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PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA LT 230 SE kV BARREIRAS II/SE RIO GRANDE II - BARREIRAS/SÃO DESIDÉRIO Volume Único JUNHO - 2015 Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 2 Sumário 1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 6 2. DADOS BÁSICOS DO EMPREENDIMENTO .................................................... 9 3. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO10 4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................. 11 5. PLANOS, PROGRAMAS E SUBPROGRAMAS .............................................. 16 5.1. PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL .......................... 17 5.2. PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO (PAC) ......................................... 32 5.3. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS ...................................... 72 5.4. PLANO DE SEGURANÇA/EMERGÊNCIA ................................................... 85 5.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......................... 98 5.6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RUÍDOS .................................... 120 5.7. PLANO DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO ............................................................................... 130 5.8. PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSO EROSIVO E ASSOREAMENTO ............................................................................................. 139 5.9. PLANO DE SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO ........................ 149 5.10. PLANO DE CONTRATAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA LOCAL ................................................................................................................ 160 5.11. PLANO DE APOIO ÀS ATIVIDADES PRODUTIVAS PARA ARRANJOS PRODUTIVOS .................................................................................................... 172 5.12. PLANO DE INDENIZAÇÃO FUNDIÁRIA .................................................. 180 5.13. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DE FAIXA DE SERVIDÃO .................. 204 5.14. PLANO DE DESMATAMENTO E RESGATE DE FLORA ........................ 210 5.15. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) ........ 235 5.16. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FLORA ................................... 262 5.17. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA ................................... 270 Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 3 5.18. PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DA FAUNA SILVESTRE ........................................................................................................................285 5.19. PLANO DE CONECTIVIDADE ENTRE COMPONENTES .......................... 302 DA PAISAGEM ................................................................................................... 302 5.16 PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS ............................................................................................................... 321 5.21. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ............................................. 332 5.22. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................ 346 5.23.PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL ................................................................................................... 360 5.24. PROGRAMA DE MONITORAMENTO PALEONTOLÓGICO .................... 381 6. ANEXOS ......................................................................................................... 396 Listas de quadros, tabelas e figuras Quadro 1: Planos, Programas e Subprogramas.......................................................... 7 Quadro 2 - Composição e Responsabilidades das Áreas de Atuação do PGSA ...... 25 Quadro 3: Aspectos ambientais da construção ......................................................... 40 Quadro 4: Quadro Geral e Comparação dos Três Tipos de Análises de Risco ........ 77 Quadro 5: Previsão da Composição dos Resíduos ................................................. 106 Quadro 6: Critério de avaliação para ambientes externos, em dB (A) .................... 125 Quadro 7: Metas, Atividades, Ações ....................................................................... 145 Quadro 8: Metas do PCCMOL ................................................................................ 166 Quadro 9: Atividades/Ações do PCCMOL ............................................................... 167 Quadro 10: Material de apoio do Plano de Contratação e Capacitação de Mão de Obra Local ............................................................................................................... 167 Quadro 11: Metas, atividades, ações do Programa ................................................ 176 Quadro 12: Metas, atividades, ações ...................................................................... 194 Quadro 13: Metas do Plano de Desmatamento ...................................................... 228 Quadro 14: Metas, atividades, ações ...................................................................... 253 Quadro 15: Material de apoio PRAD ....................................................................... 254 Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 4 Quadro 16: Metas, atividades, ações ...................................................................... 267 Quadro 17: Metas, atividades, ações ...................................................................... 279 Quadro 18: Metas, atividades, ações ...................................................................... 296 Quadro 19: Coordenadas geográficas dos pontos selecionados para aplicação do Plano. ...................................................................................................................... 310 Quadro 20: Metas, Atividades, Ações ..................................................................... 315 Quadro 21: Metas, atividades, ações ...................................................................... 328 Quadro 22: Metas do PCS ...................................................................................... 340 Quadro 23: Atividades/Ações do PCS ..................................................................... 340 Quadro 24: Material de Apoio PCS ......................................................................... 341 Quadro 25: Metas do PEA....................................................................................... 354 Quadro 26: Atividades/Ações do PEA ..................................................................... 354 Quadro 27: Material de apoio do PEA ..................................................................... 354 Quadro 28: Metas do PRMEP ................................................................................. 372 Quadro 29: Atividades e ações do PRMEP ............................................................. 372 Tabela 1: Coordenadas dos pontos de soltura ........................................................ 295 Tabela 2: Sítios e ocorrências na área da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II - Barreiras/São Desidério ........................................................................................ 367 Tabela 3: Sítios arqueológicos cadastrados no CNSA/IPHAN na área de influência da linha de transmissão .......................................................................................... 367 Tabela 4: Torres em áreas de alto potencial paleontológico definidas durante a avaliação das potencialidades paleontológicas ....................................................... 385 Tabela 5: Torres em áreas de médio potencial paleontológicodefinidas durante a avaliação das potencialidades paleontológicas. ...................................................... 388 Figura 1: Fluxograma das atividades do PAC ........................................................... 48 Figura 2: Processo de Redução do Risco ................................................................. 75 Figura 3: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ............................................. 93 Figura 4: Aterro sanitário de São Desidério ............................................................ 100 Figura 5: Cores da Coleta Seletiva .......................................................................... 106 Figura 6: Recipientes para acondicionamento adequado dos resíduos sólidos ...... 110 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/LT%20Bahia/PCA%20LT%20BAHIA/Versão%20PCA%20Formatado%20e%20Rev.docx%23_Toc421541653 Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 5 Figura 7: Exemplo de local para acondicionamento adequado dos resíduos sólidos ................................................................................................................................ 111 Figura 8: Acima caminhão para coleta de resíduos sólidos e abaixo caminhão para coleta de resíduos líquidos ...................................................................................... 113 Figura 9: Segregação dos resíduos ........................................................................ 115 Figura 10: Largura da Supressão Vegetal na Faixa de Servidão no Cerrado/Caatinga e nas áreas de APP e Reserva Legal. .................................................................... 216 Figura 11: Praças das Torres (estaiada e autoportante). ........................................ 218 Figura 12: Avaliação da tendência natural de queda da árvore. ............................. 220 Figura 13: Indicação dos caminhos de fuga. ........................................................... 221 Figura 14: Esquema da técnica de padrão de corte ................................................ 221 Figura 15: Tifor. ....................................................................................................... 222 Figura 16: Redirecionamento da queda da árvore através do uso de cunha e assimetria na largura da dobradiça. ........................................................................ 222 Figura 17: Técnica de ancoragem, onde podem ser Combinadas as utilizações de Cunha, de Tirfor e de Assimetria na Largura da Dobradiça. ................................... 222 Figura 18: Empilhamento de toras de madeira. Detalhes dos tipos de suporte para aeração da madeira empilhada e recomendações para evitar acidentes. .............. 224 Figura 19: Representação gráfica da disposição dos baldes e lonas nas estações de pitfalls ...................................................................................................................... 276 Figura 20: Ponto de soltura 1 (12°12’9.60”S 44°48’56.14”O) e Ponto de soltura 2 (12°27’20.88”S 45°1’51.44”O). ................................................................................ 294 Figura 21: Ponto de soltura 3 (12°39’40.83”S 45°13’40.94”O) e Ponto de soltura 4 (12°49’36.50”S 45°27’48.01”O). .............................................................................. 295 Figura 22: Fonte: Google Earth. .............................................................................. 311 Figura 23: Fonte Google Earth. ............................................................................... 312 Figura 24: Fonte Google Earth. ............................................................................... 313 Figura 25: Fonte Google Earth. ............................................................................... 314 Figura 26: Fonte Google Earth. ............................................................................... 315 Figura 27: Exemplo de curso de capacitação em paleontologia - aula teórica ........ 387 Figura 28: Exemplo de acompanhamento paleontológico com achado de materiais fósseis. .................................................................................................................... 390 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/LT%20Bahia/PCA%20LT%20BAHIA/Versão%20PCA%20Formatado%20e%20Rev.docx%23_Toc421541663 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/LT%20Bahia/PCA%20LT%20BAHIA/Versão%20PCA%20Formatado%20e%20Rev.docx%23_Toc421541664 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/LT%20Bahia/PCA%20LT%20BAHIA/Versão%20PCA%20Formatado%20e%20Rev.docx%23_Toc421541664 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/LT%20Bahia/PCA%20LT%20BAHIA/Versão%20PCA%20Formatado%20e%20Rev.docx%23_Toc421541665 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/LT%20Bahia/PCA%20LT%20BAHIA/Versão%20PCA%20Formatado%20e%20Rev.docx%23_Toc421541665 Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 6 1. APRESENTAÇÃO Este documento, integrante do processo de Licenciamento Ambiental, apresenta o Plano de Controle Ambiental – PCA relativo às obras de implantação da Linha de Transmissão em 230 kV – SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério. O Plano de Controle Ambiental tem por objetivo a continuidade do processo de Licenciamento Ambiental, apresentando os planos, programas e subprograma ambientais a serem executados durante a construção do referido empreendimento, conforme determina a legislação em vigor, para obtenção da Licença de Instalação – LI junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA. Este conjunto de subprograma, programas e planos, com suas respectivas medidas preventivas, mitigadoras e/ou compensatórias é abrangente e certamente garantirá que todos os impactos diretos e indiretos do Empreendimento sejam de alguma forma preventivamente atacados, mitigados e/ou compensados. O traçado da Linha de Transmissão em 230 kV – SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério, foi definido seguindo diretrizes, critérios e padrões de projeto na definição de localização e tipos de torres, tipos de cabo e outros acessórios. Foram também analisados os aspectos ambientais e sociais envolvidos, como travessias de corpos hídricos e remanescentes florestais, cruzamento de propriedades, benfeitorias e rodovias/estradas, com o objetivo de minimizar os possíveis impactos causados pela implantação do empreendimento. Para todos os impactos ambientais identificados nos meios físico, biótico e socioeconômico, foram apresentadas medidas de prevenção, mitigação e/ou compensação, reunidas em planos, programas e subprograma ambientais, dispostos no quadro a seguir: Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 7 Quadro 1: Planos, Programas e Subprogramas 01 Programa de Gestão e Supervisão Ambiental 02 Plano Ambiental da Construção 03 Programa de Gerenciamento de Risco 04 Plano de Segurança/Emergência 05 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 06 Plano de Monitoramento de Ruído 07 Plano de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado 08 Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento 09 Plano de Sinalização e Controle de Tráfego 10 Plano de Contratação e Capacitação da Mão de Obra Local 11 Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos 12 Plano de Indenização Fundiária 13 Programa de Manutenção da Faixa de Servidão 14 Plano de Desmatamento e Resgate de Flora 15 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração de Vegetação 16 Programa de Monitoramento de Flora 17 Programa de Monitoramento de Fauna 18 Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre 19 Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem Linha de Transmissão 230 kV SE BarreirasII/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 8 20 Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos e Subprograma de Preservação de Nascentes 21 Programa de Comunicação Social 22 Programa de Educação Ambiental 23 Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial 24 Programa de Monitoramento Paleontológico Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 9 2. DADOS BÁSICOS DO EMPREENDIMENTO Identificação Do Empreendedor Razão Social: SÃO PEDRO TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. CNPJ: 18.707.010/0001-27 Endereço: Av. Miguel Sutil, 8695 – 2º andar, Sala 4 – Bairro Duque de Caxias – Cuiabá-MT Telefone: (65) 3051-6100 Responsável: Antônio Augusto Garcia Palma – Diretor Identificação da Construtora Razão Social: SAE Towers Brasil Torres de Transmissão Ltda CNPJ: 07. 758.028/0001-31 Endereço: Moacyr Gonçalves Costa, n°15, Bairro Distrito Industrial Pielmont Sul, Betim, Minas Gerais Telefone: (31) 3399 2842 Responsável: Vagner Facin de Araújo – CREA 63506/D-SP e Marcelo Duarte dos Santos CREA 51663/D-MG Identificação da Empresa Responsável pelo Elaboração do PCA Razão Social: NOVO NORTE ENERGIA E CONSULTORIA LTDA CNPJ: 09.613.277/0001-64 Endereço: Av. Miguel Seror, n° 128, Bairro Santa Rosa – Cuiabá-MT Telefone: (65) 3023-1771 Responsável Técnico: Gleice Medeiros Rodrigues – CREA-MT 018425-D Coordenação do Projeto: Marcela Marques – CRBio 72861/08-RS Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 10 3. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO Profissional Função Formação Registro Profissional Marcela Marques Coordenadora do Projeto Bióloga CRBio 72861/08-RS Patrícia Palermo Equipe Técnica Geógrafa CREA/MT019195 Sabine Garcia Equipe Técnica Bióloga CRBio 81372/03-D Juliana Veronese Equipe Técnica Bióloga CRBio 76552/04 - D Rafhael Mamede Equipe Técnica Eng. Florestal CREA/MT1207471470 Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 11 4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 4.1. Síntese do Empreendimento A implantação de uma Linha de Transmissão (LT) em 230kV entre as Subestações de SE Barreiras II à SE Rio Grande II, visa proporcionar atendimento adequado às cargas supridas pela SE Barreiras, bem como permitir o crescimento das cargas no extremo oeste baiano, melhorando o setor energético dos municípios que ele atravessará – Barreiras e São Desidério - de forma a complementar o quadro de distribuição energética no estado da Bahia. Esta oferta energética contribui economicamente para a região melhorando a qualidade da energia fornecida principalmente em regiões nas proximidades dos municípios diretamente atingidos que sofrem de falta de energia nas épocas chuvosas, bem como suprir empreendimentos comerciais, industriais e serviços. A vinda da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério para a região também favorece na perspectiva de crescimento da população economicamente ativa, aumento da geração de emprego e renda e favorecimento da economia local. A localização dos municípios afetados pelo empreendimento, bem como o traçado da linha de transmissão, as vias de acesso existentes, a cobertura vegetal a ser suprimida no decorrer do trecho, a linha de transmissão existente paralela à LT a ser construída e as Áreas de Preservação Permanente, estão indicadas no Anexo 4.1. 4.2 Características Técnicas do Projeto O Projeto da Linha de Transmissão em 230kV de acordo com os critérios e especificações básicas apresenta as seguintes características técnicas principais: Tensão Nominal.......................................................................230kV; Faixa de Servidão (circuito simples) .......................................40m; Faixa de Servidão (circuito duplo) ...........................................50m; Tensão máxima de operação..................................................241,5kV; Frequência...............................................................................60Hz; Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 12 Número de circuitos.................................................................02; Número de fases......................................................................03; Cabo condutor Tipo A..............................................................aluminio (CAA); Bitola........................................................................................636MCM; Cabo para-raios........................................................................aço; Bitola.........................................................................................9,52m 4.3 Montagem das Estruturas das Torres As estruturas metálicas das torres serão montadas nas praças de montagem preparadas. A montagem das estruturas metálicas será efetuada através de seções pré-montadas no solo, podendo o içamento ser efetuado com guindaste ou manualmente, utilizando mastro (pau-de-carga). Serão seguidas as seguintes diretrizes de operação: - Será dada preferência a procedimentos que reduzam a abertura de áreas destinadas às atividades de montagem da Linha de Transmissão, com a otimização de equipamentos de grande porte, de forma a preservar as áreas a serem atingidas; - Os serviços de montagem serão restritos às áreas previstas para cada frente de montagem; - As frentes de trabalho próximas a áreas urbanas serão devidamente isoladas com tapumes e sinalizações, de forma a evitar quaisquer acidentes ou distúrbios junto às comunidades. 4.4 Instalação dos Cabos Condutores, Para-raios e Acessórios A instalação do aterramento será feita antes do lançamento dos cabos para- raios, em valetas de 0,80 m de profundidade, de maneira a tornar a resistência de aterramento compatível com o desempenho desejado e a segurança de terceiros. O aterramento será restrito à faixa de segurança da LT e não interferirá com outras instalações existentes com atividades desenvolvidas dentro da faixa. Quando houver necessidade de realização de travessias sobre linhas de distribuição e transmissão, rodovias e rios serão elaborados projetos específicos para cada travessia, a serem submetidos à aprovação dos órgãos competentes. Nos locais de cruzamento com interferências, será implantado sistema específico de Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 13 sinalização, possibilitando o desenvolvimento dos trabalhos com segurança, tanto das equipes quanto dos demais elementos afetados. Após a instalação dos cabos de aterramento, também chamados de fio contrapeso, e a devida conexão destes com as partes metálicas das torres, serão iniciados os serviços de lançamento dos cabos aéreos, denominados cabos para- raios e cabos condutores. Os cabos condutores e para-raios serão montados a partir de frentes de lançamento, sob tensão mecânica controlada automaticamente pelos equipamentos de lançamento, até ser obtido o nivelamento recomendado pelo projeto para cada vão da Linha de Transmissão, seguindo-se o grampeamento dos mesmos. No processo de lançamento dos cabos serão adotados os seguintes procedimentos: - A área ocupada para cada frente de lançamento será a mínima necessária; - Após a utilização da área pela frente de lançamento,serão reestabelecidas as condições originais do local; - Será adotada a sinalização de segurança de trabalho específica para cada frente e faixa de lançamento; - O lançamento do cabo será realizado com a utilização de equipamento apropriado e somente na faixa de lançamento, de forma a evitar intervenções em áreas externas; - Serão instaladas estruturas de proteção entre os cabos a serem lançados e as interferências, tais como rodovias, cursos d’água, outros tipos de linhas, redes elétricas e cercas de divisa. Nesses casos também será implantada a sinalização específica de segurança. 4.5 Subestações A diretriz do traçado da Linha de Transmissão em 230 kV, proposta pela ANEEL, atravessa o Estado da Bahia no sentido Nordeste/Sudoeste, apresentando uma extensão de 123 km e está totalmente contida dentro de um corredor de estudos com largura de 5,0 km, e interligará as subestações SE Barreiras II à SE Rio Grande II. Esta Linha de Transmissão prevê a ampliação de uma Subestação ao longo de seu eixo, no município de Barreiras, sob coordenadas, UTM, X 519994 e Y Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 14 8656758. Haverá ainda a construção de uma subestação no município de Barreiras (Barreiras II), coordenadas UTM X 521030 e Y 8654522. Uma terceira subestação será construída próximo ao município de Rio Grande, sob as coordenadas X 446293 e Y 8579828. 4.6 Mão de Obra A quantidade de mão-de-obra estimada para a implantação do Empreendimento será de 300 trabalhadores distribuídos ao longo dos 16 meses de obra. Esses trabalhadores estarão mobilizados nos canteiros de obras e/ou nas frentes de trabalho. 4.7 Traçado Escolhido Para avaliação das diretrizes de traçado, foram inicialmente gerados mapas com imagens de satélites LANDSAT 8 e mapas gerados através da base cartográfica do estado da BA. A escolha do traçado preferencial (Anexo 4.2) foi subsidiada, ainda, pela consulta às informações disponíveis em órgãos públicos e agências governamentais como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Natural – IPHAN, além de informações recolhidas nas prefeituras dos municípios atravessados pela Linha de Transmissão Buscou-se posicionar o traçado da LT em áreas antropizadas, evitando-se ao máximo a supressão de vegetação em maciços florestais. Evitou-se também, posicionar o eixo da LT em locais de relevos acidentados ou encostas com grandes inclinações, que dificultem o trabalho de implantação das torres. O estudo de alternativas procurou evitar ao máximo as regiões com escassez de acessos e com elevada densidade de drenagem, onde a construção de caminhos de acesso poderia gerar impactos ambientais significativos, assim também as serras e escarpas que em alguns trechos ocorrem transversalmente ao eixo da Linha de Transmissão. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 15 Todas essas características foram avaliadas in loco pela equipe da Novo Norte Ambiental. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) Página 16 5. PLANOS, PROGRAMAS E SUBPROGRAMA Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 17 5.1. PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 18 5.1.1. APRESENTAÇÃO A concepção do Programa de Gestão e Supervisão Ambiental é a criação de um procedimento que permita garantir a implementação das medidas mitigatórias e de proteção ambiental preconizadas no Plano de Controle Ambiental (PCA), especialmente no Plano Ambiental para Construção (PAC), e nas condicionantes das licenças ambientais que sejam aplicadas ao empreendimento em questão. Dessa forma, haverá uma integração entre os diferentes agentes, empresas contratadas e subcontratadas, consultores e instituições públicas e privadas, garantindo a segurança necessária para o cumprimento das normas ambientais vigentes e aplicáveis à implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério. 5.1.2. PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL A legislação vigente apresenta um volume de exigências muito amplo, tornando-se as ações de Gestão Ambiental bastante complexas. Essa realidade, de certa forma, tem aumentado o trabalho das equipes de meio ambiente das empresas, uma vez que essas exigências são crescentes e começam a ampliar o campo de atuação, exigindo a coordenação de profissionais experientes. A prática da Gestão Ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos, pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia, e de custos indiretos, representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e de comunidades próximas. O Programa de Gestão e Supervisão Ambiental consiste em uma ferramenta de gerenciamento das atividades corriqueiras relacionadas à qualidade ambiental da fase de construção da Linha de Transmissão (LT), de forma a evitar, minimizar e controlar os impactos ambientais relacionados, contribuindo para a manutenção de um melhor estado possível de qualidade ambiental e de vida das comunidades contempladas, assim como dos colaboradores envolvidos nas atividades construtivas. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 19 É de responsabilidade do empreendedor zelar pela preservação, tanto quanto possível, do meio ambiente, restringindo a sua intervenção às áreas necessárias à implantação do empreendimento, definindo as técnicas de proteção, manejo e recuperação ambiental mais indicadas para cada situação de obra, além de criar condições operacionais para a implantação e acompanhamento dos Programas Ambientais. Ressalta-se que todos os procedimentos ambientais serão permanentemente coordenados e fiscalizados por especialistas ambientais contratados para esse empreendimento. 5.1.3. JUSTIFICATIVA A LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério é um empreendimento planejado para implantação em uma região reconhecida como sensível, em termos ambientais, por estar situada em dois sensíveis biomas o que (Cerrado e Caatinga), por si só, já justifica a adoção de uma estratégia de gestão ambiental uniformizada em termos de política, responsabilidades e diretrizes de atuação, mas flexível o suficiente para ter seus procedimentos e processos adaptáveis às características diferenciadas – aspectos ambientais - das intervenções de engenharia previstas e que mostram-se como potenciais geradoras de impactos. Nesse norte, justifica-se a adoção de um sistema de gestão ambiental que possa propiciar os adequados armazenamento e gestão da informação/conhecimento que vá sendo adquirido ao longo do tempo, vital para a garantia e a maximizaçãoda eficácia do sistema de gestão proposto e, em última análise, conduzir à desejada cumulatividade e sinergia positivas na prevenção, mitigação, controle, alavancagem de consequências positivas e mesmo compensação de impactos. Especificamente no que tange às partes interessadas, os denominados “stakeholders”1, a complexidade inerente à implantação da LT está também 1 O conceito de “stakeholder” a ser considerado neste PGA é aquele defendido pela norma ISO 26.000, relativa à Responsabilidade Social: “stakeholders” são aqueles que têm interesse identificável nas atividades de um empreendimento e não somente aqueles que sejam impactados por atividades desse empreendimento Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 20 associada à multiplicidade das mesmas, dado ao elevado conjunto de atores intervenientes no processo: população direta e indiretamente afetada; organizações da sociedade civil; representantes do poder judiciário; representantes de municípios também direta e indiretamente afetados; órgãos licenciadores; fornecedores e colaboradores envolvidos na implantação do empreendimento; acionistas; comunidade ambientalista etc. Todos com suas demandas e necessidades de respostas, as primeiras devendo ser registradas e objeto de análise pelas pessoas encarregadas da gestão ambiental, enquanto que as respostas deverão ser dadas a partir da colocação em prática de estratégias de comunicação e interação fundamentadas, sempre que possível, em resultados e conclusões derivados da implementação de ações ambientais, o que colaborará para a transparência e a veracidade das informações divulgadas e, consequentemente, para a credibilidade do processo de implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério. Como no rol das partes interessadas incluem-se os colaboradores envolvidos na implantação do empreendimento, justifica-se que o PGSA, e seu sistema de gestão associado, também abranja questões afetas à manutenção das condições de saúde e segurança intrínsecas à execução das obras e, posteriormente, à operação da LT. Em suma, justifica-se a implementação deste PGSA, bem como seu sistema integrado de gestão devido à necessidade de se configurar para a LT, com eficácia, um sistema planejador e fiscalizador da qualidade ambiental e das condições de saúde e segurança concomitantes com o avanço das obras e, posteriormente, com o início e continuidade das operações, decorrente do registro, da avaliação e da melhoria, sempre que necessário, da multiplicidade de ações ambientais propostas e das interações com pessoas e instituições, para garantir a implementação sustentável, e com responsabilidade social, do empreendimento em questão. O Programa de Gestão e Supervisão Ambiental (PGSA) da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério visa configurar, sob a ótica gerencial e estratégica, e sob o ponto de vista ambiental, de saúde e segurança, um instrumento de supervisão do conjunto das ações previstas neste Plano de Controle Ambiental (PCA) para potencializar impactos positivos, evitar, mitigar ou compensar Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 21 aqueles de natureza negativa provocados pelas intervenções necessárias para implantar o empreendimento e, posteriormente, para operá-lo. 5.1.4. OBJETIVOS 5.1.4.1. Objetivo Geral O Programa tem como objetivo geral garantir que todos os Programas Ambientais instituídos no PCA serão desenvolvidos com estrita observância à legislação de qualquer nível (federal, estadual e municipal) aplicável às obras do Projeto de Implantação da Linha de Transmissão, bem como garantir que serão realizados nos prazos todos os acordos e condições estabelecidos durante o processo de licenciamento ambiental junto ao INEMA. E vias à implementação de medidas de controle dos riscos de acidente e processo construtivo que possa agredir o Meio Ambiente ou gerar Impacto Ambiental. Para tal, o PGSA deve contar com um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) contemplando atividades e técnicas que propiciem (i) o acompanhamento, controle e avaliação funcionais qualitativas e quantitativas, (ii) sistematizações que possibilitem a uniformização do fluxo de comunicação e das informações geradas, bem como a gestão do conhecimento derivado do resultado da implementação dessas ações ambientais e (iii) contando com uma estrutura organizacional de pessoas que permita a sua execução e a contínua interface com as partes interessadas. 5.1.4.2. Objetivos Específicos - A observância plena dos princípios da Política de Meio Ambiente2 e da Missão do empreendedor da LT e a busca contínua do atendimento aos objetivos, metas e diretrizes estratégicas por elas estabelecidas; - O controle rígido e permanente do atendimento aos requisitos legais e normativos aplicáveis, com especial ênfase ao conteúdo detalhado do presente PCA e ao 2 A Norma de Gestão Ambiental ISO 14001 define “Política Ambiental” como a declaração da organização, que pode ser entendida como um empreendimento, contendo intenções e princípios relacionados com seu desempenho ambiental global, prevendo estrutura para ação e definição dos objetivos e metas ambientais Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 22 escopo de condicionantes apostas pelo órgão ambiental quando da concessão da Licença Prévia (LP) e da Licença de Instalação (LI), bem como de qualquer outra autorização necessária à execução de ações previstas em Planos, Programas e Subprograma do PCA. Tal controle estende-se às finalidades, escopo, níveis de responsabilidade, custos e cronogramas afetos a esses compromissos; - A adequação às expectativas dos acionistas, colaboradores, comunidade local e sociedade em geral no sentido de maximizar a minimização dos impactos associados à implementação do empreendimento, mantendo essas partes interessadas continuamente informadas, com a devida transparência, a respeito dos resultados alcançados quanto ao tratamento desses impactos. Para tal, deverá se proceder: - A sistematização e a homogeneização de um conjunto de procedimentos e instrumentos técnico-gerenciais que facilitem o acesso às informações de cunho ambiental relacionadas à implantação da LT, no sentido de (i) garantir a implantação das ações propostas em acordo com o seu detalhamento executivo constante deste PCA e com as considerações tecidas pelos órgãos ambientais quando da concessão de licenças e autorizações; e (ii) facilitar o cálculo e a análise periódica de indicadores ambientais3 para as diferentes ações, viabilizando, assim, a reavaliação sistemática dos impactos ambientais gerados pelo empreendimento; e - A consolidação de documentos periódicos, padronizados quanto à sua estruturação e formas de circulação, de maneira a facilitar a obtenção de informações para elaboração de relatórios gerenciais de acompanhamento e controle das ações ambientais propostas, bem como para a divulgação das mesmas junto às diferentes partes interessadas, aqui incluindo-se o órgão ambiental licenciador. - O desenvolvimento sustentável e a utilização dos recursos naturais renováveis na área de implementação da LT, aqui subentendida a contínua atenção aos limites 3 Indicadores são meios de verificação, estabelecidos a partir dos objetivos e metasdo projeto, que visam demonstrar evolução, avanço e desenvolvimento em relação aos resultados esperados. Os indicadores podem ser quantitativos – aqueles apoiados em métodos estatísticos e visando medir resultados por meio da coleta de informações numéricas que possam ser obtidos em fontes secundárias e primárias - e qualitativos – centrados na análise dos processos sociais e dos atores envolvidos. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 23 identificados para a capacidade de suporte desses recursos frente às novas demandas configuradas direta ou indiretamente pelo empreendimento; - A proteção da saúde humana, do patrimônio cultural e da biodiversidade, incluindo- se, no âmbito desta última, espécies tidas como ameaçadas e ecossistemas sensíveis; - O respeito ao modo de vida e ao patrimônio imaterial das populações que habitam as Áreas de Influência do empreendimento; - A orientação, sob a ótica ambiental, das equipes de engenharia para que sejam implementadas as alternativas de construção que se mostrem com menor potencial de impactos associados, sempre respeitando a sua exequibilidade. Para tal, o PGSA deverá viabilizar que os diversos setores componentes da estrutura organizacional do empreendimento tenham controle sistemático de todas as demandas ambientais proveniente das intervenções construtivas, bem como das soluções implementadas para saná-las, minimizá-las e monitorá-las, garantindo um fluxo ágil de informações para a resolução de questões ambientais que possam interferir no andamento das obras; - O planejamento e a supervisão da manutenção das condições apropriadas para atuação em situações de emergência que representem risco à vida das pessoas durante a implantação do empreendimento, tais como incêndios e explosões; - O fortalecimento da imagem pública e da reputação do empreendedor em função de posturas proativas na busca da melhoria contínua da qualidade dos atributos ambientais dos ecossistemas na região de inserção do empreendimento, assim como dos atributos sociais afetos aos colaboradores envolvidos na implementação e à população afetada pela LT; e - Satisfação das expectativas e previsões do empreendedor quanto ao cumprimento do prazo e do custo associados à implementação do empreendimento, no que tange a interveniência de fatores de cunho ambiental. 5.1.5. PÚBLICO ALVO O público alvo do PGSA é constituído por: - Órgãos públicos envolvidos no processo de licenciamento ambiental do empreendimento; Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 24 - Empresas construtoras e de supervisão contratadas para a construção das linhas de transmissão; - Contingente de colaboradores envolvidos (engenheiros, técnicos e funcionários) na instalação do empreendimento; - Empresas e profissionais envolvidos na execução dos programas socioambientais previstos no PCA. 5.1.6. METODOLOGIA O Programa de Gestão e Supervisão Ambiental foi baseado na metodologia conhecida como ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA), ou seja, Planejar-Executar- Verificar-Agir, permitindo que haja um processo de melhoria contínua no sistema de gestão ambiental. Uma vez estabelecida à política ambiental, os objetivos derivados da identificação dos aspectos ambientais significativos e a valoração dos impactos associados, se faz elaborar uma série de procedimentos que possuam a função de guiar a organização em sua rotina operacional. Planejar A etapa de planejamento, dentro do ciclo PDCA, permite: - Identificação de aspectos ambientais e avaliar os respectivos impactos ambientais; - Identificação da legislação ambiental e outros requisitos legais aplicáveis; - Estabelecimento de objetivos e metas ambientais, sendo formulados planos para atingi-los. Executar Implementar e operar o Programa de Gestão e Supervisão Ambiental por meio de: - Criação de estruturas de gestão, atribuindo cargos e responsabilidades com a devida atribuição de recursos; -Treinamento e formação de colaboradores, assegurando as competências necessárias e tarefas a desempenhar; - Desenvolvimento e manutenção da documentação elaborada; - Desenvolvimento e manutenção do controle da documentação; Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 25 - Desenvolvimento e manutenção do controle do PGA; -Sensibilização para uma postura ativa no controle de eventuais situações de emergências. Verificar e Agir - Condução de uma ação contínua de controle e monitoramento; - Avaliação das condições de operação frente aos requisitos legais; - Identificação das não conformidades e tomada de ações corretivas e preventivas; - Gerência dos registros do PGSA; - Condução de ações de aperfeiçoamento do PGSA, em intervalos regulares. Aborda-se, a seguir, os princípios metodológicos especificados para a estruturação organizacional das equipes responsáveis por colocar em prática o PGA em pauta, para estruturação do SGA, para planejamento e controle do cumprimento do PBA e para comunicação com as partes interessadas. Estruturação Organizacional da Gestão Ambiental As atividades inerentes à gestão ambiental da LT estarão a cargo de uma equipe estruturada para desenvolver suas funções, além de prever uma instância consultiva de participação social. A composição e as responsabilidades dessas áreas de atuação constam do Quadro 2. Quadro 2 - Composição e Responsabilidades das Áreas de Atuação do PGSA Área de Atuação Composição e Responsabilidades em relação ao PGSA Diretoria de Meio Ambiente Centralizará a tomada de decisão final relativa a todas as ações de cunho ambiental, saúde e segurança afetas à implantação do empreendimento, bem como a representação institucional do empreendedor junto a diferentes partes interessadas, com ênfase para as instâncias políticas federal e estadual, e eventualmente também municipal, bem como junto aos órgãos licenciadores Comissão de Acompanhamento do Empreendimento Instância consultiva de participação social, a ser formada congregando as partes interessadas: representantes de entidades e instituições locais/regionais (sindicatos, ONG’s, organizações sociais, instituições públicas estaduais e municipais, conselhos) e representantes da população afetada, além do empreendedor. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 26 Área de Atuação Composição e Responsabilidades em relação ao PGSA Gestão Geral de Meio Ambiente, Saúde e Segurança Responsável pela liderança da supervisão de todas as ações de ótica ambiental, mantendo interface permanente com a Diretoria de Meio Ambiente e com a instância da Gestão de Campo de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, de forma a promover um contínuo acompanhamento e um nível de discussão sobre a implementação das ações ambientais na frente de obras. Estará em contato permanente com a Coordenação Geral das empresas contratadas para implementação do PCA, bem como com a Comissão de Acompanhamento do Empreendimento. Equipes Responsáveis pela Implementação dos Planos, Programas e Subprograma do PCA Equipes das empresas responsáveis técnicas pela implementação de todos os Planos, Programas e Subprograma do PCA – à exceção do PGSA -, já contratadas ou que ainda venham a sê-lo, no tocante à implementação de obras, execução da supressão vegetal etc. Essas empresas deverão ter uma instânciade coordenação geral, que fará a interface contínua com a Gestão Geral de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, com a Diretoria de Meio Ambiente e com a Comissão de Acompanhamento do Empreendimento. As empresas responderão tecnicamente pela implementação do PCA junto à São Pedro, à Gestão Ambiental, aos órgãos licenciadores e às partes interessadas, em geral Gestão de Campo de Meio Ambiente, Saúde e Segurança Hierarquicamente vinculada à Gestão Geral de Meio Ambiente, Saúde e Segurança e responsável pela supervisão, em campo, dos trabalhos realizados para implementar o PCA. A supervisão será feita por meio de inspeções periódicas de campo, formação de grupos de trabalho focados no andamento do PCA e pela implementação da ferramenta de não conformidades ambientais, tanto em relação a eventuais não cumprimentos de escopo pelas empresas responsáveis técnicas pelo PCA, quanto ao não atendimento do cronograma originalmente previsto. Terá equipes otimizadas para operacionalizar as supervisões Planejamento e Controle Responsável pelo planejamento e controle do escopo, prazos e orçamentos para implementação dos Planos, Programas e Subprograma ambientais, bem como para atendimento das condicionantes, consolidando informações que serão fornecidas não só à Gestão Geral de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, bem como à Diretoria de Meio Ambiente Implementação do SGA Responsável pela estruturação, implantação e operacionalização do SGA, por meio do desenvolvimento e implementação de procedimentos voltados aos níveis estratégicos (Planos Diretores), táticos (Manuais) e operacionais (Padrões de Sistema), bem como pela arquitetura e alimentação de banco de dados georreferenciado a partir das informações repassadas pelas empresas responsáveis pela implantação do PCA. Fornecerá à Gestão Geral de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, bem como à Diretoria de Meio Ambiente, resultados para subsidiar a Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 27 Área de Atuação Composição e Responsabilidades em relação ao PGSA análise crítica da evolução dos impactos e o grau de eficácia das medidas implementadas. Ficará responsável por relatórios periódicos e consolidados para os órgãos ambientais Assessoria de Comunicação Deverá coordenar todos os procedimentos de comunicação interna e externa, participando da Comissão de Acompanhamento do Empreendimento da LT. Consultoria Técnica Com atuação esporádica, realizando auditorias internas para verificar, junto às empresas contratadas para implementar o PCA, o atendimento a padrões normativos e legais e a qualidade técnica do cumprimento de escopo e prazos previstos no PCA e em condicionantes de licenças e autorizações 5.1.7. METAS As metas deverão ser coerentes com a política ambiental definida pelo empreendedor, tendo como base os temas e os eixos de ação prioritário nela definidos. Dessa maneira, as metas a serem alcançadas durante a instalação da LT e a implantação dos programas socioambientais do PCA são as seguintes: - Implantar um sistema de gestão ambiental, capaz de coordenar e articular as ações ambientais previstas; - Prevenir e corrigir as não conformidades ambientais que por ventura forem identificadas durante a instalação da LT, mantendo essas nos níveis próximo a zero; - Implementar os programas socioambientais do PCA dentro dos prazos, conforme aprovado pelo órgão ambiental licenciador; - Atender, dentro dos prazos definidos, a todas as condicionantes ambientais presentes nas licenças e autorizações emitidas pelo órgão licenciador e aplicáveis ao empreendimento em questão; - Assegurar o cumprimento da legislação vigente aplicável. 5.1.8. ATIVIDADES/AÇÕES Formação, Sensibilização e Competência Os treinamentos devem contemplar não somente os profissionais responsáveis diretamente pelo PGSA, mas também os demais colaboradores das Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 28 obras de instalação da LT. Ressalta-se que o conteúdo e o material didático/informativo dos treinamentos a serem implementados para a equipe de colaboradores da empreiteira e de suas subcontratadas será administrada pela própria prestadora de serviços e deverá passar por aprovação prévia do empreendedor. Comunicação Este item inclui 02 (dois) tipos de comunicação no que diz a respeito aos aspectos ambientais e ao próprio PGSA, a comunicação interna e a comunicação externa. A comunicação interna, entre os diversos níveis e funções relacionados com o ambiente, tem como objetivo facilitar o entendimento e a cooperação mútua de toda a equipe envolvida no desempenho ambiental. Deverá ser elaborado um procedimento padrão onde sejam estabelecidos os meios de comunicação interna formal e informal, com os respectivos registros. A comunicação externa deverá ser estendida em 02 (duas) vertentes, o tratamento das exigências das partes interessadas e a comunicação externa voluntária. Serão adotadas as práticas específicas de relacionamento e divulgação de informações conforme descrito no Programa de Comunicação Social e no Programa de Educação Ambiental. 5.1.9. AVALIAÇÃO Os indicadores ambientais estão diretamente ligados as metas pré- estabelecidas, ou seja, o não atendimento integral e/ou atendimento parcial das mesmas serão os indicadores na execução do PGSA. As atividades do PGSA exigem o registro permanente das ocorrências e informações obtidas, gerando um grande banco de dados sobre o empreendimento. No acompanhamento das ações ambientais, essas informações são compatibilizadas por meio dos seguintes instrumentos gerenciais: - Relatórios Mensais de Atividades: Serão emitidos Relatórios Mensais de Atividades, para registro e acompanhamento das atividades e dos programas socioambientais em andamento, e descrição das não conformidades ambientais. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 29 - Relatórios Finais após a conclusão de uma atividade, etapa, projeto ou programa. - Relatórios Quadrimestrais de Consolidação: Serão emitidos Relatórios Quadrimestrais de acompanhamento de todas as atividades realizadas e presentes nos Relatórios Mensais consolidadas neste único relatório. - Atas e Notas de Reuniões: Elaboradas após a realização de reuniões administrativas e técnicas, e distribuídas a todos os participantes, registrando os fatos ocorridos, as decisões e deliberações tomadas. Não Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas Deverão ser identificadas as não conformidades e as mesmas deverão ser eliminadas através das definições de ações corretivas e o estabelecimento de ações preventivas para que não haja repercussões a outros níveis. As ações corretivas são aquelas tomadas para eliminar as causas de uma não conformidade, evitando que estas tornem a ocorrer novamente. As ações preventivas são tomadas para eliminar as causas potenciais, evitando a ocorrência de possíveis não conformidades, ou seja, aplicadas a causas que nunca tenham gerado não conformidades ou causas de não conformidades em potenciais que possam previsivelmente vir a ocorrer. 5.1.10. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Não há legislação especial que exija a implementação deste PGSA. A legislação existente é específica de cada um dos Planos e Programas inseridos neste, estando neles listada, quando aplicável. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestãoe Supervisão Ambiental Página 30 5.1.11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO RESPONSÁVEL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 ASSINATURAS E LICENÇAS a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE LI 1 ENGENHARIA 2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . . 15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0% . . . . . . 20% 20% 20% 20% 20% . . . . 20% 20% 20% 20% 20% . . . . 20% 20% 20% 20% 20% . . . . . . 33% 33% 34% 33% 33% 34% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 25% 25% 25% 25% 3.6 Relatórios quadrimestrais consolidados NOVO NORTE Mobilização e Instalação do Canteiro Administração e Manutenção do Canteiro 3.4 Comunicação externa NOVO NORTE 3.5 Relatórios mensais NOVO NORTE 3.2 Treinamento da equipe técnica do PGSA NOVO NORTE 3.3 Comunicação interna para os colaboradores do empreendimento NOVO NORTE 3.1 Planejamento das ações a serem implementadas no PGSA NOVO NORTE 2.1 SAETOWERS Supressão de Vegetação SAETOWERS Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS 2.2 2.3 2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS Fundações / Reaterro SAETOWERS2.5 3 1.1 Topografia - Locação das torres no campo e PLDV TOPOCART 1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL ITEM DESCRIÇÃO CRONOGRAMA FÍSICO MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental Página 31 5.1.12. BIBLIOGRAFIA As referências bibliográficas para a elaboração do PGA foram as normas da ABNT além dos seguintes documentos: CHESF. Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Linha de Transmissão 500kv P.Dutra/Teresina II – Circuito 2 – Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais. PBA. Projeto Básico Ambiental do AHE Jirau. Cap. 1: Sistema de Gestão Ambiental. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 32 5.2. PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO (PAC) Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 33 5.2.1. APRESENTAÇÃO O PAC contém as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a construção e montagem da Linha de Transmissão, visando minimizar e/ou evitar os impactos ambientais gerados pela obra. 5.2.2. PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO – PAC O PAC, apresentado de forma detalhada neste capítulo, é um instrumento gerencial de grande importância para o monitoramento de todas as atividades das obras. Nele são apresentadas as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a construção e montagem de empreendimento, abordando tópicos relacionados aos métodos de construção padronizados e especializados, incluindo procedimentos para desmonte de rocha; medidas para prevenir, conter e controlar os vazamentos de máquinas utilizadas na construção; dentre outros. Concentrando tais informações, o PAC é utilizado como parte integrante do contrato entre empreiteiras e empreendedor, para garantir que o empreendedor obtenha os padrões ambientais que almeja em suas instalações. Assim, espera-se que os custos para implementação do PAC estejam contemplados nos planejamentos e orçamentos das construtoras. Com isso, tal implantação é plenamente justificável, considerando o atendimento às exigências ambientais impostas pela legislação pertinente, notadamente as definidas no processo de licenciamento, a partir dos planos e programas definidos no EIA e das condicionantes da Licença Prévia, além dos aspectos específicos do empreendimento, adotando cuidados e medidas que evitem ou corrijam imprevistos que possam ocorrer ao longo do processo construtivo, aplicados em caráter preventivo ou corretivo, de forma coerente com a Política Nacional de Meio Ambiente, e a política ambiental do empreendedor. Adendo a tais finalidades do PAC encontra-se a também a de garantir a mitigação e minimização de impactos e o pleno enquadramento do empreendimento no contexto socioambiental da região que o mesmo está inserido. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 34 5.2.3. JUSTIFICATIVA As obras de engenharia em geral interferem no meio ambiente requerendo, desta forma, a elaboração de estudos técnicos que definam medidas de controle e ações para prevenir e reduzir os impactos ambientais decorrentes. Intervenções normais de obra, como a abertura de acessos, a implantação de canteiros de obras, a realização de escavações e concretagens, entre outras têm um potencial impactante, uma vez que podem alterar as características da paisagem local. Para evitar que esses impactos venham a ser concretizados ou para reduzir a sua magnitude, é importante que as atividades construtivas atendam a padrões criteriosos preestabelecidos. 5.2.4. OBJETIVOS 5.2.4.1. Objetivo Geral O principal objetivo do PAC é o de assegurar que as obras sejam implantadas e operem em condições de segurança, evitando danos ambientais às áreas de trabalho e seus entornos, estabelecendo ações para prevenir e reduzir os impactos identificados no EIA e promover medidas mitigadoras e de controle. 5.2.4.2. Objetivos Específicos - Controle e prevenção de processos erosivos (limitação da descobertura, orientação para movimentações de terra, estabilização de solos, revegetação, dimensionamento de saídas de água e dissipadores de energia); - Critérios para localização de canteiros de obra e suas estruturas - Controle de resíduos de máquinas e equipamentos; - Controle de geração de material particulado e ruídos; - Controle de resíduos sólidos (canteiros de obra e frentes de trabalho); - Procedimentos Operacionais e Estratégias de Ação; - Definir as diretrizes ambientais associadas aos procedimentos executivos de obras, visando, sobretudo, à eliminação ou mitigação de impactos ambientais e sociais; Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 35 - Estabelecer diretrizes visando à segurança, saúde e emergências médicas, para evitar danos físicos, preservar vidas e prover adequado atendimento; - Ampliar o conhecimento dos empregados referente à preservação ambiental, da saúde e prevenção de acidentes, por meio da participação em treinamentos na obra; - Garantir o cumprimento das legislações ambientais federal, estadual e municipais vigentes. 5.2.5. PÚBLICO ALVO O Plano Ambiental para a Construção da LT deverá ser executado considerando a participação de todos os trabalhadores da obra e, também, daqueles que indiretamente poderão vir a ser alvo das demandas ou consequências da implantação do empreendimento. Ressalta-se que estão incluídos no grupo de trabalhadores de obra, todos os níveis hierárquicos dos quadros de profissionais da construtora e das empresas degestão/fiscalização da obra. 5.2.6. METODOLOGIA 5.2.6.1. Estrutura de Apoio e Infraestrutura As obras de implantação da Linha de Transmissão em questão contarão com um Canteiro de Obras localizado no perímetro urbano de São Desidério, BA. Os trabalhadores encarregados da obra ficarão alojados em São Desidério, em imóveis existentes a serem locados e/ou hotéis. Será utilizado a rede pública de água e esgoto da localidade. Caso venha a não atender as demandas, será utilizado água de poços e/ou caminhões pipa. O esgoto sanitário será depositado em fossas sépticas devidamente construídas. A água para consumo humano será adquirida de fornecedores locais. Neste empreendimento não está sendo previsto a utilização de materiais de empréstimo. Serão utilizados os materiais oriundos/sobrantes das fundações das torres. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 36 Os materiais sobrantes (refugos) serão destinados ao aterro sanitário da Prefeitura Municipal de Barreiras e/ou de São Desidério. 5.2.6.2. Código de Conduta do Trabalhador Visando estabelecer regras comuns para todos os colaboradores, de forma a garantir que a instalação da LT respeite os aspectos de meio ambiente, segurança de trabalho e saúde ocupacional, segue estabelecido o Código de Conduta do Trabalhador, cujas diretrizes, são as seguintes: - Proíbe-se qualquer intervenção não autorizada por órgão ambiental competente na fauna, especialmente de forma a caçar, comercializar e domesticar qualquer animal silvestre; - Caso seja observado algum animal silvestre com evidencias de lesões, informar imediatamente os profissionais responsáveis pelo meio ambiente e pela implementação Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna para que esses providenciem as medidas necessárias para o trato desse tipo de situação; - Proíbe-se a extração, comercialização e manutenção de espécies vegetais nativas, especialmente orquídeas, bromélias, cactos, dentre outras; - Proíbe-se o porte de arma branca e/ou de fogo em todas as instalações do canteiro de obras; - Os trabalhadores designados a segurança poderão portar armas de fogo, sendo que a empresa construtora assegurará e comprovará o necessário treinamento desses profissionais quanto ao seu manuseio; - Os equipamentos de trabalho, principalmente aqueles que podem ser utilizados como armas (facões, machados, motosserras, dentre outros) deverão permanecer sobre responsabilidade da empresa construtora, após o expediente diário; - Proíbe-se a venda, manutenção e consumo de bebidas alcoólicas, e entorpecentes (drogas ilegais) em todas as instalações do canteiro de obras, faixa de servidão e frentes de trabalho; - A realização de eventos, comemorações e práticas esportivas, devem ocorrer dentro dos limites e horários estabelecidos pela empresa construtora das LT; - Destinar de forma adequada todos os resíduos sólidos gerados e utilizar sempre e corretamente os banheiros para suas necessidades fisiológicas; Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 37 - Proíbe-se o uso de fogo em quaisquer circunstâncias, salvo nos casos em que houver a necessidade de cozimento de alimentos fora dos limites da cozinha, o que requer autorização prévia e supervisão da empresa construtora; - Todos os trabalhadores deverão respeitar e se portar de maneira educada em relação aos companheiros de trabalho, aos proprietários das terras de instalação das torres e às comunidades vizinhas, evitando sempre situações de conflito; - Respeitar sempre os limites de velocidade estabelecidos e placas de sinalização dentro e fora do canteiro de obras; - Os operadores de veículos e máquinas deverão trafegar estritamente nos acessos previamente autorizados; - Caso haja a necessidade de tráfego de veículos, não vinculados diretamente à construção da LT, nos limites dos canteiros, esses deverão ter autorização prévia da empresa construtora; - Para a entrada no canteiro de obras com a finalidade de visitação, deverá ser obtida autorização prévia, sendo designado um colaborador responsável para fazer o acompanhamento; - Zelar sempre pela manutenção da boa qualidade do solo, água e ar utilizando todos os meios ambientalmente corretos disponíveis. A empresa contratada para a construção da LT será a responsável pela divulgação e treinamento dos colaboradores em relação a esse código e normas internas da mesma. O treinamento deverá ser realizado no momento da contratação do colaborador, e sempre que necessário, ao longo da instalação da LT. A divulgação deve ocorrer por meio da distribuição de cartilhas, contendo as diretrizes do Código de Conduta do Trabalhador, além do uso de cartazes e placas de sinalização em locais estratégicos, quando houver a necessidade. Em caso de não observância a qualquer diretriz desse Código de Conduta, seja isso constatado pelo empreendedor e/ou fiscalização do meio ambiente, caberá a esses estabelecer punições a empreiteira. Os casos mais graves deverão ocasionar o imediato desligamento do colaborador do quadro de funcionário da empreiteira, sem prejuízo aos demais processos criminais ou civis. Já os mais brandos, poderão ser punidos através de uma simples advertência e, em casos de reincidência, com multa, suspensão temporária e até desligamento. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 38 5.2.6.3. Treinamento dos Colaboradores Os trabalhadores das frentes de trabalho, bem como o pessoal administrativo, serão treinados para que observem as condições de saúde, segurança e principalmente as questões ambientais, tendo como objetivo prevenir a ocorrência de acidentes e impactos ambientais na área de intervenção do empreendimento e no seu entorno, bem como a disseminação de doenças de veiculação hídrica e infectocontagiosas. Para tanto, serão realizadas: - Palestras com recursos áudios-visuais a serem realizadas no início das obras e periodicamente, à medida que novas equipes sejam integradas. - Campanhas educativas, por meio de material de apoio distribuído nas instalações dos canteiros e frente de obras, contendo orientações específicas sobre cuidados necessários relativos à saúde, segurança e meio ambiente, em linguagem simples e acessível aos trabalhadores. Serão mantidas permanentemente atividades de sensibilização e treinamento dos trabalhadores, juntamente com as ações previstas no Programa de Comunicação Social. 5.2.6.4. Diretrizes da Obra O conjunto de atividades das obras de implantação da LT - construção de alojamentos, canteiros, acessos, supressão de vegetação, escavações, concretagem, montagem de torres, lançamentos de cabos e comissionamento - poderá causar impactos ambientais, significativos ou não, devido a ação de agentes diversos, como a implementação das atividades de obra e as interferências dessas obras sobre a flora, a fauna e as populações locais. Nesse caso, os elementos de controle ambiental, na forma de procedimentos, são necessários para garantir o desenvolvimento adequado das obras, levando-se em conta também as características típicas da região. Nesse sentido, destacam-se: - As APP´s e Reservas Legais, requerem cuidados com a implantação das estruturas das torres, no lançamento de cabos, visando minimizar as alterações provocadas no habitat local e a produção de resíduos gerados pela obra; Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção(PAC) Página 39 - Cuidados especiais deverão ser tomados em relação ao possível aparecimento de ninhais; - Para os volumes de escavação de cavas, principalmente em locais com presença de rocha, deverão ser adotadas, sempre que possível, soluções que envolvam o uso desse material em proteções superficiais, em áreas susceptíveis a erosão e transições de taludes, entre outros; - No caso de ser necessário desmonte de rocha a fogo, serão empregadas as normas e procedimentos específicos para a realização dessa atividade; - A mão de obra disponível local deverá ser utilizada, e as compras de insumos básicos deverão ser, na medida do possível, efetuadas nas localidades situadas próximo às frentes de trabalho, alojamentos e canteiros, objetivando alcançar o máximo de benefícios socioeconômicos na região de implantação da Linha de Transmissão; - Deverão ser previstas cercas em locais específicos e previamente identificados nas áreas de abertura de cavas (estas terão que estar isoladas e tampadas) e nas praças de montagem de torres e de lançamentos de cabos, principalmente onde ocorra maior densidade de bovinos e pessoas; - Prever soluções de drenagem, escoamento e proteção, para minimizar e eliminar problemas de alagamento; - Adotar dispositivos (cercas-filtro, entre outras) que reduzam a velocidade do fluxo d’água para o interior dos corpos hídricos, evitando, desse modo, processos erosivos e de assoreamento; - Reduzir as áreas de supressão e desapropriação; - Todas as superfícies expostas de cortes, principalmente em praças de montagem de torres, deverão ser protegidas contra as ações erosivas de agentes naturais (chuvas e ventos); - Deverá ser elaborado o Código de Conduta destinado a todos os trabalhadores envolvidos, visando conscientizá-los dos aspectos ambientais (de segurança e comportamentais), notadamente em relação às comunidades da Área de Influência Direta da Linha de Transmissão; - Abastecer os veículos e equipamentos com segurança. Esse serviço fica proibido em áreas úmidas, só podendo ser executados a 40m de distância dessas áreas, Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 40 tendo-se ainda a necessidade de kits contra vazamentos, por ocasião do abastecimento; - Prever equipamentos e sistema de combate a incêndio nos locais indicados, conforme requisitos das normas de segurança. A construtora também será responsável pela mitigação dos danos ambientais durante todas as atividades, de forma a preservar, tanto quanto possível, as condições naturais da paisagem. As intervenções deverão ser restritas às áreas necessárias, e a recuperação deverá ser definida da forma mais aproximada às condições originais (considerar os locais passíveis de recomposição, que deverão sofrer processos de reconformação dos terrenos, revegetação, implantação dos dispositivos de drenagem e de estabilização de solos, dentre outras), que deverá ser executada tão logo estejam concluídas as fases da obra. Para essa finalidade, suas ações deverão basear-se nas metodologias descritas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. A construtora deverá explicitar também, dentre outros, quais os cuidados ambientais que deverão ser tomados para evitar derramamentos de combustíveis e lubrificantes e o deságue de águas servidas, incluindo-se aquelas usadas no beneficiamento de agregados e produção de concreto, bem como as utilizadas para minimizar a poluição do ar (gases e poeira). No quadro abaixo são apresentados os aspectos ambientais como local, causas e medidas a serem realizadas durante a construção do empreendimento. Quadro 3: Aspectos ambientais da construção Área Causas e danos ambientais Medidas a considerar Canteiro de Obras e Alojamentos Erosão dos taludes de escavação (produção de sedimentos). Drenagem superficial, proteção vegetal Disposição de resíduos perigosos – Classe I (poluição). Reciclagem/tratamento/disposição em aterros sanitários especiais. Disposição de resíduos sólidos, Classes II e III Coleta seletiva e disposição em aterros sanitários/ reciclagem. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 41 Área Causas e danos ambientais Medidas a considerar (poluição). Efluentes sanitários (poluição). Tratamento em filtros anaeróbios / fossas sépticas Efluentes não-perigosos (produção de sedimentos). Tratamento em filtros anaeróbios / fossas sépticas. Efluentes não-perigosos (produção de sedimentos). Decantação. Efluentes líquidos - oficina (poluição). Sistema de separação água e óleo / reciclagem. Depósito de combustíveis e lubrificantes (poluição). Sistema de prevenção contra vazamentos. Produção de ruídos (poluição). Uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Produção de poeira (poluição). Aspersão de água. Emissão de gases (poluição) por equipamentos. Sistemas de manutenção e filtros. Transporte de Pessoal, equipamentos e materiais Danos às vias existentes (interferência no cotidiano). Melhoria da pista e da drenagem – restauração imediata. Acidentes (interferência no cotidiano). Reforço da sinalização e treinamento pessoal. Observar os veículos de transporte de trabalhadores, que deverão estar compatíveis com as normas vigentes. Produção de poeira (poluição). Aspersão de água. Emissão de gases (poluição) por Sistemas de manutenção e filtros. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 42 Área Causas e danos ambientais Medidas a considerar equipamentos. Utilização e aberturas de vias de acesso Estabilidade de taludes (produção de sedimentos). Drenagem superficial, proteção vegetal. Produção de poeira (poluição). Aspersão de água. Produção de gases (poluição). Sistemas de manutenção, filtros. Emissão de gases (poluição) por equipamento. Sistemas de manutenção, filtros. Recomposição (poluição e produção de sedimentos). Drenagem superficial e revegetação (conforme Programa de Recuperação de Áreas Degradadas). Canteiro Recomposição (produção de sedimentos). Conformação da morfologia do terreno, drenagem superficial e proteção vegetal. Pedreiras Desmonte (uso de explosivos). Normas do Exército e da ABNT. Produção de ruídos (poluição). Uso de EPIs. Produção de poeira (poluição). Aspersão de água. Emissão de gases (poluição) por equipamento. Sistemas de manutenção, filtros. Recomposição (poluição e produção de sedimentos). Conforme Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. Escavações em rochas Desmonte (uso de explosivos). Normas do Exército e da ABNT. Produção de ruídos Uso de EPIs. Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério Plano de Controle Ambiental (PCA) 5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC) Página 43 Área Causas e danos ambientais Medidas a considerar (poluição). Produção de poeira (poluição). Aspersão de água. Emissão de gases (poluição) por equipamento. Sistemas de manutenção, filtros Central de concreto Os aditivos de concreto. Deverá ser armazenado em local confinado, coberto, ventilado e controlado por pessoal capacitado. A lavagem dos agregados. Deverá ser controlada e realizada em local apropriado, com sistema de canalização e contenção. Agregados miúdos e graúdos. O material coletado deverá ser reciclado. Locais de captação de água para concretagem. Deverão ser devidamente licenciados.