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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação a Distância – AD1 (PROVA)
Período - 2017/2º
Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA
Coordenador: ALEXIS TORÍBIO DANTAS
ALUNO
Pesquise no material didático recomendado para o curso e discuta as seguintes questões: 
Quais as principais diferenças entre o sistema de parceria e o sistema de colonato na utilização do imigrante na produção exportadora de café no Brasil? (3,0 pontos) 
Ao contrário do sistema de parceria, o colonato não impunha condições de vida tão degradantes aos imigrantes para a atividade produtiva. 
No colonato o Estado financiava a vinda do imigrante ao Brasil, já no sistema de parceria, o imigrante arcava com todos os custos da viagem e estadia, acumulando uma dívida praticamente impagável, e sofria com condições de vida extremamente precárias, causa esta que determinou um fim muito rápido para sua utilização; o que não ocorreu no colonato, haja vista a participação do Estado no financiamento do fluxo migratório, aliada a um processo mais geral de imigração europeia para o resto do mundo, a imigração encontrou condições bem mais favoráveis para deslanchar.
Analise as principais medidas adotadas no governo Campos Sales para deter a recorrente desvalorização cambial que marcou a economia brasileira no final do século XIX. (4,0 pontos)
O presidente Campos Sales, com o objetivo de obter novos recursos externos para resolver o problema de solvência das finanças públicas, assinou o II Funding Loan, a qual negociava uma consolidação da dívida externa brasileira com condições mais favoráveis de pagamento. Isto firmou também uma série de compromissos para a condução de uma nova política econômica do país, a qual tinha por objetivo definir uma trajetória de saneamento monetário capaz de impor uma inversão dos movimentos da taxa cambial permitindo, desta forma, a valorização da moeda nacional. Assim, seriam garantidas condições para o pagamento da dívida externa que havia sido consolidada no início do governo.
Para isso, o governo de Campos Sales empreendeu esforços significativos buscando a redução do déficit e a retirada de circulação de moeda no valor equivalente à dívida a ser paga (de acordo com a taxa cambial definida na época). E ainda tinha que depositar esse montante em bancos estrangeiros predeterminados no acordo firmado com os credores.
Do ponto de vista fiscal, foi novamente aplicada a tarifa-ouro para as compras de importados, o que garantia para o governo uma receita em moeda estrangeira. 
Dessa forma, o câmbio foi efetivamente valorizado e mantido sob controle durante a vigência dessas medidas de política econômica. Entretanto, a economia brasileira acabou sofrendo os efeitos dessa política com o PÂNICO BANCÁRIO NO RIO DE JANEIRO EM 1900 (dada a retração da oferta de moeda) e uma importante recessão – afetando os negócios em geral e, particularmente, os cafeicultores, que pressionavam para uma mudança.
3. Examine os objetivos e as medidas adotadas no Convênio de Taubaté em 1906. (3,0 pontos) 
Juntamente com a política econômica do governo Campos Sales e sua preocupação com a estabilidade monetária e cambial, cresciam as demandas dos cafeicultores, para um direcionamento mais flexível que permitisse a retomada do crescimento econômico.
A estabilidade monetária e a constante pressão para valorização cambial deixavam insatisfeitos os cafeicultores, que viam suas receitas recorrentemente reduzidas ou ameaçadas esta situação agravava-se toda vez que havia uma previsão de safra excedente na produção de café, uma vez que a participação da produção brasileira na oferta mundial era altamente significativa, com impactos imediatos na determinação do preço internacional; gerando assim, a ameaça de mais uma crise de superprodução. 
Exercendo sua enorme capacidade de interferência no poder, especialmente através do governo da província de São Paulo, os cafeicultores conseguiram negociar uma vantajosa solução para o problema, que deu-se através do Convênio de Taubaté, o qual foi firmado em 1906 pelos presidentes das províncias de São Paulo (Jorge Tibiriçá), Minas Gerais (Francisco Salles) e Rio de Janeiro (Nilo Peçanha), – os três maiores produtores de café –, mesmo contando com a oposição de Rodrigues Alves, o então presidente da República.
Tal Convênio continha medidas que mudariam significativamente a orientação da política econômica do país no que diz respeito às exportações de café, e estabeleceu que: 
haveria a compra de excedentes de produção pelos governos estaduais envolvidos; 
a compra seria viabilizada por meio de um financiamento de 15 milhões de libras esterlinas; 
o gasto com a compra do excedente de café seria coberto pela criação de um imposto em ouro aplicado a cada saca exportada de café; 
um fundo seria criado para estabilizar a taxa de câmbio, impedindo sua constante valorização – que funcionaria na forma de uma CAIXA DE CONVERSÃO;
seriam tomadas medidas para desencorajar a expansão das lavouras no longo prazo, como a definição de taxas proibitivas. 
O Convênio de Taubaté determinou a institucionalização da prática de controle de estoques para regular o preço internacional, artifício permitido pela enorme parcela do mercado internacional ocupada pela produção brasileira. 
No entanto, a prática acabou induzindo uma forte concentração na atividade cafeeira, apesar do sucesso alcançado na estabilização dos preços internacionais. E os maiores lucros acabaram direcionados para os operadores do mercado financeiro, principalmente para os banqueiros internacionais e as casas comissárias, que compravam o produto na baixa e vendiam na alta. 
Os banqueiros internacionais, inclusive, passaram a dominar o comércio do café, credenciados pela dívida externa crescente, e adquiriram grandes fazendas dos produtores nacionais. 
Além disso, a manutenção de altos preços e da receita de exportação inviabilizava qualquer tentativa de desestimular o crescimento das lavouras, tornando o problema insolúvel no longo prazo.

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