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O direito a vida do nascituro em uma análise acerca do habeas corpus Lei N°8038/90

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FACULDADE ALVORADA DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE MARINGÁ 
CURSO DE DIREITO
O direito a vida do nascituro em uma análise acerca do habeas corpus Lei N°8038/90
Bruno Montini,
Eliane Ribeiro,
Eduardo Graciotin.
Trabalho apresentado ao Professor Matheus wolowski na matéria de direito civil 3º semestre, para avaliação e composição da nota do projeto integrador da Faculdade Alvorada de Tecnologia e Educação de Maringá.
Maringá
2017
FACULDADE ALVORADA DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE MARINGÁ 
CURSO DE DIREITO
O direito a vida do nascituro em uma análise acerca do habeas corpus Lei N°8038/90 
Trabalho apresentado ao Professor Matheus wolowski na matéria de direito civil 3º semestre, para avaliação e composição da nota do projeto integrador da Faculdade Alvorada de Tecnologia e Educação de Maringá.
Maringá
2017
SUMÁRIO
 
	1.0
	INTRODUÇÃO ...............................................................................
	03
	
	
	
	2.0 
	O DIREITO A VIDA DO NASCITURO E UMA ANALISE DO HABEAS CORPUS Lei N°8038/90................................................
. 
	
04
	2.1
	Aborto direito ou crime?.. ..............................................................
	04
	
	
	
	2.2
	Direitos do nascituro.........................................................................
	06
	2.3
	Como defender judicialmente o nascituro......................................
	08
	3.0
	CONCLUSAO.................................................................................
	09
	4.0 
	BIBLIOGRAFIA.................................................................................
	10
	
	
	
	
	
	
	
	
	
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre o direito à vida do nascituro em uma análise acerca do habeas corpus Lei n°8038/90, abservara quais as ocasiões em que é permitido realizar o aborto, tem-se também o objetivo de explicar quando começa a vida na condição de nascituro na qual a personalidade jurídica se da mediante o nascimento com vida, além disso apresenta-se algumas leis e pontos de vista sobre os direitos do nascituro que garantem a vida do mesmo, a partir de que período essa leis são garantidas.
Assim dentro desta perspectiva, a situação jurídica do nascituro revela-se como um tema atual e relevante, despertando o interesse de toda a sociedade .
2.0 – O direito a vida do nascituro e uma análise acerca do habeas corpus
2.1- Aborto direito ou crime?
O aborto tanto para sociedade, para a igreja e até mesmo por lei, é considerado um crime. Mas toda via deve se pensar nas condições da gestante, se a gravidez for de risco , ou se a gravidez for decorrente de estupro será um crime cometer o aborto? 
Não será crime, o aborto pode ser considerado terapêutico, sentimental, eugênico e social. São codificados nos artigos 124,125,126,127 e 128 do código penal. Porém o que convém abordar e o aborto sentimental (art.128, CP), que é realizado quando a gestação é fruto de estupro. É realizado por motivos psicológicos quando a vitima passa a sofrer em virtude da forma violenta que ocasionou a gravidez. 
O artigo 128 não pune a realização do aborto quando este é necessário.
 “ I.Se não há outro meio de salvar a vida de gestante. Aborto no caso de gravidez resultante de estupro.
 II.Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. (Código Penal) ”
Em 2011 uma garota de nove anos ficou grávida de gêmeos após ser abusada sexualmente por seu padrasto. Os policiais o encontraram tentando fugir da cidade, ele foi preso e confessou o crime, os médicos disseram que a garota corria um sério risco, pois seu corpo não aguentaria uma gravidez de gêmeos, e então decidiram fazer o aborto mediante a solicitação da mãe e de acordo com o Código Penal lei 2848/40 art. 128, a garota teve o direito perante o risco de vida.
Mesmo com muitos exemplos parecidos com este ainda surgem muitas dúvidas na hora de analisar um caso de aborto, em que momento a vida tem inicio. A ciência garante hoje que a vida começa com a fusão do espermatozoide e o óvulo, a chamada fecundação ( do latin fencundare, fertilizar). Quando o espermatozoide ingressa no gameta feminino, os núcleos masculino e feminino entram em contato intimo e replicam o seu DNA, essa união gera uma nova célula chamada zigoto e essa célula se desenvolve formando um embrião, e assim surge a vida. [1: FIUZA, cesar. direito civil. Belo Horizonte: revista dos tribunais 2014.]
Já na opinião do STF aborto até o terceiro mês não é crime, alegou que países democráticos e desenvolvidos como os Estados Unidos, Alemanha, Canadá e França não criminalizam o aborto no inicio da gestação, alegando a facilidade ao acesso a serviços de saúde permitindo a educação corretamente sobre métodos contraceptivos . 
O Código Civil Brasileiro (lei 10.406/2002) , em seu artigo 2º, estebelece que:
 
 ¹ “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.	
O habeas corpus 124.306/2016, quer considerar atípico o aborto até o terceiro mês de gestação, essa decisão sofreu criticas por supostamente violar a CF,inclusive direitos de claúsula pétrea. A vida de todos ate mesmo a do nascituro, é inviolável.O artº 5º, CF caput, trata dos direitos do nascituro salvaguardado-os desde o momento de sua concepção e a partir do momento que o embrião se instala no útero, ele se individualiza formando dois seres distintos que se relacionam.
O aborto pode ser considerado como a morte de um ser inocente que não pode se defender de tal ato. O Supremo Tribunal Federal tem apresentado decisões contraditórias, sabe-se que o ordenamento jurídico garante alimentos ao nascituro, proibiu a vaquejada por violar os direitos dos animais. Mas não pune aquele que viola o direito á vida, os mesmos juristas que protegem os animais desvalorizam a vida humana, permitindo assassinato legalizado, argumentando sobre a autonomia e o reprodutivo da mulher. É imperioso lembrar que os direitos tiveram oportunidade de exercício do consentimento em relacionar-se sexualmente sem usar métodos contraceptivos. Salvo a exeção em casos de estupro.
Até mesmo a igreja católica defende a sacralidade da vida humana, desde 1588, o papa Sisto V condenou o aborto como excomunhão e até hoje a igreja católica afirma que é a partir da formação do zigoto que forma-se a vida humana e recebe a sua alma. Independente da cor, idade ou outra condição o nascituro tem a mesma dignidade de pessoa humana, todo ser humano tem direito ao direito natural a vida desde a concepção até a morte natural.
 2.2- Direitos do nascituro
Para que o direito a vida do nascituro e sua dignidade humana sejam respeitados desde a concepção faça-se necessário que a lei regulamente a matéria de maneira específica.
Faz-se necessária uma biologização ou medicalização da lei pois não tem como desvincular as ciências da vida do direito, para que sejam respeitados os direitos do nascituro o mesmo deve ser considerado como pessoa. Mas a realidade nem sempre é desta forma e seus direitos são friamente violados.
Há bastante controvérsia na questão defendendo a tese de que o embrião tem direitos de pessoa, e por isso devem ser garantidos a ele todos os direitos sendo respeitados e assegurados mesmo estando no estagio inicial da vida mesmo sendo diferente da criança nascida não retira o seu valor nem a sua dignidade.
O embrião deve ter respeito do Estado e também a garantia a inviolabiolidade a vida. A própria constituiçãofederal em seu artº 5º caput ,
 “artº 5º todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos Braisleiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade ao direito a vida a liberdade,a igualdade, a segurança e a propriedade, nos seguintes termos”
 ”artº 2º
 do Código Civel 2002 expõe a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com a vida, mas a lei põe a salvo,desde a concepção os direitos do nascituro.”
 ” A lei nº 8.560/1992 em seu artº 7º assegura ao nascituro o direito a alimentos provisionais ou definitivos do reconhecido que dele necessitar: “sempre que na sentença de 1º grau se reconhecer a paternidade nela se fixaram os alimentos provisionais ou definitivos do reconhecido que ele necessite.”[2: ALMEIDA, Silmara J. A. Chinelato e. Tutela civil do nascituro. São Paulo: Saraiva, 2000.]
É importante salientar também que presente no Código de Processo Civil artº 877, 878, há a possibilidade da mulher que para garantir os direitos do nascituro provar a gravidez. Segundo médico de nomeação do juiz.
O artigo 878 define :apresentando o laudo que reconheça a gravidez o juiz por sentença declarara a requerente investida na posse dos direitos que assistam ao nascituro.
 O estado tem a obrigação de prover um desenvolvimento digno e sadio ao nascituro e a mãe tem direito a realização do atendimento pre e perinatal conforme demonstra o estatuto da criança e do adolescente nos artigos 7º e 8º
 Artº 7º a criança e o adolescente tem direito a proteção a vida e a saúde mediante a efetuação de politicas sociais publicam que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e honroso em condição digna de existência.
 Art8º e assegurado a vida é superior aos demais direitos dos homens e sendo de indiscutível importância, atinge o nascituro mesmo nesta condição suspensiva de direitos.
O nascituro pode receber bens por doação que é validada após seu nascimento com vida, outro direito esta ligado a representação legal onde sua mãe pode requerer junto ao juiz a posse de seus direitos para provar a gravidez em casos de reclamação de direito a herança de pai falecido.
2.3 – Como defender judicialmente o nascituro 
Quando um juiz abusa de sua autoridade e contraria a lei ousa emitir uma sentença autorizando o crime de aborto o meio processual mais adequando para defender o nascituro é o pedido de habeas corpus om concessão de liminar. 
O habeas corpus não foi concebido para impedir um homicídio mas a prisão de alguém, uma “violência ou coação em sua liberdade de locomoção” ( artº 5º, LXVIII,CF). 
O habeas corpus tem a vantagem de ter tramitação prioritária em relação as outras ações de poder ser impetrado por qualquer pessoa do povo, de não ter custas processuais e de nem se quer requerer a participação de um advogado, porém dificilmente um tribunal concederia a ordem de habeas corpus para salvar um nascituro ameaçado de morte quando se alegar que o aborto é o único meio para salvar a vida da gestante ou quando a gravidez resultar de estupro.
Hoje qualquer cidadão pode com base no referido pacto, impetrar habeas corpus não apenas em favor de um nascituro deficiênte (aborto eugênico), mas ainda em favor de um nascituro que se pretenda abortar como meio de salvar a vida da gestante ou quando a gravidez resulta de estupro, precisa no corpo da petição fazer referências explicitas ao reconhecimento da personalidade do nascituro 
3.0 CONCLUSÃO 
Neste presente trabalho buscamos esclarecer melhor o tema proposto na doutrina brasileira em relação aos direitos do nascituro.
Analisamos o dispositivo do código civil artigo 2º acerca de quais os direitos afirmados no código, onde pudemos verificar que este tem apenas uma visão concepcionista, não protege os direitos do nascituro apenas as expectativas dos direitos, onde o nascituro é apenas um sujeito de direito despido de capacidade jurídica, deste modo cabe a nós operadores desta ciência proteger esta criatura que se apresenta desamparada de proteção jurídica.
Mediante a temática exposta sobre o aborto conclui-se que o nascituro tem o direito de nascer e ter uma gestação digna, e que a gravidez só pode ser interrompida mediante a um estado de necessidade.
Diante da temática exposta averiguamos que por mais que haja muita polemica devemos preservar a vida e a dignidade da pessoa humana, que começa desde a concepção até a sua morte natural, embora o nascituro ainda não ser pessoa ele é um sujeito de direitos.
4.0 BIBLIOGRAFIA
 ALMEIDA, Silmara J. A. Chinelato e. Tutela civil do nascituro. São Paulo: Saraiva, 2000.[1: ]
BUZINARO, Mauri. Direitos da Personalidade Aplicáveis ao Nascituro, Adamantina: 
Edições Mnia, 2002. BENETI, Sidnei. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. JusBrasil. 2013. Disponível em: < http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23315732/agravo-regimental-no-agravo-emrecurso-especial-agrg-no-aresp-150297-df-2012-0041902-2-stj>. Acesso em: 27 ago. 2014. https://jus.com.br/artigos/10815/e-o-nascituro-sujeito-de-direitos
FIUZA, Cesar. Direito Civil. Belo Horizonte: revista dos tribunais 2014.
MEIRELLES, Jussara Maria Leal de. A Vida Humana Embrionária e sua Proteção Jurídica. Rio de Janeiro. São Paulo. Renovar. 2000.

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