Buscar

Existencialismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

-
	
	
FAMEG – Faculdade Metropolitana de Guaramirim
Curso de Psicologia
Disciplina: Matrizes do Pensamento Psicológico-Existencialismo
Professor: Kevin D. S. Leyser
Aluna: Eliane Lang
 
 Meu conceito de Ser Humano em resposta ao Existencialismo 
Existencialismo é um conjunto de doutrinas filosóficas que tiveram como tema central a análise do homem em sua relação com o mundo, em oposição a filosofia tradicionais que idealizam a condição humana.Para o existencialista Sartre Deus não existe, por tanto o homem nasce livre de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebe-la, a única natureza pré-existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo exterior. Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos justificativa para nosso comportamento. Estamos sós, sem desculpas.
É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre (pensamento desenvolvido em o ser e o nada). Condenado, porque não se criou a si mesmo, mas por estar livre no mundo estamos condenados a ser livres, mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é, ou seja;
“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.
O homem é aquilo que ele mesmo faz de si, é a isto que chamamos de subjetividade. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é de pôr todo o homem na posse do que ele é e de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Para o existencialista não ter a quem culpar já que Deus não existe, e o subconsciente não existe é o que leva ao pensamento da liberdade não livre, pois, junto com eles, desaparecem toda e qualquer possibilidade de encontrar valores inteligíveis, nem um modelinho pré-definido a ser cumprido.
            A fórmula "ser livre" não significa "obter o que se quer", e sim "determinar-se a escolher”. Segundo Sartre o êxito não importa em absoluto à liberdade. Um prisioneiro não é livre para sair da prisão, nem sempre livre para desejar sua libertação, mas é sempre livre para tentar escapar.
 Conceber nossos próprios paradigmas, não sendo então aquilo que fizeram de nós e sim nos criando a partir do que fizeram de nós. Somos o que escolhemos ser.
 O início dos anos 19 do século filósofo Soren Kierkegaard , postumamente considerado o pai do existencialismo, sustentou que o indivíduo tem a responsabilidade de dar sentido a própria vida e com a vida viver apaixonadamente e sinceramente, apesar de muitos obstáculos e distrações, incluindo o desespero, angústia , absurdo, escolha , o tédio, morte .Posteriormente filósofos existencialistas manter a ênfase no indivíduo subjetivo, mas diferem, em vários graus, de como se consegue uma vida satisfatória, o que os obstáculos devem ser superados, e que fatores externos e internos estão envolvidos, incluindo as possíveis consequências da existência ou não existência de Deus. Alguns existencialistas considerado o sentido de a vida ser baseada na fé, enquanto outros notaram autodeterminada objetivos. Existencialismo só ganhou força depois da Segunda Guerra Mundial, como uma forma de reafirmar a importância dos direitos humanos individualidade e liberdade. Como tal, muitos filósofos existencialistas não se consideravam existencialistas como eles não querem ser associados ou estereotipados com a concepção de outros filósofos do existencialismo.
“O importante é entender-me a mim mesmo, é perceber o que Deus realmente quer que eu faça; o importante é achar uma verdade que é verdadeira para mim, achar a ideia em prol da qual posso viver e morrer. Em 1848, Kierkegaard passou pela experiência de conversão e registrou em um de seus jornais o seguinte testemunho: ” A totalidade do meu ser está transformada..., mas a crença no perdão dos pecados significa crer que aqui no tempo o pecado é esquecido por Deus
Que é realmente verdade que Deus o esquece. ” Kierkegaard se opunha a Hegel e ridiculariza os argumentos abstratos da metafísica especulativa. Ele escreve sobre Hegel “ Quantas vezes demonstrei que fundamentalmente Hegel torna os homens em pagãos em raça de animais com o dom do raciocínio. No mundo animal, pois, “individuo” sempre é menos importante do que raça. Mas a peculiaridade da raça humana é: justamente porque o indivíduo é criado à imagem de Deus, o “individuo” está acima da raça. Isto pode ser entendido erroneamente e terrivelmente abusado, reconheço. Mas isso é o cristianismo. E é aí que a batalha deve ser travada. 
Para Kierkegaard a subjetividade isolada é má, assim como a objetividade de Hegel por si só, também é má. Para ele, a única salvação era a subjetividade. Deus era como uma subjetividade infinita e compulsória. Por se tratar o cristianismo de uma religião histórica e em decorrência das críticas desta realidade, Kierkegaard escreveu que os resultados dos fatos históricos para ele eram incertos, o importante era a escolha subjetiva. Crer em Deus era um salto de fé, um comprometimento com o absurdo. A pessoa faz uma escolha por aquele fato histórico porque este significa tanto para ela que até arrisca a vida por ele. “Então vive; vive inteiramente cheio da ideia, e arrisca sua vida por ela; e sua vida é a prova de que crê”. Não precisa haver provas para a pessoa crer e viver esta fé. A fé é impossível se houver provas e certezas. Sem riscos não há fé, é uma impossibilidade. A fé e a razão são opostas mutuamente exclusivas.
Surge no conceito de Deus no pensamento de Kierkegaard, uma palavra chave: o amor. É por amor que Deus deve decidir-se eternamente a agir, mas como seu amor é a causa, seu amor deve também ser o fim. Deus quer restabelecer a igualdade entre Si e o homem, assim com um rei que se apaixona por uma plebeia. Tal ideia por si é irracional, mas o rei é o rei, acima de tudo. Segundo Kierkegaard, “ Deus encontra sua alegria em vestir ao lírio com mais esplendor que Salomão”. O amor de Deus não somente ensina, mas também leva a um novo nascimento do discípulo, passando do não ser ao ser, pois “o fazer nascer pertence a Deus cujo amor é regenerador.
Deus busca a unidade, de Si com o não ser do homem. Assim, “para obter a unidade, Deus deve se fazer igual ao seu discípulo, e para isto toma a forma de servo. Deus sofre a fome, o deserto, tudo experimenta por amor ao discípulo. Kierkegaard afirma que só Deus pode salvar o indivíduo do desespero: Deus pode a todo instante. Não seria também por isso que ele afirma que se deve tremer diante de Deus? É impossível enganar a Deus, Ele é o onisciente, o onipotente e ainda Ele é o único que tem uma verdadeira concepção do infinito que Ele é. Por outro lado, Kierkegaard menciona ser fácil enganar a Deus. Não que Deus não notaria a presença do homem tentando agrada-lo. Deus, na verdade, cria uma situação na qual o homem, se ele quiser, pode enganar a Deus. Como isto é possível? Deus permite que o homem sofra para que ele perceba que é um abandonado de Deus, e que tenta enganá-lo, e se Deus, na opinião do homem não está atento para este fato, o homem enganou a Deus. Por isso diz Kierkegaard: Tremei! No tocante a justiça de Deus, Kierkegaard diz que cada criminoso, cada pecador, que pode ser punido neste mundo, pode também ser salvo para a eternidade. Na eternidade, o que será lembrado? O sofrer, aqui, pela verdade. Toda a transação neste mundo tem como filtro o intelectualismo e a espiritualidade, sendo Deus nos Céus o parceiro.
Após ler vários artigos sobre o existencialismo evangélico chamou minha atenção o quanto as pessoas são enganadas sobre a existência de Deus, fé, sobre a própria existência, liberdade o ser livre. Kiekebergaard, foi citadocomo o primeiro homem abaixo da linha do desespero humano. Isso significa que ele criou um protótipo de existencialismo cristão. Penso eu que o mundo evangélico está em Ascenção do existencialismo. Pastores pregam e tiram lições e profecias de coisas que Deus nunca falou, ou melhor, são inventadas para vender determinadas ideias e para formalizar uma forma de Cristianismo que não é verdadeiro e que tira do homem o direito de ser livre, a bíblia é usada para fazer várias profecias e interpretações, são extraídas ideias malucas e absurdas: como Davi, venceu o gigante você vai vencer todos os problemas financeiros e juntam várias outras profecias. Qualquer pessoa com no mínimo de sensatez veria nesta ideia algo esquizofrênico doentio. Paul Strathern fala o seguinte sobre o existencialismo proposto por Kierkegaard, então surgiu o existencialismo, que não exigia que se acreditasse em nada. Na verdade, ressaltava mesmo que o desespero era parte da condição humana, A filosofia central do existencialismo “ o problema da existência”, com suas características alienação, angustia, absurdo e preocupação com temos inquietantes do gênero. É interessante notar que alguma das características do existencialismo estão presentes no mundo evangélico hoje:
No existencialismo havia uma preocupação entre a relação interna do ser humano e o mundo. No existencialismo cristão vemos algo hoje beirando ao desespero.
Os sentimentos reprimidos durante anos, repressão sexual, repressão dos pais, pobrezas, a igreja estravaza com gritos, danças, euforias coletivas e o único interessado não é Deus, mas o ser humano, o meu eu, simplesmente nos mesmos.
No existencialismo, tudo era voltado para o eu fazendo com que o mundo girasse em torno do nos mesmos. No existencialismo cristão a mesma verdade é vista nas pregações de vários profetas prometendo, vendendo o melhor do céu e da terra. 
Muitos princípios da bíblia são ignorados e seguem uma teologia de “ ideias do eu sei”
Muitos gurus espirituais alienam seus fiéis com as promessas se você seguir as regras Deus vai fazer você prosperar mais uma vez os princípios da bíblia são ignorados e trocados por outros princípios criados por profetas.
Para Kierkegaard havia uma ênfase na subjetividade, isto é uma existência sem princípios muito claros de vida. Essa mesma ênfase subjetiva é vista na vida do evangelismo hoje.
Para muitos cristãos falta compromisso com a igreja de Cristo, falta de compromisso em pregar o evangelho e compartilhar a fé; falta de amor pelo irmão da fé, aos doentes, aos velhos, ás crianças então os cristãos de hoje não estão nem aí para os outros, a única coisa que interessa para muitos cristãos é o que o “deus” da existência pode me proporcionar. Os fins sem princípios justificam os meios sem escrúpulos.
No existencialismo os prazeres hedonistas e sensoriais foram liberados a proporções extremas sem a preocupação com a moral e com Deus.
Para estes religiosos os prazeres sensoriais não foram totalmente libertados de Deus, mas em Deus eu posso tudo o que o meu prazer quer. Eu desejo em Deus, assim os evangélicos estão usando os mesmos artifícios dos que não tem princípios bíblicos como: Shows, cultos que procuram agradar as pessoas, pastores que pregam para agradar ouvidos dos ouvintes, pessoas escravas de desejos e a mercê de situações.
Assim como no existencialismo surgiu um pragmatismo existencial, hoje evangelicalismo, pelo seu pragmatismo gospel despreza o velho para ressaltar o aqui e agora. Deus é importante dentro do meu pragmatismo, isto é, se tudo estiver bem comigo, vou contribuir, ou melhor vou contribuir para receber. Deus passou a ser um gênio da lâmpada, que satisfaz todos os desejos daqueles que são fiéis.
Em termos musicais, as igrejas cantam a moda dotada pelo mercado gospel é a igreja. 
No existencialismo o ser era o foco principal, no Evangelicalismo contemporâneo, também.
Embora devemos agradar as pessoas, o culto, as músicas devem ser feitas para agradar a Deus a bíblia diz nos livros de Tiago que como servos de Cristo devemos fazer de coração a vontade de Deus, as igrejas dizem que não fazem cultos para agradar pessoas, mas fazem para agradar quem? Tudo foi se modificando as pregações, as mensagens devem ser bem confortáveis sem termos difíceis, o pastor bem descolado, as pessoas podem ficar como se sentirem melhor, sentadas em pé, cada um louva a Deus como se sentir melhor não precisa levantar na presença do rei dos reis.
Kierkegaard falou sobre o salto de fé, o Evangelicalismo prega um salto de fé em várias áreas que é uma fé sem conteúdo bíblico. 
Este salto de fé é um tipo de pregação sem sentido para quem lê a bíblia pois não se baseia nas proposições claras da Escritura e sim na subjetividade. Por exemplo, Jesus curou muitas pessoas, mas isso demonstra a sensibilidade de Jesus o toque de Jesus e a manifestação de poder, e a vontade de curar de Jesus, mas dizer que Jesus cura toda a enfermidade é um erro. Ele pode curar por que Ele é Deus, mas o texto não nos garante que Ele vai curar qualquer enfermidade. Desta forma de pensar, muitos vão atrás desse tipo de pregação pois apelam muito para o salto de fé. Penso que isto é um salto de fé sem o menor conteúdo. 
Assim como o existencialismo focalizava somente o ser, o Evangelicalismo moderno focaliza a Igreja em si, minha igreja, minha comunidade, e meu Cristo. Isso em nada diferencia os existencialista que não acreditam em Deus, mas tem sua crença no “SER” das igrejas que pregam um Deus vivo que é tudo sobre todas as coisas, mas tem seu foco no mesmo “SER” aquele que pode ser alienado, manipulado e explorado.

Continue navegando