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DIREITO DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA
UNIDADES 1 e 2
HISTÓRICO E CÓDIGO MELLO MATTOS
1. Idade Antiga
Laços familiares – a família era célula religiosa; a afetividade era relegada a um segundo plano.
Propriedade do pai – o filho era propriedade do pai e não era sujeito de direitos; era objeto de relações jurídicas e tinha um dono – o pai – que tinha o poder de decidir sobre a vida e a morte dos seus descendentes.
Fortes e saudáveis – as formas de vida levavam à participação do filho, e os gregos mantinham vivas apenas crianças saudáveis e fortes.
Oriente: sacrifício – era comum o sacrifício religioso de crianças.
Hebreus – proibiam o aborto e o sacrifício dos filhos, mas permitiam a venda como escravos.
Tratamento não isonômico – direitos sucessórios limitavam-se ao primogênito e desde que fosse do sexo masculino.
2. Idade Média
Cristianismo – trouxe grande contribuição para o início do reconhecimento de direitos para as crianças: defendeu o direito à dignidade para todos; a Igreja foi outorgando certa proteção aos menores; pais que abandonavam filhos podiam ser penalizados.
Exceção – em contrapartida, segundo a doutrina da Igreja, filhos nascidos fora do matrimônio eram discriminados e deviam permanecer à margem do direito.
3. O Direito Brasileiro
Brasil-Colônia – as Ordenações portuguesas tiveram larga aplicação; o pai era autoridade máxima no seio familiar.
Império na vigência das Ordens Afonsinas – maioridade penal aos sete anos; dos sete aos dezessete anos, a pena era similar a dos adultos, porém atenuada; dos dezessete aos vinte e um anos, já poderiam sofrer pena de morte.
Código Penal de 1830 – foi introduzido o exame de capacidade de discernimento; menores de quatorze anos eram inimputáveis, mas se houvesse discernimento para os compreendidos entre sete e quatorze anos, poderiam ser encaminhados para casas de correção.
Código Penal de 1890 – menores de nove anos eram inimputáveis; a verificação do discernimento foi mantida entre nove e quatorze anos; até os dezessete anos seriam apenados com 2/3 da pena dos adultos.
1906 – são inauguradas casas de recolhimento, para onde eram enviados menores abandonados para serem educados ou menores em conflito com a lei para serem regenerados.
1912 – inicia-se o movimento de afastamento do direito de criança e adolescentes em relação ao direito penal.
1927 – Código Mello Mattos (Dec. nº 17.943-A) 
 - primeiro Código de Menores do Brasil.
 - é fruto da Doutrina do Menor, fundada no binômio carência e delinquência.
 - menores são tratados como objeto de proteção; delineia-se a Doutrina da Situação Irregular.
 - Juiz de Menores – atuava junto aos menores e decidia unilateralmente seus destinos; seu campo de atuação se restringia ao binômio carência/delinquência; todas as demais questões que envolvessem crianças e adolescentes eram discutidas na Vara de Família.
 - Penalizações – até 14 anos medidas punitivas tinham finalidade educacional; os menores entre 14 e 18 anos eram passíveis de punição, mas com responsabilidade atenuada.
 - foi caracterizada a categoria Menor, termo estigmatizante que perduraria até o Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990.
1941 – criação do SAM (Serviço de Assistência ao Menor) – atendia menores delinquentes e desvalidos.
1964 – FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor) – na prática, era um mecanismo de controle social; a cultura de internação para menores carentes ou delinquentes era a tônica.
1979 – Lei 6.695 – Novo Código de Menores – pouco inovou e consolidou a Doutrina da Situação Irregular.
1988 – Constituição Federal 
 - Influência internacional; grande modificação no Direito da Criança e do Adolescente.
 - Adoção da Doutrina da Proteção Integral: 
"Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
Criança/adolescente não mais como objeto de proteção, mas como sujeito de direitos.
Rompimento com a antiga Doutrina da Situação Irregular.
 
- Maioridade Penal:
"Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial."
Há doutrinadores que consideram essa idade como cláusula pétrea.
1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente:
 - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
 - Finalidade de dar eficácia aos artigos 227 e 228 da CF/88.
 - Art. 2º, ECA:
Criança – até 12 anos incompletos;
Adolescente – entre 12 e 18 anos (incompletos).
- Art. 2º, § único, ECA – excepcionalmente, aplica-se o ECA às pessoas entre 18 e 21 anos de idade.
2013 – Estatuto da Juventude:
 - Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013.
 - Art. 1o,  § 1o  - "Para os efeitos desta Lei, são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade."

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