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APRESENTAÇÃO ARTIGO FINAL

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INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO COM AUTISMO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL: uma análise do padrão de mediação do professor na concepção vygotskyana
Flaviane Morais Santos
UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Orientador – Fernando Ulisses Rosalino
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INTRODUÇÃO 
A questão da inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais tem sido vastamente debatida no contexto social e educacional;
Passam a existir leis que regulamentam o processo de inclusão, garantindo a igualdade de direitos destas pessoas;
Declaração de Salamanca de 1994 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
Capitulo V, artigo 58; educação escolar, deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais;
 
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O artigo encontra-se divido em um três títulos: A introdução, o segundo Interação Professor-Aluno com Autismo que se subdivide em três subtítulos. No primeiro subtítulos considerações referentes o termo deficiência;
No segundo o Autismo, entendendo a história e o processo ensino- aprendizagem dos mesmos. E no terceiro subtítulos a mediação entre professor-aluno na concepção de Vygotsky; 
E por fim as considerações finais;
O estudo teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica, analisando a importância do processo de mediação do professor na concepção de Vygotsky; 
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INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO COM AUTISMO
2.1 Entendendo o termo deficiência 
Por muito tempo a falta de conhecimento da sociedade, fez com a deficiência fosse considerada uma doença crônica;
O termo "deficiência" significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social. (BRASIL, 2001, Art.1 apud PRAÇA, 2011, p. 16).
Dentre as várias deficiências o estudo se foca no Autismo, considerado um distúrbio do desenvolvimento complexos e das interações sociais. 
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2.2 Autismo
O surgimento da definição do Autismo foi dada pela primeira descrição de Leo Kanner, em 1943, intitulado como Distúrbios Autístico do Contato Afetivo.
Ressalta o principal sintoma que é o isolamento social, que está presente na criança desde o inicio de sua vida.
Apresentam uma inadaptação para estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem;
Apresentam igualmente estereótipos gestuais, e uma necessidade de manter imutável seu ambiente material;
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Neste contexto um dos grandes problemas que pais e educadores encontram é de definir estratégias para remediar o atraso no desenvolvimento social do autista;
 Sendo assim, identificar o que devemos ensinar a uma criança autista passa a ser fundamental, pois as mesmas não se ajustam as formas habituais de avaliação e de ensino;
Desta forma é de extrema importância para o desenvolvimento saudável da criança que ela mantenha uma interação com outras crianças;
 Para que assim possam desenvolver formas específicas de cooperação, competição e intimidade;
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Cabendo a escola um espaço para oportunizar a convivência em pares, contribuindo assim de diversos modos para a formação do indivíduo por meio do desenvolvimento de comportamentos, habilidades e valores.
Nesta perspectiva Vygotsky, afirma que a formação da consciência e o desenvolvimento cognitivo ocorrem do plano social para o individual;
 Seguindo um processo de apropriação, não de forma mecânica, mas impregnada pela ação do outro e do sujeito, num movimento dialético;
Que possibilita a construção do conhecimento por elementos mediadores; 
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E entre esses elementos mediadores encontra-se os instrumentos e os signos;
Os instrumentos são elementos mediadores externos da relação do indivíduo com o mundo, correspondendo a capacidade de domínio da natureza;
Já os signos correspondem a influência psicológica para o domínio do próprio indivíduo, também denotados como instrumentos psicológicos, que tem a função de orientar o indivíduo nas tarefas que demandam memória ou atenção (FLEIRA; FERNANDES, 2015);
De acordo com Vygotsky os processos de desenvolvimento da aprendizagem perpassa por dois contextos educacionais;
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O nível de desenvolvimento real, engloba as funções mentais que já estão completamente desenvolvidas;
Zona de desenvolvimento proximal, são as funções que o sujeito não consegue realizar sozinho;
Nesta perspectiva o sujeito com autismo apresenta dificuldade na intervenção na zona de desenvolvimento proximal, o que dificulta sua interação com o instrumento de aprendizagem;
A atuação do educador mediador, como organizador das condições necessárias ao desempenho de determinadas tarefas, favorece o aprendizado da criança com o transtorno autista e, consequentemente, impulsiona o seu desenvolvimento; 
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2.3 Mediação entre professor e aluno na concepção de Vygotsky
Para Vygotsky, “mediação” significa a ação que se interpõe entre o sujeito e o objeto de conhecimento;
 É através do meio social que a criança se relaciona com o mundo e constrói sua representação do real; 
Concebe como uma relação dialética a qual o homem modifica o meio e é modificado também por ele;
Nesta temática o professor, é o impulsionador do conhecimento, que contempla formas e maneiras de aprender, interagir e executar, não somente no que diz respeito ao processo cognitivo, mas também no aspecto sócio-cultural;
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O professor mediador deve estruturar seu planos de aula, buscar inovações, trabalhar com entusiasmo, sempre comprometido com o desenvolvimento da criança;
Deve explorar seus limites, a fim de minimizá-los, deve explorar suas potencialidades com o objetivo de ampliá-los, atuando através da Zona de Desenvolvimento Proximal.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo espaço educativo autêntico, repousa numa esperança: a da possibilidade de modificação humana. Sem essa esperança, o ensino se transforma num ritual destituído de significado; 
Dessa forma, o ensino deve buscar o estimulo do aprendizado, tendo como alvo o aluno e a sua maneira pessoal, individual e critica de raciocinar;
 As atividades propostas devem estimular o desenvolvimento de diversas competências, como as de reflexão, comparação, análise, síntese, dedução e memorização.
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Durante muito tempo, pensou-se em aprendizagem como um repasse de ideias do professor para o aluno; 
Como avanço, Vygotsky trouxe outro olhar para esta questão, quando afirmava, em seus estudos, que “o verdadeiro curso do desenvolvimento do pensamento não vai do individual para o socializado, mas do social para o individual" (1987, p. 18);
Assim sendo a prática pedagógica do professor mediador deve ser respaldada em fornecer subsídios que se fundamentem no desenvolvimento psicológicos e que atingem os aspectos socioafetivos, cognitivos e linguísticos da criança, em especial as que apresentam Transtorno do Espectro Autista.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 FLEIRA, Roberta Caetano; FERNANDES, Solange Hassan Ahmad Ali. A importância dos elementos de mediação para a apropriação do conceito de equações quadráticas por um aluno autista. BOLETIM GEPEM (eISSN: 2176-2988). Nº 67 – JUL. / DEZ. 2015. Disponível em: <http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/gepem.2016.003>. Acessado em: 15 nov 2016.
IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky. Edgar Pereira Coelho (org.) Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. 140p. (Coleção Educadores). Disponível no Portal de Domínio Público em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra =205241>. Acessado em: 23 dez 2015.
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PRAÇA, Élida Tamara Prata de Oliveira. Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular. 2011. p. 121. Dissertação (Mestrado
Profissional em Educação Matemática). Educação Matemática. Universidade Federal de Juiz de Fora. Instituto de Ciências Exatas. Juiz de Fora (MG). Disponível em:< http://www.ufjf.br/mestradoedumat/files/2011/05/Disserta%C3%A7%C3%A3o-E-lida.pdf>. Acessado em: 10 out 2016.
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. 7. ed. Tradução de José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 2004b. 
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MUITO OBRIGADA!
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