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Medidas e Crescimento dos Gastos Públicos Gastos Públicos Gastos públicos apresentam uma trajetória crescente. Grande dificuldade de análise dos gastos públicos relaciona-se ao processo decisório que os define e à não existência de teorias que possam contribuir para sua análise. Poucos estudos; Grande complexidade. Fonte: RIANI (2011, p. 57) Modelos de Gastos Públicos Teoria do bem-estar: a ação do governo buscava situação ideal para o indivíduo e para a sociedade (Análise Microeconômica). A partir da 2° Guerra Mundial gastos do governo para orientar o crescimento econômico (Análise macroeconômica). Modelos Macroeconômicos de crescimento dos gastos Lei de Wagner sobre a expansão das atividades do Estado Observações sobre Alemanha, Estados Unidos e Japão. Verificou que: Gastos cresciam mais rápido que a renda; Aperfeiçoamento do aparato estatal; Aumento dos gastos do governo consequência natural do progresso técnico. Quando a produção per capita aumentava, as atividades do Estado e seus gastos aumentavam em proporções maiores do que o produto. Hipóteses: Necessidade de expansão das funções do Estado relacionadas com a administração e segurança, devido substituição de atividades privadas por públicas; Impactos com a expansão cultural e o bem-estar (bens elásticos); Aumento da renda da economia aumenta mais que proporcionalmente os gastos com educação e lazer. Mudanças tecnológicas e a escala crescente dos investimentos Monopólios privados a serem controlados pelo Estado; Fonte de estabilidade. Estudo clássico de Peacock e Wiseman Observações Reino Unido Proposições Básicas: Relaciona os valores per capita dos gastos totais com o PIB Relaciona o crescimento dos gastos do governo com os períodos de distúrbios sociais. Fonte: RIANI (2011, p. 61) Observações: Os gastos do governo cresceram mais rápido que o PIB; Nível de gastos foi claramente afetado pelas duas guerras Depois do período de guerra (qualquer distúrbio social marcante) os gastos seguem normais, mas a um nível mais alto; Para os autores se houver qualquer distúrbio na sociedade, os indivíduos normalmente alterarão seus níveis de tolerância quanto ao peso da carga tributária, devido ao papel protetor e provedor do Estado. Efeito sobre a carga tributária: Deslocamento: a um nível superior; Imposição: a sociedade dá mais importância a provisão coletiva dos serviços de saúde, educação e bem-estar; Inspecção: expectativa da sociedade em ter melhor nível de serviços prestados. Explica a mudança nos gastos. Modelos de desenvolvimento e crescimento dos gastos públicos Crescimento dos gastos e estágios de crescimento. Trabalhos de Musgrave, Rostow e Herber Musgrave A eficiente estrutura do setor público variará de acordo com o estágio de desenvolvimento econômico Estágio inicial – formação bruta de capital Investimentos do setor público em relação ao investimento total da economia é elevado. Transporte, estradas, saneamento, entre outros. Estágio intermediário – governo continuará a investir assumindo o papel de complementação ao crescimento do investimento no setor público Falhas de mercado Últimos estágios de desenvolvimento essa relação voltaria a crescer devido ao “peculiar estágio da renda e suas necessidades de capital”. Rostow Admite a existência de estágios. Acrescentando que a relação de gastos com o PIB volta a crescer nos últimos estágios devido ao investimento em serviços sociais. Herber Desenvolve a Lei de Wagner e associa a participação e o crescimento dos gastos com o estágio de industrialização. Pré-industrial: participação ativa dos investimentos do setor público; Maturidade: no nível de industrialização a participação do setor público permanecerá mais ou menos estável; Pós-industrial: torna-se novamente necessário uma injeção de investimentos do setor público para que alcance um novo nível superior de renda. Os três autores associam o crescimento dos gastos públicos com o estágio de desenvolvimento. Assim: Estágio inicial há necessidade de significativo envolvimento do setor público para promover o crescimento; Estágio intermediário os gastos públicos já não variam significativamente; Aumento pela demanda de serviços sociais. Terceiro estágio Aumento pela demanda da participação do Estado na retomada do crescimento. No entanto, a participação do governo dependerá das flutuações circunstanciais ocorridas nas estruturas políticas, econômicas e sociais de cada país. Modelos microeconômicos dos gastos públicos Fatores que determinam e influenciam a produção e a oferta dos serviços públicos e analisa as variações da demanda por tais serviços. Esses são modelos positivos que tentam explicar o caminho dos gastos públicos e os fatores que geram seu crescimento; O modelo não se preocupa com o equilíbrio orçamentário nem com a eficiência da oferta da produção pública; Algumas proposições simples serão consideradas; Modelos desenvolvidos na forma estática comparativa e com algumas limitações. Determinação do nível da produção A análise do nível de produção não se preocupará com a forma pela qual a demanda é revelada, tornando-a como dada pela sociedade. Assim, as alterações nos níveis de produção e nos preços dos bens públicos podem ser demonstradas: Fonte: RIANI (2011, p. 65) Aumento dos gastos em razão da deterioração dos serviços Vários fatores podem interferir na produção de determinado bem público, fazendo com que, com o passar do tempo, ele se deteriore e haja necessidade de aumento nos gastos públicos. Ex: estrutura policial Variações Demográficas Variações no nível populacional poderão afetar o montante de recursos públicos destinados a determinados serviços, depende: natureza do bem a ser oferecido composição etária da população. Custos dos fatores do setor público Poderá haver aumento no nível de gastos públicos sem que haja alterações na oferta dos bens oferecidos. Se, no setor público, o aumento da produtividade é inferior àqueles dos outros setores da economia e os salários movem-se em linha com esses setores, os gastos públicos aumentarão como consequência dos acréscimos nos custos do setor público, via salários. Bibliografia RIANI, Flávio. Economia do Setor Público: Uma abordagem introdutória. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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