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DIREITO TRIBUTÁRIO PROFESSOR FLÁVIO 1 FACULDADE CEARENSE CURSO: DIREITO ASSUNTOS AULA 1 2 1) Plano de Ensino 2) Direito Tributário conceito 3) Fontes 4) Relação com outros ramos do Direito 6) Competência Tributária 7) Capacidade Tributária PLANO DE ENSINO - ementa 3 1- Ementa Direito Tributário: Conceito, Fontes, Características, e Relações com outros ramos do direito. Tributo: Conceito e espécies. Sistema Tributário Constitucional: Princípios Gerais e Limitações ao Poder de Tributar. Normas Gerais de Direito Tributário: Legislação Tributária, Vigência e Aplicação, Interpretação e integração. Obrigação Tributária: conceito, fato gerador (hipótese de incidência), sujeito ativo e passivo, capacidade tributária, domicílio tributário, responsabilidade tributária. Crédito Tributário: conceito, lançamento, revisão, suspensão, extinção e exclusão, garantias e privilégios. Prescrição e decadência. Repetição do Indébito. Crédito tributário. Administração tributária. Processo tributário nacional. Impostos sobre o comércio exterior. Impostos sobre produção e a circulação. Impostos sobre o patrimônio. Impostos sobre a renda. Impostos únicos e outros tributos. Crimes contra a ordem tributária. Direito Tributário Internacional: Soberania Tributária, Pluritributação Internacional, Tributação e Globalização, Tratados Internacionais em Matéria Tributária. Procedimento Administrativo Tributário e Processo Judicial Tributário. PLANO DE ENSINO - objetivos 4 2- Objetivos Proporcionar aos alunos visão da atividade estatal da tributação, com a noção concreta do sistema tributário nacional e seus principios, objeto e demais peculiaridades. PLANO DE ENSINO - metodologia 5 3- Metodologia -Exposição de anotações de aula em quadro ou em projeção de slides, discussão e proposta de trabalhos; -Serão trabalhados também: textos doutrinários, jurisprudências, e questões de concursos. PLANO DE ENSINO - bibliografia 6 4- Bibliografia básica SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 9ª edição. São Paulo: Saraiva, 2017. ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizado. São Paulo: Método, 2017. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. Malheiros, 2017. VADE MECUM TRIBUTÁRIO. RIDEEL. 2017 PLANO DE ENSINO – Frequencia 7 5- Frequência O aluno têm direito a faltar 25% das aulas. Dever ter no mínimo 75% de presença. Ao passar disso, as ausências devem ser justificadas através de atestado médico. PLANO DE ENSINO – Avaliações 8 O aluno é aprovado quando alcançar média (atividades parciais e avaliações acadêmicas) igual ou superior a 7,0 (sete) mediante a aplicação de 2 (duas) avaliações, com peso simples. O estudante que obtiver média semestral igual ou superior a 4,0 (quatro) será submetido à Exame Final. A nota do Exame Final (NEF) é resultado exclusivamente da pontuação obtida nessa prova. Para obter aprovação, o estudante deverá ter nota igual ou superior a 7,0 (sete). (Manual do Estudante da FAC,p.12) DIREITO TRIBUTÁRIO 9 “Ramo do direito (público) que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder” (MACHADO, 2016,p.43). DIREITO TRIBUTÁRIO - conceito 10 Para Paulo de Barros Carvalho (2016, p.15) é “o ramo didaticamente autônomo do direito, integrado pelo conjunto de proposições jurídico- normativas, que correspondam, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”. DIREITO TRIBUTÁRIO - FONTES 11 O Direito Tributário possui fontes MATERIAIS E FORMAIS. São fontes materiais (fatos sociais que o direito disciplina) do DT os fatos geradores da incidência tributária. Ex: a saída de mercadorias de um estabelecimento comercial, a aquisição de renda, etc. È fonte formal do DT é a Lei, a doutrina, a jurisprudência e o costume. DIREITO TRIBUTÁRIO - FONTES 12 São fonte formais do DT : Constituição Federal; Leis Complementares; Leis Ordinárias; Medidas Provisórias; Decretos; Resoluções; Instruções Normativas e Convênios. DIR TRIB – DIREITO CONSTITUCIONAL 13 Com o Direito Constitucional comporta íntima ligação: limites ao poder de tributar (princípios e imunidades); espécies de tributos; competências dos entes federativos para tributar, etc. (SABBAG, 2016,p.52) DIR TRIB – Direito Administrativo 14 Com o Direito Administrativo vislumbra-se a organização administrativa tributária, o lançamento, o controle administrativo e fiscal e regras de relacionamento entre funcionários fiscais e os contribuintes. (SABBAG, 2016,p.53) DIR TRIB – Direito Penal 15 A relação com o Direito Penal se mostra nas sanções impostas no caso de infrações tributárias: prisão, multa, interdição, perdimento de bens e apreensão de coisas. Exemplificando, têm-se os crimes contra ordem tributária (lei 8.137/90), contrabando, descaminho, apropriação indébita, e outros. (SABBAG, 2016,p.54) DIR TRIB – Direito Processual 16 A relação com o Direito Processual se evidencia-se na composição de litígios tributários, no palco do contraditório e da ampla defesa. Na tela judiciária, as ações fiscais são regidas pelo CPC: a ação declaratória, a ação anulatória, a ação consignatória, a ação repetitória e os embargos à execução fiscal. (SABBAG, 2016,p.54) DIR TRIB – Direito Internacional 17 A relação com o Direito Internacional se mostra nos tratados e convenções internacionais que buscam inibir a bitributação internacional, bem como a sistematização dos impostos aduaneiros. (SABBAG, 2016,p.54) DIR TRIB – Direito Civil 18 A relação com o Direito Civil se mostra nos conceitos de propriedade e transmissão de bens móveis e imóveis e de compra e venda de imóveis, prestação de serviços e outros. (SABBAG, 2016,p.54) DIR TRIB – DIREITO FINANCEIRO 19 O Direito Financeiro é uma ciência jurídica que registra normativamente toda a atividade financeira do Estado. O Direito Financeiro é o núcleo de onde se derivou o Direito Tributário, que se liga na perspectiva da criação, da arrecadação e fiscalização das atividades correlatas às receitas tributárias. (SABBAG, 2016,p.52) RECEITAS PÚBLICAS 20 (SABBAG, 2016,p.52) Receitas Tributárias (derivada) Imposto Taxa Contrib de Melhoria Empréstimos Compulsórios Doações Preços Públicos Multa Não Tributárias (originárias) Contrib Especiais RECEITAS ORIGINÁRIAS E RECEITAS DERIVADAS 21 As receitas originárias derivam do patrimônio do Estado. As receitas derivadas originam-se do patrimônio do particular (tributos). O direito financeiro analisa a atividade financeira como um todo (receitas e despesas públicas). O direito tributário foca no auferimento de receitas derivadas. DIR TRIB e as RECEITAS PÚBLICAS 22 A receita tributária é uma receita pública ordinária (entrada ocorrida com regularidade e periodicidade e haurida dentro do contexto de previsibilidade orçamentária). As receitas ordinárias são classificadas em originárias e derivadas. Os tributos são receitas derivadas. Valendo- se do poder de império, o Estado “deriva” para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição. (SABBAG, 2016) SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 23 A Constituição trata sobre o Sistema Tributário Nacional nos artigos 150 a 162: 1) Competência Tributária; 2) Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar; 3) Repartiçãode Receitas Tributárias COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 24 O poder de tributar decorre da soberania do Estado. Competência tributária é o poder que é outorgado pela Constituição Federal (CF) a cada um dos entes federados, de criar tributos mediante lei. Ex: a CF outorgou competência ao Município para instituir o IPTU, mas é uma lei municipal que o instituiu. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 25 O Estado deixando de ser empresário, cada vez mais as receitas derivadas assumem papel de relevância. O Brasil é um ente federativo, não temos apenas o governo central. Cada um dos entes que integra a federação têm competência tributária própria. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - cont 26 È a “habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária”. APTIDÃO PARA CRIAR TRIBUTO COMPETÊNCIA - características 27 1. É indelegável: não pode ser transferida a nenhum outro ente - art. 7º, CTN; 2. É facultativa, discricionária: o ente que detem competência não é obrigado a criar todos os tributos que, em tese, tem competência para instituir. Isso porque a criação do tributo depende de lei e, a atividade legislativa não é obrigatória, nem mesmo um mandado de injunção ou por meio do manejo de uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão o Legislativo será compelido a legislar. COMPETÊNCIA – características -cont 28 3. É incaducável/ imprescritível: de acordo com tal característica não existe prazo para que um determinado tributo seja criado. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – cont2 29 È repartido entre os vários entes políticos: Art. 153, CF ------ competência União Art. 155, CF ------ competência Estado Art. 156, CF ------ competência Município Art. 157, CF ------ competência DF (acumula competência estadual e municipal) COMPETÊNCIA x CAPACIDADE 30 A competência tributária é indelegável, intransferível, inalterável e irrenunciável. A capacidade tributária é delegável e administrativa. Por exemplo, pode-se delegar as funções de arrecadar e fiscalizar tributos a autarquias como CREA, CRC, CRM, dos profissionais vinculados àquelas atividades profissionais. (SABBAG, 2016,p.391) COMPETÊNCIA x CAPACIDADE 31 Capacidade Tributária é o poder de fiscalizar, de arrecadar o tributo. Capacidade Tributária Ativa Competência Tributária É o poder de fiscalizar, arrecadar o tributo É a capacidade de poder criar aquele tributo, de poder instituí-lo - o que será feito por uma lei É a capacidade de ser sujeito ativo da relação jurídico tributária É DELEGÁVEL, transferível É INDELEGÁVEL. Art. 7º, CTN, parte final. Art. 7º, CTN, parte inicial. COMPETÊNCIA - CLASSIFICAÇÃO 32 (SABBAG, 2016,p.391) COMPETÊNCIA PRIVATIVA COMPETÊNCIA COMUM COMPETÊNCIA CUMULATIVA COMPETÊNCIA RESIDUAL COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA COMPETÊNCIA PRIVATIVA 33 È o poder que têm os entes federativos para instituir os impostos. Quanto a outros tributos, temos: União -> empréstimo compulsório (148,CF) e contribuições sociais (149,CF); Estado, DF e Municípios -> contribuições sociais custeio do sistema de previdência e assistência seus servidores (149,par 1º.CF); Municípios e DF – CIP (149-A,CF) (SABBAG, 2016,p.391) COMPETÊNCIA COMUM 34 Está relacionado à taxas (145,II,CF) e contribuição de melhorias (81,CTN). Podem ser criadas por todos entes federados, desde que realize um atividade contraprestacional. (SABBAG, 2016,p.391) COMPETÊNCIA CUMULATIVA 35 Prevista no art. 147, CF é quando a União acumula os impostos estaduais nos territórios federais e se não divididos em municípios os municipais ou Ao Distrito Federal os tributos municipais. (SABBAG, 2016,p.391) COMPETÊNCIA RESIDUAL 36 È o poder de instituir tributos diversos do já existentes. Está previsto no art. 154, I, CF – o imposto residual. O art. 195, §4º dispõe sobre a contribuição social residual. (SABBAG, 2016,p.396) COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA 37 È o poder de instituição pela União, por lei ordinária federal, do imposto extraordinário de guerra – IEG (art.154,II,CF). O IEG poderá ser criado na situação de guerra externa, com o intuito de gerar receitas extras à manutenção de nossas forças armadas. (SABBAG, 2016,p.396)
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