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AULA BIOSSEGURANÇA 2014

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FAB – Faculdade Barão do Rio Branco
FAC – Faculdade do Acre
PROFº SODRÉ DE ARAÚJO FREITAS
BIOSSEGURANÇA
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BIOSSEGURANÇA
A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, e proteção do trabalhador, minimização riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados“.
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HISTÓRICO
A transmissão de doenças, em especial as hospitalares, remonta à Idade Média, onde os enfermos, principalmente os pobres, eram reunidos em locais junto às igrejas, com disseminação, entre eles, de doenças como a febre tifóide, varíola e peste.
Com a evolução das monarquias absolutistas, hospitais gerais foram construídos na França. Em 1840, existiam 114 hospitais, porém em condições higiênicas e sanitárias precárias. Um exemplo dessa situação foi o Hospital "Hotel de Dieu", que contava com 1.000 leitos e durante epidemias chegava a internar 7.000 doentes, segundo os censos da época.
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O mesmo leito era ocupado por oito pacientes, que rodiziavam entre si. As feridas eram lavadas com a mesma esponja. A mortalidade após amputações era ao redor de 60%. As alas da maternidade e cirurgia eram muito quentes, e os pacientes bebiam água vinda diretamente do rio Sena.
Por outro lado, os hospitais britânicos pareciam ser melhores e mais limpos.
Século XIX, importantes contribuições começaram a surgir, relacionando as condições de higiene pessoal com a morbidade e mortalidade das doenças, bem como a importância do pessoal médico na transmissão das mesmas.
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Um dos grandes nomes na história da Infecção Hospitalar é o de Ignaz Semmelweis, obstetra austríaco do Lying Hospital de Viena, que fez observações sistemáticas de casos de septicemia em parturientes internadas na clínica obstétrica (1845-1860).
Ele relacionou a alta mortalidade das parturientes com o fato de que os estudantes de medicina e médicos saíam da sala de necrópsia e se dirigiam para a sala de parto sem a adequada antissepsia de suas mãos.
Ao instituir a lavagem das mãos entre esses dois procedimentos, houve uma queda significativa das infecções, de 7% para 1,3%. Na época, Semmelweis foi criticado e sua técnica de cálculos de mortalidade por unidade específica ficou ignorada por muitos anos.
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Em 1869, James Simpson, médico escocês, observou maiores taxas de letalidade pós-amputações por infecção em hospitais de grande porte (mais de 300 leitos), comparadas às dos hospitais de pequeno porte, ou quando efetuadas em casa. Foi criado o termo hospitalismo, referindo-se aos riscos inerentes à assistência hospitalar.
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Um avanço em vigilância nos hospitais ocorreu entre 1950 e 1960, nos Estados Unidos (EUA), com a participação do Centro de Controle de Doenças (Centers for Disease Control - CDC) em investigações epidemiológicas de surtos de cepas emergentes de Staphylococcus aureus resistentes à penicilina em maternidades, UTI e berçários. Assim, em 1958, a Associação Americana de Hospitais recomendou que todos os hospitais dos Estados Unidos desenvolvessem programas de Controle de Infecção. Para um programa efetivo, foi recomendado pelo CDC:
1) vigilância prospectiva e regular pela Comissão de Infecção Hospitalar (enfermeiras ou técnicos);
2) análise das taxas com técnicas de epidemiologia básica;
3) contratação de um epidemiologista hospitalar, treinado, com habilidade de formular estratégias de fiscalização de controle de infecção, bem como de atuar nas interfaces com a comunidade médica e administrativa.
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Em 1969, o CDC propõe um estudo multicêntrico cooperativo entre os hospitais (voluntários) para avaliar essa questão no país: Estudo Nacional das Infecções Hospitalares (National Nosocomial Infection Study - NNIS).
Em 1974, para se avaliar as recomendações de vigilância hospitalar, o CDC desenvolve um estudo de eficácia dos programas de Controle de Infecções Hospitalares: Estudo SENIC (Study on the Efficacy of Nosocomial Infection Control).
Entre os resultados foi demonstrado que programas eficazes de controle reduzem os índices de infecções hospitalares, além de permitir a classificação dos pacientes em alto ou baixo risco de adquirir infecção, bem como o risco por topografia.
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Em 1983 nova revisão:
Abolição de isolamento protetor ↔maioria das infecções era de pacientes imunodeprimidos → causa endógena;
Institui as lavagens das mãos ↔ recomendação única;
Isolamento para tuberculose;
O profissional → antecipar contato com o pacte para decidir o uso de EPIs;
Em 1985-CDC estabelece precauções universais para sangue e fluidos corporais;
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Em 1987-Grupo da Universidade da California-San Diego/EUA, revisa a chamada Precauções com substâncias Corporais-modifica o proposto pelo CDC em 1983;
Em 1994- Elaborada orientações para sobre o cuidado do paciente com TB;
Em 1996 publicado o sistema – HIPAC/Hospital Infeccion Control Pratices Advisory Comittee.				 
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No Brasil, o Controle das Infecções Hospitalares se inicia em 1983, com a publicação pelo Ministério da Saúde da Portaria 196, obrigando todos os hospitais brasileiros a criarem Comissões de Controle de Infecções Hospitalares. Anteriormente, havia pouco interesse pelo assunto, apenas com o controle informal das infecções hospitalares pelos hospitais, utilizando o método passivo de coleta de dados.
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A portaria 196, os hospitais organizaram suas Comissões definindo normas técnicas de funcionamento das mesmas.No final da década de 80, surgem as primeiras associações de profissionais em Controle de Infecções Hospitalares: APECIH em São-Paulo, AMECIH em Minas Gerais, ABIH, etc., promovendo encontros e congressos sobre o assunto. A partir daí, observou-se maior participação dos hospitais públicos e privados com a real obrigatoriedade das comissões trabalhando com pessoal capacitado e treinado.
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A metodologia passiva (portaria 196) começa a ser substituída pela busca ativa de coleta de dados, bem como pela adaptação da metodologia NNIS em alguns hospitais brasileiros.
Em 1992 o Ministério da Saúde publica a portaria 930, em substituição à 196, de 1983, instituindo o método ativo de busca e especificando a necessidade de um médico e uma enfermeira com formação epidemiológica e com dedicação exclusiva à Comissão de Infecção Hospitalar (uma enfermeira para cada 200 leitos).
Em 1997, o Ministério da Saúde publica a lei nº 9.431 determinando a obrigatoriedade de manutenção pelos hospitais do país de programa de vigilância hospitalar e, em 1998, publica a portaria nº 2.616, instituindo o número de profissionais necessários a uma comissão de controle de infecções hospitalares e suas atribuições, bem como obrigações municipais, estaduais e federais no referente ao controle de infecções hospitalares.
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS NO MANEJO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Infecção: é a invasão do organismo, ou parte dele, por um agente patogênico que, em condições favoráveis, multiplica-se e produz efeitos danosos.
Colonização ou Estado de Colonização: é a presença de qualquer microorganismo na pele e nas membranas mucosas de um hospedeiro, dissociada de manifestações clínicas de doença. O conceito inclui a microbiota endógena normal (microorganismo do indivíduo hígido e alterações seletivas produzidas no ambiente hospitalar, antibióticos e/ou processos invasivos).
Infecção Comunitária: é a infecção constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente, não relacionada com a internação anterior no mesmo ou outro hospital. Inclui infecção associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de agente etiológico ou sinais sugestivos de uma nova infecção, e infecção em RN, cuja aquisição por via transplantária é conhecida ou comprovada, evidente após o nascimento (herpes simples, toxoplasmose, rubéola, sífilis, hepatite, citomegalovírus,
AIDS).
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Infecção Hospitalar: é a infecção adquirida durante a internação do paciente ou após a sua alta. Em geral após 72 horas da internação ou antes disso, quando associada a processos invasivos.
A infecção hospitalar (IH) pode ser dita:
-infecção endógena: é a que se verifica a partir de microorganismos do próprio paciente, geralmente imunodeprimido. Corresponde a 2/3 das infecções hospitalares;
- infecção exógena:é a adquirida a partir de microorganismos estranhos ao paciente, sendo veiculada pelas mãos da equipe de saúde, nebulização, uso de respiradores, vetores, por medicamentos ou alimento contaminado;
- infecção cruzada: transmitida de paciente a paciente, geralmente através das mãos da equipe de saúde.
Infecção inter-hospitalar: é um conceito criado por nós para definir as infecções hospitalares que são levadas de um hospital para outro com a alta e internação subseqüente da mesma criança em diferentes hospitais.
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Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares
É o conjunto de atividades que levam à observação ativa, sistemática e contínua da ocorrência e da distribuição dessas infecções e dos eventos ou condições que contribuem para o aumento ou a diminuição de sua ocorrência; tais atividades visam a ações de controle e têm como objetivos:
determinar o perfil epidemiológico das infecções hospitalares da instituição e/ou setor, avaliando agentes etiológicos, topografias, sensibilidade microbiana, etc;
definir surtos ou epidemias;
definir fatores de riscos específicos de acordo com o tipo de paciente ou de procedimento;
fornecer informações à equipe hospitalar sobre os riscos dos cuidados com procedimentos ao paciente, necessários ao controle e prevenção das infecções hospitalares.
A coleta de dados pode ser feita através de busca passiva, ativa ou revisão retrospectiva de prontuários.
A notificação passiva consiste num método simples, porém, como depende da cooperação do médico ou enfermeira, em geral gera subnotificação de dados. Não identifica surtos epidêmicos.
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PRECAUÇÕES PADRÃO OU UNIVERSAL
O conceito de Medidas de Precaução Universais (MPU) pressupõe que todos os pacientes estão potencialmente infectados com agentes patógenos transmitidos pelo sangue. 
É conjunto de técnicas conhecidas que devem se adotadas para o atendimento de pactes principalmente na presença de fluidos corporais ou sangue.
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Considerações gerais : 
Em 1996, foi publicado um manual sobre a orientação que devemos ter ao manusear sangue, 
líquidos e fluidos corporais, o sistema abordou as seguintes questões: 
Precauções padrões ou universais;
Precauções baseadas na rota de transmissão;
Precauções Empíricas.						 
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As precauções universais são medidas adotadas pelos profissionais da saúde envolvidos na assistência aos pacientes independente da doença diagnosticada. 
O profissional de saúde deve ter uma postura consciente da utilização destas precauções como forma de não se infectar ou servir de fonte de contaminação. A adoção destas medidas é importante para não adquirir doenças tais como a Hepatite B e C, AIDS, sífilis doença de Chagas , influenza , além de tuberculose e outras patologias respiratórias. 
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Saúde Ocupacional e medidas de segurança: 
A segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho. 
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Doença Ocupacionais : São disfunções orgânicas provindas do trabalho temos determinadas patologias que são características, tais como : 
Lombalgia ;
Acidentes com materiais perfuro-cortantes;
Contato com secreção e eliminação;
Contato com produtos químicos;
Estresse, irritação, cansaço e desânimo.					 
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TIPOS DE PROTEÇÃO UNIVERSAL
Lavagem das mãos : A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurançado:
paciente e do próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos. 
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Uso de luvas esterilizadas e de procedimento: O uso de luvas deve ser quando o profissional for realizar: 
manipulação de sangue e outros líquidos corporais ;
manipulação de membranas e mucosas ;
manipulação de sangue e outros fluídos corporais;
manipulação de membrana , mucosa e pele não íntegra;
procedimentos em equipamentos ou superfícies contaminadas com sangue e fluídos corporais; 
procedimentos de acessos vasculares.
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Uso de avental : quando em contato direto com sangue e outros fluidos corporais. 
Uso de máscaras, gorros , óculos : para proteção contra sangue e fluidos corporais.
Usar quando houver risco de contaminação de mucosas face, olhos , boca, nariz por respingar sangue e fluidos corporais, principalmente em punções liquóricas e arteriais , suturas e cirurgias. 
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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO UNIVERSAL-PROTOCOLO 
Manuseio de material perfuro cortante : o profissional não deve reencapar, nem entortar e quebrar agulhas escalpes e lâminas contaminadas, isto é, exposta a sangue e fluídos corporais. 
Precauções como rota de transmissão : 
Precauções de contato : 
Contato com um ou mais tipos de matéria orgânica. Em pacientes com suspeita ou identificados com as seguintes patologias: infecção ou colonização por agentes multirresistentes, herpes, furunculose , piodermites, pediculose, escabiose, conjuntivite, contato entérico com paciente com diarréias infecciosas.
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Precauções em transmissão de vias áreas : 
São aquelas transmitidas pelo ar sob forma de partículas de pequeno tamanho ( menor que 5 micra). 
Indicação : paciente com suspeita ou diagnosticadas por patologias respiratórias tais como: Tb,sarampo, varicela-partículas menores que 5 micras. 
Precauções com gotículas ( partículas): 
São aquelas transmitidas pelo ar porém alcançam curtas distâncias ( partículas ou gotículas maiores de 5 micra). Pacientes com meningite, Pneumonia (por streptococcus pneumoniae) , rubéola, caxumba, coqueluche, pois nestas patologias a transmissão por via área é mais curta. 
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IMUNODEPRIMIDOS -CUIDADOS ESPECIAIS
imunodeprimidos: São pacientes que estão com depressão do sistema de defesa orgânica, dentre estes temos :
 
Pacientes portadores do vírus H.I.V e Aidético;
Paciente com Imunodeficiência Genética;
Pacientes em uso de altas doses de corticóides;
Pacientes fazendo tratamento quimioterápico e radioterápicos;
Pacientes com leucopenia ( leucócitos abaixo de 1000/mm3); e neutropenia (abaixo de 500/mm3); 
Pacientes transplantados.
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Protocolo de manejo destes acidentes:
Separação destes pacientes que se inadvertidamente estiverem com pacientes com patologia infecciosa; 
Os pacientes em tratamento oncológico não ficaram misturados com pacientes de patologias infecciosa, ficarão em quarto individual ou com outra pessoa com o mesmo tratamento; 
Em transplantes a equipe de saúde deve entrar em consenso de utilizar quarto individual para estes pacientes, e as medidas de precaução devem ser obedecidas seguidas á risca; 
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Pessoas com infecção não devem jamais cuidar destes pacientes, e nem entrarem no quarto destes; 
 A limpeza do quarto deve ser feita todos os dias em todas as superfícies e aparelhos, deve ficar no quarto somente o necessário para não acumularem poeira e outros agentes infectantes; 
Obedecer a lavagem das mãos á risca , antes e depois de cada procedimento; 
A paramentação dos profissionais de saúde deve ser obedecida com máscaras , luvas e gorro além de outras precauções que se fizerem necessárias;
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Cuidados relacionados a equipe de saúde :fazer uso de todas as precauções possíveis de acordo com o procedimento; Fornecer toda a alimentação em embalagem descartáveis;
Descontaminar superfícies com hipoclorito a 2%, quando contaminadas;
Trocar a roupa de cama todos os dias;
Manter a porta do recinto fechada;
Utilizar substância anti-séptica na lavagem das mãos, na ausência
de pia proceder a limpeza das mãos co álcool gel ou álcool a 70%, e tão logo que possível proceder a lavagem das mãos.
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ACIDENTES CO MATERIAL PERFURO-CORTANTE-PROTOCOLO
Lavar abundantemente o local com água corrente e anti-séptico que pode ser o PVPI e outros de rotina do hospital; 
Encaminhar-se ao setor da CCIH- comissão de controle da infecção hospitalar para ser o acidente registrado; 
Fazer os exames necessários de acordo com a patologia; 
Caso de contaminação por H.I.V, o uso de drogas retrovirais deve ser encaminhada para a avaliação médica , devido a possibilidade de orientação do médico quanto a esse procedimento.
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Medidas de biossegurança :acidentes com : hepatite B: 
Recomenda-se que todo profissional de saúde seja vacinado com a Hepatite B , para evitar estes tipos de situações; caso o profissional seja vacinado deverá ser feito a sorologia, após a vacinação ( de um a seis meses da última dose ) para a confirmação de anticorpos protetores; 
HIV: 
devem fazer testes para detectação do vírus ; 
o médico avaliará a situação de fazer ou não drogas retrovirais ;( drogas que evitam a propagação da patologia temos: (AZT®, Retrovir® ), didanosina (ddl, Videx®), zalcitabina (ddC, Hivid®),lamivudina (3TC, Epivir®), saquinavir (Invirase®), ritonavir (Norvir®), delavirdina (Rescriptor®), e outras.
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Hepatite C: 
O risco de ter essa patologia está associada a infecções percutânea ou mucosa e sangue contaminada; o acidente deve ser avisado a CCIH; não existe nem uma medida eficaz contra o vírus;
o profissional deve proceder a sorologia.				 
Diarréias Infecciosas : 
Observar a sintomatologia na pessoa possivelmente contaminada; 
Colher a coprocultura de todos os funcionários envolvidos no caso quando for a salmonella typi,Shigella, etc. Caso seja positivo, o funcionário deve ser afastado por dois meses , realizar tratamento até a alta, num total de 03 coproculturas negativas , para voltar a suas atividades.
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PREVENÇÃO DA INFECÇÃO CIRÚRGICA : 
Considerações :
 
No hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis – os doentes - e os microrganismos mais resistentes. O volume e a diversidade de antibióticos utilizados provocam alterações importantes nos microrganismos, dando origem a cepas multirresistentes, normalmente inexistentes na comunidade. A contaminação de pacientes durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras, são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção. Ao dar entrada no hospital, o paciente já pode estar com uma infecção, ou pode vir a adquiri-la durante seu período de internação. 
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Infecção Comunitária : 
É aquela em que o paciente apresenta quando na admissão hospitalar ou desenvolve durante a internação quando não ligada a procedimentos hospitalares. 
Infecção Hospitalar :
é aquela que o paciente desenvolve durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras - são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção,mesmo que o paciente tenha recebido alta se estiver associada é caracterizada como infecção hospitalar. 
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Prevenção da Infecção Cirúrgica : 
Toda infecção deve ser tratada antes da cirurgia;
toda pessoa que entrar na S.O – Sala operatória , deve estar com sua paramentação;
Toda pessoa que entrar na sala deve ter feito a lavagem das mãos ;
Cultivar qualquer secreção da F.O-ferida operatória suspeita;
Tocar a ferida somente com luva;
Antiobioticoprofilaxia deve ser realizada em todos os pacientes operados;
A equipe de cirurgia deve lavar as mãos até a altura dos cotovelos;
Antes e depois do curativo deve ser lavadas as mãos;
A estadia hospitalar em cirurgias eletivas deve ser curta;
Uso de EPIs deve ser obedecido;(equipamentos de proteção individual) Pacientes desnutridos antes da cirurgia devem receber alimentação enteral ou parenteral; Tricotomia apenas no local cirúrgico, ou apenas se o pelo estiver atrapalhando o local a ser operado; 
O paciente deve estar com roupas esterelizadas do centro cirúrgico para pacientes; 
 Reduzir o n° de pessoas em S.O; 
Para cirurgias ortopédicas utilizar duas luvas cirúrgicas. 
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Conceitos de Biossegurança
Infecção Cruzada
É transmitida de paciente para paciente ou paciente para profissional e vice-versa.
Fômite
Qualquer item, exceto alimentos, que possa disseminar infecção. Ex: Roupas de cama, vestuário, pratos e talheres.
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Limpeza
Processo de remoção de material estranho de superfícies e objetos. Normalmente feita com água e sabão.
Degermação
Remoção ou redução do número de microorganismos da pele por meios químicos-mecânicos.
Ex: Exemplo das mão antes de aplicar um injetável.
Sanificação
Diminuição dos germes patogênicos a um nível considerado isento de perigo.
Ex: Sanificação de consultórios, refeitórios, laboratórios. 
Conceitos de Biossegurança
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Assepsia
Procedimento ou conjunto de procedimentos que visam impedir a penetração de microorganismos num local que não os contenha.
Ex: Assepsia de um material cirúrgico a ser usado.
Anti-sepsia:
Inibição do crescimento em tecidos vivos, através de substâncias bacteriostáticas ou bactericidas aplicadas principalmente em superfícies cutâneas ou mucosas e em feridas infectadas.
Ex: Anti-sepsia de um local a ser aplicado uma injeção.
Conceitos de Biossegurança
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Desinfecção
Consiste na destruição, remoção ou redução dos microorganismos presentes no material inanimado. A desinfecção não implica na destruição de todos os microorganismos.
Esterilização
É o processo de destruição de todas as formas de vida, presentes em um material por meio de agentes químicos ou físicos.
Conceitos de Biossegurança
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Tipos de Desinfecção
Desinfecção de BAIXO NÍVEL
Consiste no uso de métodos que promovem a morte de algumas bactérias, vírus, protozoários e fungos. Porém algumas formas patológicas sobrevivem, como o Mycobacterium Tuberculosis, alguns vírus, (como o VHB), além de esporos bacterianos.
Álcool etílico 70% e álcool isopropílico;
Hipoclorito de sódio (100ppm).
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Desinfecção de MÉDIO NÍVEL 
Consiste no uso de métodos que promovem a mesma eficiência da desinfecção de médio nível, mais a exterminção de bactérias mais resistentes como o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o VHB). Porém, alguns vírus e os esporos bacterianos sobrevivem.
Alcool etílico 70% e álcool isopropílico 
Hipoclorito de Sódio (100ppm) – Maior tempo de exposição 
Tipos de Desinfecção
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Desinfecção de alto nível:
Consiste no uso de métodos que promovem a eliminação de quase todas as bactérias, vírus, fungos, e agentes patológicos em geral. Porém alguns vírus e esporos mais resistentes ainda sobreviem.
Glutaraldeído 2% por 30 minutos.
Tipos de Desinfecção
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Métodos de esterilização
Calor seco (estufa): 1h a 170ºC ou 2h a 160ºC;
Calor úmido (autoclave): Vapor sob pressão.
15 até 30 minutos – 121 – 131ºC. 
Poder maior de esterilização.
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Radiação
É um método constituído por raios emitidos por uma fonte artificial, sob a forma de ondas eletromagnéticas. Podem ser:
Raios Ultravioleta: As lâmpadas de raios ultravioletas são usados em ambientes de manipulação de produtos estéreis (soluções parenterais ou ainda quimioterápicos) e para sanificação de ambientes contaminados (quarto de isolamento de doentes infectocontagiosos). 
Métodos de esterilização
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Processos Químicos
Óxido de Etileno por 4 horas.
Glutaraldeído 2% por 10 horas.
Solução
de Formaldeído 38% por 18 horas.
Métodos de esterilização
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Riscos de acidentes
Choque elétrico;
Perfurações;
Queimaduras;
Incêndios;
Contaminações.
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Ruído;
Radiações;
Gases;
Pressões anormais;
Movimentos repetidos;
Posturas inadequadas.
Risco de doença
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Triangulo epidemiológico
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Medidas de proteção
 EPI - Equipamentos de Proteção Individual
 EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva
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Equipamentos de Proteção individual
Gorro (tipo touca);
Avental;
Luvas;
Sapato fechado;
Sapatilhas descartáveis;
Respirador;
Óculos 
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EPI
Toucas: Deve cobrir todo o cabelo e orelhas.
Sapato fechado: Evita queda de materiais tóxico ou contaminantes nos pés.
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Avental: Evita o contato da pele e roupas pessoais com microorganismos do campo de trabalho. Seu uso deve ser restrito ao local de trabalho.
EPI
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EPI
Sapatilhas descartáveis: Utilizadas para não levar material ou retirar material contaminado para o local de trabalho.
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EPI-Respirador
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EPI
Óculos: Proteção mecânica contra substâncias químicas e biológicas.
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Luvas
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Boas práticas laboratoriais
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Nunca pipetar com a boca!!
Boas práticas laboratoriais
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Boas práticas laboratoriais
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Evitar formação de respingos, geração de aerossóis, derramamentos e contaminações.
Boas práticas laboratoriais
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Limpeza no horário de trabalho.
Boas práticas laboratoriais
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Boas práticas laboratoriais
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Boas práticas laboratoriais
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Boas práticas laboratoriais
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Boas práticas laboratoriais
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Boas práticas laboratoriais
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REFERÊNCIAS
MOZACHI, Nelson. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 10ª ed. Curitiba: Os autores, 2005.

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