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Leucócitos: células que defendem nosso organismo Publicado por: Paula Louredo Moraes em Histologia Animal Tweet Os leucócitos formam verdadeiro exército contra os microrganismos causadores de doenças Os leucócitos, muito conhecidos como glóbulos brancos, são células arredondadas e nucleadas. São produzidos na medula óssea e na maioria das vezes são bem maiores do que as hemácias. Essas células são responsáveis pela defesa do nosso organismo, formando um verdadeiro exército contra microrganismos patógenos e qualquer outra substância estranha que venha a se instalar em nosso corpo, como vírus, bactérias, parasitas ou proteínas diferentes das do corpo. Os leucócitos também são responsáveis pela limpeza do organismo, destruindo células mortas e restos de tecidos. Uma pessoa saudável apresenta em seu sangue de 5 a 10 mil leucócitos a cada mm³ de sangue, sendo que, quando há alguma infecção, o número de leucócitos no sangue pode aumentar, desencadeando uma condição que chamamos de leucocitose. Já a diminuição no número de leucócitos no sangue gera uma condição chamada de leucopenia, que pode ocorrer pelo uso de alguns medicamentos. Os leucócitos são classificados, de acordo com a sua estrutura vista em microscópio óptico, em granulosos e agranulosos. Existem três tipos de leucócitos granulosos: os neutrófilos, os eosinófilos e os basófilos; enquanto os leucócitos agranulosos podem ser de dois tipos: os monócitos e os linfócitos. Os neutrófilos se originam das células-tronco mieloides e representam aproximadamente de 60% a 70% dos leucócitos do sangue humano. Essas células têm como principal função fagocitar bactérias e outros microrganismos que invadem o nosso corpo. Por terem grande mobilidade, essas células saem com extrema facilidade dos vasos sanguíneos e entram nos tecidos infeccionados para fagocitar microrganismos e outras partículas estranhas. O pus que observamos em alguns ferimentos é constituído principalmente por neutrófilos. Os eosinófilos, também chamados de acidófilos, representam cerca de 2% a 4% dos leucócitos do sangue humano. Têm como principal função combater invasores de grande tamanho, como vermes parasitas. Eles combatem esses vermes liberando proteínas tóxicas, íons peróxidos e enzimas, com o objetivo de destruir esses organismos. Os basófilos representam de 0,5% a 1% dos leucócitos do sangue humano. Apesar de liberarem histamina, ainda não se sabe ao certo a sua real função. A histamina é uma substância que desempenha papel muito importante nas inflamações e respostas alérgicas, facilitando a saída de anticorpos e neutrófilos para locais onde há invasores. Essa substância é a responsável pela vermelhidão, inchaço e coceira nos ferimentos, além de promover o aumento da coriza e a contração da musculatura dos brônquios. Outra substância produzida pelos basófilos é chamada de heparina, que tem propriedades anticoagulantes. Os monócitos são células sanguíneas grandes e representam de 3% a 8% dos leucócitos do sangue humano. Assim que são produzidos na medula óssea, os monócitos migram para os tecidos onde se transformam em macrófagos, fagocitando microrganismos e células mortas. Os linfócitos representam de 20% a 30% dos leucócitos do sangue humano. Essas células podem ser de três tipos: os linfócitos B ou células B; os linfócitos T ou células T; e as células “natural killer”, chamadas de células NK. Cada um desses linfócitos exerce uma função específica no combate a infecções e também no combate ao câncer. Saiba mais sobre esse assunto no artigo “Linfócitos”. Linfócitos Os linfócitos são um tipo específico de glóbulo branco e estão relacionados com a proteção do nosso organismo. Podemos classificá-los em linfócito T, B e células NK. Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos em Imunologia O linfócito é uma célula esférica com grande núcleo Os linfócitos são células do sistema imunológico relacionadas com a defesa do organismo. São células esféricas de tamanho variado e recebem a denominação de linfócitos pequenos, quando apresentam de 6 μm a 8 μm, e de linfócitos maiores, quando chegam até 18 μm. Essas células são tipos específicos de glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, e podem ser classificadas em três tipos: linfócitos T, linfócitos B e células NK. → Linfócitos B Os linfócitos B são células que são produzidas inicialmente no saco vitelino, depois no fígado (durante a vida fetal) e, posteriormente, na medula óssea. As células progenitoras linfoides permanecem na medula óssea até sua maturação, deixando o local e caindo na circulação em direção a órgãos linfoides quando estão maduras. Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos. Para que ocorra a produção de anticorpos, faz-se necessária a ativação dos linfócitos B, que se proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. São os plasmócitos que produzem os anticorpos. Além da produção de anticorpos, os linfócitos B atuam como células de memória imunitária. Essas células são capazes de reagir rapidamente em uma nova infecção com o mesmo antígeno. Assim sendo, elas garantem uma proteção mais rápida e eficaz. Estima-se que os linfócitos B correspondam a cerca de 5% a 10% dos linfócitos do sangue. → Linfócitos T Os linfócitos T são originados a partir de células progenitoras linfoides encontradas na medula óssea. Essas células saem da medula em direção ao timo. É nesse órgão que as células sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em células T helper, T supressora e T citotóxica. Os linfócitos T helper garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, importantes para a produção de anticorpos. Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, a produção de anticorpos. Já os linfócitos citotóxicos garantem a morte das células estranhas. Para isso, os linfócitos citotóxicos produzem proteínas que abrem a membrana plasmática ou induzem a célula a entrar em apoptose. Estima-se que os linfócitos T representem 65% a 75% dos linfócitos presentes no sangue de uma pessoa. → Células NK As células NK, ou células matadoras naturais, fazem parte do sistema imune inato. Essas células são capazes de distinguir células infectadas ou tumorais e atacá-las sem necessidade de estímulo. Sua resposta imunitária é inespecífica, diferentemente dos linfócitos T e B, que produzem respostas pela ação de antígenos.