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Engenheiro Agrônomo Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE Msc. em Agricultura Tropical Universidade Federal do Espírito Santo DIEGO DANTAS AMORIM Contado: diego.dantas@ifmg.edu.br LICENCIAMENTO AMBIENTAL INTRODUÇÃO O licenciamento ambiental é um importante instrumento de gestão da Política Nacional de Meio Ambiente. controle sobre as atividades humanas que interferem nas condições ambientais. Princípio: conciliação do desenvolvimento econômico com o uso dos recursos naturais, de modo a assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas em suas variabilidades: Físicas; Bióticas; Socioculturais; e Econômicas. INTRODUÇÃO Tem de estar apoiado por outros instrumentos de planejamento de políticas ambientais: Avaliação ambiental estratégica; Avaliação ambiental integrada; Como também instrumentos de gestão: Zoneamento ecológico econômico; Plano de manejo de unidades de conservação; Planos de bacias Etc. INTRODUÇÃO Ao definir o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei nº 6.938/81 estabeleceu que: “a construção, instalação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, e do IBAMA em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis" (artigo 10). INTRODUÇÃO As modificações introduzidas pela Lei nº 7.804, de 18 de julho de 1989, não alteraram as bases e os mecanismos antes instituídos; Somente modifica que o IBAMA passa a ter a competência do licenciamento ambiental para: obras e atividades com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional; em casos especiais regulamentados por Resoluções do CONAMA. INTRODUÇÃO A partir da Constituição de 1988, alguns municípios instituíram o licenciamento ambiental em suas leis orgânicas ou complementares; A Resolução n.º 237/97 do CONAMA, que, entre outros assuntos, estabelece diretrizes para a descentralização do licenciamento ambiental; Assim ficou definido que a abrangência do impacto é elemento definidor de competência para exercício do licenciamento ambiental. Os entes federados, para exercerem suas competências licenciatórias, deverão ter implementados os Conselhos de Meio Ambiente, com caráter deliberativo e participação social e, ainda, possuir em seus quadros ou à sua disposição profissionais legalmente habilitados. INTRODUÇÃO O licenciamento ambiental se institui por meio da Licença Ambiental, que é o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. PROCESSO DE LICENCIAMENTO O processo de licenciamento se desenvolve desde as etapas iniciais do planejamento da atividade, pela emissão, em nível federal, de três licenças: a licença prévia (LP); a licença de instalação (LI); e a licença de operação (LO). Cada uma delas contém restrições que condicionam a execução do projeto e as medidas de controle ambiental da atividade; PROCESSO DE LICENCIAMENTO Rotinas de acompanhamento dos efeitos ambientais: Monitoramento; e Fiscalização. O licenciamento ambiental também se aplica facilmente à empreendimentos que tenham sido implantados irregularmente, apesar de que se aplique melhor a gestão de novos empreendimentos por questões como custo e facilidade para atender os requisitos da LA. PROCESSO DE LICENCIAMENTO O Licenciamento Ambiental é constituído por fases, conforme definido no Art. 8º da Resolução Conama 237/97, que estabelece: O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; PROCESSO DE LICENCIAMENTO III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. PROCESSO DE LICENCIAMENTO O tempo de validade de cada licença pode variar, de acordo com as normas vigentes no âmbito de cada ente da federação - Estados, União, Distrito Federal e Municípios - em que se localize a atividade ou empreendimento; Os prazos de validade das licenças ambientais, de acordo com a norma nacional é variável em função da natureza da atividade ou empreendimento e da fase do licenciamento, conforme estabelecido no art. 18 da Resolução Conama n0 237/97. Art. 18; PROCESSO DE LICENCIAMENTO O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença, especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos: I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos; II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos; PROCESSO DE LICENCIAMENTO III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos. § 1º - A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II; § 2º - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicos para a Licença de Operação (LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores; PROCESSO DE LICENCIAMENTO § 3º - Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos no inciso III; § 4º - A renovação da Licença de Operação(LO) de uma atividade ou empreendimento deverá ser requerida com antecedênciamínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. PROCESSO DE LICENCIAMENTO À expedição de qualquer uma das licenças segue-se o seu acompanhamento, para verificar o cumprimento das suas exigências e condições: da LP destina-se a garantir que nenhuma intervenção no meio ambiente ou obra seja executada antes da necessária licença de instalação, ou a seguir a execução de estudos porventura exigidos; da LI serve para assegurar que a implantação do empreendimento, em especial as obras e a instalação de equipamentos, se processe de acordo com as condições pré-estabelecidas e para monitorar as alterações ambientais previstas como consequência dessas ações; PROCESSO DE LICENCIAMENTO da LO o acompanhamento visa, basicamente, a verificar o atendimento dos padrões de qualidade ambiental, em decorrência do funcionamento da atividade, as características dos efluentes líquidos e gasosos, dos resíduos sólidos gerados e seu destino final, conforme as especificações da licença. Empreendimentos de infraestrutura e exploração de recursos ambientais, outras condições de operação e a implementação de medidas mitigadoras de impacto e ações de gestão ambiental são também verificadas. PROCESSO DE LICENCIAMENTO A frequência das ações de acompanhamento varia em função de: Natureza da atividade; e Cronograma de implantação da atividade. Abrangência do Licenciamento Ambiental: Licenciamento Federal; Licenciamento Estadual ou Distrital; Licenciamento Municipal; LICENCIAMENTO FEDERAL De acordo com o art 10 da Constituição Federal: § 4º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA o licenciamento previsto no caput deste artigo, no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) Já a Resolução Conama 237/97, em seu art. 40, estabelece as condições para que o Ibama exerça sua atribuição definida constitucionalmente: I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União; LICENCIAMENTO FEDERAL II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN; V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. LICENCIAMENTO FEDERAL § 1º - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. § 2º - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados o licenciamento de atividade com significativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando, quando possível, as exigências. LICENCIAMENTO ESTADUAL A competência para licenciar, no âmbito dos órgãos ambientais estaduais ou do Distrito Federal, é definida no Art. 5º da Resolução 237/97, nos seguintes casos e situações: I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal; II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; LICENCIAMENTO ESTADUAL III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios; IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio. Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. LICENCIAMENTO MUNICIPAL O Art. 6º da mesma Resolução Conama estabelece que: Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. IMPACTO DE VIZINHANÇA O Estudo do Impacto de Vizinhança (EIV) surgiu como instrumento para identificação, avaliação e análise de impactos ocorridos no meio urbano devidos a novas propostas e ocupação urbana; Seu desenvolvimento deve proporcionar ao poder público a possibilidade de analisar o empreendimento em questão, discutir seu licenciamento e as medidas mitigadoras e compensatórias a serem aplicadas; IMPACTO DE VIZINHANÇA Para que tenha o efeito desejado, o município deve possuir uma legislação ambiental; O termo impacto de vizinhança foi criado para monitorar um grupo específico de impactos ambientais que podem ocorrer em áreas urbanas em consequência da implantação e operação de um determinado empreendimento e das consequências que essa implantação trará para seu entorno. IMPACTO DE VIZINHANÇA O EIV deve compreender: a identificação; valoração (se possível); e análise dos impactos de vizinhança previstos para uma determinada proposta de ocupação urbana. Devem conter a caracterização: do empreendimento; de sua área de influência; os impactos esperados; e as medidas mitigadoras e compensatórias previstas; Os resultados são apresentados em Relatórios de Impacto de Vizinhança.
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