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Parto de cócoras

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO OESTE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA DE CUIDADO À SAÚDE DA MULHER E DO RECÉM-NASCIDO
PARTO DECÓCORAS
ANDRIELI PAUL
DARA MONTAG PORTALUPPI
KÁTIA JAMILE DA SILVA
PATRÍCIA POLTRONIERI
CHAPECÓ-SC
2017
PARTO DE CÓCORAS
Conceito parto de cócoras:
O parto de cócoras, também denominado de parto vertical, consiste na posição que a mulher podeadotar no momento do nascimento (período expulsivo), que acontece após completar os 10 cm da dilatação do colo uterino, e quando a mulher sente vontade de fazer força para a expulsão do feto. O parto devido à posição vertical, é realizado de forma espontânea (natural) com pouca ou nenhuma participação da pessoa responsável pelo atendimento que deverá ajudar o recém-nascido a efetuar uma saída lenta (desprendimento) para evitar lesões (desgarros) do períneo da mãe e permitir aparar a criança de forma não traumática (INSTITUTO NASCER, 2014).
Este tipo de parto respeita os mecanismos íntimos, e o processo fisiológico da parturição, pode ser realizado em qualquer local, desde que se cumpram com os mínimos cuidados de limpeza e assepsia, pode ser realizado por pessoal competente que tenha experiência em relação ao parto, em gestantes de baixo risco, sempre respeitando a vontade da mulher e não intercedendo no processo normal do parto. Como exemplo, não fazer corte na vagina (episiotomia), não estimular os puxos (força do expulsivo), permitir o contato precoce (imediatamente após o nascimento) do recém-nascido com a mãe (pele a pele olho a olho), entre outras atitudes que torna o nascimento mais humano (sendo esta uma das grandes vantagens deste tipo de nascimento)(INSTITUTO NASCER, 2014).
Até o presente, as mulheres sem influências da obstetrícia ocidental quase universalmente adotaram alguma forma de postura ereta no parto. Elas ficavam penduradas, agachadas, sentadas, ajoelhadas ou de cócoras, frequentemente mudavam sua posição durante cada contração (INSTITUTO NASCER, 2014).
Desde 3.000 anos a. c., existem partos atendidos em posição vertical. Deusas da Fertilidade do México eram esculpidas parindo de cócoras. No México e na África as mulheres se agarravam a umacorda para parir. Na Arábia, Pérsia, Rússia e ainda nos Estados Unidos, na época colonial, todos escolhiam posições em pé ou de joelhos para terem seus filhos(INSTITUTO NASCER, 2014).
A cadeira de parto é relatada em várias papiros médicos e encontradosrestos em pedra, na Casa de Partos em Luxor, próximo ao ano 1450 a. c. Os assírios (1100-606 a. c.) também usavam a cadeira obstétrica. A Bíblia faz referência sobre cadeiras usadas pelas parteiras judias entre 700 e 140 a. c. Na Grécia antiga, Hipócrates,que era filho de uma parteira, recomendava o uso da cadeira especialmente para facilitar partos difíceis. Esta era também a recomendação de Soranus de Éfeso (98-177 d. c.) que fez descrição da cadeira obstétrica mostrando seu valor para a prática médica.Na Europa, existem evidências que mostram seu uso até o final do século XIX(INSTITUTO NASCER, 2014).
As principais vantagens são:
a) Para a mãe: O período expulsivo e de menor duração quando comparado a partos em outras posições (deitada ouginecológica), menor dor no momento expulsivo, maior satisfação após o parto (foi ela quem realiza o esforço), menor trauma perineal com melhor restituição após o parto, puerpério (período imediato após o parto) e amamentação mais precoce e efetiva (INSTITUTO NASCER, 2014);
b) Para o feto e recém-nascido: melhor estado de saúde avaliado por testes específicos (Teste de Apgar e medidas de gases no sangue dos vasos umbilicais) (INSTITUTO NASCER, 2014).
Estas vantagens estão associadas aos seguintes fatores: ajuda natural da força da gravidade, aumento em mais de 28% da área do canal do parto, o que permite ter para o feto um espaço mais folgado para nascer, melhor aproveitamento das forças de expulsão e menor pressão no canal do parto (vagina). Melhor circulação sanguínea na região do útero e da placenta permitindo um desempenho maior tanto das contrações uterinas, como da saúde do feto. Todos estes fatores em forma individual são vantajosos tanto para a mãe como para o feto (INSTITUTO NASCER, 2014).
Ações deenfermagem no trabalho de parto e nascimento:
	Realizar na admissão, se possível, uma apresentação do serviço, dando conhecimento das suas regras de funcionamento da instituição;
	Informar regularmente sobre a progressão e a fisiologia do trabalho de parto enascimento, dar suporte emocional, envolvendo-a ativamente na tomada de decisão relacionada com os cuidados inerentes, para reduzir medo e o estresse;
	Promover o autocontrole e o empoderamento consciencializando de que ela é capaz e que se se mentalizardisso tudo será mais fácil;
	Possibilitar um ambiente calmo, silencioso, que reforce os aspetos fisiológicos normais;
	Promover medidas de conforto e de distração no sentido de diminuir a dor e a fadiga;
	Encorajar, reforçar e elogiar a sua postura assertiva;
	Avaliar sinais vitais maternos e fetais durante e após o parto;
	Oferecer líquidos ou até mesmo realizar leves e pequenas refeições;
	Instruir a gestante do direito de um acompanhante e incentivá-lo a estar presente neste momento;
	Atender às solicitações da paciente quanto à condução do parto, quando elas forem coerentes com os padrões de cuidados perinatais;
	Permitir que a gestante escolha se quer analgesia durante o parto;
	Informar para iniciar os esforços expulsivos quando sente vontade e durante as contrações, pode constituir uma medida eficaz no sentido de diminuir a fadiga durante o trabalho de parto, que pode durar horas;
	Fazer exame vaginal para determinar a posição e localização do feto;
	Avaliar risco e a melhor conduta;
	Aplicar um ou mais métodosnão farmacológicos para relaxamento, alívio da dor e facilitação da progressão da descida fetal pela pelve, se não houver cotraindicação (técnicas de respiração, deambulação, banho morno, massagem, decúbito lateral esquerdo, movimentos pélvicos, aromaterapia, exercícios de acocoramento, ambiente em penumbra, banqueta de parto, cadeira de balanço pélvico, bola bobath);
	Realizar toques vaginais com no mínimo 2h de intervalo;
	Auxiliar a assumir a posição para o nascimento;
	Orientar a paciente a respirar comrapidez (p. ex., respiração curta e rápida) com o coroamento da cabeça do feto;
	Deixar passar a cabeça do feto, mantendo a flexão até o surgimento dos ossos parietais.
	Apoiar o períneo durante o nascimento.
	Verificar a presença de circular de cordãoumbilical, desfazer a circular conforme apropriado;
	Aspirar secreções das narinas e boca do bebê com pera de aspiração após a saída da cabeça;
	Aspirar para ver se há líquido com manchas de mecônio, conforme apropriado;
	Apoiar o corpo do bebê;
	Limpar e secar o bebê após o nascimento;
	Clampear e cortar o cordão umbilical após o término das pulsações e se não houver contraindicação;
	Conferir o escore de Apgar no primeiro minuto;
	Examinar a cérvice quanto à ocorrência de lacerações após expulsão da placenta;
	Suturar a episiotomia ou lacerações, conforme apropriado;
	Fazer exame retal para verificar a integridade tissular;
	Examinar a placenta, membranas e cordão após o nascimento do bebê;
	Higienizar o períneo;
	Aplicar forro ao períneo;
	Elogiar os esforços da mãe eda pessoa de apoio;
	Informar sobre a aparência e condições do bebê;
	Promover o contato pele a pele ainda na primeira hora após o nascimento;
	Realizar avaliação do períneo e placenta;
	Promover o descanso e a privacidade da mãe;
	Avaliar sinais de depressãopós-parto;
	Diagnosticar precocemente e prevenir complicações para a saúde da mulher e do recém-nascido;
	Realizar massagem uterina para promover a contração uterina e a manutenção do globo de segurança;
	Avaliar características da pele e mucosas da puérpera,da frequênciarespiratória e cardíaca, do débito urinário e do estado de consciência;
	Promover a amamentação na primeira hora de vida do RN;
	Possibilitar acompanhamento fisioterápico durante e depois da gestação para auxiliar a fortalecer a musculatura doperíneo e pernas (BULECHEK, 2010).
Profissionais envolvidos:
Audiência primária:Todos os profissionais envolvidos diretamente na assistência ao parto, tais como: médicos obstetras, pediatras, neonatologistas, anestesiologistas, generalistas, enfermeiras obstétricas, obstetrizes, enfermeiras assistenciais, técnicos de enfermagem, etc.
Todos os profissionais em processo de treinamento envolvidos diretamente na assistência, tais como: especializandose residentes de enfermagem obstétrica e neonatal, graduandos de obstetrícia e médicos residentes de obstetrícia, neonatologia e anestesiologia (BRASIL, 2017).
Audiência secundária:
Todos os profissionais envolvidos indiretamente na assistência ao parto como fisioterapeutas,psicólogos, etc. Estudantes de graduação na prática de estágio curricular ou extra curricular envolvidos no processo de assistência ao parto. As mulheres, seus familiares ou representantes.
Doulas, educadores perinatais, etc (BRASIL, 2017).
Participação de acompanhante:No parto de cócoras se pode ter alguém muito especial acompanhando esse momento. Leve seu companheiro para vivenciar a da chegada do seu filho, será uma das maiores alegrias da família (BRASIL, 2017).
Questão para estudo:A que estão associadas as vantagens do parto de cócoras?
REFERÊNCIAS
BRASIL.Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 51 p.: il.
BULECHEK, Gloria M.; BUTCHER, Howard K.; DOCHTERMAN, Joanne McCloskey. Classificações das Intervenção de Enfermagem [tradução de Soraya Imon de Oliveira, et al]. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
GRAVIDEZ.Posição de cócoras – benefícios do parto. Disponível em: <https://letsfamily.com.br/desenvolvimento/posicao-de-cocoras-beneficios-do-parto/>. Acesso em: 26 set. 2017.
INSTITUTO NASCER.Parto de cocoras ancestral e modernissimo. 2014. Disponível em: <http://institutonascer.com.br/parto-de-cocoras-ancestral-e-modernissimo/> Acesso em: 24 set. 2017.
INSTITUTO NASCER.Parto de Cocoras. 2014. Disponível em: <http://institutonascer.com.br/parto-de-cocoras/> Acesso em: 24 set. 2017.
MAZZO, Maria Helena Soares da Nóbrega; BRITO, Rosineide Santana de. Instrumento
para Consulta de Enfermagem à Puérpera na Atenção Básica. Revista Brasileira de
Enfermagem, v. 69(2), p. 294-303. 2016.

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