Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Responsabilidade civil: Obrigação de reparar um dano (prejuízo) decorrente de um ato do próprio agente ou ao menos atribuído a este por força de lei. Acontece uma situação que gera dano e alguém tem o dever de repará-lo. *Só há dever de responsabilidade se houver dano. 1. Responsabilidade subjetiva x Responsabilidade objetiva: Subjetiva: é a que depende da comprovação da culpa (que não tem necessariamente a intenção de causar um dano, diferente de dolo que tem a intenção). Objetiva: independe da existência e comprovação da culpa, pois se baseia na teoria do risco (quando, em algumas situações, o indivíduo assume uma posição, assume também os riscos. Ex: empresário). A regra geral é que a responsabilidade é sempre subjetiva, mas a lei pode abrir exceções. *Relação Jurídica entre particulares: subjetiva (mas a lei pode abrir exceções) *Relação Jurídica entre estado x particular: objetiva. 2. Responsabilidade pelo fato ou guarda do animal: o dono ou detentor (não é o dono, é quem detém o animal no momento; se não for culpa do detentor, ele pode cobrar do dono) do animal (coisa, não pessoa) deverá ressarcir os prejuízos que este causar. Trata-se de reponsabilidade de natureza objetiva. Excludentes dessa responsabilidade: 1. Caso fortuito ou força maior e a culpa da vítima: o dever de realizar a prova da culpa será do proprietário do animal, se a culpa do dano não for do animal, a culpa é excluída. 2. Acidentes com animais em rodovias de alta velocidade: a responsabilidade pelos danos causados pela presença de animais em rodovias de alta velocidade é da rodovia. Esta, por sua vez, poderá mover ação de regresso contra o proprietário da coisa se este tiver cometido ato ilícito. 3. Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor: Responsabilidade do fabricante (para produtos e bens): o fabricante dos produtos é responsável perante o consumidor pelos danos causados aos consumidores em decorrência de defeitos do produto ou de informações equivocadas ou incompletas sobre o uso. Quem fabrica um produto que cause dano a alguém é responsável por isso. Ex: Uber que compra um celular que não funciona está sofrendo lucros cessantes (prejuízos causados pela interrupção de qualquer das atividades de uma empresa ou de um profissional liberal, no qual o objeto de suas atividades é o lucro). Obs. Equipara-se ao fabricante o produtor ou construtor e o importador. A responsabilidade do fabricante é de natureza objetiva. Defeito: para fins de responsabilidade, defeito é quando o produto não oferece a segurança ao uso que era razoável de se esperar. A existência de um produto de qualidade superior não faz com que o de qualidade inferior seja considerado defeituoso. O defeito está na comparação do que o próprio produto é relacionando-o com o que deveria ser e não na comparação com produtos diferentes, ainda que similares. Excludentes da responsabilidade do fabricante: 1. Se o fabricante não foi o responsável pela comercialização do produto; 2. Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Equiparação do comerciante ao fabricante: no que pese não ser o fabricante do produto, aquele que o comercializar será responsável pelos danos ocorridos se: 1. Não for possível identificar o fabricante; 2. Não houver conservado adequadamente produto perecível. Nesses casos, a relação entre comerciante e fabricante poderá ser resolvida em ação de regresso podendo o comerciante entrar com ação de regresso contra o fabricante. Responsabilidade do fornecedor de serviço: o fornecedor de serviço responde ao consumidor pelos danos causados decorrentes de defeitos da prestação ou por falha de informação sobre a forma de fruição do serviço. Essa responsabilidade tem natureza objetiva. Defeito: será considerado quando oferecer risco maior do que o esperado. Não será considerado defeito a existência de técnica mais moderna para a realização do serviço. Excludentes da responsabilidade do fornecedor de serviço: 1. Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Responsabilidade do profissional liberal: a responsabilidade do profissional liberal é diretamente vinculada à natureza da obrigação por ele assumida. A responsabilidade será resultado direto do tipo de obrigação. a) Obrigação de meio: aquela cujo dever é estritamente de desempenho basta que o profissional tenha agido com a técnica adequada e perícia na busca de um objetivo sem que esteja obrigado a atingir um determinado resultado. Ou seja, o dever de agir da melhor maneira possível sem estar obrigado a atingir determinado resultado (o que importa é o caminho). Na obrigação de meio o profissional será responsável pelos danos decorrentes da má execução do serviço não tendo nenhuma responsabilidade que se vincule ao resultado final do serviço que prestou. Só importa os danos cometidos no meio/execução do serviço. b) Obrigação de resultado (ou de fim): aquela em que o devedor consiste especificamente em alcançar o resultado pretendido/contratado. Nessa obrigação o profissional é responsável pelos danos decorrentes do simples não atingimento do fim desejado. Mesmo nas obrigações de resultado os danos resultantes da má execução dos meios deverão ser reparados independentemente de ter-se atingido o fim desejado. Ou seja, aqui importa tanto os danos cometidos no resultado como no meio quando o dano derivar da má execução deste. A responsabilidade do médico: decorre da natureza da obrigação já que o tipo de serviço comporta situações de obrigações de meio e outras de obrigação de resultado. Via de regra os tratamentos estéticos (ex: plástica) envolvem obrigação de resultado e os demais tratamentos clínicos e cirúrgicos, obrigações de meio. Responsabilidade dos advogados: a obrigação do advogado será sempre de meio, assim sua responsabilidade será somente quanto a correta execução de seu serviço independentemente do resultado obtido, pois não depende do advogado o resultado obtido.
Compartilhar