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Ansiolíticos - Farmacologia

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FARMACOLOGIA
Ansiolíticos
“Lítico” tem origem de lise, lisura, ruptura, ou seja, quebrar a ansiedade que é comum a vários tipos de transtornos. É para pacientes que tem ansiedade patológica.
Lembrando que a ansiedade fisiológica não é tratada, pois se trata de um agente motivacional para permanência da espécie.
- Na Psiquiatria existem vários tipos de ansiedades, mas ainda não se tem certeza da etiologia dessas condições, que interferem nas atividades cognitivas.
Para se dar diagnostico: é necessário 6 meses de preocupação excessiva que interfere na qualidade de vida do paciente, necessitando então de tratamento farmacológico com ansiolíticos.
Existem dois tipos de ansiolíticos:
Fármacos benzodiazepínicos: extremamente importantes, com vantagens e desvantagens, mas ate hoje são usados.
- Tarja preta -> porque eleva o potencial de abuso e dependência, necessitando de acompanhamento do paciente; 
Farmacos ospioides.
Existem vários tipos de transtornos de ansiedade, como:	
- Ansiedade generalizada (preocupação excessiva);	
- Síndrome do pânico;	
- Sensação eminente de morte;	
- Medo de falar em público (FOBIA SOCIAL);	
- Transtorno de ansiedade induzido por substância (ex: cocaína), não precisam necessariamente ser tratados com ansiolíticos;	
- Fobias específicas (medo de coisas específicas: barata, aranha, sangue, agulhas, etc), não responde a tratamentos ansiolíticos, deve ser feito terapia;	
- Transtorno secundário a outra patologia (ex: câncer, depressão, fibromialgia).
O que é ansiedade?	
É um estado emocional desagradável, vivenciado com uma qualidade subjetiva ao do momento, é uma reação similar ao medo, sempre dirigida para o futuro. Essa ansiedade é manifestada de forma desproporcional a uma ameaça que nem sempre é reconhecível. Basicamente, é um estado emocional desagradável, mas fisiológico, que nos dá motivação.
A ansiedade fisiológica tem a tendência de melhorar o desempenho do indivíduo. Se essa ansiedade começa a ser exacerbada, ocorre exatamente o oposto, e o individuo começa a ser prejudicado e por isso precisa ser tratado com ansiolíticos. 
Todo tipo de transtorno de ansiedade não tem etiologia conhecida. Mas é de natureza multifatorial:	
Bagagem genética + Fatores ambientais (estressores) + Fatores biológicos (estressores durante a vida infantil e/ou intra-uterina)
A AÇÃO DOS ESTRESSORES:
- Agentes estressores mobilizam um eixo no cérebro fazendo o córtex da adrenal liberar o hormônio do estresse (cortisol). Isso de forma crônica libera cortisol na corrente circulatória, danifica o cérebro, induzindo morte neuronal.
O estresse estimula o Eixo HPA: eixo central fisiológico do estresse
Os estressores estimulam o hipotálamo, que estimula a pituitária, que estimula o córtex da adrenal a liberar o cortisol, e o excesso de cortisol de forma crônica atravessa a barreira hematoencefálica e acaba produzindo morte neuronal numa região chamada de hipocampo (reg. responsável por habilidades cognitivas, humor, afeto). 
A morte de células hipocampais faz com que o paciente desenvolva transtornos de ansiedade.
O cortisol é citotóxico, induz a liberação de glutamato no hipocampo, que em quantidades excessivas causa morte neuronal.
Esse quadro pode ser revertido e controlado, mas sempre há a possibilidade de reversão porque sempre vai haver estresse em nossa vida.
Todos os tipos de transtorno de ansiedade há hiperatividade da amígdala do cérebro, que estimula o eixo HPA que libera cortisol no hipocampo.
Por consequencia, há hipoatividade do hipocampo.
DUAS CATEGORIAS DE MEDICAMENTOS:
Benzodiazepínico - TARJA PRETA:
- Apresentam um anel benzênico combinado com anel diazepínico e um grupamento amida.
Ex: Clonazepam (Rivotril).
- Causa dependência química (devido a grande liberação de dopamina no sistema límbico), por isso vão sendo substituídos pela outra categoria e também por antidepressivos.
- Efeitos ansiolíticos extremamente rápidos (agudo).
- Podem causar amnésia anterógrada.	
- MECANISMO DE AÇÃO/FARMACODINÂMICA: 
Atuam no receptor GABA-A (ianotrópico - permeável a íons). O íon tem carga negativa, logo, o receptor GABA-A é permeável a íons Cloreto de carga negativa. Quando estimulado, entra Cloreto no neurônio, que gera hiperpolarização. Quanto entra carga positiva leva a despolarização. A hiperpolarização deprime o SNC e a despolarização excita. Logo, os benzodiazepinicos levam a depressão do SNC e por isso têm ações sedativas. 
Ou seja, entrando cloreto no neurônio leva a hiperpolarização, que causa depressão do sistema nervoso central. 
Atuam como inibidores que resultam na depressão do SNC. São chamadas de sedativas.
FAZEM MODULAÇÃO ALOSTÉRICA POSITIVA DO RECEPTOR GABA-A: 
O receptor gaba-a tem um sitio de ligação ortostérica, em que se liga o neurotransmissor GABA (acido gama-amino-butírico, presente na neurotransmissão do cérebro). Ele se liga no sitio ortosterico do receptor GABA-A, presente também em outros sítios – os sítios de modulação alostérica (localizado no mesmo receptor, mas em outros pontos). O sitio alostérico se liga ao Benzodiazepínico. 
- O paciente toma o rivotril, que chega ao sitio alostérico, e há depressão do SNC. 
- O etanol se liga no sitio alostérico, há depressão do SNC. 
- Os barbitúricos também se ligam no sitio alostérico. 
O GABA é íon modulado, permeável a íons cloreto, e quando o canal central abre entra no neurônio íon cloreto. O gaba se liga ao ortostérico e os bendiazepínicos se liga ao alostérico.
Toda vez que há ligação do BDZ o gaba se torna mais afim ao seu sitio ortostérico, aumentando a entrada de cloreto. 
- Bendiazepínicos aumentam a entrada de cloreto modulando a afinidade do GABA ao seu receptor, aumentando-a!
Flumazenil: antagonista bendiazepínico.
- PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Ansiolítico: alivia a ansiedade patológica;
- Amnésia anterógrada: apagar os eventos que acontecem após o uso do fármaco. Importante para pessoas agressivas ou em procedimentos (ex: endoscopia);
- Propriedade hipnosedativa: atua nos problemas do sono (insônia).
- Atuam como anticonvulsionantes 
- São miorrelaxantes: relaxam a musculatura esquelética. Pode prejudicar a coordenação motora. Tem ação na medula espinal, em receptores.
São separados em 2 entidades:
Tem ação principalmente ansiolítica: transtornos de ansiedade
Aldazepam 
Bronazepam 
Clonazepam (Rivotril)
Diazepam
Tem ação principalmente hipnótica: transtornos do sono 
Espazolam
Flunitrazepam
Midazolam (procedimentos endoscópicos)
O clonazepam também é utilizado para transtornos do sono, mas sua ação depressiva do SNC é muito menor em comparação a do Midazolam, por exemplo. Porém, sem estímulos, o clonazepam funciona muito bem como hipnótico. 
O receptor GABA-A possui subunidades, uma delas é a subunidade alfa. A subunidade alfa2 é responsável por mediar as propriedades ansiolíticas. A alfa1 é responsável pelas propriedades hipnóticas. Todos têm as mesmas propriedades, porém diferem entre os efeitos ansiolíticos e hipnóticos.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS:
- tempo de meia-vida define a adequação da prescrição do fármaco. 
- produzem metabólicos ativos.
EFEITOS COLATERAIS
- sonolência	
- amnésia anterógrada 	
- perda da coordenação motora (miorrelaxante)	
- efeito paradoxal: ao invés de relaxar, ficar agitado. Mais comum em idosos e crianças.	
- Não ingerir com álcool, barbitúricos.	
- Os pacientes tendem a ficar resistentes ao medicamento, por isso há aumento das doses e logo, há dependência química.
Buspirona: efeito demorado e de longo prazo. Regra geral: necessita de 3 a 4 semanas de uso diário para começar a ter efeito ansiolítico. 	
MECANISMO DE AÇÃO/FARMACODINÂMICA: 
-É um agonista parcial com subtipo de receptor para serotonina 5HT1A. 
-Atua no sistema monoaminérgico, cujo mecanismo é extremamente lento. Precisa de ativação de proteína G...
VANTAGEM: menor efeito sedativo. Não há potencialização dos efeitos depressores quando associado com álcool.	
DESVANTAGEM: efeito ansiolítico em longo prazo, precisaser tomado de forma crônica e seu efeito só aparece dentro de 3-4 semanas.
EFEITOS COLATERAIS: Tontura, cefaleias e náuseas, que desaparecem com o tempo!
MEDICAMENTOS ALTERNATIVOS: antidepressivos em longo prazo.

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