Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * FAB – Faculdade Barão do Rio Branco FAC – Faculdade do Acre PROFº SODRÉ DE ARAÚJO FREITAS BIOSSEGURANÇA * * BIOSSEGURANÇA A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, e proteção do trabalhador, minimização riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados“. * * HISTÓRICO A transmissão de doenças, em especial as hospitalares, remonta à Idade Média, onde os enfermos, principalmente os pobres, eram reunidos em locais junto às igrejas, com disseminação, entre eles, de doenças como a febre tifóide, varíola e peste. Com a evolução das monarquias absolutistas, hospitais gerais foram construídos na França. Em 1840, existiam 114 hospitais, porém em condições higiênicas e sanitárias precárias. Um exemplo dessa situação foi o Hospital "Hotel de Dieu", que contava com 1.000 leitos e durante epidemias chegava a internar 7.000 doentes, segundo os censos da época. * * O mesmo leito era ocupado por oito pacientes, que rodiziavam entre si. As feridas eram lavadas com a mesma esponja. A mortalidade após amputações era ao redor de 60%. As alas da maternidade e cirurgia eram muito quentes, e os pacientes bebiam água vinda diretamente do rio Sena. Por outro lado, os hospitais britânicos pareciam ser melhores e mais limpos. Século XIX, importantes contribuições começaram a surgir, relacionando as condições de higiene pessoal com a morbidade e mortalidade das doenças, bem como a importância do pessoal médico na transmissão das mesmas. * * Um dos grandes nomes na história da Infecção Hospitalar é o de Ignaz Semmelweis, obstetra austríaco do Lying Hospital de Viena, que fez observações sistemáticas de casos de septicemia em parturientes internadas na clínica obstétrica (1845-1860). Ele relacionou a alta mortalidade das parturientes com o fato de que os estudantes de medicina e médicos saíam da sala de necrópsia e se dirigiam para a sala de parto sem a adequada antissepsia de suas mãos. Ao instituir a lavagem das mãos entre esses dois procedimentos, houve uma queda significativa das infecções, de 7% para 1,3%. Na época, Semmelweis foi criticado e sua técnica de cálculos de mortalidade por unidade específica ficou ignorada por muitos anos. * * Em 1869, James Simpson, médico escocês, observou maiores taxas de letalidade pós-amputações por infecção em hospitais de grande porte (mais de 300 leitos), comparadas às dos hospitais de pequeno porte, ou quando efetuadas em casa. Foi criado o termo hospitalismo, referindo-se aos riscos inerentes à assistência hospitalar. * * Um avanço em vigilância nos hospitais ocorreu entre 1950 e 1960, nos Estados Unidos (EUA), com a participação do Centro de Controle de Doenças (Centers for Disease Control - CDC) em investigações epidemiológicas de surtos de cepas emergentes de Staphylococcus aureus resistentes à penicilina em maternidades, UTI e berçários. Assim, em 1958, a Associação Americana de Hospitais recomendou que todos os hospitais dos Estados Unidos desenvolvessem programas de Controle de Infecção. Para um programa efetivo, foi recomendado pelo CDC: 1) vigilância prospectiva e regular pela Comissão de Infecção Hospitalar (enfermeiras ou técnicos); 2) análise das taxas com técnicas de epidemiologia básica; 3) contratação de um epidemiologista hospitalar, treinado, com habilidade de formular estratégias de fiscalização de controle de infecção, bem como de atuar nas interfaces com a comunidade médica e administrativa. * * Em 1969, o CDC propõe um estudo multicêntrico cooperativo entre os hospitais (voluntários) para avaliar essa questão no país: Estudo Nacional das Infecções Hospitalares (National Nosocomial Infection Study - NNIS). Em 1974, para se avaliar as recomendações de vigilância hospitalar, o CDC desenvolve um estudo de eficácia dos programas de Controle de Infecções Hospitalares: Estudo SENIC (Study on the Efficacy of Nosocomial Infection Control). Entre os resultados foi demonstrado que programas eficazes de controle reduzem os índices de infecções hospitalares, além de permitir a classificação dos pacientes em alto ou baixo risco de adquirir infecção, bem como o risco por topografia. * * Em 1983 nova revisão: Abolição de isolamento protetor ↔maioria das infecções era de pacientes imunodeprimidos → causa endógena; Institui as lavagens das mãos ↔ recomendação única; Isolamento para tuberculose; O profissional → antecipar contato com o pacte para decidir o uso de EPIs; Em 1985-CDC estabelece precauções universais para sangue e fluidos corporais; * * Em 1987-Grupo da Universidade da California-San Diego/EUA, revisa a chamada Precauções com substâncias Corporais-modifica o proposto pelo CDC em 1983; Em 1994- Elaborada orientações para sobre o cuidado do paciente com TB; Em 1996 publicado o sistema – HIPAC/Hospital Infeccion Control Pratices Advisory Comittee. * * No Brasil, o Controle das Infecções Hospitalares se inicia em 1983, com a publicação pelo Ministério da Saúde da Portaria 196, obrigando todos os hospitais brasileiros a criarem Comissões de Controle de Infecções Hospitalares. Anteriormente, havia pouco interesse pelo assunto, apenas com o controle informal das infecções hospitalares pelos hospitais, utilizando o método passivo de coleta de dados. * * A portaria 196, os hospitais organizaram suas Comissões definindo normas técnicas de funcionamento das mesmas.No final da década de 80, surgem as primeiras associações de profissionais em Controle de Infecções Hospitalares: APECIH em São-Paulo, AMECIH em Minas Gerais, ABIH, etc., promovendo encontros e congressos sobre o assunto. A partir daí, observou-se maior participação dos hospitais públicos e privados com a real obrigatoriedade das comissões trabalhando com pessoal capacitado e treinado. * * A metodologia passiva (portaria 196) começa a ser substituída pela busca ativa de coleta de dados, bem como pela adaptação da metodologia NNIS em alguns hospitais brasileiros. Em 1992 o Ministério da Saúde publica a portaria 930, em substituição à 196, de 1983, instituindo o método ativo de busca e especificando a necessidade de um médico e uma enfermeira com formação epidemiológica e com dedicação exclusiva à Comissão de Infecção Hospitalar (uma enfermeira para cada 200 leitos). Em 1997, o Ministério da Saúde publica a lei nº 9.431 determinando a obrigatoriedade de manutenção pelos hospitais do país de programa de vigilância hospitalar e, em 1998, publica a portaria nº 2.616, instituindo o número de profissionais necessários a uma comissão de controle de infecções hospitalares e suas atribuições, bem como obrigações municipais, estaduais e federais no referente ao controle de infecções hospitalares. * * CONCEITOS FUNDAMENTAIS NO MANEJO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES Infecção: é a invasão do organismo, ou parte dele, por um agente patogênico que, em condições favoráveis, multiplica-se e produz efeitos danosos. Colonização ou Estado de Colonização: é a presença de qualquer microorganismo na pele e nas membranas mucosas de um hospedeiro, dissociada de manifestações clínicas de doença. O conceito inclui a microbiota endógena normal (microorganismo do indivíduo hígido e alterações seletivas produzidas no ambiente hospitalar, antibióticos e/ou processos invasivos). Infecção Comunitária: é a infecção constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente, não relacionada com a internação anterior no mesmo ou outro hospital. Inclui infecção associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de agente etiológico ou sinais sugestivos de uma nova infecção, e infecção em RN, cuja aquisição por via transplantária é conhecida ou comprovada, evidente após o nascimento (herpes simples, toxoplasmose, rubéola, sífilis, hepatite, citomegalovírus, AIDS). * * Infecção Hospitalar: é a infecção adquirida durante a internação do paciente ou após a sua alta. Em geral após 72 horas da internação ou antes disso, quando associada a processos invasivos. A infecção hospitalar (IH) pode ser dita: -infecção endógena: é a que se verifica a partir de microorganismos do próprio paciente, geralmente imunodeprimido. Corresponde a 2/3 das infecções hospitalares; - infecção exógena:é a adquirida a partir de microorganismos estranhos ao paciente, sendo veiculada pelas mãos da equipe de saúde, nebulização, uso de respiradores, vetores, por medicamentos ou alimento contaminado; - infecção cruzada: transmitida de paciente a paciente, geralmente através das mãos da equipe de saúde. Infecção inter-hospitalar: é um conceito criado por nós para definir as infecções hospitalares que são levadas de um hospital para outro com a alta e internação subseqüente da mesma criança em diferentes hospitais. * * Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares É o conjunto de atividades que levam à observação ativa, sistemática e contínua da ocorrência e da distribuição dessas infecções e dos eventos ou condições que contribuem para o aumento ou a diminuição de sua ocorrência; tais atividades visam a ações de controle e têm como objetivos: determinar o perfil epidemiológico das infecções hospitalares da instituição e/ou setor, avaliando agentes etiológicos, topografias, sensibilidade microbiana, etc; definir surtos ou epidemias; definir fatores de riscos específicos de acordo com o tipo de paciente ou de procedimento; fornecer informações à equipe hospitalar sobre os riscos dos cuidados com procedimentos ao paciente, necessários ao controle e prevenção das infecções hospitalares. A coleta de dados pode ser feita através de busca passiva, ativa ou revisão retrospectiva de prontuários. A notificação passiva consiste num método simples, porém, como depende da cooperação do médico ou enfermeira, em geral gera subnotificação de dados. Não identifica surtos epidêmicos. * * PRECAUÇÕES PADRÃO OU UNIVERSAL O conceito de Medidas de Precaução Universais (MPU) pressupõe que todos os pacientes estão potencialmente infectados com agentes patógenos transmitidos pelo sangue. É conjunto de técnicas conhecidas que devem se adotadas para o atendimento de pactes principalmente na presença de fluidos corporais ou sangue. * * Considerações gerais : Em 1996, foi publicado um manual sobre a orientação que devemos ter ao manusear sangue, líquidos e fluidos corporais, o sistema abordou as seguintes questões: Precauções padrões ou universais; Precauções baseadas na rota de transmissão; Precauções Empíricas. * * As precauções universais são medidas adotadas pelos profissionais da saúde envolvidos na assistência aos pacientes independente da doença diagnosticada. O profissional de saúde deve ter uma postura consciente da utilização destas precauções como forma de não se infectar ou servir de fonte de contaminação. A adoção destas medidas é importante para não adquirir doenças tais como a Hepatite B e C, AIDS, sífilis doença de Chagas , influenza , além de tuberculose e outras patologias respiratórias. * * Saúde Ocupacional e medidas de segurança: A segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho. * * Doença Ocupacionais : São disfunções orgânicas provindas do trabalho temos determinadas patologias que são características, tais como : Lombalgia ; Acidentes com materiais perfuro-cortantes; Contato com secreção e eliminação; Contato com produtos químicos; Estresse, irritação, cansaço e desânimo. * * TIPOS DE PROTEÇÃO UNIVERSAL Lavagem das mãos : A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurançado: paciente e do próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos. * * Uso de luvas esterilizadas e de procedimento: O uso de luvas deve ser quando o profissional for realizar: manipulação de sangue e outros líquidos corporais ; manipulação de membranas e mucosas ; manipulação de sangue e outros fluídos corporais; manipulação de membrana , mucosa e pele não íntegra; procedimentos em equipamentos ou superfícies contaminadas com sangue e fluídos corporais; procedimentos de acessos vasculares. * * Uso de avental : quando em contato direto com sangue e outros fluidos corporais. Uso de máscaras, gorros , óculos : para proteção contra sangue e fluidos corporais. Usar quando houver risco de contaminação de mucosas face, olhos , boca, nariz por respingar sangue e fluidos corporais, principalmente em punções liquóricas e arteriais , suturas e cirurgias. * * MEDIDAS DE PRECAUÇÃO UNIVERSAL-PROTOCOLO Manuseio de material perfuro cortante : o profissional não deve reencapar, nem entortar e quebrar agulhas escalpes e lâminas contaminadas, isto é, exposta a sangue e fluídos corporais. Precauções como rota de transmissão : Precauções de contato : Contato com um ou mais tipos de matéria orgânica. Em pacientes com suspeita ou identificados com as seguintes patologias: infecção ou colonização por agentes multirresistentes, herpes, furunculose , piodermites, pediculose, escabiose, conjuntivite, contato entérico com paciente com diarréias infecciosas. * * Precauções em transmissão de vias áreas : São aquelas transmitidas pelo ar sob forma de partículas de pequeno tamanho ( menor que 5 micra). Indicação : paciente com suspeita ou diagnosticadas por patologias respiratórias tais como: Tb,sarampo, varicela-partículas menores que 5 micras. Precauções com gotículas ( partículas): São aquelas transmitidas pelo ar porém alcançam curtas distâncias ( partículas ou gotículas maiores de 5 micra). Pacientes com meningite, Pneumonia (por streptococcus pneumoniae) , rubéola, caxumba, coqueluche, pois nestas patologias a transmissão por via área é mais curta. * * IMUNODEPRIMIDOS -CUIDADOS ESPECIAIS imunodeprimidos: São pacientes que estão com depressão do sistema de defesa orgânica, dentre estes temos : Pacientes portadores do vírus H.I.V e Aidético; Paciente com Imunodeficiência Genética; Pacientes em uso de altas doses de corticóides; Pacientes fazendo tratamento quimioterápico e radioterápicos; Pacientes com leucopenia ( leucócitos abaixo de 1000/mm3); e neutropenia (abaixo de 500/mm3); Pacientes transplantados. * * Protocolo de manejo destes acidentes: Separação destes pacientes que se inadvertidamente estiverem com pacientes com patologia infecciosa; Os pacientes em tratamento oncológico não ficaram misturados com pacientes de patologias infecciosa, ficarão em quarto individual ou com outra pessoa com o mesmo tratamento; Em transplantes a equipe de saúde deve entrar em consenso de utilizar quarto individual para estes pacientes, e as medidas de precaução devem ser obedecidas seguidas á risca; * * Pessoas com infecção não devem jamais cuidar destes pacientes, e nem entrarem no quarto destes; A limpeza do quarto deve ser feita todos os dias em todas as superfícies e aparelhos, deve ficar no quarto somente o necessário para não acumularem poeira e outros agentes infectantes; Obedecer a lavagem das mãos á risca , antes e depois de cada procedimento; A paramentação dos profissionais de saúde deve ser obedecida com máscaras , luvas e gorro além de outras precauções que se fizerem necessárias; * * Cuidados relacionados a equipe de saúde :fazer uso de todas as precauções possíveis de acordo com o procedimento; Fornecer toda a alimentação em embalagem descartáveis; Descontaminar superfícies com hipoclorito a 2%, quando contaminadas; Trocar a roupa de cama todos os dias; Manter a porta do recinto fechada; Utilizar substância anti-séptica na lavagem das mãos, na ausência de pia proceder a limpeza das mãos co álcool gel ou álcool a 70%, e tão logo que possível proceder a lavagem das mãos. * * ACIDENTES CO MATERIAL PERFURO-CORTANTE-PROTOCOLO Lavar abundantemente o local com água corrente e anti-séptico que pode ser o PVPI e outros de rotina do hospital; Encaminhar-se ao setor da CCIH- comissão de controle da infecção hospitalar para ser o acidente registrado; Fazer os exames necessários de acordo com a patologia; Caso de contaminação por H.I.V, o uso de drogas retrovirais deve ser encaminhada para a avaliação médica , devido a possibilidade de orientação do médico quanto a esse procedimento. * * Medidas de biossegurança :acidentes com : hepatite B: Recomenda-se que todo profissional de saúde seja vacinado com a Hepatite B , para evitar estes tipos de situações; caso o profissional seja vacinado deverá ser feito a sorologia, após a vacinação ( de um a seis meses da última dose ) para a confirmação de anticorpos protetores; HIV: devem fazer testes para detectação do vírus ; o médico avaliará a situação de fazer ou não drogas retrovirais ;( drogas que evitam a propagação da patologia temos: (AZT®, Retrovir® ), didanosina (ddl, Videx®), zalcitabina (ddC, Hivid®),lamivudina (3TC, Epivir®), saquinavir (Invirase®), ritonavir (Norvir®), delavirdina (Rescriptor®), e outras. * * Hepatite C: O risco de ter essa patologia está associada a infecções percutânea ou mucosa e sangue contaminada; o acidente deve ser avisado a CCIH; não existe nem uma medida eficaz contra o vírus; o profissional deve proceder a sorologia. Diarréias Infecciosas : Observar a sintomatologia na pessoa possivelmente contaminada; Colher a coprocultura de todos os funcionários envolvidos no caso quando for a salmonella typi,Shigella, etc. Caso seja positivo, o funcionário deve ser afastado por dois meses , realizar tratamento até a alta, num total de 03 coproculturas negativas , para voltar a suas atividades. * * PREVENÇÃO DA INFECÇÃO CIRÚRGICA : Considerações : No hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis – os doentes - e os microrganismos mais resistentes. O volume e a diversidade de antibióticos utilizados provocam alterações importantes nos microrganismos, dando origem a cepas multirresistentes, normalmente inexistentes na comunidade. A contaminação de pacientes durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras, são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção. Ao dar entrada no hospital, o paciente já pode estar com uma infecção, ou pode vir a adquiri-la durante seu período de internação. * * Infecção Comunitária : É aquela em que o paciente apresenta quando na admissão hospitalar ou desenvolve durante a internação quando não ligada a procedimentos hospitalares. Infecção Hospitalar : é aquela que o paciente desenvolve durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras - são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção,mesmo que o paciente tenha recebido alta se estiver associada é caracterizada como infecção hospitalar. * * Prevenção da Infecção Cirúrgica : Toda infecção deve ser tratada antes da cirurgia; toda pessoa que entrar na S.O – Sala operatória , deve estar com sua paramentação; Toda pessoa que entrar na sala deve ter feito a lavagem das mãos ; Cultivar qualquer secreção da F.O-ferida operatória suspeita; Tocar a ferida somente com luva; Antiobioticoprofilaxia deve ser realizada em todos os pacientes operados; A equipe de cirurgia deve lavar as mãos até a altura dos cotovelos; Antes e depois do curativo deve ser lavadas as mãos; A estadia hospitalar em cirurgias eletivas deve ser curta; Uso de EPIs deve ser obedecido;(equipamentos de proteção individual) Pacientes desnutridos antes da cirurgia devem receber alimentação enteral ou parenteral; Tricotomia apenas no local cirúrgico, ou apenas se o pelo estiver atrapalhando o local a ser operado; O paciente deve estar com roupas esterelizadas do centro cirúrgico para pacientes; Reduzir o n° de pessoas em S.O; Para cirurgias ortopédicas utilizar duas luvas cirúrgicas. * * Conceitos de Biossegurança Infecção Cruzada É transmitida de paciente para paciente ou paciente para profissional e vice-versa. Fômite Qualquer item, exceto alimentos, que possa disseminar infecção. Ex: Roupas de cama, vestuário, pratos e talheres. * * Limpeza Processo de remoção de material estranho de superfícies e objetos. Normalmente feita com água e sabão. Degermação Remoção ou redução do número de microorganismos da pele por meios químicos-mecânicos. Ex: Exemplo das mão antes de aplicar um injetável. Sanificação Diminuição dos germes patogênicos a um nível considerado isento de perigo. Ex: Sanificação de consultórios, refeitórios, laboratórios. Conceitos de Biossegurança * * Assepsia Procedimento ou conjunto de procedimentos que visam impedir a penetração de microorganismos num local que não os contenha. Ex: Assepsia de um material cirúrgico a ser usado. Anti-sepsia: Inibição do crescimento em tecidos vivos, através de substâncias bacteriostáticas ou bactericidas aplicadas principalmente em superfícies cutâneas ou mucosas e em feridas infectadas. Ex: Anti-sepsia de um local a ser aplicado uma injeção. Conceitos de Biossegurança * * Desinfecção Consiste na destruição, remoção ou redução dos microorganismos presentes no material inanimado. A desinfecção não implica na destruição de todos os microorganismos. Esterilização É o processo de destruição de todas as formas de vida, presentes em um material por meio de agentes químicos ou físicos. Conceitos de Biossegurança * * Tipos de Desinfecção Desinfecção de BAIXO NÍVEL Consiste no uso de métodos que promovem a morte de algumas bactérias, vírus, protozoários e fungos. Porém algumas formas patológicas sobrevivem, como o Mycobacterium Tuberculosis, alguns vírus, (como o VHB), além de esporos bacterianos. Álcool etílico 70% e álcool isopropílico; Hipoclorito de sódio (100ppm). * * Desinfecção de MÉDIO NÍVEL Consiste no uso de métodos que promovem a mesma eficiência da desinfecção de médio nível, mais a exterminção de bactérias mais resistentes como o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o VHB). Porém, alguns vírus e os esporos bacterianos sobrevivem. Alcool etílico 70% e álcool isopropílico Hipoclorito de Sódio (100ppm) – Maior tempo de exposição Tipos de Desinfecção * * Desinfecção de alto nível: Consiste no uso de métodos que promovem a eliminação de quase todas as bactérias, vírus, fungos, e agentes patológicos em geral. Porém alguns vírus e esporos mais resistentes ainda sobreviem. Glutaraldeído 2% por 30 minutos. Tipos de Desinfecção * * Métodos de esterilização Calor seco (estufa): 1h a 170ºC ou 2h a 160ºC; Calor úmido (autoclave): Vapor sob pressão. 15 até 30 minutos – 121 – 131ºC. Poder maior de esterilização. * * Radiação É um método constituído por raios emitidos por uma fonte artificial, sob a forma de ondas eletromagnéticas. Podem ser: Raios Ultravioleta: As lâmpadas de raios ultravioletas são usados em ambientes de manipulação de produtos estéreis (soluções parenterais ou ainda quimioterápicos) e para sanificação de ambientes contaminados (quarto de isolamento de doentes infectocontagiosos). Métodos de esterilização * * Processos Químicos Óxido de Etileno por 4 horas. Glutaraldeído 2% por 10 horas. Solução de Formaldeído 38% por 18 horas. Métodos de esterilização * * Riscos de acidentes Choque elétrico; Perfurações; Queimaduras; Incêndios; Contaminações. * * Ruído; Radiações; Gases; Pressões anormais; Movimentos repetidos; Posturas inadequadas. Risco de doença * * Triangulo epidemiológico * * Medidas de proteção EPI - Equipamentos de Proteção Individual EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva * * Equipamentos de Proteção individual Gorro (tipo touca); Avental; Luvas; Sapato fechado; Sapatilhas descartáveis; Respirador; Óculos * * EPI Toucas: Deve cobrir todo o cabelo e orelhas. Sapato fechado: Evita queda de materiais tóxico ou contaminantes nos pés. * * Avental: Evita o contato da pele e roupas pessoais com microorganismos do campo de trabalho. Seu uso deve ser restrito ao local de trabalho. EPI * * EPI Sapatilhas descartáveis: Utilizadas para não levar material ou retirar material contaminado para o local de trabalho. * * EPI-Respirador * * EPI Óculos: Proteção mecânica contra substâncias químicas e biológicas. * * Luvas * * Boas práticas laboratoriais * * Nunca pipetar com a boca!! Boas práticas laboratoriais * * Boas práticas laboratoriais * * Evitar formação de respingos, geração de aerossóis, derramamentos e contaminações. Boas práticas laboratoriais * * Limpeza no horário de trabalho. Boas práticas laboratoriais * * Boas práticas laboratoriais * * Boas práticas laboratoriais * * Boas práticas laboratoriais * * Boas práticas laboratoriais * * Boas práticas laboratoriais * * REFERÊNCIAS MOZACHI, Nelson. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 10ª ed. Curitiba: Os autores, 2005.
Compartilhar