Buscar

Apostila Seguranca Patrimonial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
APOSTILA 
 SEGURANÇA PATRIMONIAL 
 
PARTE INTEGRANTE DISCIPLINA AUT 579 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
RESPONSÁVEL: PROFESSORA ASSOCIADA ROSARIA ONO 
ELABORAÇÃO: PROFESSORA COLABORADORA 
 DOUTORA KATIA BEATRIS ROVARON MOREIRA 
 
2013 
2 
 
01. Conceitos do CPTED (Crime Prevetion Through Environmental Desig) 
Conceitos de CPTED de acordo com Jane Jacobs(1961) 
- Pelo estudo do bairro de Greenwich Village em Nova Iorque observou que no 
mesmo bairro haviam áreas produtivas e seguras (mix de uso do solo, 
possibilitando as pessoas se vigiarem umas as outras) 
- Enquanto outras eram quase abandonadas e causavam medo (ruas vazias) 
A partir destas observações Jane Jacobs considerou que: 
- Primeiro, deve ser nítida a separação entre o espaço público e o espaço privado. 
- Segundo, devem existir olhos para a rua , os olhos daqueles que podemos 
chamar de proprietários naturais da rua. 
- Terceiro, a calçada deve ter usuários transitando ininterruptamente,... para 
aumentar na rua o número de olhos atentos, ...” 
Sobre os bairros sugeriu as seguintes medidas urbanas 
− Pluralidade de usos 
− A vibrante vida das calçadas 
− Densidade nos bairros 
− Participação comunitária 
"Não é preciso haver muitos casos de violência numa rua ou num distrito para que as 
pessoas temam as ruas... e, quando temem as ruas, as pessoas as usam menos, o que 
torna as ruas ainda mais inseguras” Jane Jacobs 
Conceitos de CPTED conforme Oscar Newman (1972) 
 
Oscar Newman defendeu a classificação de espaços 
− Públicos (ruas) 
− Semi-públicos (calçadas) 
− Semi-privados (páteos) 
− Privados (quintais) 
 
Para os edifícios estabeleceu as seguintes diretrizes: 
− Janelas – Devem ser colocadas de modo a ser pontos de fácil vigilância. 
− Áreas externas ao edifício – Devem ser facilmente visualizadas do edifício – 
estacionamentos, acessos, áreas de lazer. 
− Corredores – Devem permitir visualização também, tendo um lado aberto 
ou envidraçado. 
3 
 
− Utilização de degraus, muretas, desníveis, topografia, iluminação, varandas 
e paisagismo, para delimitar simbolicamente as áreas semi-privativas; 
− Número de entrada limitadas 
− Posicionamento do edifício junto à rua 
− Uso de texturas e cor nos pavimentos para diferenciar áreas, contribuindo 
para o conceito de territorialidade identidade espacial. 
− Número limitado de famílias por acesso 
− Adição de bancos no pátio e melhoria da área de convívio, para maior 
utilização dos moradores. 
Conceitos de CPTED conforme Timothy Crowe (2000) 
− Territorialidade – definição clara de espaços 
− Vigilância Natural 
− Controle de acesso natural 
− Melhoria da programação do espaço 
− Melhoria nos sistemas de comunicação da comunidade 
 
Conceitos de CPTED conforme Randal Atlas (2008) 
 
− Vigilância natural 
− Controle de acesso natural 
− Territorialidade – definição clara de espaços 
− Administração e manutenção 
− Legitimação do uso – uso do espaço para o qual foi projetado 
− Deslocamento 
− Participação do cidadão na comunidade 
− Programas para coesão social – atividades no bairro 
− Aumento da conectividade 
− Dialogo, comunicação e parcerias com a comunidade 
− Respeito pelo limite da capacidade da região 
CPTED - Metas de projeto 
− Estabelecer um bom ambiente físico 
− Incentivar o comportamento positivo 
− Estabelecer um uso produtivo do espaço 
− Prevenção e diminuição do crime 
 
 
4 
 
02. Conceitos principais de projeto contemplando o CPTED 
Vigilância natural 
− Criar espaços que possibilitem visibilidade 
− Criar pontos de vigilância nas edificações 
− Evitar pontos cegos tanto nos quintais das residências como nas áreas comuns 
dos bairros 
− Os limites perimetrais das residências devem propiciar interação entre vizinhos 
− Uso adequado da iluminação à noite 
 
Controle de acesso natural 
 
− Limitar os pontos de entrada. 
− Criar estruturas naturais para dirigir as pessoas até a área de recepção e controlar o 
fluxo de modo natural 
− Uso de cercas baixas e paisagismo para limitar e controlar o acesso e possibilitar a 
vigilância. 
− Complementar com operacional e equipamentos mecanizados 
 
Criação do senso de propriedade 
 
− Plantar árvores em áreas residenciais, os espaços residenciais com árvores em frente 
são significativamente mais atrativas, e mais seguras, e mais passível de serem 
visitadas que espaços semelhantes sem árvores. 
− Devem ser colocadas sinalizações de dispositivos de segurança em locais de acesso. 
− Evitar grades de arame e arames farpadose elementos que comunicam a ausência de 
presença física. 
− Programar atividades em áreas comuns incentiva o uso próprio, atrai mais pessoas e 
incrementa a percepção que aquelas áreas são controladas. 
 
Manutenção 
 
− Propriedades que sofrem manutenção constante, comunicam que o espaço é 
constantemente ocupado. 
 
03. Elementos para o desenvolvimento do projeto de segurança 
 
3.1 Normas 
 
Normas nacionais aplicáveis para aplicação e especificação da resistência de materiais em 
projetos de segurança 
5 
 
− Componentes construtivos estruturais – Determinação da resistência ao fogo - 
NBR 5628. 
− Projeto de estruturas de concreto – Procedimento - NBR 6118. 
− Portas e vedadores – determinação da resistência ao fogo e para fachadas - 
NBR 6479. 
− Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil - NBR 7199. 
− Desempenho de porta de madeira de edificação - NBR 8054. 
− Fechaduras – Ensaio de laboratório NBR 8489 . 
− Vidros na construção civil - NBR 11.706. 
− Portas corta fogo para saídas de emergência - NBR 11742. 
− Fechaduras - NBR 12927. 
− Fechaduras para portas de vidro – Requisitos - NBR 14651. 
− Vidro laminado - NBR 14.697. RJ, 1998, 19p. 
− Vidro temperado - NBR 14.698.RJ, 2001, 19p. 
− Fechadura de embutir – Requisitos, classificação e métodos de ensaio - NBR 
14913. Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações - 
NBR 14925. 
− Blindagem para impactos balísticos - NBR 15.000. 
− Sistemas de portas automáticas - NBR 15202. 
− Unidades de armazenagem segura – Salas-cofre e cofres para hardware – 
Classificação e métodos de ensaio de resistência ao fogo - NBR 15247. 
− Cadeados – Requisitos, classificação e métodos de ensaio - NBR 15271. 
 
Normas internacionais para projetos de segurança patrimonial 
 
− NFPA 730 – Guide for Premises Security (Diretrizes para projetos arquitetônicos) 
− NFPA 731 – Standard for the Installation of Eletronics Premises Security Sistems 
(Segurança Eletrônica) 
 
Órgãos Internacionais (Publicações de Normas sobre Segurança Patrimonial) 
 
− ASTM – American Society for Testing and Materials Standards 
− ANSI – American National Standards Institute 
− ATF – Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives 
− UL – Underwriters Laboratories Inc. 
− BHMA – Builders Hardware Manufactures Association 
 
3.2 A contribuição do arquiteto nos projetos de segurança 
 
− Na criação de espaços que favoreçam a segurança 
 
− Na especificação de materiais que favoreçam a segurança
 
Objetivo da integração da arquitetura e a segurança
quais o edifício ofereça que venham a contribuir para 
ligado à segurança. Para a elaboração do projeto de segurança deve haver integração 
entre o projeto arquitetônico, a tecnologia (segurança eletrônica) e o sistema 
operacional (equipe que gerenciará a segurança na edificação).
 
 
 
3.3 Elaboração de diagnóstico para elaboração do projetode segurança
 
Para que um evento ligado à segurança ocorra, existem 3 situações a serem estudadas: 
a oportunidade, ou seja, a vulnerabilidade apresentada para que o 
motivação que é a atratividade que ocasionará a ocorrência, e a técnica, que consiste 
na metodologia que o criminoso utilizará para realizar a tarefa.
 
 
 
 
3.4 Objetivos da segurança patrimonial
 
� Pessoas (diretores, empregados, visitantes, moradores, pacientes etc.)
� Informações (patentes, pesquisas, informações 
� Propriedade (recursos, propr
 Técnica
 Figura 01
Figura 02 - Elem
Na especificação de materiais que favoreçam a segurança 
Objetivo da integração da arquitetura e a segurança é minimizar as oportunidades as 
quais o edifício ofereça que venham a contribuir para a ocorrência de um evento 
. Para a elaboração do projeto de segurança deve haver integração 
entre o projeto arquitetônico, a tecnologia (segurança eletrônica) e o sistema 
operacional (equipe que gerenciará a segurança na edificação). Figura 0
iagnóstico para elaboração do projeto de segurança
Para que um evento ligado à segurança ocorra, existem 3 situações a serem estudadas: 
a oportunidade, ou seja, a vulnerabilidade apresentada para que o sinistro ocorra. A 
motivação que é a atratividade que ocasionará a ocorrência, e a técnica, que consiste 
na metodologia que o criminoso utilizará para realizar a tarefa.Figura 0
 
 
 
Objetivos da segurança patrimonial é assegurar : 
(diretores, empregados, visitantes, moradores, pacientes etc.)
(patentes, pesquisas, informações financeiras etc.)
(recursos, propriedades, bens negociáveis etc.) 
Projeto
Tecnologia 
Sistema 
operacional
 Oportunidade 
Motivação cnica 
Figura 01 - Integração do projeto de segurança 
mentos que contribuem para a ocorrência de um
6 
inimizar as oportunidades as 
a ocorrência de um evento 
. Para a elaboração do projeto de segurança deve haver integração 
entre o projeto arquitetônico, a tecnologia (segurança eletrônica) e o sistema 
01 
 
iagnóstico para elaboração do projeto de segurança 
Para que um evento ligado à segurança ocorra, existem 3 situações a serem estudadas: 
sinistro ocorra. A 
motivação que é a atratividade que ocasionará a ocorrência, e a técnica, que consiste 
02 
(diretores, empregados, visitantes, moradores, pacientes etc.) 
financeiras etc.) 
m sinistro 
7 
 
 
3.5 Metas que devem ser contempladas no planejamento de um projeto (AIA - 
American Institute of Architects) 
1. Prevenir (a perda de vidas e minimizar as perdas físicas) 
2. Controlar (acessos , pessoas, materiais) 
3. Detectar (vigilância) 
4. Intervir (responder à agressões) 
 
3.6 Análise da atratividade do bem : 
− Monetário – valor em moeda do patrimônio; 
− Intrínseco – valor embutido na edificação; 
− Econômico – valor de produto no mercado; 
− Operacional – valor da infra-estrutura e instalações; 
− Regulador – valor de produto no mercado, taxas, impostos; 
− Intangível – valor de propriedade que em caso de perda não pode ser 
restituído; 
− Pessoal – valor emocional 
 
3.7 Avaliação da segurança 
 
A avaliação da segurança consiste em avaliar principalmente: os riscos, as ameaças e 
as vulnerabilidades. Figura 03 
 
 
 
 
Avaliação dos riscos 
 
“Risco” é um conceito que avalia as perdas as variações entre os resultados previstos e 
imprevistos, ou a probabilidade da ocorrência de uma perda. 
 
3.7.1 Os riscos podem ser distribuídos em: 
− Desastres (Incêndio, inundação, acidentes químicos) 
− Distúrbios civis 
− Crimes 
− Conflitos de interesse 
AVALIAÇÃO DA 
SEGURANÇA
Riscos Vulnerabilidades Ameaças
Figura 03 - Avaliação da Segurança 
8 
 
− Terrorismo 
− Riscos especulativos 
− Outros 
 
3.7.2 Análise das ameaças 
 
As ameaças são divididas em: não intencionais e intencionais. 
Ameaças não intencionais 
− Condições climáticas; 
− Fenômenos da natureza; 
− Acidentes por falta de manutenção de sistemas; 
− Incêndios ; 
− Demais situações de emergência. 
 
Ameaças intencionais externas 
− Atos irados: com intenção ou desejo de vingança (crimes passionais ou 
manifestação de insatisfação); 
− Atos criminosos: com intenção de subtrair bens ou cometer crimes contra 
pessoas; 
− Atos de vandalismo: com intenção de depredar a edificação, por motivos de 
delinqüência ou similares; 
− Atos terroristas: com motivação política, religiosa ou social. 
 
Ameaças intencionais externas 
− Furtos; 
− Fraudes e desfalques; 
− Furto de informações; 
− Assédio moral e sexual 
 
3.7.3 Análise das vulnerabilidades 
 
Em segurança patrimonial espaços vulneráveis são considerados pontos fracos e de 
fácil invasão, onde o acesso torna fácil à ação criminosa. 
De acordo com NADEL (2004, pg 2.10), deve ser elaborado um check-list de identificação, 
investigando os locais de possível vulnerabilidade com as seguintes divisões: 
a) Perímetro Protegido 
− Propriedades adjacentes e vizinhança; 
− Topografia e vegetação; 
− Vias de acesso e entrada de veículos; 
9 
 
− Estacionamento; 
− Muros; 
− Acesso de veículos; 
− Acesso de pedestres; 
− Estrutura existente; 
− Visibilidade; 
− Infra-estrutura proposta ou existente; 
− Segurança física e tecnológica existente. 
 
b) Planejamento do Lote 
− Vegetação, obstruções visuais e lugares escondidos; 
− Acesso de veículos; 
− Estacionamento; 
− Acesso de pedestres; 
− Iluminação; 
− Segurança física e tecnológica existente. 
 
b) Segurança da Edificação 
− Uso e atividades; 
− Circulação, sistemas de segurança e rotas de fuga; 
− Tratamento da fachada e vidros; 
− Sistemas estruturais; 
− Localização e distribuição da infra-estrutura; 
− Planejamento do lay-out; 
− Entradas de ventilação; 
− Portas externas de acesso; 
− Acessos ao telhado; 
− Lobbyes de entrada; 
− Entrada de mercadorias/correspondência; 
− Centros operacionais; 
− Sistemas de reserva. 
 
c) Segurança Operacional 
− Estabelecimento de normas e protocolos da organização. 
10 
 
− Desenvolvimento de um Plano de Emergência; 
− Intercomunicação com a polícia; 
− Treinamento de pessoal da segurança; 
− Treinamento de plano de abandono. 
− Manutenção e testes regulares dos sistemas e alarmes. 
− Monitoração dos sistemas prediais; 
− Centro operacional e resposta a emergências; 
− Coordenação com os órgãos locais; 
− Proteção de informações. 
 
d) As Maiores Deficiências da Segurança 
− Vegetação densa; 
− Vidros sem blindagem; 
− Cobertura insuficiente do CFTV; 
− Postos inseguros quanto à proteção a balas. 
− Área insuficiente para inspeção de entrada de pessoas e objetos. 
− Falta de procedimentos para entrada de veículos; 
− Pessoal insuficiente para o tamanho da edificação; 
− Demarcação precária dos limites do lote; 
− Tempo desconhecido de resposta aos ataques.” 
 
4. Elaboração do projeto 
Após todas as análises elaboradas e os níveis de risco estabelecidos, o projeto de segurança 
contemplará as medidas necessárias para tornar o edifício mais seguro. Estas medidas são 
divididas em medidas passivas e medidas ativas 
4.1 Medidas passivas 
As medidas passivas devem ser determinadas na elaboração do projeto arquitetônico, 
considerando a definição de materiais construtivos e sua resistência no acontecimento de um 
sinistro, além de medidas especiais que visam facilitar as ações de emergência. Entre as 
medidas passivas estão a aplicação de materiaisresistentes a intrusões em muros, portões, 
portas, janelas, vidros, estrutura, telhado, entre outros. Estas medidas também são 
estabelecidas por meio layouts bem trabalhados,tipo de paisagismo, entre outros. 
11 
 
 
 
 
4.2 Medidas ativas 
As medidas de segurança ativa são apoiadas em equipamentos que necessitam de 
alimentação de fontes de energia para seu funcionamento, é a denominada segurança 
eletrônica, composta principalmente por CFTV (Circuito fechado de TV), sensores, alarmes e 
equipamentos de controle de acesso. 
5. Análise Preliminar de Riscos (APP) 
Para melhor ilustração da elaboração de um diagnóstico para a avaliação da edificação como 
um todo e propor as medidas necessárias , está sendo apresentada uma das diversas técnicas 
utilizadas para a avaliação de riscos em uma edificação, no caso do modelo em anexo foi 
utilizada a análise de um edifício residencial. A Análise Preliminar de Riscos (APP) baseia-se 
na análise de requisitos como identificação do risco, causas, efeito, categoria de risco devido 
à severidade, e as medidas preventivas. O Quadro 1 (Moreira, 2012) demonstra um modelo 
de diagnóstico com as causas e efeitos para a elaboração das medidas corretivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Quadro 01 - Análise Preliminar de Riscos - APP 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APP (parte 1) 
 
Ambiente 
macro 
Ambiente Ambiente 
micro Risco Causa Efeito 
Medidas 
preventivas/ 
corretivas 
Cat. 
de 
Risco 
Cidade 
bairro bairro 
roubo, furto, 
vandalismo 
e demais 
modalidades 
de crime nas 
ruas, 
passeios e 
edificações 
padrão elevado 
de determinados 
edifícios 
atratividade melhoria da 
segurança pública 3 
falta de 
tratamento das 
áreas urbanas 
falta de 
convivência entre 
moradores 
melhoria na qualidade 
de vida urbana 3 
falta de 
policiamento 
facilitação do 
crime 
melhoria da 
segurança pública 5 
uso estritamente 
residencial 
esvaziamento das 
ruas/facilitação do 
crime 
mudança da 
legislação edilícia e 
urbana 
3 
rua rua 
iluminação 
precária falta de visibilidade 
aumento iluminação 
pública 4 
passeio passeio 
iluminação 
precária falta de visibilidade 
aumento iluminação 
pública e das 
edificações 
4 
vegetação 
fechada falta de visibilidade 
uso de vegetação 
adequada (pública e 
edificações) 
3 
edificações 
vizinhas divisas 
invasão ao 
condomínios 
pelas divisas 
Tratamento 
inadequado do 
perímetro do lote 
Insegurança nas 
regiões perimetrais 
da edificação 
reuniões da 
comunidade para 
previsão de medidas 
de segurança 
coletivas 
3 
Perímetro 
do lote do 
condomí- 
nio 
acesso 
pedestres 
portaria 
acesso não 
permitido; 
rendimento 
do porteiro 
localização 
inadequada falta de visibilidade 
implantação em local 
de boa visibilidade 
para todos os 
acessos(projeto); 
complemento da 
vigilância por CFTV 
5 
resistência do 
material e das 
fechaduras 
Invasão à portaria reforço da porta, janelas e paredes 4 
portões arrombamento 
resistência do 
material e das 
fechaduras 
arrombamento 
Reforço dos materiais 
de composição e das 
fechaduras 
3 
eclusa 
acesso não 
permitido 
ausência 
dificuldade na 
identificação 
pessoas 
previsão em projeto; 
ou adequação no 
edifício existente 
4 
 
tipo de 
acionamento dos 
portões 
abertura 
simultânea dos 
portões sem a 
identificação 
previsão de travas 
automatizadas para 
impedir a abertura 
simultânea dos 2 
portões 
4 
passador 
de 
volumes 
acesso não 
permitido ausência 
Abandono do 
posto para 
recebimento 
encomendas 
previsão em projeto; 
ou adequação no 
edifício existente 
5 
Fecha- 
men to do 
perímetro 
do lote 
muro 
invasão 
pelas divisas 
pouca 
altura/falta de 
dispositivos de 
controle 
Facilidade de 
acesso 
Aumento da 
altura,complementaçã
o por grades, 
previsão de 
equipamentos de 
detecção 
3 
 
grade invasão pelas divisas 
desenho facilidade acesso desenho que dificulte 
a invasão 3 
 
falta de 
resistência/pouc
a altura/falta de 
dispositivos de 
controle 
arrombamento 
previsão de material 
resistente a impactos 
e deformações , 
previsão 
equipamentos de 
detecção 
2 
 
13 
 
Quadro 01 - Análise Preliminar de Riscos - APP 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APP (parte 2) 
Ambiente 
macro 
Ambiente Ambiente 
micro Risco Causa Efeito 
Medidas preventivas/ 
corretivas 
Cat. 
de 
Risco 
Perímetro do 
lote do 
condomínio 
 vidro invasão pelas divisas falta de resistência quebra 
previsão de 
material resistente 
a impactos 
2 
 paisagismo ocultação de pessoas vegetação densa 
falta de 
visibilidade 
previsão de 
vegetação que 
permita a vigilância 
natural 
3 
medidores acesso invasão pelas divisas 
deficiência no 
controle e mau 
posicionamento 
acesso não 
desejado 
instalação em 
locais de acesso 
restrito, vigilância 
natural 
2 
lixeira portão de 
acesso 
invasão pelo 
acesso 
deficiência no 
controle de saída e 
retirada do lixo 
acesso não 
desejado 
tratamento do 
leiaute do acesso à 
lixeira, vigilância 
natural 
2 
Áreas entre 
perimetro e 
edifício 
 paisagismo 
ocultação 
vegetação alta e/ou 
densa 
falta de 
visibilidade 
tratamento do 
paisagismo de 
forma a privilegiar a 
vigilância natural 2 
 
áreas de 
lazer 
ocultação 
leiaute mal 
distribuido 
 dificuldade de 
vigilância 
distribuição dos 
equipamentos com 
conceitos de 
vigilância natural 2 
Edifício edifício edifício ocultação leiaute de implantação 
 dificuldade de 
vigilância 
prever em projeto a 
vigilância 
natural/CFTV 
edifícios existentes 2 
 edifício cobertura invasão 
falta de resistência 
dos materiais/falta 
de dispositivos de 
controle 
arrombamento 
/acesso fácil 
prever resistência 
de materiais e 
trincos/alarmes 2 
 
fachada 
portas invasão 
falta de resistência 
das portas/ falta de 
dispositivos de 
controle 
arrombamento 
/acesso fácil 
prever resistência de 
materiais e 
trincos/sistemas de 
controle de acesso 2 
 
janelas invasão 
falta de resistência 
das janelas e 
trincos 
arrombamento 
/acesso fácil 
prever resistência de 
materiais e 
trincos/alarmes 2 
 
sacadas invasão 
falta de 
proteção/elementos 
escaláveis 
próximos 
Acesso pela 
sacada 
prever proteção para 
os primeiros 
pavimentos 2 
 
Área 
interna do 
edifício 
corredores ocultação, 
vandalismo 
falta de 
equipamentos de 
detecção, 
iluminação precária 
ocultação, 
vandalismo 
previsão de CFTV e 
iluminação adequada 
2 
 
 escadas 
ocultação, 
vandalismo, 
acesso aos 
pavimentos 
falta controle no 
acesso/mal 
posicionamento 
acesso 
ocultação, 
vandalismo 
prever em projeto 
acesso de fácil 
vigilância/dispositivos 
de detecção/CFTV 
2 
 
 elevadores acesso aos pavimentos 
falta controle no 
acesso/mal 
posicionamento 
hall 
acesso aos 
pavimentos 
prever em projeto 
hall de fácil 
vigilância/CFTV 
elevadores/controle 
no acesso 
3 
 
 
 
 
14 
 
Quadro 01 - Análise Preliminar de Riscos - APP 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APP (parte 3) 
Ambiente 
macro 
Ambiente Ambiente micro Risco Causa Efeito Medidas preventivas/ 
corretivas 
Cat. 
de 
Risco 
 
 
Salas de 
energia/telefonia/ 
monitoramento/ 
centrais 
sabotagem 
dos sistemas 
vitais do 
edifício, 
vandalismo 
falta de 
controle nos 
acessos 
ausência dos 
sistemas 
vitais e decontrole do 
edifício 
prever trincos para 
fechamento e controles 5 
 
 
estacionamento 
no subsolo 
furto e 
invasão, 
acesso aos 
pavimentos e 
confinamento 
dos 
moradores 
em caso de 
invasão 
leiaute 
inadequado, 
falta de 
iluminação, 
controle de 
acesso e 
equipamentos 
de detecção 
furto e 
invasão, 
acesso aos 
pavimentos e 
confinamento 
dos 
moradores 
em caso de 
invasão 
projeto com leiaute para 
fácil 
vigilância/iluminação/salas 
e depósitos controlados 
5 
 
5. Bibliografia 
 
AIA – THE AMERICAN INSTITUTE OF ARCHITECTS. Security Planning and Design: A guide for 
architects and building design professionals. New Jersey, USA, John Wiley & Sons, 2004. 
ATLAS, R. 21st century security and CPTED. Taylor and Francis Group, FL, 2008. 
CROWE, T.D. – Crime Prevention Through Environmental Design: Aplications of Architectural 
Design and Space Management Concepts. Massachusetts,USA, Butterworth-Heinemann, 
2000. 
JACOBS, J. – Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo Martins, Fontes, 2000. 
NADEL, B.A. – Building Security – Handbook for Architectural Planning and Design. New 
York, USA, McGraw-Hill, 2004. 
Moreira, K.B.R.:, Diretrizes para projeto de segurança patrimonial em edificações, São 
Paulo, Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, 2007 
Moreira, K.B.R. : O processo de produção e gestão de segurança patrimonial de edifícios 
residenciais verticais na cidade de São Paulo , São Paulo, Tese de Doutorado, Universidade de 
São Paulo, 2012 
NEWMAN, O. Defensible Space: Crime Prevention Through Urban Design: New York, USA, 
Macmillan Publishing Co. Inc., 1973.

Continue navegando

Outros materiais