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Sander David Cardoso M.Sc., Eng. Civil - Prof. Instituto Mauá de Tecnologia - Sócio da EGT Engenharia CONCRETO ARMADO IV 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Critérios da NBR6118 (2014) para o projeto de pilares: • Dimensões limites para seção transversal; • Imperfeições geométricas locais e globais; • Momento mínimo; • Taxas limites de armação (máxima e mínima); • Detalhamento das armaduras longitudinais e transversais; 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Pilares: Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais são preponderantes. Tirantes: Elementos lineares de eixo reto em que as forças normais de tração são preponderantes. Pilares-parede: Elementos de superfície plana submetidos usualmente à compressão. Podem ser compostos por uma ou mais superfícies associadas. Para que o pilar seja considerado pilar-parede, a menor dimensão deve ser menor que 1/5 da maior. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Dimensões limites (item 13.2.3 da NBR6118:2014) : A seção transversal de pilares e pilares-paredes maciços não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no dimensionamento por um coeficiente adicional gn, dado por: Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm². 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Imperfeições geométricas globais (item 11.3.3.4.1 da NBR6118:2014) : Na análise global da estrutura, deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais, conforme a figura abaixo: sendo: θ1min = 1/300; θ1max = 1/200; H é a altura total da edificação, expressa em metros; n é o número de prumadas de pilares no pórtico plano. - Para edifícios de lajes lisas ou cogumelos, θa = θ1 - Para pilares isolados em balanço, θ1 = 1/200 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Vento ou desaprumo? (item 11.3.3.4.1 da NBR6118:2014): A consideração das ações de vento e desaprumo deve ser realizada de acordo com as seguintes possibilidades: a) Quando 30% da ação do vento for maior que a ação do desaprumo, considera-se somente a ação do vento. b) Quando a ação do vento for inferior a 30% da ação do desaprumo, considera-se somente o desaprumo respeitando a consideração de θ1min . c) Nos demais caos, combina-se a ação do vento e desaprumo, sem a necessidade da consideração de θ1min. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Imperfeições geométricas locais (item 11.3.3.4.2 da NBR6118:2014): Para o lance do pilar, deve ser considerado: (a) Tração decorrente do desaprumo nos elementos que ligam pilares a estrutura de contraventamento; (b) Falta de retilineidade do eixo do pilar; (c) Desaprumo ou falta de. Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a consideração apenas da falta de retilineidade ao longo do lance é suficiente. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Momento mínimo (item 11.3.3.4.3 da NBR6118:2014): A consideração do efeito das imperfeições locais nos pilares e pilares- parede pode ser substituído pela consideração do momento mínimo: M1d,min = Nd (0,015 + 0,03h) onde h é a altura total da seção transversal na direção considerada, data em metros. Obs: Este momento deve ser acrescido do momento de 2ª Ordem local com αb = 1,0. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Momento mínimo (item 15.32 da NBR6118:2014) : Para pilares de seção retangular a verificação do momento mínimo pode ser pode ser considerada atendida quando obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima com 2ª odem. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Limites para as armaduras longitudinais (itens 17.3.5.3 e 18.4.2.1 da NBR6118:2014): Diâmetro mínimo: não deve ser inferior a 10 mm, nem superior a 1/8 da menor dimensão transversal. Armadura mínima: As,min = 0,15 Nd / fyd ≥ 0,004Ac Armadura máxima: As,max = 0,08Ac A máxima armadura permitida em pilares deve considerar a sobreposição de armaduras existente em regiões de emenda. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Cobrimento das armaduras (item 7.4 da NBR6118:2014): A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (Δc). Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na Tabela, para Δc = 10 mm. Classe de agressividade I II III IV Cobrimento nominal (mm) 25 30 40 50 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Proteção contra flambagem (item 18.2.4 da NBR6118:2014): Os estribos poligonais garantem contra a flambagem as barra longitudinais situadas em seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância 20 φt do canto. , se nesse trecho de comprimento não houver mais de duas barras, não contando a de canto. Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver estribos suplementares. No caso de estribos curvilíneos cuja concavidade esteja voltada para o interior do concreto, não há necessidade de estribos suplementares. 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Distribuição transversal (item 18.4.2.2 da NBR6118:2014): O espaçamento mínimo livre entre faces das barras longitudinais, medido no plano transversal deve ser maior ou igual dos seguintes valores Obs: - Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; - Em seções circulares devem existir no mínimo seis barras; - O espaçamento máximo entre barras deve ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão, sem exceder 400 mm. agregado 20 mm e 1,2 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Comprimento de traspasse (item 9.5.2.3 da NBR6118:2014): Quando as barras estiverem comprimidas, adota-se a seguinte expressão para o cálculo do comprimento de traspasse Com: b 0c,min 0,6 15 200 mm 0c 0c,nec 0c,min 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares Armaduras transversais (item 18.4.3 da NBR6118:2014): A armadura transversal de pilares deve ser colocada em toda altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes. O diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem ¼ do diâmetro da barra longitudinal. O espaçamento longitudinal entre estribos deve ser menor ou igual aos seguintes valores: Obs: Quando houver necessidade de armaduras transversais para forças cortantes e torção, esses valores devem ser comparados com os mínimos para vigas, adotando-se o menor dos limites especificados. 200 mm menor dimensão da seção 24 para CA - 25 e 12 para CA - 50 s Exemplo 1: Dimensionar a armação para o pilar da figura abaixo de acordo com os 4 métodos propostos pela NBR6118 (2014): Dados: Seção: 26 cm x 39 cm Concreto C20; Aço CA-50; c = 3 cm; Vinculação: Bi-apoiado le = 6,5 m NSd = 870 kN MSdyMSdz -10 kN.m 40 kN.m-40 kN.m 80 kN.m 6. Dimensionamento e detalhamento de pilares
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