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CINESIOTERAPIA Profa. Ana Elisa Souza 2017 1 Terminologia •Manipulação –Movimento articular passivo para aumento da mobilidade articular –Geração de uma força repentina que está além do controle do paciente 2 •Mobilização –Movimento articular passivo para aumento da ADM ou diminuição da dor –Aplicada às articulações e tecidos relacionados em velocidade e amplitude variada usando os movimentos fisiologicos e acessórios. –Força pequena 4 MOVIMENTOS PASSIVOS Classificação: Autopassivo/automobilização Passivo relaxado Passivo forçado - Indicação Ganho ou manutenção de amplitude articular. 5 Automobilização – técnicas de automobilização - auto alongamento nas quais há o uso de tração e deslizamento dirigindo a força de estiramento à capsula. 6 •Mobilização com movimento (MM) – aplicação concomitante de uma mobilização sustentada pelo fisioterapeuta e o movimento fisiológico ativo aplicado pelo paciente no final da amplitude –Aplicada em um direção sem causar dor 7 Para que serve a mobilização articular? •Restabelecer os movimentos artrocinemáticos perdidos ou diminuídos. •Osteocinemático (fisiológico) •Artrocinemático (ou acessório) 8 Sistemas dinâmicos 9 Subdivisão Osteocinemática – movs das articulações sinoviais Artrocinemática – relação do movimento na superfície articular Lippert, 2003 MOBILIZAÇÃO ARTICULAR Podem-se utilizar movimentos fisiológicos ou acessórios. MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS: São os movimentos clássicos ou tradicionais que podem ser realizados ativamente pelo paciente (adução, abdução, flexão...). MOVIMENTOS ACESSÓRIOS: São divididos em movimentos integrantes e intra-articulares. Ambos não podem ser executados pelo paciente. 10 MOVIMENTOS ACESSÓRIOS Intra-articulares: São aqueles movimentos que acontecem dentro da articulação, representam a distensibilidade articular. Podem ser realizados passivamente mas não ativamente pelo paciente. Ex: Separação, rolamento, compressão, deslizamento e giro das superfícies articulares. 11 MOVIMENTOS ACESSÓRIOS Integrantes: Acompanham o movimento ativo, mas não estão sobre controle voluntário. Ex: Movimentos de rotação escapular que acompanham a flexão e abdução glenoumeral. 12 TIPOS ROLAMENTO Característica de um osso que rola sobre o outro. Novos pontos de uma superfície óssea entram em contato com a superfície oposta. Em articulações funcionando normalmente o rolamento não acontece sozinho, mas em combinação com deslizamento e giro. 13 Sistemas dinâmicos 14 Lippert, 2003 DESLIZAMENTO Característica de um osso que desliza sobre o outro. As superfícies ósseas precisão ser congruentes. O mesmo ponto em uma superfície óssea fica em contato com novos pontos na outra superfície. Em articulações funcionando normalmente o deslizamento não acontece sozinho, pois as articulações não são completamente congruentes. 15 Sistemas dinâmicos 16 Lippert, 2003 GIRO Característica de um osso que gira sobre o outro. Ocorre rotação de um segmento sobre outro que está estacionário Geralmente o giro acontece associado à rotação e deslizamento. 17 COMPRESSÃO É a diminuição do espaço articular entre as partes ósseas. Ocorre sobre os MMII e coluna na descarga de peso A contração muscular promove um certo grau de compressão quando é utilizada para estabilizar a articulação. Cargas compressivas intermitentes de intensidade normais ajudam a movimentar o líquido sinovial e assim manter a cartilagem articular saudável. 18 Sistemas dinâmicos 19 Lippert, 2003 TRAÇÃO Separação das superfícies articulares. Tração no eixo longo: Deslizamento. Tração articular: Separação – ângulos retos 20 EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR FISIOLÓGICA Promove a movimentação do líquido sinovial que traz nutrientes para a cartilagem avascular das superfícies ósseas. Quando há imobilização articular a cartilagem rapidamente atrofia. 21 EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR FISIOLÓGICA Mantém a extensibilidade e força de tensão dos tecidos articulares e peri - articulares. Com a imobilização ocorre proliferação de tecido fibro - adiposo que provoca adesões intra- articulares, assim como alterações em tendões, ligamentos e cápsula articular levando a contraturas articulares e enfraquecimento ligamentar. 22 EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR FISIOLÓGICA Percepção de posição e movimento. Através da transmissão de informações recebidas pelos mecanorreceptores intra- articulares (propriocepção). 23 INDICAÇÕES Dor, defesa muscular e espasmo: Estímulo de mecanorreceptores para inibir a transmissão de nociceptivos a nível medular ou central. Movimentação do líquido sinovial para promover a nutrição das cartilagens articulares e prevenir efeitos degenerativos em articulações edemaciadas ou doloridas que não possam ser movidas em todo o arco do movimento. 24 INDICAÇÕES Hipomobilidade articular reversível Alongamento de tecido conectivo capsular e ligamentar hipomóvel. Distensão mecânica de tecido encurtado. Limitação progressiva Manutenção da mobilidade intra-articular existente e retardar os efeitos restritivos e degenerativos da Hipomobilidade. 25 INDICAÇÕES Imobilidade funcional Quando o paciente não pode mover a articulação funcionalmente por um certo período de tempo, utiliza-se a mobilização para manter a amplitude articular propriocepção e assim prevenir os efeitos degenerativos. 26 CONTRA-INDICAÇÕES Hipermobilidade: Necrose dos ligamentos ou cápsula Efusão articular: O edema intra-articular ou sangramento promovem a distensão da cápsula articular que irá limitar o movimento. Infamação: O alongamento irá aumentar a dor e defesa muscular. 27 PRECAUÇÕES Malignidade; Doenças ósseas detectáveis nos raios-X; Fratura não consolidada; Dor excessiva; Hipermobilidade nas articulações associadas; Artroplastias totais; Tecido conectivo recém formado; Doenças sistêmicas do tecido conectivo; Indivíduos idosos com tecido conectivo enfraquecido e circulação diminuída. 28 Técnicas Técnica Oscilatória Graduada Translação mantida Exercícios de Codman 29 TÉCNICAS OSCILATÓRIAS GRADUADAS Grau I: São realizadas oscilações rítmicas no inicio da amplitude de movimento. Grau II: São realizadas oscilações de grande amplitude dentro da amplitude existente, não atingindo o limite. Grau III: São realizadas oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da amplitude existente. 30 TÉCNICAS OSCILATÓRIAS GRADUADAS Grau IV: São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude até o limite da amplitude existente e forçadas na resistência do tecido. Grão V: Técnica brusca com pequena amplitude e alta velocidade para soltar adesões no limite da mobilidade disponível. OBS: Os graus I e II são utilizados para tratar articulações limitadas pela dor e os graus III e IV para alongamento de estruturas articulares. 31VELOCIDADE E DURAÇÃO GRAU I E IV : OSCILAÇÕES RÁPIDAS 3 à 4 SEGUNDOS . GRAU II E III : OSCILAÇÕES REGULARES 1 À 2 MINUTOS. MOBILIDADE INTRA- ARTICULAR EXISTENTE ALONG 1 2 3 4 TRANSLAÇÃO MANTIDA Grau I (frouxo): Tração de pequena amplitude, a cápsula não é sobrecarregada. Alívio da dor Grau II (tenso): Tração ou deslizamento suficiente para tencionar os tecidos ao redor da articulação. Alívio da dor e manter a mobilidade intra-articular. Grau III (alongado): Tração ou deslizamento com amplitude suficiente para alongar a cápsula e as estruturas vizinhas. 34 MOBILIDADE INTRA- ARTICULAR EXISTENTE ALONG 1 2 3 36 Complexo Ombro 37 Exercícios de Codman Exercícios pendulares Realização e automobilização por meio de movimentos circulares e pendulares com o braço. 38 Indicados para pacientes que sofrem alguma lesão no ombro. Contra-indicações: dor exacerbada e edema periférico Iniciar sem carga e evoluir com carga. 39 Objetivos dos Exercícios de Codman Os exercícios pendulares têm como objetivos: relaxar os músculos longitudinais do ombro (deltóide, coracobraquial, peitoral maior fibras claviculares, porção curta do bíceps braquial e porção longa do tríceps braquial), relaxamento dos músculos da cervical (trapézio fibras superiores, elevador da escápula, escalenos e serrátil postero-superior) e decoaptação das articulações gleno-umeral e supra- umeral, facilitando a recuperação funcional do manguito rotador e aliviando o quadro álgico num ângulo de 60º à 120º (síndrome do impacto primário). 40 Prática – Exercícios de Codman Paciente em decúbito ventral ou, Paciente em ortostatismo, com flexão da lombar e inclinação para frente, terapeuta ao lado do paciente para orientá-lo. A cabeça do paciente deve apoiar no antebraço são que estará apoiado na maca. O ombro a ser tratado estará pendente livre (ou segurando um halter de 1 kg). 41 O paciente realiza movimentos pendulares sem dor Devem ser realizados 40 movimentos completos. Em seguida o paciente realiza movimentos pendulares no plano horizontal de abdução e adução sem dor. Para finalizar solicitamos que o paciente realize movimentos pendulares em rotação medial (20 movimentos) e rotação lateral (20 movimentos). Reavaliar o paciente após o procedimento!!!!! 42 43 44 Vamos a prática…. anaesouza74@gmail.com 45
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