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Citação e Intimação - Doc

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www.viajuridica.com.br
Prof. Pedro Durão
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
	
	Citação. 1.Conceito. 2.Efeitos. 3.Modos. 4.Vedação. 5.Formas Especiais. Notificação. Intimação. 1.Formas. 2.Nulidades. 3. Alteração do art. 366 do CPP. Notificação. Quadro Distintivo.
Atualizado em 11.11.2004
Citação (art. 351-369):
Conceito: é o chamamento do réu a juízo para que tome conhecimento da acusação e procure defender-se. Sem citação, não se realiza a relação processual e torna-se inútil a sentença, tratando-se de nulidade insanável. 
Ë ato de comunicação processual que visa levar ao conhecimento da acusação ao réu. É ato do juiz e uma garantia constitucional do réu. 
Será pela citação pessoal do réu que se completará a formação da relação processual, iniciando-se o ônus de comparecer em juízo aos atos processuais que fora intimado, já na citação ficta (lei nº9.271/96), as conseqüências serão outras, pois não comparecendo ocorrerá a suspensão do processo, e a suspensão do prazo prescricional.�
Efeitos da citação na esfera processual penal:
instauração da instância - vinculação do acusado à instância criminal. 
defesa do acusado, querendo.
não previne jurisdição
Modos de efetuar a citação ou espécies:
1) real - na pessoal do próprio acusado (forma direta de comunicação). Também chamada de citação pessoal ou in facien.
por mandado, por oficial de justiça (art. 351)
requisição ao preso (art. 360) - para apresentar-se em juízo no dia e hora designados, através do diretor do estabelecimento carcerário.
requisição ao militar (art. 358) - através do seu chefe respectivo.
de funcionário público (art. 359) - citação ao servidor e notificação ao chefe da repartição para que este disponha de tempo para sua substituir.
do incapaz ou pessoa jurídica, na pessoa do seu representante legal.
carta precatória (art. 353) - réu reside fora da sede do juízo da causa. Tem cárater itinerante. É possível carta precatório telegráfica, se houver urgência (art. 354).
carta rogatória - se réu estiver no estrangeiro.
carta de ordem – citações determinadas pelo tribunal ao juiz monocrático 
viva voz (lei 9.099/95)
2) ficta ou editalícia - realizada por meio de editais, após exaurido os meios possíveis de citação pessoal (forma indireta de citação). Também chamada de citação presumida ou citatio editctalis, posto ser realizada por meio da imprensa, onde houver, e de afixação do editala porta do juízo
réu não for encontrado (art. 361) - esgotadas as diligências possíveis para localização da residência indicada pelo réu no feito ou durante o inquérito policial (15 dias) 
réu se oculta (art. 362) - não comparece, nem constitui advogado, o processo e a prescrição ficam suspensos. Prazo menor em caráter punitivo indicado pelo legislador (5 dias).
residência é inacessível (art. 363) - prazo fixado de acordo com as circunstâncias (15 à 90 dias) 
incerta a pessoa acusada - cuida-se de alguém que o nome e endereço não estão suficientemente claros para citação pessoal (30 dias)
réu no estrangeiro (art. 368) - afiançável ou não pode ser cumprida rogatória (30 dias) 
Citado por edital e não atendendo ao chamado o processo ficará paralisado. Assim, desde já, podemos enunciar os requisitos de suspensão do processo: citação por edital, acusado não comparece em juízo e não constitui advogado.
A citação editalícia é forma indireta de comunicação processual, e funciona como providência anônima e excepcional, que somente se justifica diante da impossibilidade absoluta da cientificação pessoal, visando viabilizar a persecução penal.
Citação-edital, verdadeiro simulacro de citação, não concebido anteriormente, que permite a suspensão do curso prescricional, ad infinitum, segundo Fernando Tourinho.
Requisitos da Citação Pessoal:
intrísecos (art. 352)
extrínsecos (art. 357)
Não existe no CPP, as modalidades de citação a seguir:
por hora certa
por AR
Vedação à citação
até 07 dias após o falecimento de cônjuge ou parente consangüíneo ou afim até o 3º grau
durante o seu noivado
doença grave dele ou de parente.
Comentários:
- Nos crimes de responsabilidade de funcionário e nos de competência originária dos tribunais, o acusado tem um prazo de defesa prévia anterior à denúncia, sendo o réu notificado antes da propositura da ação.
- A precatória é itinerante, onde o juiz deprecado constata que o réu reside noutra comarca, para lá enviando a carta. Podendo ser de citação por telégrafo, carta está com a firma do juiz reconhecida, bem como, mandado de prisão também pode ser expedido dessa forma.
- Citação circunduta é a citação anulada. Circundação é a decretação de nulidade da citação. O réu pode ser intimado por edital da sentença de pronúncia quando o crime é afiançável, porém, se não tiver constituído defensor, mesmo revel não haverá julgamento, só suspensão do processo.
Intimação (art. 370-372):
Conceito - ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo, para que se faça ou deixe de fazer alguma coisa. Tem duplos sentidos, de dar ciência e convocar. Intimação, simplesmente, é a ciência dada à parte de um ato já realizado (ato passado).
Formas em que escrivão poderá fazer as intimações:
	a) impressa oficial.
	b) em cartório, pelo próprio escrivão.
	c) oficial de justiça.
	d) carta registrada (AR), Fernando Tourinho entende que pode ser realizada em alguns casos, apesar de inadmitida pelo CPP.
Nulidades processuais provocadas pelas intimações
Nulidade relativa - falta de intimação do réu para sessão de julgamento pelo júri, quando a lei não permitir a revelia (art. 564, III, g).
Nulidade relativa - falta de intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, conforme a lei (art. 564, II, h).
Nulidade absoluta - falta de inclusão do nome do acusado nas intimações feitas aos advogados nas intimações feitas pela imprensa, só sanável pelo art. 570. (art. 370, §1º)
Nulidade absoluta - falta de intimação para ciência de sentenças e despachos que cabem recurso, só sanável pelo art. 570 (art. 564, III, o).
Comentários:
- Na prática processual penal, o legislador não faz distinção entre um e outro. As intimações podem ser feitas por mandado, precatória, telex, fax, rogatória e, às vezes, por edital.
- O réu pode ser intimado por edital, na pronúncia por crime afiançável, oitiva de testemunhas e intimação de sentença condenatória quando o réu estiver livre e não for encontrado, se preso será pessoal (art. 392, I).
- A regra geral é a intimação do réu por mandado ou precatória.
- O defensor dativo e o órgão do MP só serão citados pessoalmente (Lei nº9.271/96). O defensor constituído, o advogado do querelante e o assistente de acusação podem ser intimados nos autos, pessoalmente, ou por publicação no órgão oficial.
3. Alteração do art. 366 do CPP
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
§ 1° As provas antecipadas serão produzidas na presença do Ministério Público e do defensor dativo.
§ 2° Comparecendo o acusado, ter-se-á por citado pessoalmente, prosseguindo o processo em seus ulteriores atos. (Redação altera "caput" e acrescenta parágrafos no art. 366, dada pela Lei n° 9.271, de 17 de abril de 1996, publicada no DOU, de 18 de abril de 1996, pág. 6533).
Notificação
Conceito - Ato de levar um fato ao conhecimento de uma pessoa, de informá-la a respeito de ato realizado ou a efetuar-se em juízo, ou de ordem emanada dele para que faça ou deixe de fazer o que está especificado no mandado. 
Notificação, simplesmente, é o chamamento para um ato a ser realizado (ato futuro). 
Quadro Distintivo:
	Ato de comunicaçãoIntimação
	Notificação
	Refere-se
	Ato passado
	Ato futuro
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Código de Processo Penal. 3ªEd., ver., atual. e amp., São Paulo: Revistas do Tribunais, 2001, p. 389-391 (art. 351-372).
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 6ªEd. ver., São Paulo: Saraiva, 2001, p. 514-537. 
Grinover, Ada Pellegrini. Nulidades do Processo Penal. 6ªEd. ver. amp. e atual. São Paulo: RT, 1997, p. 102.
JESUS, Damásio E. de. Código de Processo Penal Anotado. 11ªEd. atual. e aum., São Paulo: Saraiva, 1994, p. 224-233.
MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. Campinas: Booksseller, 1998, v. II, p. 171-187 e 201-216. 
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo Penal. 2ªEd., ver. E atual., São Paulo: Atlas, 1992, p. 425-438.
________. Código de Processo Penal Interpretado: referência doutrinárias, indicações legais, resenha jurisprudenciais. 2ªEd. atual., São Paulo: Atlas, 1994, p. 410-431.
NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Curso Completo de Processo Penal. 7ªEd. ver., amp. e atual., São Paulo: Saraiva, 1993, p. 269-275.
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 4ªEd. rev., amp. e atual., Rio de Janeiro: Lumem Juris, 2001, p. 461-473.
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_______. Manual de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 357-367.
� Grinover, Ada Pellegrini. Nulidades do Processo Penal. 6ªEd. ver. amp. e atual. São Paulo: RT, 1997, p. 102.
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