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Sociedade Brasileira Contemporânea
	Data de início:
	04/08/2016 14:26
	Prazo máximo entrega:
	04/08/2016 15:41
	Data de entrega:
	04/08/2016 15:40
Questão 1/10
Leia o fragmento de texto abaixo:
“Em 7 de setembro de 1961, dia da Independência, João Goulart chegou ao Congresso Nacional para assumir a Presidência da República. Jango tinha 43 anos, estava impecável num terno azul-escuro de verão e disfarçava a ansiedade com um sorriso largo. Pela terceira vez naquele ano, um presidente tomava posse; o ambiente era de festa, mas o sentimento geral misturava euforia e alívio”.
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: SCHWARCZ, L. STARLING H. No fio da navalha: ditadura, oposição e resistência. In: Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 437.
João Goulart assumiu a presidência em 1961 e, a partir de então, se constrói um contexto específico da história brasileira. Diante disso e de acordo com o texto de Toledo estudado nas aulas, assinale a alternativa correta:
	
	A
	O breve governo de João Goulart foi um período conturbado se caracterizando por uma forte crise econômica e política ampla mobilização das classes populares e setores militares e empresariais; e um acirramento da luta ideológica.
Você acertou!
“Durante a curta existência do governo João Goulart, um novo contexto político-social emergiu no país. Suas características básicas foram: uma intensa crise econômico-financeira; constantes crises político-institucionais; crise do sistema partidário; ampla mobilização política das classes populares paralelamente a uma organização e ofensiva política dos setores militares e empresariais (a partir de meados de 1963, as classes médias também entram em cena); ampliação do movimento sindical operário e dos trabalhadores do campo e um inédito acirramento da luta ideológica de classes”.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História v. 24, n.47, p. 13-28, 2004. p. 13.
	
	B
	João Goulart governou de 1961 a 1963, situando-se em uma conjuntura estável. A economia tinha altos índices de crescimento; o pacto populista garantia tranquilidade institucional e política, e as classes sociais não se envolviam em disputas.
	
	C
	O governo de João Goulart marca o início da ditadura no país; foi um período marcado por uma forte repressão, por um lado, e, de outro, pelo “milagre” brasileiro na economia, tendo Goulart como um de seus importantes ideólogos.
	
	D
	Jango, como foi apelidado o ex-presidente João Goulart, governou a partir de 1961 e ficou conhecido como o presidente bossa-nova pelo seu espírito empreendedor e seu entusiasmo com os investimentos do capital estrangeiro no Brasil durante seu governo.
	
	E
	João Goulart enfrentou um governo com diversas instabilidades. Mesmo tendo os militares apoiando-o, enfrentava a forte e constante oposição do movimento sindical, materializado nos confrontos constantes com a CGT e uma forte crise econômica.
Questão 2/10
Considere o seguinte fragmento de texto:
“Acima de tudo, a experiência brasileira claramente demonstra que a reforma urbana requer uma combinação precisa, ainda que quase sempre elusiva, entre mobilização social renovada, reforma jurídica e mudança institucional. Esse é um processo aberto, cuja qualidade política depende, em última análise, da capacidade da sociedade brasileira de efetivamente exercer seu direito de estar presente e ativamente participar do processo decisório da ordem urbanística. As regras do jogo foram substancialmente alteradas desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o que resta a ver é se os novos espaços políticos criados serão, ou não, usados de forma a fazer avançar a agenda da reforma urbana no País”.
FERNANDES, E. Política urbana na Constituição Federal de 1988 e além: implementando a agenda da reforma urbana no Brasil. In Estudos Legislativo. Brasília: Senado Federal.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, o mesmo encontra-se disponível em: http://www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-iv-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-estado-e-economia-em-vinte-anos-de-mudancas/politica-urbana-agricola-e-fundiaria-politica-urbana-na-constituicao-federal-de-1988-e-alem-implementando-a-agenda-da-reforma-urbana-no-brasil. Acesso em: 11/01/2016. 
A forte mobilização popular para participar da Constituinte de 1988 trouxe para o centro dos debates os problemas urbanos. Com base no artigo-base desta disciplina do autor Versiani e considerando as características da construção urbanística brasileira, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas:
I. ( ) Historicamente, a maioria da população não usufruía de serviços públicos de qualidade nos centros urbanos.
II. ( ) A distribuição desigual de renda era o motivo central para a miséria gerada nas grandes cidades.
III. ( ) A crescente “desruralização” do Brasil, por meio das migrações para as cidades, foi o que propiciou a desordem do crescimento urbano.
IV. ( ) Determinados setores da sociedade, como o ramo imobiliário, viam nos problemas urbanos uma possibilidade lucrativa para os seus negócios.
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	V-V-F-F.
	
	B
	V-F-V-V.
	
	C
	V-V-V-F.
	
	D
	V-V-F-V.
“No Brasil, as cidades se construíram sem que o conjunto de sua população desfrutasse dos mesmos benefícios e acessos aos serviços da urbanização, de modo que os direitos de cidadania foram tradicionalmente ‘negligenciados’. (...) Introduzia-se a ideia de que a origem da desordem urbana estava primordialmente em um conflito distributivo e não no fato do crescimento populacional das cidades. E, mais, sobreveio a compreensão de que, ao custo de enorme prejuízo para o conjunto da população, para alguns seria vantajosa, do ponto de vista econômico, a existência de problemas relacionados à infraestrutura de transporte público, habitação, saneamento, entre outros: vantajosa para aqueles setores da sociedade brasileira que se serviam da cidade como uma mercadoria, nela identificando uma fonte de lucros privados”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 249.
	
	E
	F-V-V-V.
Questão 3/10
Leia o seguinte extrato de texto:
 “As divergências entre os grupos militares, indicada pelo uso das expressões ‘linha dura’ e ‘linha moderada’ (empregadas inclusive para explicar a mudança de 1968, devido à vitória dos ‘duros’), portanto, não pode obscurecer a existência de aspectos comuns entre eles, como o desprezo pela democracia e o apego ao uso da força contra os adversários. O Ato Institucional nº 5, decretado em 13 de dezembro de 1968, institucionalizava tudo isso, ‘legalizando’ práticas autoritárias e dando ao presidente da República poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar mandatos parlamentares, suspender direitos políticos, remover ou aposentar funcionários, entre outros atos de força contra setores oposicionistas”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está disponível em: MARCELINO, D. A. O significado da democracia. Carta Maior, São Paulo, 06 de abril de 2011. Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-significado-da-democracia/4/16763. Acesso em: 12/01/2016.
Conforme o texto acima, durante o governo de Costa e Silva, o AI-5 foi anunciado, suspendendo várias garantias constitucionais. Na historiografia brasileira, o AI-5, muitas vezes, é considerado o “golpe dentro do golpe”, apesar de não haver consenso sobre essa visão. A partir disso, assinale a alternativa que representa a tese de Fico, presente no seu texto que serviu de base para esta disciplina, a respeito do debate sobre o “golpe dentro do golpe”:
	
	A
	A tese do “golpe dentro do golpe” representou um nítido rompimento entre os chamados militares “linha dura” e “linha moderada”, durante osprimeiros anos de regime militar, representados respectivamente por Castelo Branco e Costa e Silva.
	
	B
	O aumento da repressão com a instauração do AI-5, por meio de Costa e Silva, foi considerado uma reação à radicalização dos movimentos de esquerda no Brasil contra o regime militar, na fomentação da luta armada e atividades terroristas.
	
	C
	O recrudescimento do regime foi amadurecido desde o começo do golpe militar por meio de ações e pressões de setores mais radicais das Forças Armadas; portanto, não iniciou uma fase separada e completamente distinta da anterior.
“Terá sido o fracasso de Castelo de pôr cobro aos anseios punitivos de militares radicalizados que fomentou o crescimento do que então se chamava ‘força autônoma’, um grupo de pressão muito eficaz e, posteriormente, institucionalizar-se-ia como as famosas ‘comunidade de segurança’ e ‘comunidade de informações. (...) O grupo de pressão foi conquistando, paulatinamente, mais espaço e poder. Essa evolução é essencial, pois informa que o projeto repressivo baseado numa ‘operação de limpeza’ violenta e longeva estava presente desde os primeiros momentos do golpe. Assim, o Ato Institucional nº 5 foi o amadurecimento de um processo que se iniciara muito antes, e não uma decorrência dos episódios de 1968, diferentemente da tese que sustenta a metáfora do ‘golpe dentro do golpe, segundo a qual o AI-5 iniciou uma fase completamente distinta da anterior”.
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, 29-60, 2004. .p. 33,34.
	
	D
	O “golpe dentro do golpe” foi considerado um contragolpe, representando a diminuição do aparato repressivo, permitindo a instauração de instrumentos democráticos que visavam à transição “lenta, gradual e segura” do regime.
	
	E
	A tese de Fico considera que o “golpe dentro do golpe”, na verdade, foi uma revolução que pretendeu o recrudescimento do regime militar com medidas, como a abolição da propriedade privada, e alinhou ideologicamente à União Soviética.
Questão 4/10
Atente para o seguinte fragmento de texto:
“‘A Constituição de 1988 é fruto do ressurgimento de um espírito de luta dos movimentos populares, sindicatos, ligas camponeses, que foram abafados durante a ditadura’, analisou Almino Affonso, ex-parlamentar e ministro, que esteve no exílio por dez anos e participou ativamente do período. Segundo Affonso, a pressão da sociedade através de delegações populares e envio de emendas a Constituinte foi determinante para a versão final do texto e direitos conquistados”.TAIT, M. Participação popular foi crucial para assegurar direitos político. Unicamp, Campinas, 08 de outubro de 2008. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, o mesmo encontra-se disponível em: www.unicamp.br/unicamp/noticias/participação-popular-foi-crucial-para-assegurar-direitos-políticos. Acesso em: 11/01/2016.
O trecho acima mostra que a participação popular durante a época da Constituinte se relacionou diretamente com as delegações e emendas populares, permitindo que a sociedade interferisse no seu texto final. De acordo com o texto-base desta disciplina do autor Versiani, marque a alternativa que melhor identifica a consequência da mobilização em torno das emendas populares:
	
	A
	A organização popular fortaleceu os sindicatos, que passaram a exercer um monopólio na relação entre trabalhador e empregado em busca de maiores direitos.
	
	B
	A organização da sociedade fortaleceu o debate em torno das drogas, culminando na legalização do consumo em alguns Estados.
	
	C
	A constante mobilização popular se tornou uma ferramenta de instrução política e criou a noção da coisa pública como prática da cidadania.
Você acertou!
“Ao permitir o envolvimento direto dos cidadãos na elaboração da Constituição, a emenda popular não só motivou a mobilização social, mas, também, foi reconhecida como um instrumento de educação política, a acervar a noção de que o espaço público é um ligar privilegiado do exercício da cidadania”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 247.
	
	D
	A constante mobilização popular desenvolveu a “consciência de classe” dos trabalhadores em geral e nos moldes descritos pelos comunistas.
	
	E
	A constante mobilização popular fortaleceu o sentimento empreendedor do brasileiro, fomentando a construção de uma sociedade majoritariamente de classe média.
Questão 5/10
Considere a seguinte citação:
“Em um documento divulgado pelo ‘Memórias Reveladas’, o Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil, o cantor e compositor Chico Buarque é chamado de débil mental pelo censor Mário F. Russomano. Na análise do musical ‘Roda Viva’, montado em 1968 e um dos grandes sucessos da carreira de Chico como autor de teatro, Russomano afirma ainda que o texto ‘não respeita a formação moral do espectador’ e ‘chega a ser subversivo’. Ao final da carta, direcionada à chefia da Censura, em São Paulo, Russomano afirma ainda, em tom de preocupação, que o espetáculo ‘desrespeita a todos e tudo, até a própria mãe’. O censor alerta ainda sobre o perigo da peça para os interesses do governo e consequente despertar do público para o momento político da época”.
Censura chamou Chico Buarque de “débil mental” em análise do musical “Roda Viva”. Jornal Extra. Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2015. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, o mesmo encontra-se disponível em: /extra.globo.com/noticias/brasil/censura-chamou-chico-buarque-de-debil-mental-em-analise-do-musical-roda-viva-14999689.html. Acesso em: 12/01/2016.
O trecho acima mostra os comentários do censor Russomano sobre o musical “Roda Viva” de Chico Buarque. A censura foi marcante durante a história do Brasil. Considerando o artigo-base da disciplina do autor Fico, assinale a alternativa que descreve qual(is) censura(s) existiu(ram) durante o período da Ditadura Militar:
	
	A
	Censura de Diversões Públicas, voltadas à repressão de discursos políticos pronunciados por comunistas, e a Censura Comercial, devido ao embargo econômico aos países africanos.
	
	B
	Censura de Diversões Públicas, voltadas para defender a moral e os bons costumes, e a Censura de Imprensa, ou Censura Política, que, muitas vezes, foi incorporada às ações da Censura de Diversões Públicas.
Você acertou!
“Durante a ditadura houve problemas e contradições entre tais censuras. A principal foi a penetração da dimensão estritamente política na censura de costumes – juntamente em função da mencionada vitória da linha dura caracterizada pelo AI-5. Aliás, tal politização da censura de diversões públicas por vezes transpareceu a impressão de unicidade das censuras durante o período. Houve uma grande diferença entre as fases mais punitivas de uma e de outra. A censura da imprensa acompanhou o auge da repressão que se verificou entre finais dos anos 60 e início dos anos 70. A censura de diversões públicas, porém, teve seu auge no final dos anos 70, já durante a ‘abertura’ (...) A censura de diversões públicas teve de incorporar à sua tradicional temática de defesa da moral e dos bons costumes os ingredientes políticos impostos pela vitória da linha dura”.
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, p. 29-60, 2004. p. 37.
	
	C
	Censura cultural, focada em proibir qualquer exibição de filmes, artes e outros entretenimentos culturais estrangeiros.
	
	D
	Censura Política, reprimindo quaisquer manifestações de cunho monarquista.
	
	E
	Censura Religiosa, voltada a proibir cultos de matriz africana ou afro-brasileira, como candomblé e umbanda.
Questão 6/10
Leia o seguinte fragmento de texto:
“A situação da economia nutriu a politização da sociedade, mas a oposição também havia mudado o ritmo, a forma e a linguagem do enfrentamento político com a ditadura”.
Após esta avaliação,caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: SCHWARCZ, L. M. STARLING, H. M. Brasil: uma bibliografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 471.
O período do final do regime militar (1964-1985) foi de extensa participação e mobilização popular em torno dos rumos políticos do Brasil. A partir do artigo-bse desta disciplina do autor Versiani relacione corretamente os elementos abaixo aos seus respectivos eventos:
1. “Diretas Já”. 
2. Plenário Pró-Participação Popular.
3. Emendas populares.
( ) Documentos utilizados por organizações suprapartidárias ou cidadãos em prol da formulação de uma nova Constituição.
( ) Pode se considerar o começo da mobilização por uma maior participação popular na política brasileira a partir do final da ditadura. 
( ) Grupo organizado em São Paulo, que defendia a necessidade de se criar instrumentos de participação direta na formulação do que viria a ser a nova Constituição.
Agora, selecione a alternativa correta:
	
	A
	1, 3 e 2.
	
	B
	2, 1 e 3.
	
	C
	3, 2 e 1.
	
	D
	3, 1 e 2.
1 – “A partir de então, intensificaram-se as exigências por eleições diretas também para a Presidência da República. Campanhas pelas Diretas Já ocuparam as ruas, com ampla cobertura da imprensa e contanto com crescente mobilização da sociedade”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 237.
2 – “Em São Paulo, foi criada também, em 6 de fevereiro de 1985, uma importante matriz da participação da sociedade na Constituinte, o Plenário Pró-Participação Popular. Seu propósito maior era consolidar a criação de instrumentos de participação popular no processo de elaboração da nova Carta, que fossem depois incluídos como regra política no texto constitucional”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 241.
3 – “E foi nesse contexto que a instituição de formas participativas diretas na elaboração da Constituição foi discutida regimentalmente e aprovada através do instrumento das ‘emendas populares’”. 
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 244.
	
	E
	2, 3 e 1.
Questão 7/10
Leia a seguinte manchete:
Sancionada a reforma partidária. Folha de São Paulo. São Paulo, 21 de dezembro de 1979, p. 1. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, o mesmo encontra-se disponível em: //acervo.folha.uol.com.br/fsp/1979/12/21/2/. Acesso em 12/01/2016.
A reportagem acima mostra que Figueiredo assumiu a presidência com a proposta de finalizar o processo de abertura política, sempre garantindo a segurança do regime. Assim, além da volta do pluripartidarismo, Figueiredo decretou outra importante mudança democrática no cenário político brasileiro, por sofrer pressões populares. De acordo com o texto do artigo-base da disciplina de autoria de Versiani, assinale a alternativa que aponta tal mudança:
	
	A
	Eleições indiretas de um terço do Senado (os senadores biônicos).
	
	B
	  Pacote de Abril.
	
	C
	Lei da anistia.
Você acertou!
“Em contexto de intensa campanha em prol da “anistia ampla, geral e irrestrita”, foi decretada, em agosto de 1979, a Lei da Anistia, que não incorporaria, contudo, muitas das propostas da oposição ao regime. Também em 1979, foi reeditado o pluripartidarismo no Brasil”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 236.
	
	D
	Lei Falcão.
	
	E
	Implantação da CLT.
Questão 8/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Embora não haja qualquer homogeneidade nos dados sobre o número de paralisações e de trabalhadores em greve, o fato indiscutível, confirmado por todas as estatísticas é o do crescimento contínuo das mobilizações grevistas entre o fim da década de 1950 e o ano de 1963. Algumas dessas greves tiveram grande repercussão, seja pelo poder de mobilização demonstrado pelas organizações sindicais, ou por suas demandas, visivelmente ligadas aos grandes temas do debate político nacional”.
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: MATTOS, M. B. Trabalhadores e sindicatos no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2009. p. 94.
Mattos apresenta o crescimento do movimento de trabalhadores nos primeiros anos da década de 1960. Com base nesses elementos e no texto de Toledo estudado em sala de aula, assinale a alternativa correta sobre o movimento sindical no governo Goulart:
	
	A
	O sindicalismo brasileiro, mesmo com o aumento do número de greves, enfrentava um momento de refluxo durante o governo Goulart, pois a participação política dos trabalhadores era incipiente nesse período.
	
	B
	A luta dos trabalhadores era controlada pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) que proibia a atuação de qualquer outra organização ou central sindical, o que justificava a posição contrária dos militares ao CGT, os quais queriam mais pluralidade das organizações dos trabalhadores.
	
	C
	A imprensa conservadora encarava com entusiasmo o vínculo do CGT com o presidente João Goulart, por isso denominava o CGT de “quarto poder”, ou seja, um importante elemento da democracia brasileira.
	
	D
	O sindicalismo brasileiro no governo Goulart teve um de seus momentos mais ativos com aumento de paralisações e diversas novas organizações. Destaca-se a atuação do CGT e sua proximidade com o governo, o que incomodava os setores dominantes.
Você acertou!
“No triênio 1961-1963, o sindicalismo brasileiro alcançou um de seus momentos de mais intensa atividade. Enquanto de 1958 a 1960, sob o governo JK, haviam ocorrido cerca de 180 greves, nos três primeiros anos de Goulart, foram deflagradas mais de 430 paralisações. Nesse mesmo período, diferentes organizações de coordenação dos sindicatos, no plano regional e nacional, foram criadas. Embora proibida pela rígida legislação sindical então vigente, o Comando Geral dos Trabalhadores — CGT teve uma destacada atuação na cena política brasileira. (...) Para afronta dos setores de direita, as lideranças do CGT eram recebidas em Palácio pelo presidente da República e reconhecidas como interlocutores de importantes dirigentes partidários. (...) Durante todo o período, foi muito estreita a vinculação do CGT com o governo Goulart. Embora não se possa afirmar que tenha sido apenas ‘massa de manobra’ do governo — pois reivindicava sua autonomia política —, o CGT colaborou estreitamente com Goulart, apoiando-o abertamente na maioria de suas iniciativas políticas.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História, 2004, v. 24, n. 47, p. 13-28. p. 19,20.
	
	E
	João Goulart, após muitos embates com os trabalhadores e principalmente com o CGT, adotou uma política repressiva intensa e direta em cima das organizações sindicais, aparato violento aproveitado pela ditadura.
Questão 9/10
Considere a seguinte citação:
“No caso brasileiro, os militares reatualizariam, em contato com as forças americanas e sua ideologia de segurança nacional decorrente da Guerra Fria, e mais tarde na Escola das Américas e outros centros de treinamento, seus ideais de intervenção salvacionistas, agora diretamente vinculados ao clima de enfrentamento Ocidente/Oriente decorrente da guerra fria”.
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: DA SILVA, F. C. T. Crise da ditadura militar e o processo de abertura política no Brasil, 1974-1985 In: FERREIRA, J. DELGADO, L. A. N. (org.) O Brasil Republicano. O tempo da ditadura: regime militar e movimentos sociais em fins do século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p. 248.
A Lei de Segurança Nacional teve influência ideológica direta das Forças Armadas dos Estados Unidos. Em decorrência dessa influência, o governo militar tomou ações autoritárias sob a justificativade “proteger os interesses da nação”. Houve algumas medidas mais severas referente a tipos de crimes específicos, principalmente os considerados ameaçadores ideologicamente ao regime. A partir disso e das discussões do texto-base da disciplina do autor Versiani, marque a alternativa que trata desse tipo de crime:
	
	A
	Crimes políticos, principalmente os com uma ideologia considerada subversiva pelos militares, como as de esquerda ou comunista.
“Atos Institucionais e Atos Complementares, a Constituição de 1967 e a sua transfiguração em extremismo autoritário através da Emenda Constitucional de 1969 e, ainda, uma nova Lei de Segurança Nacional tornaram mais e mais severas as punições contra os crimes políticos. Fazia-se uso regular, trivial, do poder coercitivo como meio para enfrentamento dos conflitos sociais”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 235.
	
	B
	Crimes contra latrocínio, utilizado pela guerrilha armada.
	
	C
	Crimes contra o patrimônio público, na tentativa de proteger as sedes do governo contra o vandalismo.
	
	D
	Crimes de calúnia, visando proteger a idoneidade e honra dos presidentes-generais.
	
	E
	Crimes contra porte de arma ilegal, na tentativa de dificultar a formação de grupos armados para a guerrilha.
Questão 10/10
Leia o seguinte extrato de texto:
“Mas a Constituição de 1988 é a melhor expressão de que o Brasil tinha um olho no passado e outro no futuro e estava firmando um sólido compromisso democrático. Foi assinada por todos os partidos. Ela é moderna, sensível às minorias políticas, avançada nas questões ambientais, empenhada em prever meios e instrumentos constitucionais legais para a participação popular e direta, e determinada a limitar o poder do Estado sobre o cidadão e a exigir políticas públicas voltadas para enfrentar os problemas mais graves da população”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: SCHWARCZ, L. M. STARLING, H. M. Brasil: uma bibliografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 489.
O texto acima descreve como a Constituição de 1988 possuía caráter mais democrático e atento às questões dos direitos humanos e da cidadania. De acordo com o artigo-base da disciplina do autor Versiani, dos objetivos da República foram realçados:
	
	A
	a eliminação da pobreza e das desigualdades sociais e a promoção do bem de todos, sem preconceitos.
Você acertou!
“Como objetivos da República, foram destacadas a erradicação da pobreza e das desigualdades sociais e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, idade e cor. Conquistas de viés inclusivo foram ainda alcançadas nas áreas de saúde, assistência social, educação e cultura”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985-1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233-252, 2010. p. 248.
	
	B
	a criação de classes sociais dividas por leis distintas, formalizadas pelos sindicatos e distritos regionais.
	
	C
	a eliminação do racismo e políticas de inclusão da moral e dos bons costumes balizadas por preceitos cristãos.
	
	D
	a oficialização da religião católica como oficial da República, ainda promovendo a tolerância entre todas as religiões.
	
	E
	a eliminação das diferenças salariais entre etnias e o desenvolvimento nacional calcado na exploração da mão de obra estrangeira.

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