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TRANSTORNO DE ANSIEDADE - DR. ELZIO Definição Medo = ameaça emocional, eminentemente real ou perceptiva. Ansiedade = antecipação de ameaça futura Se difere do medo por ser um estímulo persistente, excessivo e de longa duração. Presença de sofrimento expressivo diante de uma situação que irá acontecer não exatamente naquele momento. Ex: desconforto em relação a determinadas atividades do próximo dia. Considerações Os pacientes portadores de ansiedade geralmente subestimam o perigo, e é perceptível pelo próprio paciente que está criando uma situação exacerbada diante das suas atividades. Para fazer o Dx do quadro psiquiátrico, é necessário eliminar hipóteses provenientes de causas orgânicas ou patológicas. Exemplos de quadro de ansiedade provenientes de outras causas: hipertireoidismo, intoxicação por cocaína, corticóide, anfetamina, pré treino de academia(substâncias à base de cafeína). FOBIA SOCIAL Medo ou ansiedade acentuada acerca de uma ou mais situações sociais, que o indivíduo será exposto a avaliação de outras pessoas. Apresenta relação direta com o seu desenvolvimento e desempenho pessoal perante uma atividade que envolva a observação de terceiros ou da sociedade. Ex: medo de travar diante da sala ao apresentar trabalhos( “vou esquecer, dar branco, gaguejar, ficar vermelho, etc”) A situação social tenta ser evitada ou é realizada com intenso medo e ansiedade. → Para o diagnóstico essa situação deve-se suceder por cerca de 6 meses com episódios durante as atividades sociais do indivíduo. Prejuízo social, funcional e profissional Existem pacientes que relatam serem tímidos, com algum tipo de dificuldade de se expressar durante a infância, já outros relatam não apresentar os sintomas até o momento que foi desencadeado a crise, e a partir daí eles se iniciaram. O transtorno de ansiedade social está relacionado com a alta evasão escolar e desemprego. Geralmente apresentam outro tipo de transtorno associado: 50% transtorno de ansiedade generalizada, 20% depressão, uso abusivo de álcool. Transtorno comórbido: paciente procura mecanismos de escape da sensação de ansiedade diante de situações. Ex: “uso de bebida alcóolica, maconha e etc para realizar apresentação diante de público e estar relaxado”. Tratamento Primeira escolha: Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina: Venlafaxina Outros Beta bloqueadores: não tem atuação diretamente cerebral, mas melhora os sintomas de taquicardia e tremor aliviando os sintomas do quadro e trazendo um conforto que melhora o episódio de crise. Terapia comportamental TRANSTORNO E ATAQUES DE PÂNICO Ataque de pânico: períodos de medo e apreensão em situações agudas que surgem cerca de 10 minutos após o início dos sintomas, se caracterizando por eventos episódicos. O fato de ter episódios é um dos motivos da diferença para o transtorno de ansiedade generalizado. A crise pode ou não ter relações com atividades para ser desencadeada. Ex: “paciente encontra-se em repouso na sua casa, quando inicia com quadro de taquicardia, sudorese intensa, aperto no peito, tremor e sensação de morte eminente.” Ataque de pânico também pode ocorrer em outros transtornos de ansiedade. Ex: Ansiedade generalizada com ataque de pânico, depressão com ataque de pânico, uso de substância e desencadear o ataque de pânico. Geralmente o paciente portador, já apresenta uma ansiedade exacerbada prévia. Epidemiologia Dx mais comum em mulheres Geralmente 3º década de vida Quadro clínico Tem duração de alguns minutos Pode apresentar alguns dos seguintes sintomas: Taquicardia(palpitação) Sudorese Tremor ou abalo Dispneia ou aperto no peito Náusea ou desconforto abdominal Tontura ou irritabilidade Calafrio ou onda de calor Parestesia Despersonalização e Desrealização: sentem-se divorciadas tanto do mundo como do seu próprio corpo Sensação e Medo de perder o controle de si ou vontade de sair correndo Paciente fica apreensivo acerca de novos episódios de ataque Saber diferenciar ataques em outros quadros de transtorno de ansiedade do transtorno de pânico propriamente dito. Tratamento Inibidores seletivos da recaptação de serotonina: ajustar a dose, pois no início o paciente pode apresentar piora dos episódios de crise no início da medicação. Melhora o quadro no geral após um tempo da tomada da medicação, então para tratar o quadro agudo até o efeito da medicação se tornar pleno pode-se introduzir o uso de diazepínicos. (não entendi o áudio) Técnicas de relaxamento e respiração AGORAFOBIA Medo ou ansiedade marcante acerca de duas ou mais das seguintes situações: Transporte público Locais abertos ou fechados Permanecer em filas ou em multidões Locais sozinhos ou apenas com desconhecidos Em suma se caracteriza pelo medo em passar mal em algum local e não ter alguém para fazer o seu socorro. Paciente também apresenta medo de cair em público, incontinência urinária ou fecal, etc. Prejuízo social importante Atualmente o paciente pode ser diagnosticado apenas com Agorafobia, independentemente de possuir ou não transtorno de pânico. Antigamente, esse diagnóstico vinha associado com o pânico, ou seja, o paciente poderia apresentar transtorno de pânico com ou sem agorafobia. Epidemiologia Acontece geralmente com jovens e adultos Pode ocorrer casos na infância Geralmente os pacientes com essa patologia já apresentaram situações de ataque de pânico. Considerações Difícil remissão por completa do quadro sem tratamento Associado fortemente a quadros depressivos Prejuízo das atividades e papéis cotidianos TAG - TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Estado persistente de ansiedade e preocupação excessiva capaz de afetar a qualidade de vida do paciente. Sintomas: Tremor e incapacidade de relaxamento, cefaléia Palpitação Sudorese Tontura Ondas de frio ou calor Dispneia Hipervigilância: insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração Paciente apresenta esses sintomas frequentemente durante a maior parte do dia com situações tidas como cotidianas Preocupação excessiva com atividades normais do dia seguinte Suas preocupações e problematizações são irreais e desproporcionais de acordo com a situação que ele deverá realizar. Paciente se preocupa tanto com as atividades do dia seguinte que esquece o que ele tem que fazer naquele dia. Paciente multifacetado = passa por diversos médicos devido às múltiplas queixas apresentadas. Avaliar outros quadros psiquiátricos associados Epidemiologia Mais comum no sexo feminino Tratamento Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina Diminuem os sintomas da ansiedade e também sintomas depressivos. Não causam dependência do fármaco Benzodiazepínicos: Alprazolan, Diazepan Controlam a ansiedade porém não tratam. Apresenta ação imediata a partir da tomada do medicamento. Associar aos antidepressivos (inibidores da receptação de serotonina), e após um período retirar o uso dos benzodiazepínicos.
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