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PRODUÇÃO DE AMINOÁCIDOS Os L-aminoácidos: aditivos alimentares, suplementos alimentares, agentes terapêuticos e precursores para a síntese de peptídeos e agroquímicos . AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS - não são sintetizados 70% da produção industrial de aminoácidos formulação de alimentos 30% restantes – aditivos de rações. Processos para a obtenção de aminoácidos: - Extração a partir de hidrolisados proteicos L-cisteina, L-cistina, L-asparagina e L-tirosina. - Síntese química alanina, metionina e triptofano. Mais barata porém são produzidas misturas racêmicas de isômeros D e L. Produção microbiológica: 1ª. Fermentação direta de aminoácidos – diferentes fontes de C como glicose, frutose, melaço, amido hidrolisado, etanol, metanol, entre outros. 2ª. Conversão de produtos intermediários de baixo custo em aminoácidos 3ª. Enzimas ou células imobilizadas - ÁCIDO L-GLUTÂMICO L-GLUTAMATO ÁCIDO L-GLUTÂMICO - glutamato monossódico (GMS) obtido exclusivamente por fermentação e aditivo alimentar ou realçador de sabor em alimentos Microrganismo mais utilizado: Corynebacterium glutamicum pequeno bastonete gram-positivo, não esporulante, imóvel, capaz de crescer em meio simples. Sob condições ótimas - converte cerca de 100 g/L de glicose em 50 g/L de ácido L-glutâmico em poucos dias (2-4 dias). Outras cepas industrialmente importantes, capazes de excretar cerca de 30 g/L de ácido L-glutâmico pertencem aos gêneros Brevibacterium, Microbacterium ou Arthrobacterium. O precursor-chave do ácido glutâmico é o α-cetoglutarato ácido L-glutâmico por aminação redutiva com íons NH4+ livres. Enzima - glutamato desidrogenase NADP dependente. Produção - Secreção excesso de ácido glutâmico dependem da permeabilidade da célula. AUMENTO DA PERMEABILIDADE: deficiência de biotina no meio de fermentação. Biotina > 5μg - fosfolipídios na parede celular – não excreta o ácido glutâmico. Deficiência de biotina - síntese de fosfolipídios - ácido glutâmico intracelular pode ser excretado. L- Lisina aminoácido essencial Baixa concentração em proteinas vegetais A lisina tem sido produzida apenas por bioprocessos usando bactérias corineformes. Eficientes produtores de L-lisina se encontram entre os mutantes de Corynebacterium e Brevibacterium, produtores de ácido L-glutâmico. Os tipos-selvagem destes organismos não secretam lisina, mas cepas produtoras deste aminoácido têm sido obtidas através de programas de seleção clássica. A L-lisina é sintetizada pela via do ácido diaminopimélico (DAP) ou pela via do ácido aminoadípico entretanto o microrganismo somente utiliza uma das alternativas. ácido 2,6 - diaminopimélico (DAPA) é um aminoácido que ocorre em concentrações variadas nas células bacterianas. O DAP pode ser sintetizado a partir do aspartato por três vias diferentes em bactérias. Das seis enzimas que convertem aspartato em lisina, a aspartato quinase e a dihidrodipicolinato sintase são as responsáveis pelo controle do fluxo metabólico nesta via biossintética. Pela superexpressão combinada destas duas enzimas é possível aumentar a secreção de lisina em cerca de 10-20%. A secreção de lisina é mediada por carreadores específicos Os genes diretamente envolvidos na síntese de L-lisina são os alvos principais em estudos para otimização do processo de fermentação. Fonte de carbono – principal: açucares do melaço de cana; também acetato, etanol ou alcanos. Sais de amônia são usados como fonte de nitrogênio. Fatores de crescimento como L-homoserina ou L-treonina e L-metionina O conteúdo de biotina no meio deve ser abaixo de 30μg/L para uma ótima produção de lisina. L-triptofano é um aminoácido essencial Produzido: síntese química, processos fermentativos ou conversão enzimática de intermediários sintetizados quimicamente. A via biossintética de triptofano tem sido encontrada em muitos microrganismos. E. coli e Corynebacterium glutamicum modificados geneticamente Principal fator limitante para a produção de triptofano: potencial das cepas para suprir os precursores diretos da biossíntese: fosfoenolpiruvato e eritrose-4-fosfato Enzimas envolvidas no processo: DAHP sintetase e antranilato sintase. L-Treonina Aminoácido essencial Muito utilizado como aditivo alimentar, especialmente na dieta de porcos e aves domésticas Sua via biossintética é complexa e interconectada a outras vias de biossíntese de outros aminoácidos. As vias diferem em bactérias, fungos e plantas - Bactérias, a partir do aspartato ocorre a formação de homoserina, o precursor da treonina que também é precursor de isoleucina. Microrganismos utilizados: E. coli e cepas de C. glutamicum geneticamente modificadas pela amplificação dos genes responsáveis pela biossíntese de treonina Enzimas regulátorias envolvidas no processo: aspartato quinase, homosserina desidrogenase , homosserina quinase, aspartato-semialdeídodesidrogenase e treonina sintase L-Isoleucina Empregada na formulação de produtos dietéticos Membro da família de aminoácidos derivados de aspartato Microrganismos utilizados: Corinebacterium spp A biossíntese de isoleucina ocorre a partir de cinco reações catalisadas pelas enzimas treonina desidratase, acetohidroxi sintase, isômero redutase, dihidroxi desidratase e transaminase B. O mais importante ponto de regulação durante a produção de isoleucina é a inibição pelo produto final sobre a primeira das enzimas, a treonina desidratase, levando à inibição por feedback AQUARONE, E. et all. Biotecnologia Industrial: biotecnologia na produção de alimentos. São Paulo. v.4. Editora Edgard Blücher LTDA, 2005. SILVA, D. D. V. et all. Aditivos Alimentares Produzidos por Via Fermentativa Parte 2: Aminoácidos e Vitaminas. Revista Analytica. Outubro/Novembro 2005, Nº19.
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