cláusulas gerais dos contratos de consumo – a administrativa e a judicial, nas modalidades concreta e abstrata. Objetivos da aprendizagem 44 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 87 O princípio da Boa-fé Objetiva é a base da Proteção Contratual no CDC. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 88 Princípio da Boa-fé Objetiva 43 Regra de Interpretação Fonte de Direitos e Deveres Jurídicos Limite ao Exercício de Direitos Subjetivos Teoria do Adimplemento Substancial Teoria dos Atos Objetivos 45 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 89 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 90 O CDC em seu art. 51, enuncia um elenco meramente exemplificativo de cláusulas abusivas e evidencia a possibilidade da existência de outras cláusulas abusivas. 46 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 91 São cláusulas abusivas: 1. Cláusula de não indenizar e cláusula de renúncia de direitos; 2. De não reembolso de quantias pagas; 3. Transferência de responsabilidade a terceiros; 4. Cláusula incompatível com a boa-fé e equidade; 5. Inversão prejudicial do ônus da prova; 6. Arbitragem compulsória; 7. Imposição de representante; 8. Conclusão do contrato a critério exclusivo do fornecedor; 9. Alteração unilateral de preço; 10. Cancelamento unilateral de contrato; 11. Ressarcimento unilateral dos custos de cobrança; 12. Alteração unilateral de contrato 13. Violação de normas ambientais; 14. Cláusula ofensiva ao sistema de proteção ao consumidor; 15. Renúncia à indenização de benfeitorias necessárias; www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 92 47 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 93 DIREITO DE ARREPENDIMENTO Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. Art. 49. Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 94 GARANTIA COMPLEMENTAR Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. 48 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 95 Cap. 8 Proteção Administrativa do Consumidor www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 96 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: Compreender a integração da atuação dos diversos órgãos públicos e entidades privadas de defesa do consumidor que compõem o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; Identificar as diversas atividades e atribuições dos diversos órgãos de defesa do consumidor dentro de suas esferas de competência; Entender como é exercida a fiscalização e o controle das relações de consumo; Definir e elencar as diversas modalidades de sanções administrativas; Compreender a atuação do Ministério Público. Objetivos da aprendizagem 49 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 97 CONTROLE DAS CLÁUSULAS GERAIS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO JUDICIAL ÓRGÃOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR MINISTÉRIO PÚBLICO FISCALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE SANÇÕES ADMINISTRATIVAS INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA AÇÃO INDIVIDUAL PROPOSTA PELO CONSUMIDOR AÇÃO COLETIVA PROPOSTA PELOS LEGITIMADOS DO ART. 82, CDC www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 98 Cap. 9 Tutela Penal do Consumidor 50 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 99 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: Tipificar os crimes contra as relações de consumo. Objetivos da aprendizagem www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO100 Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Trata-se à evidência de crime formal, ou de mera conduta, consumando-se com a simples constatação da omissão dos deveres do art. 63. A culpa, no caso, consiste na negligência. O responsável tem o dever de alertar e informar contra os riscos que determinado produto ou serviço apresenta, mas não procede como determina os dispositivos legais. 51 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 101 Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. RECALL www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 102 Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. 52 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 103 Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 104 Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa: 53 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 105 Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade: Pena - Detenção de um a seis meses ou multa. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 106 Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor: Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. 54 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 107 Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros: Pena - Detenção de seis meses a um ano ou multa. Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata: Pena - Detenção de um a seis meses ou multa. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 108 Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu conteúdo; Pena - Detenção de um a seis meses ou multa. GARANTIA 55 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 109 Cap. 10 Defesa do do Consumidor Em Juízo www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 110 Ao final deste capítulo você terá subsídios para: Entender o contexto das ações individuais na defesa do consumidor; Entender o contexto das ações coletivas na defesa do consumidor; Definir direito difuso, direito coletivo strictu sensu e direitos individuais homogêneos; Explicar o regime da coisa julgada na ações coletivas: Efeitos da sentença; Coisa julgada secundum eventum litis; Coisa julgada in utilibus; Coisa julgada secundum eventum probationes; implicações da ação coletiva sobre a individual Objetivos da aprendizagem 56 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 111 DIREITO OBJETIVO DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO DIREITO COLETIVO OU TRANSINDIVIDUAL Normas que disciplinam as relações entre o Estado e os particulares, predominando o interesse público. As partes envolvidas são sempre determinadas, e predomina a supremacia da Administração Pública. Normas que disciplinam as relações entre particulares ou entre estes e o Estado, predominando o interesse privado. As partes envolvidas são sempre determinadas, estão em pé de igualdade, gozam de autonomia e os direitos podem ser fruídos ou dispostos de forma unilateral. Direitos e interesses de espectro coletivo, consagrados a partir da segunda e da terceira dimensões de direitos humanos. Pertencem a grupos, classes ou categorias mais ou menos extensas de pessoas, por vezes indetermináveis, e não são passíveis de apropriação e disposição individual. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 112 DIREITO OBJETIVO DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO DIREITO COLETIVO OU TRANSINDIVIDUAL DIFUSOS COLETIVOS (strictu) INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS 57 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 113 DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO AÇÃO INDIVIDUAL PROPOSTA PELO CONSUMIDOR AÇÃO COLETIVA PROPOSTA PELOS LEGITIMADOS DO ART. 82, CDC Direitos Difusos Direitos Coletivos Direitos Individuais Homogêneos Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 114 DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO AÇÃO INDIVIDUAL PROPOSTA PELO CONSUMIDOR AÇÃO COLETIVA PROPOSTA PELOS LEGITIMADOS DO ART. 82, CDC Direitos Difusos Direitos Coletivos Direitos Individuais Homogêneos Art. 81(...) Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos; II - interesses ou direitos coletivos; III - interesses ou direitos individuais homogêneos; SÃO OS CHAMADOS DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS SUPRAINDIVIDUAIS METAINDIVIDUAIS 58 www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 115 COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS 47 SENTENÇA SECUNDUM EVENTUM LITIS SECUNDUM EVENTUM PROBATIONES IN UTILIBUS IMPLICAÇÕES DA AÇÃO COLETIVA SOBRE A INDIVIDUAL NAS AÇÕES SOBRE INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS NAS AÇÕES SOBRE INTERESSES INDIVIDUAISHOMOGÊNEOS Ciência, na ação individual, sobre a existência de uma ação coletiva Sentença individual transitada em julgado antes da sentença coletiva Ciência, antes de propor uma ação Individual, sobre A existência de uma ação coletiva Sentença coletiva transitada em Julgado antes de proposta a ação individual Procedência Improcedência por insuficiência de provas Improcedência por pretensão infundada Procedência Improcedência www.professorhercilio.com VOLTAR AO SUMÁRIO 116 Bibliografia: Bibliografia em Português ALMEIDA, João Batista de. A proteção jurídica do consumidor. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 2-15. ALVIM, Arruda. Cláusulas abusivas e seu controle no direito brasileiro.Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, v. 64, n. 20, p. 25-70, out./dez. 1996. AMARAL JÚNIOR, Alberto do. Proteção do consumidor no contrato de compra e venda. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993. v. 2. ARAÚJO FILHO, Luiz Paulo da Silva. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor: direito processual. São Paulo: Saraiva, 2002. ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. São Paulo: Malheiros, 2003. AZEVEDO, Antônio Junqueira de. Insuficiências, deficiências e desatualização do projeto de código civil na questão da boa-fé objetiva nos contratos. Revista dos Tribunais, São Paulo, a. 89, n. 775, p. 17, maio 2000. BESSA, Leonardo Roscoe. O Consumidor e os Limites dos Bancos de Dados de Proteção ao Crédito. São Paulo: RT, 2003. CHAISE, Valéria Falcão. 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ANDRADE, Adriano. et al. Interesses difusos e coletivos esquematizado. Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: Método, 1. ed. 2011, p. 389. 5. REsp 586.316/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, j. 14.04.2007. 6. NERY JUNIOR, Nelson. Código brasileiro de defesa do consumidor:comentado pelos autores do anteprojeto. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001, p.444. 7.REsp 1.037.759/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 23.02.2010. 8. NOVAIS, Alinne Arquette Leite. Os novos paradigmas da teoria contratual: o princípio da boa-fé objetiva e o princípio da tutela do hipossuficiente. In: TEPEDINO,Gustavo (Coord.).Problemas de Direito Civil-Constitucional, Rio de Janeiro:Renovar, 2001, p.17. 9. ANDRADE, Adriano. et al., op. cit., p. 557. 10. ANDRADE, Adriano. et al., op. cit., p. 556. 11. ANDRADE, Adriano. et al., op. cit., p. 557. 12. REsp 519.310/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 20.04.2004. 13. AgRg no Ag 150.829/DF, Rel. Min. Waldemar Zveiter, j. 19.03.1998. 14. MIRAGEM, Bruno. Direito do Consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. p. 94-95. 15. REsp 519.310/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 20.04.2004. 16. Resp 566.468/RJ Rel. Min. Jorge Scartezzini, j. 23.11.2004. 17. AgRG no REsp 621.254/SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 12.05.2009. 18. BONATTO, Cláudio.; MORAES, Paulo Valério Dal Pai. Questões controvertidas no Código de Defesa do Consumidor. 4. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998. p. 94. 19. ANDRADE, Adriano. et al., op. cit., p. 401. 20. FILOMENO, José Geraldo et al, op. cit., p. 55. 21. MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no código de defesa do consumidor. 4. ed. São Paulo: RT, 2003. p. 148. 22. MARQUES, op. cit., p. 182-183. 23. REsp 595.631/SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 08.06.2004. 24. REsp 802.832/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 13.04.2011 (informativo 469 do STJ) 25. REsp 1.063.639/MS, Rel. Min. Castro Meira, j. 01.10.2009. 26. ANDRADE, Adriano. et al., op. cit., p. 429. 27. REsp. 793.422/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 03.09.2006. 28. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. 9ª Ed., Rio de Janeiro: Forense, 1999. 29. BENJAMIN, Antônio Herman. Manual de direito do consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. p. 108-110. 30. JÚNIOR, Nelson Nery. Novo Código Civil e Legislação extravagante anotados. São Paulo: RT, 2002, p. 725. 31. REsp 967.623/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 16.04.2009. 32. RIZZATO NUNES, Luiz Antônio. Curso de direito do consumidor. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 181. 33. REsp. 1.024.791/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho, 4ª Turma, unânime, j. 09.03.2009. 34. REsp. 287.849/SP, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ. 13.08.2001. 35. REsp. 908.359/SC, 2ª Seção, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJe 17.12.2008. 36. CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 384-385. 37. REsp 1.193.764/SP, 3ª Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 14.12.2010. 38. REsp. 1.111.403/RJ, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, j. 09.09.2009. 39. REsp. 255.147/RJ, Rel. Min. Waldemar Zveiter, DJ. 02.04.2001. 40. REsp. 341.405, rel. Min. Nancy Andrighi, DJ. 28.04.2003. 41. GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito do consumidor. Código comentado. 2ª. ed. São Paulo: RT, 1995. p. 197. 42. PASQUALOTTO, Adalberto. Os efeitos obrigacionais da publicidade no Código de Defesa do Consumidor. São Paulo: RT, 1997. p. 25. 43. ANDRADE, Adriano. et al. Interesses difusos e coletivos esquematizado. Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: Método, 1. ed. 2011, p. 556-567. 44. FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Lineamentos acerca da interpretação do negócio jurídico. Revista de Direito Privado, n. 31, jul-set. 2007, p.08-30. 45. REsp 1.131.073-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 5/4/2011. 46. REsp. 1.061.530/RS, rel. Min. Nancy Andrighi, DJ 10.03.2009. 47. ANDRADE, Adriano. et al. Interesses difusos e coletivos esquematizado. Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: Método, 1. ed. 2011, p. 207-227.
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