Buscar

FREUD E A PSICANÁLISE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FREUD E A PSICANÁLISE
Diz Freud: “a psicanálise é criação minha).
Laureou-se em medicina em Viena, estudou a anatomia cerebral.
Em 1894 com Josef Breuer, Freud expressa a cura pela hipnose:
“A paciente apresentava quadro sintomático complexo: paralisia com contrações, inibições e estados de confusão (...). Submetendo a doente a profundo sono hipnótico, Breuer a fazia expressar o que, naqueles instantes oprimia o seu espírito (...). Por meio desse procedimento, com longo e esforçado trabalho, Breuer conseguiu libertar a doente de todos os seus sintomas.
Obras: Totem e tabu, Para além do princípio do prazer, o Ego e o id, caso clínicos, Psicologia das massasse a análise do Ego, Futuro de uma Ilusão.
DA ANATOMIA DO CERÉBRO À “CARTASE HIPNÓTICA”
Neuroses: caráter sexual, tratando-se sempre de conflitos sexuais atuais ou de repressões de acontecimentos sexuais passados. Tudo isso era tratado pela hipnose.
Por que esquecer os fatos? “todas as coisas esquecidas, por algum motivo, tinham caráter penoso para o sujeito, enquanto haviam sido considerados temíveis, dolorosos e vergonhosos para as aspirações de sua personalidade.
A repressão é vencida pela técnica da livre associação, depois surge a teoria da remoção (recalque).
Em todo ser humano operam forças que entram em conflito.
Aparece a neurose: quando o Ego consciente bloqueia o impulso, negando-lhe acesso à consciência e à descarga direta. Uma resistência reprime o impulso para a parte inconsciente da psique.
Do Hipnotismo à Psicanálise
Entretanto, as tendências reprimidas, tornados inconscientes, podiam obter descarga e satisfação substitutiva por vias indiretas, tornando desse modo inútil o objetivo da repressão.
Histerismo de conversão: tal caminho indireto levava à esfera da inervação somática e o impulso reprimido ressurgia em uma parte qualquer do corpo, criando sintomas que eram, portanto, resultado de um compromisso, com efeito, eles constituíam uma satisfação substitutiva, ainda que deformada e desviada de seus fins pela resistência do Ego.
Prática hipnótica: procurava-se fazer com que fossem descarregados os impulsos levados a um falso caminho, agora, porém, tornava-se necessário descobrir as repressões e eliminá-las por meio de um avaliação que aceitasse ou condenasse definitivamente o que o processo da repressão havia excluído.
A repressão é o ponto de partida.
É o inconsciente que fala e se manifesta na neurose. O inconsciente é o próprio psiquico e a sua realidade essencial. O inconsciente é mais forte do que nós: atos falhos.
Sonho: no sonho, há um conteúdo manifesto (aquele que recordamos e contamos quando acordamos) e um conteúdo latente (aquele sentido do sonho que o indivíduo não sabe reconhecer). O psicanalista deve desvendar o sonho latente, pois este é o verdadeiro.
Por meio de livres associações , a técnica analítica permite identificar o que está oculto: “o sonho constitui a realização de um desejo”.
 sonho tem confusões, porque a ação repressora do Ego não cessa inteiramente no sonho, censuras oníricas; “o sonho é a realização mascarada de um desejo reprimido”.
INCONSCIENTE, REPRESSÃO, CENSURA E INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
Eis porém um problema inevitável: por que certos impulsos são rejeitados e por que certos desejos e certas recordações estão à disposição da consciência, ao passo que outros parecem, pelo menos na aparência, estar subtraídos a ela e reprimidos para o inconsciente? Deve-se ver a razão disso, diz Freud, no fato de que se trata de impulsos e desejos em flagrante contraste com os valores e as exigências éticas proclamados e considerados válidos pelo indivíduo consciente. Por isso, quando há incompatibilidade entre o Eu consciente ( os seus valores, os seus ideiais, os seus pontos de referência, etc) e certos impulsos e desejos, então entra em ação uma espécie de “repressão” da consciência e as arrasta para o inconsciente, onde uma contínua censura procura evitar que aflorem novamente à vida consciente.
O CONCEITO DE LIBIDO E A SEXUALIDADE INFANTIL
Freud diz que essas coisas vergonhosas são sexuais. “Análoga à fome em geral, a libido designa a força com a qual se manifesta o instinto sexual, assim como a fome designa a força com a qual se manifesta o instinto de absorção dos alimentos”.
“No entanto, esses desejos reprimidos pela consciência reaparece nos sonhos dos adultos que frequentemente remetem a desejos não atendidos e não saciados da vida sexual infantil”.
Para Freud a função sexual existe desde o início, na infância não temos o desejo reprodutor. Mas, a sexualidade infantil é “auto-erotismo”, que se manifesta como conquista de prazer, que encontra em “zonas erógenas” do corpo objeto de prazer.
Fase oral: no sentido de que a sucção ou “mamada” dos recém nascidos é um bom exemplo de satisfação auto-erótica propiciada por uma zona erógena.
Fase anal: dominada pelo prazer de satisfazer o estímulo das evacuações (02 a 03 anos)
Fase fálica: (04-05 anos) traz consigo o primado dos órgãos genitais, no sentido de que a criança procura satisfação tocando na genitália e experimenta novo e particular interesse pelos genitores. O problema da castração e da inveja feminina. Temos também o édipo.
Observe a frase de Freud: “O menino concentra seus desejos sexuais na pessoa da mãe e concebe impulsos hostis contra o pai, considerado como rival. Essa é também, a ação feminina”.
Daí forma-se um complexo, são considerados a uma rápida rejeição. Constitui o complexo central de toda neurose.
Ao estágio fálico, segue-se um período de latência, “durante o qual surgem as formações reativas da moral, do pudor e da repugnância”. Esse período de latência dura até a puberdade, quando entram em função as glândulas sexuais e a atração pelo outro sexo leva à união sexual. Nessa fase já não há um auto-erotismo, mas, o “amor” e a reprodução.
Temos ainda as atividades não genitais e, portanto, perversas, não voltadas para a geração. E então que se pode entender o significado da expressão de Freud segundo a qual a criança é uma perversa polimorfa.
COMPLEXO DE ÉDIPO
A técnica que revelou mai adequada para Freud foi a da livre associação de ideias. O analista faz com que o paciente se estenda sobre o divã, em ambiente em que não exista luz muito intensa, de modo a colocar o paciente em situação de relaxamento; então o analista coloca-se atrás do paciente e o convida a manifestar tudo o que chega ao seu pensamento. Essa técnica não exerce pressões sobre o doente, constituindo um caminho eficaz par se descobrir a resistência: “ a descoberta da resistência é o primeiro passo a sua recuperação. O analista deve ter boa interpretação, deixar o paciente falar livremente, por vezes, sugere as palavras, procurando ver que outras ideias e sentimentos ela sucinta no paciente. E tudo é registrado e escrito pelo analista, não somente aquilo que o paciente diz, mas também as suas hesitações e, sobretudo, as suas resistências.
O Analista também trabalha com os sonhos, que não são apenas sexuais, mas representam desejos como a fome e a sede. Além da livre associação de ideias e além dos sonhos, o analista é interprete dos atos falhos, dos lapsos, dos esquecimentos, dos sonhos de olhos abertos, das associações imediatas, enfim, de tudo o que constitui a “psicopatologia da vida cotidiana”. 
O ADVENTO DAS TÉCNICAS TERAPEUTICAS E A TEORIA DA TRANSFERÊNCIA 
Essas são as técnicas terapêuticas elaboradas e visadas por Freud. O qual não tardou a perceber que “em todo tratamento analítico, sem qualquer intervenção do médico, se estabelece intensa relação sentimental do paciente com a pessoa do analista. Freud chamou tal fenômeno de transferência. Porém, essa transferência pode ser hostil. Contudo sem a transferência não há cura, é preciso que o paciente tenha consciência dessa transferência e a isole:
“sendo resolvida quando o paciente adquire a convicção de que, em seu comportamento determinado pela transferência, ele revive relações que provêm de suas antigas cargas afetivas voltadas para um objeto e pertinentes ao período
reprimido de sua infância”
Com base em tudo o que foi dito até agora, é fácil extrair a teoria do mecanismo psíquico proposta por Freud. O mecanismo psíquico é composto pelo ID, EGO E SUPEREGO.
Id: é o conjunto dos impulsos inconscientes da libido; é a parte da energia biológico – sexual; é o inconsciente amoral e egoísta.
Ego: é a fachada do Id; é o representante inconsciente do Id; é a ponta do iceberg que é o Id.
A ESTRUTURA DO MECANISMO PSIQUICO: ID, EGO E SUPEREGO
Superego: se forma por volta dos cinco anos de idade e diferencia (por grau e não por natureza) o homem do animal, é a sede da consciência moral e do sentimento de culpa. O superego nasce como interiorização de outras autoridades bem como interiorização de ideias, valores e modos de comportamento propostos pela sociedade através da substituição da autoridade dos genitores e modelos ideais.
O superego paterno torna-se um superego social.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais