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Dentística - Incisivos

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Incisivos
Incisivo central Superior (11 ou 21) 
Funções
Mastigatórias: atua cortando alimentos;
Fonação: Dente mais importante no auxílio da articulação da palavra, principalmente na emissão de sons linguodentais e labiodentais.
Outras: Manter a estética facial; 
Estrutura
Tem “forma de chave de fenda”, crucial para sua função mastigatória.
Visão pela face vestibular
Coroa estreita no terço cervical e larga no terço incisal, ou seja, as bordas mesial e distal convergem a medida que se aproxima da raiz.
Borda mesial é mais retilínea, e “contínua” com a margem mesial da raiz. 
A borda distal é mais inclinada, formando uma angulação considerável no ponto de encontro com a superfície distal da raiz.
Face vestibular com dois sulcos rasos de disposição cervicoincisal, consequência da fusão dos lobos no desenvolvimento.
Visão pela borda incisal
Ao erupcionar, apresenta borda incisal serrilhada, com 3 “mamelões”, também consequência da fusão dos lobos no desenvolvimento. A atrição causa gradativa redução ou até perda da borda incisal serrilhada.
A angulação mesioincisal é mais aguda que a angulação distoincisal, e a borda distoincisal tende a ser mais arredondada. O desgaste tende a causar desaparecimento do arredondamento dos ângulos.
Pelos motivos citados acima, a área de contato distal situa-se mais cervicalmente (terço cervicoincisal e incisal) do que a área de contato mesial (bem próxima ao ângulo mesioincisal).
Visão pela face lingual
Apresenta, no terço cervical, uma saliência arredondada – o Cíngulo, que é levemente deslocado para distal.
Nos terços cervicoincisal e incisal, observa-se uma depressão – a fossa lingual.
Limitando a fossa lingual estão as cristas marginais mesial e distal, que são mais espessas próximas ao cíngulo e vão perdendo espessura a medida que se aproximam dos ângulos incisais. Portanto, a fossa lingual vai perdendo profundidade a medida que se aproxima da borda incisal.
Visão pelas faces proximais (de contato)
Percebe-se a forma de cunha do dente.
As faces vestibular e lingual convergem acentuadamente à medida que se aproxima da borda incisal.
As faces vestibular e lingual estão inclinadas para lingual, de modo que a borda incisal e o ápice da raiz ficam centrados no eixo longitudinal do dente.
Apesar dos terços cervical e cervicoincisal serem planos, o terço incisal é bastante inclinado para lingual.
Raíz
Um corte transversal revela uma raiz de forma triangular com ângulos arredondados, sendo mais larga na vestibular do que na lingual.
È 25% mais longa que a coroa.
O ápice é rombo e não se desvia para distal.
Incisivo lateral superior (12 ou 22)
Tem estrutura semelhante ao incisivo central superior, mas é menor em todas as dimensões (exceto o comprimento da raiz).
È um dente altamente sujeito a variação anatômica, sendo que estas podem ser tão acentuadas que são classificadas como anomalias.
Visão pela face vestibular
Mais estreita que a do incisivo central superior, logo, a coroa tem convexidade mais acentuada no sentido mesiodistal;
As margens medial e distal são mais convergentes;
Os ângulos mesioinsical e distoincisal são mais arredondados, especialmente o segundo; 
Com estes, a borda incisal situa-se inclinada para distal;
As áreas de contato são mais distantes da borda incisal do que como ocorre no incisivo central superior;
Visão pela face lingual
Possui cristas marginais mais salientes que as do incisivo central superior;
Possui a fossa lingual mais profunda que a do incisivo central superior;
O cíngulo é mais alto, porém é mais estreito do que o do incisivo central superior;
Entre o cíngulo e a fossa lingual, pode haver uma fosseta, chamada forame cego;
Visão pelas faces de contato
As curvas das faces de contato no terço cervical são mais fechadas;
Raíz
È proporcionalmente mais longa do que a do incisivo central superior;
Em comparação com a do incisivo central superior, é mais afilada e mais achatada no sentido mesiodistal;
O terço apical é mais desviado para distal;
Incisivo central inferior (31 ou 41)
È o menor e mais simétrico dente permanente do homem, de forma que seus elementos anatômicos são os menos visíveis.
Visão pela face vestibular
È convexa no terço cervical, mas torna-se plana nos terços incisocervical e incisal; As margens mesial e distal formam uma angulação quase que de 90graus com a borda incisal;
As áreas de contato estão no mesmo nível do ângulo mesioincisal (ou distoincisal), ou muito próximas a ele; 
Em virtude de que o desgaste ocorre mais na região mesioincisal (numa oclusão normal), nos mais velhos, há inclinação da borda incisal para mesial;
A convergência em direção ao colo não é acentuada (há uma maior tendência de paralelismo);
Visão pela face lingual
È levemente côncava;
Assume contorno tendendo para uma conformação triangular;
O cíngulo está numa altura baixa; 
As cristas marginais são rudimentares e dificilmente perceptíveis;
Com isso, a fossa lingual se torna uma pequena depressão;
Visão pelas faces de contato
São semelhantes a triângulos, ou seja, espessadas no terço cervical, e perdem espessura a medida que as faces vestibular e lingual convergem para a borda incisal;
A borda incisal está deslocada para lingual em relação ao longo eixo do dente, de forma que os dois terços mais incisais da coroa aparecem inclinados para o lado lingual em relação à raiz; 
A borda incisal tem contorno arredondado, adquirindo forma de bisel após desgaste;
Raíz
Retilínea, sem inclinação para qualquer lado;
Muito achatada mesiodistalmente, sendo, portanto, muito larga numa visão vestibulolingual;
Possui sulcos longitudinais evidentes, sendo o distal o mais profundo;
Incisivo lateral inferior (32 ou 42)
È bastante semelhante ao incisivo central inferior, mas é ligeiramente maior em todas as dimensões, possuindo, inclusive, uma borda incisal mais larga.
Visão pela face vestibular
Difere do incisivo central inferior por apresentar bordas mesial e distal mais convergentes, adquirindo aspecto triangular;
A borda incisal no terço mesial é ligeiramente mais alta que a mesma no terço distal, tornando esta margem do dente inclinada de mesial para distal. O desgaste acentua esta inclinação;
O ângulo distoincisal é mais arredondado e obtuso;
A área de contato distal é mais deslocada para cervical do que a área de contato mesial;
Visão pelas faces de contato
Ocorre projeção lingual do ângulo distoincisal, ou seja, a borda incisal não segue uma linha reta horizontal perfeita – na verdade, esta reta sofre uma rotação distolingualmente, de forma que o ângulo distoincisal está situado mais para lingual do que o ângulo mesioincisal. Esta curvatura corresponde à aquela do arco dental inferior;
O cíngulo acompanha a borda incisal, de forma que sua maior proeminência fica ligeiramente deslocada para distal em relação ao longo eixo do dente;
Raíz
Em comparação com a do incisivo central inferior, ela é mais longa, mais robusta, com sulcos mais profundos (especialmente o distal) e é ligeiramente desviada para distal.

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