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jULIANA FLORES

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ULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, cadastrada no registro geral de pessoas físicas sob o nº: (...), residente e domiciliada na Rua Tulipa, 333, no município de Campinas/SP, cep: 000-000, representada judicialmente através de seu advogado devidamente qualificado em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, com endereço profissional na rua teles mendes, 124, bairro barroso, Campinas/SP, cep: 000-000, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da Ação anulatória de negócio jurídico, pelo rito comum, movida por SUZANA MARQUES, vem com o devido respeito e acato de estilo perante Vossa Excelência apresentar sua CONTESTAÇÃO
Para expor e requerer o que se segue:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA IMTEPESTIVIDADE DA AÇÃO INICIAL
Registre-se, desde logo, Excelência, que a ação 
Registre-se, desde logo, Excelência, que a ação inicial do caso em tela, resta-se fulminada pela ocorrência do prazo decadencial.
Conforme se verificará na exposição dos fatos, a Autora alega que sofrera coação para que doasse o imóvel à instituição de caridade. Em outra oportunidade se abordará a inocorrência de tal afirmação. Contudo, se faz necessário inicialmente trazer a informação de que a mesma pedira demissão do cargo que obtinha no mês de abril do ano de 2012.
Portanto, se realmente existira a coação por parte da Sra. Juliana, ora ré, resta-se verificado que tal ação fora sanada no ato do seu desligamento, senão bem antes desse acontecimento, quiçá no dia em que se deu a efetivação do negócio jurídico em questão, isto é, no dia 18 de março de 2012.
A vista do exposto, nobre Julgador, torna-se obrigatório trazer à lume a data em que se deu o início da ação anulatória, como bem sabemos, fora proposta em 20 de janeiro de 2017, como se nota, com quase 5 anos depois do estabelecimento da avença.
O código civil de 2002, traz em seu artigo 178, caput, e no inciso I, o prazo decadencial de 4 anos para que se pleiteei a anulação do negócio jurídico. Com isso, vislumbra-se que nas duas hipóteses, tanto no que diz o caput, quanto se levarmos em conta o dia em se cessou a coação, conforme dispõe o inciso I, resta-se decaído o pedido da autora, não há como se anular um negócio jurídico já atingido pelo prazo decadencial. Nesse sentido:
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. (CC)
Portanto, pelo exposto, douto Magistrado, constata-se de modo inequívoco impossibilidade de sustentação no pedido da Autora, devendo, deste modo, ser extinto o processo com resolução de mérito por decorrência da argumentação suprareferida. Nos termos do artigo 487, II, do CPC/15:
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
I.III. DA OCORRÊNCIA DA COISA JULGADA
Excelência, ainda que por ventura se vença a primeira questão preliminar levantada nesta peça contestatória, faz-se mister trazer à baila mais um tema explicitamente fulminante ao pedido da Autora.
Ocorre que em 10 de abril de 2015, restou-se em trânsito em julgado ação anulatória idêntica proposta pela Sra. Suzane em face da Sr. Juliana, que tramitou na 2ª vara cível da comarca de Campinas/SP. A referida ação foi julgada improcedente, e revestida pelo manto da coisa julgada, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso.
Portanto, ínclito magistrado, requer-se, desde logo, o reconhecimento da preclusão do pedido da Autora, por ser mandamento expresso no código de processo civil a vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do trânsito em julgado. Conforme dispõe o artigo 507 do mesmo regramento.
Art. 507.  É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. (CPC)
II. DO MÉRITO
II. I. DA INEXISTÊNCIA DE COAÇÃO
A parte autora, alega que sofrera grave coação para efetivar a oferta do seu imóvel à instituição de caridade, contudo, como se verifica no caso em tela, a mesma não juntou provas inequívocas da ocorrência de tal vício de consentimento. Limitou-se a dizer que temia ser demitida caso fosse negada o pedido, assim diz, da Sra. Juliana.
Ocorre, Excelência, que não houve pedido algum, o que ocorrera fora nada mais que incentivos da Sra. Juliana que, ressalte-se, não foram exclusivos a parte Autora desta ação. Trata-se de motivações que corriqueiramente eram feitas a todo o plantel da organização. Nada mais que estímulos a atitude

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