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UDESC CEO-OESTE CURSO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: Enfermagem no cuidado a mulher e ao recém-nascido Intercorrências Clínicas e Obstétricas –parte 2 1 Hiperêmese Gravídica, DOEÇA HEMOLÍTICA PERINATAL Oligodrâmnio, Prolapso de cordão Umbilical, Trabalho de parto prematuro (TPP) O trabalho de parto prematuro (TPP) ou pré-termo tem sido uma das maiores complicações na área reprodutiva, devido às altas taxas de mortalidade neonatal, materna e fetal. HIPEREMESE GRAVIDICA Caracteriza-se por náuseas e vômitos antes da 20ª semana de gestação podendo perdurar por toda a gestação! SINAIS Perda de peso por duas semanas seguidas Distúrbios hidroeletrolítico Compromete estado nutricional da mãe e feto Tontura, Vômitos mais de 3x ao dia Desmaios, palidez. DIAGNÓSTICO: anamnese e do exame clínico. Ultrassom: descarta a possibilidade de doença trofoblástica. CAUSAS: FATORES ENDÓCRINOS, PSICOSSOMÁTICOS E GASTROINTESTINAIS. Mudanças gastrointestinais NÁUSEAS E VÔMITOS Fatores Endócrinos Elevação Hormônio hCG ESTRESSE ANSIEDADEPERDA DA LIBERDADE NÃO ACEITAÇÃO DA MATERNIDADE Fatores psicossomáticos Tratamento e cuidados de enfermagem Antieméticos (metroclopramida, bromoprida), Clorpromazina (casos graves), Avaliação nutricional Internação hospitalar CUIDADOS Monitoramento do peso Monitor aporte hídrico Orientar dieta com proteínas e carboidratos, evitar líquidos durante as refeições. DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL ou Aloimunização materna do Rh. Incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto. Anticorpos anti-Rh na gestante Rh – em resposta ao Rh+ do feto. Polidramnio e Oligodramnio Parto Prematuro Ameaça de Parto Prematuro O mecanismo exato que desencadeia o parto prematuro é desconhecido, porém muitas intercorrências obstétricas são fatores predisponentes. Pois algumas vezes faz-se necessário interromper a gestação antes do termo, pois o meio uterino se torna desfavorável para o feto. Parto Prematuro Definido como pré-termo o parto que ocorre após a 20ª semana e antes da 37ª semana de gestação. Causas mais comuns de Parto Prematuro GEMELARIDADE, INFECÇÃO, RUPTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS, PLACENTA PRÉVIA. Cuidados de Enfermagem na Prevenção do Parto Prematuro Identificar a Gestante de Risco Realizar Anamnese, exame físico e exames complementares para identificação precoce de pacientes de risco ( com alguma intercorrência obstétrica). Orientar quanto os hábitos saudáveis( não utilizar fumo ou álcool, hábitos alimentares, atividades físicas supervisionadas). Evitar esforços físicos, não permanecer em pé por muito tempo, manter repouso conforme orientação médica. Diagnóstico do Trabalho de Parto Prematuro Queixas Clínicas: Dor abdominal em cólica e lombossacra; Polaciúria, Pressão supra púbica ou vaginal Eliminação do tampão mucoso Sangramento vaginal Diagnóstico do Trabalho de Parto Prematuro Exame Físico: dinâmica uterina alterada, Modificações do colo: apagamento e dilatação (2 a 4cm), Contrações uterinas (uma contração a cada dez minutos com duração maior ou igual a 15 segundos) Tratamento para a Ameaça de TPP Nos casos que não existem contra-indicações, o TPP deve ser inibido nas gestações entre a 20ª e a 35ª semanas completas: Medicamentos Inibitórios: Atuam na musculatura uterina inibindo a atividade do útero. Via endovenosa: orciprenalina, salbutamol, terbutalina. Medicamentos para Amadurecimento Pulmonar: entre 27ª e 34ª semanas de gestação com objetivo de diminuir a incidência de doença da membrana hialina, são administrados Corticoesteróides IM (Celestrone e Decadron) para promover a maturidade pulmonar. Contra – Indicações para Inibição de TPP Infecção Intra-Uterina Rotura das Membranas com suspeita ou certeza de infecção Insuficiência Placentária (oligodrâmnio, sofrimento fetal, retardo do crescimento uterino) Doenças Clinicas: Hipertensão, Pré – Eclâmpsia ou Eclâmpsia, diabetes descompensada, vasculopatias, nefropatias e cardiopatias não compensadas. Descolamento Prematuro da Placenta Malformações fetais incompatíveis com a vida extra-uterina Óbito fetal. Condução do Parto Prematuro Na escolha da Via do parto – cesárea ou vaginal devem ser avaliados os riscos, A Via de parto vaginal pode ser utilizada desde que seja o menos traumático possível para o feto, utiliza-se anestesia local e episiotomia ampla e as manobras devem ser suaves para evitar a descompressão súbita do crânio e tórax. Unidade de Terapia Intensiva A unidade de terapia intensiva neonatal concentra os principais recursos – humanos e materiais – necessários para dar suporte às funções vitais do bebê prematuro. Nesta unidade, os bebês são assistidos por uma equipe de especialistas (médicos, enfermeiras, nutricionistas, psicólogos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc.) e contam com equipamentos que lhe garantirão as funções vitais nas primeiras horas e dias de vida. Método Canguru Foi idealizado e implantado de forma pioneira por Edgar Rey Sanabria e Hector Martinez em 1979, no Instituto Materno-Infantil de Bogotá, Colômbia, e denominado “Mãe Canguru” devido à maneira pela qual as mães carregavam seus bebês após o nascimento, de forma semelhante aos marsupiais. Método Canguru Método Canguru”. Essa assistência neonatal implica no contato pele-a-pele precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma, uma maior participação dos pais no cuidado ao seu recém-nascido. Só são considerados como “Método Canguru” os sistemas que permitem o contato precoce, realizado de maneira orientada, por livre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhado de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada. A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso ligeiramente vestido, na posição vertical, contra o peito do pai ou da mãe. VANTAGENS DO MÉTODO: aumenta o vínculo mãe-filho; diminui o tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial; estimula o aleitamento materno, favorecendo maior freqüência, e duração da amamentação; proporciona maior competência e amplia a confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso; favorece um controle térmico melhor; reduz o número de recém-nascidos em unidades de cuidados intermediários devido à maior rotatividade de leitos; proporciona um relacionamento melhor da família com a equipe de saúde; favorece a diminuição da infecção hospitalar; diminui a permanência hospitalar. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Trabalho de Parto Prematuro). SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Reanimação do Recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto: Diretrizes 2016 da SBP. Disponível em: http://www.sbp.com.br/reanimacao/wp-content/uploads/2016/01/DiretrizesSBPReanimacaoRNMaior34semanas26jan2016.pdf Acesso em: 16 mar. 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso. Método Canguru: manual técnico. 2ª ed. Brasília (DF); 2013.
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