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Modelo de Habeas Corpus - Prisão por roubo qualificado

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FACULDADE MATER DEI

DIREITO

HABEAS CORPUS
Fernando Turra, 
Thiago Bortolotto 
10º período, matutino 
PATO BRANCO - PR 

2017
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
FULANO DE TAL, advogado regularmente inscrito nos 
quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, na seccional do Estado do Paraná, inscrição 
sob número …, cpf n.º …, com escritório profissional localizado na Av. … nº. …, bairro …, 
CEP …, Pato Branco - PR, vem com o devido respeito e acatamento perante Vossa 
Excelência, com fundamento no artigo  5º, inciso  LXVIII  da  Constituição Federal, artigo 
647 e seguintes do Código de Processo Penal e artigo 7º da Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica (1969) – aprovado pelo governo 
brasileiro através do Decreto Legislativo nº 678/92, nos termos do art.  5º,  § 
2º da Constituição Federal, impetrar a presente ordem de
HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR
em favor do Impetrante PEDRO PASSARELA, 
brasileiro, solteiro, portador da cédula de identidade n.º …, inscrito no cpf n.º …, residente 
e domiciliado na rua …. n.º … – casa, em Sertão - PR, CEP …, atualmente recolhido no 
Presídio Estadual de Londrina - PR, por determinação do Excelentíssimo Senhor Doutor 
Juiz .…, juiz de Direito da Vara 1ª Vara Criminal de Londrina, aqui tecnicamente 
designado como Autoridade Coatora, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
I. RELATÓRIO
O Impetrante foi preso ao dia 05 de março de 2014 de 
pela suposta prática do delito de roubo qualificado, art. 157, parágrafo 1º, do  Código 
Penal. A autoridade policial representou pela prisão preventiva (inquérito policial nº 
19/2017) e a Autoridade Coatora assim a decretou em … de março de 2014, sendo o 
Impetrante segregado ao presídio Estadual de Londrina - PR, cujo permanece sob 
custódia até a presente data.
A carta precatória comprova o recolhimento do 
Impetrante no Presídio de Londrina - PR indubitavelmente.
Inobstante, o Impetrante aduziu peremptoriamente em 
sua defesa que jamais havia praticado os fatos a ele imputados, pois na realidade, os 
réus (… e …) foram os autores do delito de roubo. Ademais, sustentou que apenas 
aguardava na rua em local próximo a ação e que estaria, na realidade, adquirir a res 
furtiva de …no exato momento que em a Guarnição da Polícia chegou no local e lhe deu 
voz de prisão. 
Assim sendo, o MP ofereceu denuncia nos termos art. 
157, parágrafo 1º, do Código Penal. Autoridade Coatora a recebeu e expediu a citação do 
Impetrante por carta precatória na data .…
Destaca-se, o Impetrante é réu  PRIMÁRIO, ou seja, 
nunca foi processado, julgado e condenado pela pratica de condutas típicas. Outrossim, o 
Impetrante possui residência fixa na Comarca de Sertão - PR, com endereço à rua … n.º 
… – casa, onde reside com seus pais e frequenta o Colégio Municipal.
II. DO DIREITO
O constrangimento ilegal resta caracterizado na decisão 
que a Autoridade Coatora proferiu contra o Impetrante, cuja determinou a sua prisão 
preventiva, todavia, carecendo da fundamentação nos termos da lei.
Sobre a ausência de fundamentação, leciona Nucci 
(pág. 684) “trata-se de constrangimento ilegal a decretação da prisão preventiva, quando 
o juiz se limita a repetir os termos genéricos do art. 312 do Código de Processo Penal, 
dizendo, por exemplo, que decreta a prisão preventiva pra “garantia da ordem pública”, 
sem demonstrar efetivamente, conforme os fatos do processo ou procedimento, de onde 
se origina esse abalo. 
Nesse caminho, segundo o STJ: “Viola o disposto no 
art.  315  do  CPP  a decretação da prisão preventiva sem fundamentação vinculada ou 
concreta. O juiz deve sempre, para tanto, indicar efetivamente o suporte fático, de caráter 
extra-típico ou de peculiar e grave modus operandi, que justifique a segregação 
antecipada”.
(RHC8.105-SP, 5ª. T., rel. Felix Fischer, 20.04.1999, v. U., DJ 24.05.1999, p.
181)” Nesse sentido: STF: “O decreto de prisão preventiva há que 
fundamentar-se em elementos fáticos concretos, que demonstrem a 
necessidade da medida constritiva” (HC 101.244MG, 1ª T., rel. Ricardo 
Lewandowski, 16.03.2010, v. U.). A motivação das decisões judiciais 
repercute de forma imensurável no âmbito do processo, preservando o 
direito à ampla defesa, ao devido processo legal e à segurança jurídica. 
Assim "visa a possibilitar aos interessados impugnarem, com efetividade, as 
decisões dos magistrados e tribunais sobre as questões que lhes tenham sido 
postas à análise, bem como a garantir à sociedade que a deliberação jurisdicional 
foi proferida com imparcialidade e de acordo com a lei" (AVENA, p. 18). É, pois, 
através da fundamentação da decisão que se avalia o exercício regular do Poder 
Judiciário, assegurando aos cidadãos garantia contra a arbitrariedade do poder 
punitivo estatal (decorrente do Estado Democrático de Direito). Noutros dizeres, a 
fundamentação é "garantia processual que junge o magistrado a coordenadas 
objetivas de imparcialidade e propicia às partes conhecer os motivos que levaram 
o julgador a decidir neste ou naquele sentido" (STF. HC. 105.879/PE. Rel. Ayres 
Britto. T2. Julg. 05.0.2011).
A PRISÃO PREVENTIVA - ENQUANTO MEDIDA DE NATUREZA 
CAUTELAR - NÃO PODE SER UTILIZADA COMO INSTRUMENTO DE 
PUNIÇÃO ANTECIPADA DO INDICIADO OU DO RÉU. - A prisão preventiva não 
pode - e não deve - ser utilizada, pelo Poder Público, como instrumento de 
punição antecipada daquele a quem se imputou a prática do delito, pois, no 
sistema jurídico brasileiro, fundado em bases democráticas, prevalece o princípio 
da liberdade, incompatível com punições sem processo e inconciliável com 
condenações sem defesa prévia. (...) A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME 
NÃO CONSTITUI FATOR DE LEGITIMAÇÃO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA 
LIBERDADE. - A natureza da infração penal não constitui, só por si, fundamento 
justificador da decretação da prisão cautelar daquele que sofre a persecução 
criminal instaurada pelo Estado. Precedentes. A PRESERVAÇÃO DA 
CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES E DA ORDEM PÚBLICA NÃO SE 
QUALIFICA, SÓ POR SI, COMO FUNDAMENTO AUTORIZADOR DA PRISÃO 
CAUTELAR. - Não se reveste de idoneidade jurídica, para efeito de justificação 
do ato excepcional da prisão cautelar, a alegação de que, se em liberdade, a 
pessoa sob persecução penal fragilizaria a atividade jurisdicional, comprometeria 
a credibilidade das instituições e afetaria a preservação da ordem pública. 
Precedentes. A PRISÃO CAUTELAR NÃO PODE APOIAR-SE EM JUÍZOS 
MERAMENTE CONJECTURAIS. - A mera suposição, fundada em simples 
conjecturas, não pode autorizar a decretação da prisão cautelar de qualquer 
pessoal (...) O CLAMOR PÚBLICO NÃO BASTA PARA JUSTIFICAR A 
DECRETAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR. - O estado de comoção social e de 
eventual indignação popular, motivado pela repercussão da prática da infração 
penal, não pode justificar, só por si, a decretação da prisão cautelar do suposto 
autor do comportamento delituoso, sob pena de completa e grave aniquilação do 
postulado fundamental da liberdade (...) O POSTULADO CONSTITUCIONAL DA 
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA IMPEDE QUE O ESTADO TRATE, COMO SE 
CULPADO FOSSE, AQUELE QUE AINDA NÃO SOFREU CONDENAÇÃO 
PENAL IRRECORRÍVEL. (...) (destacou-se).
Não há como a prisão preventiva ser baseada em um 
perigo abstrato, duvidoso, que pode ou não acontecer, sem que haja nenhum indício 
concreto de que ocorrerá novamente. Este é um argumento inquisitório, irrefutável, onde 
não há possibilidade de se exercer a defesa diante da impossibilidade de demonstrar a 
contraprova. Conquanto comprovar que amanhã, permanecendo solto, não irá o agente 
cometer um crime. É uma análise impossível de ser feita.
O e x c e l e n t í s s i m o j u i z , a o u t i l i z a r o 
art. 312 do CPP como motivação da segregação, apenas fez menção aos requisitos,tais 
como garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal sem fundamentar a 
decisão como determina a lei.
Isto é, o fato do Impetrante responder ao processo em 
liberdade não significa que voltará a praticar condutas tipificadas e a manutenção da sua 
s e g r e g a ç ã o é c o n t r á r i a a o s p r i n c í p i o s b a s i l a r e s i n s c u l p i d o s n o 
artigo 5º incisos LXIII e LXVI da Constituição Federal de 88.
O fundamento de garantia da ordem pública ofende 
princípios basilares que regem o processo penal tais como o princípio da presunção de 
inocência quando baseada na periculosidade do agente sem qualquer prova. Ofende, 
também, o princípio do devido processo legal, pois a liberdade do Impetrante é retirada 
sem que haja motivos cautelares justificadores, configurando até de puro arbítrio do 
julgador e os princípios do contraditório e da ampla defesa, já que apresentam 
argumentos impossíveis de serem refutados, não havendo possibilidade de se fazer 
qualquer prova em contrário.
Diante das circunstâncias, é notório que a Autoridade 
Coatora se limitou a apenas pontuar o referido artigo da legislação processual, que por si 
só não caracteriza motivação adequada e, portanto, não é aceita no nosso judiciário.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está 
sedimentada no sentido de que a alusão à gravidade em abstrato do crime e à comoção 
social não é suficiente para a decretação da prisão preventiva com fundamento na 
garantia da ordem pública. Ordem concedida.
Deve ser concedida a ordem a fim de permitir, ao menos 
por ora, que o Impetrante aguarde em liberdade sem olvidar a possibilidade do juízo, a 
qualquer tempo, entendendo preenchidos os requisitos do art. 312 e seguintes do CPP, 
decretar com fundamentação idônea, a prisão preventiva do agente.
Não se pode deixar de apreciar a legalidade de 
qualquer prisão antes do trânsito em julgado sem confrontar a decisão respectiva com 
o texto constitucional que prevê o estado de inocência e o devido processo legal, sempre 
em consonância com o princípio da dignidade da pessoa humana. Na hipótese, a prisão 
cautelar não se mostra necessária para justificar esta medida de exceção.
Assim, entende-se  não ter restado demonstrada a 
existência de periculum libertatis, razão pela qual a revogação da custódia cautelar do 
Impetrante é medida que se impõe.
III. DA MEDIDA LIMINAR EM HABEAS CORPUS
Andou em causa, mas agora se rejeita de plano, a 
perplexidade acerca do cabimento de medida liminar em processo de habeas corpus, que 
isto mesmo persuade a lição de juristas de notório saber jurídico.
O doutrinador Mirabete assim preleciona: “Nada impede 
seja concedida liminar no processo de habeas corpus, preventivo ou liberatório, quando 
houver extrema urgência.”
Data vênia, a Autoridade Coatora não agiu com normal 
assertiva, pois mantém o Impetrante acautelado, vez que no ordenamento jurídico pátrio a 
prisão é a exceção, quando não se verificar a necessidade do acautelamento, podendo 
este ser substituídos por medidas cautelares diversas a prisão, o que por si só podem 
garantir a ordem pública e a seguridade da instrução criminal.
Em última análise, o fato do Impetrante responder ao 
processo em liberdade não significa que voltará a praticar condutas típicas e a 
manutenção da sua segregação é contrária aos princípios basilares insculpidos no 
artigo  5º  incisos  LXIII  e  LXVI  da  Constituição Federal  de 88, sendo assim imperiosa a 
concessão da ordem a seu favor.
IV. DOS PEDIDOS
Ex positis, estando presentes o “fumus boni iuris” e o 
“periculum in mora”, requer se digne Vossa Excelência, muito respeitosamente, conceder 
a medida liminar para que seja determinada a revogação da prisão preventiva imposta ao 
Impetrante.
Caso Vossa Excelência julgue necessário, requer o 
Impetrante a expedição de ofício, a fim de que juiz a quo preste as informações de estilo 
e, após o recebimento destas e do respeitável parecer da douta Procuradoria de Justiça, 
conceda este Egrégio Tribunal a ordem de HABEAS CORPUS definitiva, ratificando a 
disposição constitucional da presunção de inocência, expedindo-se, consequentemente o 
competente e necessário Alvará de Soltura em favor do Impetrante.
Por medida de Justiça, 
Espera deferimento.
De Pato Branco - PR para Londrina - PR, em 21 de 
novembro de 2017.
Advogado
OAB/PR
CASO PRÁTICO FICTÍCIO Nº 14
No dia 22 de outubro de 2017, PEDRO PASSARELA foi preso 
em flagrante delito, pela prática de crime de roubo qualificado pela morte, em concurso de 
pessoas, no inquérito policial nº 19/2017, em trâmite perante a 1ª Vara Criminal de 
Londrina – Paraná. 
Na data de 23 de outubro de 2013 o auto de prisão em 
flagrante delito foi encaminhado ao Juízo, sendo que na mesma data você, na qualidade 
de defensor constituído, requereu a liberdade provisória, em cujo pedido foi comprovado 
que o Impetrante se trata de jovem de 19 (dezenove) anos de idade; que reside com sua 
mãe e padrasto; bem como estuda em Colégio Público, sendo que a sua permanência no 
cárcere, sem estarem presentes os requisitos necessários à decretação da prisão 
preventiva, ocasionará a perda do ano letivo e injusta privação da liberdade, além de 
colocá-lo em contato com indivíduos de alta periculosidade, que não é o seu caso. 
Ocorre que o pedido de liberdade provisória foi indeferido pelo 
Juízo, que converteu a prisão em flagrante delito em prisão preventiva, através da decisão 
de fls. 68, que abaixo se transcreve:
“O requerente fora denunciado por delito de roubo qualificado, crime 
de natureza gravíssima. Está preso desde o dia 05.03.13. Nesta 
Comarca não registra antecedentes. Reside, ao que tudo consta - na 
companhia de sua mãe e padrasto. Tem 19 anos de idade e ao que 
consta estava estudando na época dos fatos. O delito atribuído ao 
denunciado é inafiançável e como se disse, de natureza gravíssima. 
Vigora em nosso sistema constitucional o princípio da inocência, que 
não derrubou os preceitos do Código de Processo Penal que prevê o 
encarceramento provisório de acusados, antes do trânsito em 
julgado de eventual sentença condenatória, de tal forma, que a 
liberdade é a regra e a prisão provisória a exceção. Contudo, a 
liberdade provisória, em crimes inafiançáveis, somente é cabível 
quando não estiverem presentes os requisitos para a decretação da 
prisão preventiva. No caso há. Como se disse, não bastasse a 
gravidade do fato, por si só, crime de roubo qualificado, realizado 
mediante agressão física à vítima, e os constantes assaltos que vêm 
sendo cometidos em Sertão/PR, cuja população encontra-se 
apavorada com a "onda" de violência, jamais visto em outras 
ocasiões, está a exigir resposta pronta, e eficaz e imediata das 
autoridades constituídas.
Os fatos atribuídos ao denunciado foram cometidos na companhia 
de outros 03 elementos, sendo que 02 são inimputáveis. Colocar-se 
o denunciado em liberdade, diante dos elevadíssimos números de 
crimes gravíssimos que tem ultimamente ocorrido em Sertão/PR, é 
incentivar a impunidade. O processo se arrasta por longos anos e 
quando não prescreve, não dá em nada. Ora, isso é incentivar a 
impunidade. Não é sem razão que a violência em todo o país tem 
aumentado, todos os dias, o que não foge à regra nesta Comarca, 
vez que as pessoas vêem pela mídia de que um assalto aconteceu 
aqui, um homicídio acolá e os acusados permanecem em liberdade. 
Para crimes graves é preciso mitigar o princípio constitucional da 
inocência, aplicando-se outro princípio maior, de alcance universal: 
De que o interesse público se sobrepõe aos direitos e garantias 
individuais. Para crimes graves, em tese, medidas severas, sob 
pena da ordem pública ficar severamente comprometida. Assim, 
para que a paz social se restabeleça imprescindível que seja o 
acusado mantido no cárcere. 
Doque fora dito, presente os requisitos para a decretação da prisão 
preventiva do denunciado, qual seja, garantia da ordem pública 
acima demonstrada, indefiro o pedido de liberdade provisória. 
Intime-se. Ciência ao Ministério Público. Junte-se cópia deste 
despacho nos autos de inquérito policial ou de Ação Penal, em 
havendo.”
Diante de tal situação, elabore a peça de “habeas corpus” em 
favor do Impetrante.

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