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Resumo de Processo Penal

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Resumo de Processo Penal
Prova: 01/12
Prof.ª Greice
Princípios
Princípio da dignidade da pessoa humana
Esse princípio detém dois aspectos:
De ordem objetiva – a dignidade pode ser entendida como garantia mínima existência.
Direitos fundamenteis – necessidades básicas (moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, etc.).
De ordem subjetiva – trata-se do sentimento de respeitabilidade e autoestima inerentes ao ser humano, desde o seu nascimento.
Princípio do devido processo legal
Ninguém perde seus bens ou liberdade sem o devido processo legal.
O indivíduo só pode ser punido se houver lei penal definido determinada conduta como criminosa.
As normas/ regras devem estar previstas em leis:
CF	Segurança Jurídica.
CP	
CPP
Princípio de ampla defesa
O tribunal do júri, busca garantir ao réu uma defesa plena, completa, a mais próxima possível do perfeito.
O direito interrogatório (direito de ser ouvido)
O processo penal busca a verdade real dos fatos.
Direito de presença nos atos processuais (desde que não interfira no ânimo da vítima e testemunha).
Direito ao silêncio
Direito de ter um advogado ou defesa e de ser entrevistador ele.
Princípio do contraditório
Ter ciência da acusação ou de qualquer ato processual.
Participação
Ciência: - acusação + Participação
 - Ato processual - interrogatório
 - Produção de provas
 - Contrariar
Desse princípio decorrem outros aspectos:
Igualdade processual
Todas as partes do processo do processo devem ter a mesma oportunidade de se manifestar
Liberdade processual
Acusado pode nomear o advogado que quiser e apresentar as provas que lhe comover desde que admitidas em lei.
Princípio da presunção de inocência ou estado de inocência.
Ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de uma ação penal condenatória.
Só pode ser privado de sua liberdade se houver
 Necessidade + enquadramento nos requisitos legais.
Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meio ilícito
Não serão analisadas.
Ilícita = vedada por direito material (cp)
Ilegítima = vedada por direito processual (cpp)
Exemplo: intercepção.
Provas ilícitas por derivação
São aquelas em si mesmas licitas, mas produzidas de forma ilegal.
Princípio do juiz natural
Ninguém será julgado senão pela autoridade competente.
Juiz competente = investidura
 = imparcialidade
Princípio da verdade real (material)
O juiz tem o dever de investigar os fatos ocorridos na realidade, não se conformam só com aquelas trazidas pelas partes (verdade formal)
Princípio da publicidade
Os atos processuais devem ser realizados publicamente, evitando assim fraudes, corrupção, etc.
Em casos de crimes contra a dignidade sexual, ou quando houver interesse social pode se retingir a publicidade geral (qualquer pessoa) mas nunca se pode retingir a publicidade específica (partes envolvidas).
Princípio da motivação
Todas as decisões devem ser fundamentadas para evitar abusos, excessos e ilegalidades.
Princípio da razoável duração do processo.
Audiência de instrução e julgamento a ser realizada no prazo máximo de 60 dias (art. 400 CPP)
 Princípio do duplo grau de jurisdição
O réu tem o direito de buscar o reexame da causa por órgão superior.
 Princípio do favor rei / indubio pro réu
Em caso de insuficiência de provas haverá sentença absolvitória.
Princípio da inexigibilidade de autoincriminação
Direito ao silêncio
Direito a não colaborar com a investigação
Direito a não apresentar provas que o prejudique.
O réu pode destruir provas desde que as mesmas o pertençam, e pode mentir desde que não prejudique terceiros (denunciação caluniosa).
Inquérito Policial
Procedimento administrativo
Destinatários:
Imediato = Ministério público, ação penal pública ou ofendido (ação penal privada) quem julga? Juiz.
Dispensabilidade: é dispensável? Sim, pois se houver outros elementos probatórios (peças de informação haverá, contexto probatório caracterizador de indícios de autoria e materialidade).
Polícia possui atribuição e não competência (termo correto a ser utilizado).
É indispensável caso já haja certeza da materialidade e autoria. 
Conceito: procedimento administrativo preparatório e informativo para fornecer ao órgão de acusação os elementos necessários para a propositura da ação penal.
Advogado acompanha seu cliente em face de inquérito policial para que não haja abusos e para obter noticias do que está acontecendo nos autos. (Não há possibilidade de ampla defesa pois trata-se de um procedimento inquisitivo).
Indiciamento: declaração da autoridade policial com o intuito de indicar a autoria de um delito a um acusado (ato formal)
Sigilo – caráter sigiloso (exceto ao advogado) – peça administrativa.
Identificação datiloscópica: não há mais necessidade se houver documento de identidade.
Ainda é feito essa identificação caso haja dúvida sobre a veracidade do documento ou em crimes com maior periculosidade.
Inquisitivo: não permite ao suspeito a ampla oportunidade de defesa. O inquérito destina-se ao órgão acusatório para comprovar a materialidade e autoria da infração penal, por isso não necessita ser contraditório.
Incomunicabilidade: revogada essa possibilidade, uma vez que não há motivo plausível para se manter alguém incomunicável, não pode isolar o preso do advogado.
Nota: o órgão legitimado para acusação (ministério público) não pode assumir sozinho (sem fiscalização) a posição de órgão investigatório, substituindo a polícia e produzindo inquérito pois o MP por expressa disposição constitucional é titular da ação penal e para além disso somente pode instaurar o denominado inquérito cível. 
Formas de instauração
De oficio: quando é obrigatório = quando a autoridade policial toma conhecimento de uma infração penal de ação pública incondicionada, o delegado baixará a portaria e estará instaurado inquérito policial.
Requisição judicial ou do Ministério Público: quando o juiz, promotor ou procurador da república exigir legalmente que a investigação policial se realize.
Requerimento do ofendido: o ofendido ou qualquer pessoa do povo pode levar ao conhecimento da autoridade policial a ocorrência de um delito.
Auto de prisão em flagrante: quando o agente é encontrado:
Cometendo infração penal
Acabou de comete-la
Quando é perseguido logo após comete-la
É encontrado após com as armas ou objetos que façam presumir ser ele o autor do delito.
NOTA: os vícios = sendo o inquérito policial mero procedimento informativo e administrativo (e não jurisdicional) os vícios nele existentes não afetam a ação penal a que deu origem.
Prazos:
Réu solto – 30 dias (pode ser prorrogado)
Réu preso – 10 dias (improrrogável)
Termo circunstanciado: é utilizado para crimes de menor potencial ofensivo ou contravenções penais (pena máxima de 2 anos – substitui o inquérito policial
Exceção: crimes de violência doméstica.
Providencias do Ministério Público
Encerradas as investigações policiais e remetidos o auto do inquérito policial ao ministério público há quatro providencias que o titular da ação pode tomar:
Oferecer denúncia: o juiz pode receber ou rejeitar, caso receba o suspeito não pode interpor recurso, caso rejeite o ministério público pode interpor recurso.
Requerer a extinção de punibilidade: em casos de prescrição, por exemplo.
Requerer o retorno dos autos para a continuidade da investigação, novas diligencias. 
Requerer o arquivamento: só pode o ministério público pedir o arquivamento do inquérito policial.
Só juiz pode arquivar o inquérito policial.
O juiz pode deferir ou não o arquivamento caso ele descorde ele vai remetero inquérito policial para o procurador geral de justiça, que pode oferecer a denúncia pessoalmente ou vai designar um outro promotor para que a ofereça (que não pode recusar).
Ação penal
Conceito: direito do estado – acusação ou do ofendido de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto.
Qualquer pessoa pode responder uma ação penal? 
Menores de 18 responde por ato infracional. Se tiver, é ilegitimidade total.
Se tiver a falta de uma das condições da ação, o que acontece? Carência da ação – denúncia inepta (não poderá prosperar e entrar como preliminar).
Ação penal pública incondicionada
Promovidas pelo ministério público sem necessidade da representação do ofendido.
Petição inicial denomina-se denuncia,
Princípios:
Obrigatoriedade – caso haja indícios de autoria e materialidade o ministério público não pode recusar-se a oferecer a denúncia.
Indisponibilidade – uma vez oferecida a denúncia o ministério público não pode dispor da mesma e nem do recurso que tenta interposto.
Exceção: JECRIM
Oficialidade: determina que o estado tem o dever de agir e de determinar a sanção penal correspondente ao delito.
Indisponibilidade: O ministério publico não pode dispor da ação penal e tampouco do recurso que tenha interposto.
Oficiosidade: os órgãos encarregados da persecução penal devem agir de ofício, salvo nas ações penais públicas condicionais. 
Intranscedencia: a denúncia só pode ser oferecida contra o provável autor do crime e a sentença não pode passar do preso e incluir familiares.
Indivisibilidade: a ação penal deve abranger todos aqueles que cometeram a infração penal. Trata-se de desdobramento do princípio da obrigatoriedade, pois se o MP é obrigado a propor ação penal pública, não poderá escolher quais são os autores a serem processados, em face do princípio da obrigatoriedade.
Enúncia
Requesitos:
Qualificação das partes: deve haver no mínimo esclarecimentos pelos quais o acusado possa ser identificado.
Classificação do crime: definição jurídica do crime. O juiz esta distrito a isso e não esta vinculado a classificação jurídica formulado pelo MP segundo no teor do art. 383
O reu se defende da descrição contida na denuncia.
Rol de testemunha não é necessário, só será se houver.
Falta de assinatura é mera irregularidade (diferente do que ocorre na queixa-crime).
Prazos para oferecimento da denúncia:
Réu preso = 5 dias contados a partir em que o ministério público receber os autos do inquérito policial.
Réu solto ou afiançado = 15 dias 
Causa de rejeição:
Quando for manifestamente inepta.
Quando faltar pressupostos processuais
Quando faltar justa causa
Exemplos de ação penal privada incondicionada:
Furto, roubo, homicídio, aborto, etc.
Ação penal pública condicionada
Titularidade pertence ao ministério público, mas está condicionada a representação de vítima ou seu representante legal.
Precisa da autorização do ofendido.
A vítima pode fazer a retratação até ocorrer o oferecimento da denúncia, depois não pode.
Exceção: Lei Maria da Penha. 
Retração: a regra é, pode ocorrer até o oferecimento da denúncia.
Prazo:
6 meses a contar da ciência da autoria do crime.
A perda do prazo extingue a punibilidade.
Ação Penal Privada
É aquela em que o estado transfere a titularidade do direito de ação para a vítima ou ao seu representante legal (mesmo aqui, o Estado continua vendo o direito de punir).
Titularidade = vítima ou seu representante legal.
O estado continua tendo o direito de punir.
O estado tem o direito de punir, somente.
Princípios:
Indivisibilidade: o querelante deve incluir todos os querelados na queixa – crime, senão correra a renúncia tácita da ação.
Disponibilidade: o ofendido pode desistir dispor do direito de ação.
Oportunidade e conveniência: o ofendido pode propor ou não a ação.
Intranscedencia: a ação penal não pode passar da pessoa do acusado.
Espécies:
Exclusiva: só pode ser proposta pela vítima ou representante legal.
Prazo decadencial: 6 meses desde a descoberta do autor.
Caso a vítima morra, os herdeiros podem propor a ação.
Personalíssima; proposta somente pela vítima.
Em caso de morte da vítima os herdeiros não podem ingressar com a ação.
Em caso de incapacidade da vítima os representantes não podem ingressar com a ação, devem esperar a cessação da incapacidade.
Prazo decadencial suspenso.
Exemplo: art. 236, CP.
Provas
Provas significa ensaio, verificação, inspeção, exame, argumento, razão, entre outros.
Há três sentidos para o termo prova:
Ato de provar: é o processo pelo qual se verifica a exatidão ou a verdade do fato alegado pela parte no processo.
Exemplo: fase probatória.
Meio: trata-se do instrumento pelo qual se demonstra a verdade de algo.
Exemplo: prova testemunhal
Resultado da ação de provar: e o produto extraído da análise dos instrumentos de provas oferecidos, demonstrando a verdade de um fato. 
Quem pode produzir provas:
As partes (ministério público e defesa)
Terceiros (testemunha e perito, etc.)
Juiz – pode de oficio, produzir provas de forma antecipada e no decorrer do processo.
Sua finalidade: demonstrar materialidade e autoria. Busca-se a verdade processual.
Objeto: em regra, são os fatos que as partes pretendem demonstrar.
Exceção: provas direitos (existência e conteúdo de um preceito legal)
Fatos que independem de prova
Fatos intuitivos: são aqueles evidentes em si mesmos
Exemplo: encontrando-se um cadáver se desfazendo será desnecessário provar que a pessoa está morta.
Fatos postulatórios: são aqueles que só postergam e não provam nada.
São fatos inúteis.
Fatos notórios: são aqueles de conhecimento público.
Fatos incontroversos: são aqueles alegados por uma parte e não contestados pela outra (dependem de prova)
A confissão não gera sentença condenatória.
Sistema de avaliação
Princípio da livre convicção do juiz
O juiz e livre para formar seu convencimento, sem se subordinar a critérios pré-fixados em lei ou quaisquer outros pontos, contudo, deve fundamentar sua decisão, havendo a limitação de que esta não pode pautar-se exclusivamente em elementos:
Acolhidos o inquérito policial
Em provas não repetíveis
Em provas cautelares
Em limites estabelecidos no cc quanto ao estado de pessoas (art.155 cpp)
São 3 sistemas:
Livre convicção: o juiz é livre para decidir, não havendo necessidade de motivar as suas decisões (sistema que prevalece no tribunal do júri)
Prova legal: método ligado a valoração taxada ou tarifada da prova, significando o preestabelecimento de um determinado valor para cada prova produzida no processo, fazendo com que o juiz fique adstrito ao critério fixado pelo legislador, bem como restringido na sua atividade de julgar. 
Persuasão racional:  que é o método misto, também chamado de convencimento racional, livre convencimento motivado, apreciação fundamentada ou prova fundamentada. Trata-se do sistema adotado, majoritariamente, pelo processo penal brasileiro, encontrando, inclusive, fundamento na Constituição Federal (art. 93, IX) e significando a permissão dada ao juiz para decidir a causa de acordo com seu livre convencimento, devendo, no entanto, cuidar de fundamentá-lo, nos autos, buscando persuadir as partes e a comunidade em abstrato.
Prova pericial
Pericia: é meio de prova. Prova técnica realizada em pessoa ou coisa.
Exame de corpo de delito: espécie de perito. Laudo
Exame de corpo de delito. Laudo em, que se descrevem as observações do perito, reunindo os vestígios.
 
Quem realiza: perito. Quando é necessário: quando deixar vestígios (rastro, pista ou indicio) Exemplo: violência doméstica, homicídio.
Corpo de delito: conjunto de elementos sensíveis do fato criminoso. É a prova da existência do crime.
Exame de corpo de delito direto: aquele em que os peritos entram em contato direto com os vestígios.
Exame decorpo de delito indireto: aquele em que os peritos chegam as conclusões de terceiros (pessoas que viram o crime, por exemplo).
Suprimento do exame (art. 167 CPP): se desaparecidos os vestígios, as testemunhas poderão suprir a ausência do exame do corpo de delito direto – prova supletiva.
O juiz não fica vinculado ao laudo, podendo aceita-lo ou rejeita-lo (art. 182 cpp)
Espécies:
Exame necroscópico/necropsia: aquele feito no cadáver para determinar a causa da morte.
Exame no local dos fatos
Exame de avaliação: verificar o valor da coisa
Exame grafotécnico: verificar a grafia
Exame de instrumentos empregados para pratica do crime: verifica potencialidade lesiva.
Pericia de comparação de perfil genético (DNA)
NOTA: não se deve confundir o exame de delito com as demais pericias. A falta do exame do corpo de delito gera a nulidade do processo. A falta das demais pericias influencia apenas no convencimento do juiz.
A lei prevê a obrigatoriedade do exame de corpo de delito nos casos de crimes que deixam vestígios, a eventual falta do referido exame não poderá ser suprida pela confissão do acusado. Ademais, a não realização do exame, o processo será considerado nulo.
OBS: No âmbito do JECRIM, o exame do corpo de delito pode ser substituído por boletim médico ou prova equivalente.
Art. 167
Interrogatório
Denomina-se interrogatório judicial o ato processual que confere oportunidade ao acusado de se dirigir diretamente ao juiz, apresentando a sua versão defensiva aos fatos que lhe foram imputados pela acusação, podendo inclusive indicar meios de prova, bem como confessar, se entender cabível, ou mesmo permanecer em silêncio, fornecendo apenas dados de qualificação. O interrogatório policial, por seu turno, é o que se realiza durante o inquérito, quando a autoridade policial ouve o indiciado, acerca da imputação indiciária.
Há 4 posições a respeito:
a) é meio de prova, fundamentalmente (CAMARGO ARANHA);
b) é meio de defesa 
c) é meio de prova e de defesa 
d) é meio de defesa, primordialmente; em segundo plano, é meio de prova (HERNANDO LONDOÑO JIMÉNEZ, OTTORINO VANNINI). Esta última é a posição que adotamos. Note-se que o interrogatório é, fundamentalmente, um meio de defesa, pois a Constituição assegura ao réu o direito ao silêncio. Logo, a primeira alternativa que se avizinha ao acusado é calar-se, daí não advindo consequência alguma. Defende-se apenas. Entretanto, caso opte por falar, abrindo mão do direito ao silêncio, seja lá o que disser, constitui meio de prova inequívoco, pois o magistrado poderá levar em consideração suas declarações para condená-lo ou absolvê-lo.
Momento:
Enquanto não houver transito em julgado, será possível realizar o interrogatório, bem como repeti-lo de oficio ou a pedido fundamentado de qualquer das partes.
Procedimento do interrogatório
A presença do defensor do acuso no ato do interrogatório e indispensável, gerando nulidade e sua eventual ausência.
É imprescritível assegurar ao réu o direito de entrevista previa com o seu defensor. 
NOTA: em se de “interrogatório” policial a presença do defensor é dispensável. Assim, não necessita o delegado aguardar a chegado do defensor, por outro lado é resguardado o direito ao silencio.
Conteúdo do interrogatório
Interrogatório de qualificação do réu: será perguntado sobre sua residência, meios de vida/profissão, oportunidades sociais.
Interrogatório de mérito: o réu será perguntado sobre a acusação que recai sobre si.
Confissão
Tem valor relativo. Para que possa levar a condenação do réu, é preciso que esteja em harmonia com as demais provas do processo.
Características da confissão:
Divisibilidade: a confissão é divisível, pode o juiz aceita-la em parte.
Retratabilidade: o réu pode se retratar (se arrepender) da confissão prestada.
Liberdade e espontaneidade: o acusado não pode ser compelido de forma alguma (física, moral, psíquica) a confessar a pratica do fato delituoso.
Classificação
Explicita: explicitamente confessa a pratica do delito
Implícita: quando determinada conduta do acusado puder ser compreendida como confissão.
Exemplo: réu que espontaneamente ressarcir a vítima;
Simples: quando o réu apenas confessa a pratica do crime imputando, sem proceder a qualquer acréscimo ou modificação dos fatos
Complexa: quando confessa a pratica de mais de um fato delituoso
Qualificada: confessa, porem invoca justificante ou dirimente.
Exemplo: legitima defesa
Judicial: quando realiza em juízo, perante o juiz.
Extrajudicial: quando realizada na delegacia ou perante outra pessoa que não o juiz.
Testemunhal
É a pessoa desinteressada que despõe no processo acerca daquilo que sabe sobre o fato.
Características do depoimento da testemunha
Oralidade: o depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido a testemunha traze-lo escrito.
Objetividade: deve a testemunha responder objetivamente ao que lhe for perguntado
Individualidade: cada testemunha indicada deve ser ouvida individualmente
Incomunicabilidade: as testemunhas não podem se comunicar
Prestação de compromisso: normalmente, a pessoa arrolada para depor no processo deve, antes de iniciar o seu depoimento, prestar o compromisso com a verdade perante o juiz.
Certas pessoas, porem, estão dispensadas de prestar o referido compromisso (exemplo: pai do acusado). Tais pessoas são apelidadas pela doutrina de informantes ou declarantes. A penas as testemunhas é que, no caso de falta com a verdade, responderia pelo delito de falso testemunho. Os informantes exatamente por não terem a obrigação de dizer a verdade, caso faltem com esta, não responderiam pelo crime de falso testemunho.
O STF não acata essa distinção. Para a suprema corte STF o compromisso é mera formalidade, pouco importa se a pessoa prestou ou não com compromisso e se é informante ou testemunha, pois caso falte com a verdade, respondera sim pelo 342, CP (falso testemunho). Entendem que o compromisso não é elementar do tipo penal.
O STJ entende em sentido diverso. Para a corte o art. 342, CP é de mão própria, só podendo ser cometido por quem possui qualidade legal de testemunha, a qual não se estende a simples testemunha/informante.
Obrigatoriedade: em regra todas as pessoas arroladas como testemunhas estão obrigadas a depor. Porem há especificidades:
Dispensados de depor: ascendentes ou descendentes, o afim em linha reta, cônjuge (ainda que separado judicialmente ou divorciado), companheiro, irmão, pai, mãe ou filho adotivo do acusado. Estes só irão depor quando não for possível, por outro modo obter-se ou integrar-se a prova do fato. (Mesmo assim não prestarão compromisso, serão informantes).
Pessoas impedidas de depor: em razão da profissão, oficio, função tem o dever de guardar segredo.
Exemplo: padre, psicólogo, advogado.
Condução coercitiva: art. 218, cpp.
Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, poderá o juiz requisitar a autoridade policial a sua apresentação ou determinar que seja conduzida por oficial de justiça, que poderia solicitar força pública.
Oitiva de oficio pelo juiz e testemunhas referidas: o juiz quando julgar necessário poderia ouvir outras testemunhas indicadas pelas partes.
Não será computada como testemunha a pessoa que não souber que interessa a decisão da causa. (Testemunhas inócuas)
Testemunha que reside fora da comarca: pode a oitiva ser realizada por carta precatória ou vídeo conferencia.
Testemunha e direito ao silencio: quando o depoimento da testemunha puder incrimina-la, será possível a invocação do direito ao silencio por aquele.
Contradita a arguição: são figuras distintas
Contradita: ocorre em relação as pessoas proibidas de depor e no caso de depoimento que deve ser tomado sem compromisso.
Arguição de defeito: invoca-se quando a testemunha for indigna de fé ou suspeita de parcialidade. Visa diminuir o “valor” do depoimento: amigo, inimigo, etc.
Acareação: acarear e por face a face as pessoas que apresentamdepoimentos divergentes nos autos.

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