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Legislação Ambiental Brasileira

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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
Ciências do Ambiente e Sustentabilidade 
Aula 6 
 
 
Professor Cristiane Burmester 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Olá! Seja bem-vindo à sexta aula de “Ciências do Ambiente e 
Sustentabilidade”! 
Nesse encontro veremos assuntos relacionados a Legislação do Meio 
Ambiente, como seus princípios constitucionais, a Política Nacional, o Sistema 
Nacional do Meio Ambiente, o Gerenciamento Ambiental, o Sistema de Gestão 
Ambiental e a Auditoria Ambiental. 
Não deixe de acessar o material on-line! A professora Cristiane preparou 
um vídeo introdutório para você. 
Contextualizando 
Qual o impacto do desenvolvimento no meio ambiente? Como atividades 
simples do seu dia a dia prejudicam a natureza? Muitas vezes, achamos que 
só grandes empresas causam destruição, mas o certo é que cada um de nós 
contribui para um mundo menos verde e mais nocivo para vida. 
Para ilustrar, acesse o material on-line e confira uma interessante 
animação sobre isso. 
Por isso a importância em conhecer a legislação referente ao assunto, 
assim sabemos que existem determinações em relação ao que pode e ao que 
não pode ser feito. Se você as desrespeita, é punido; se segue as orientações 
é reconhecido perante à sociedade por meio dos certificados ambientais. 
Pesquise 
Tema 1 – Legislação do Meio Ambiente 
A fim de proteger o meio ambiente e tornar o planeta mais sustentável, 
além das gestões administrativas (privadas e públicas) e da sociedade, existe a 
legislação ambiental. Seu objetivo é punir os crimes ambientais, através de 
fiscalizações e aplicações das penalidades para quem descumprir e agir contra 
a natureza e seus princípios, afinal, trata-se de um bem de todos e seus 
recursos são finitos. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
O Brasil apresenta uma legislação ambiental adiantada em comparação 
aos países em desenvolvimento. Sabe-se que as condições ecológicas já 
existentes precisam ser conservadas e estudadas para garantir a evolução da 
vida na Terra. Como principais leis de proteção ambiental, cronologicamente, 
estão: 
 Novo Código Florestal Brasileiro - Lei n. 4771/65: estabelece que as 
florestas e vegetações existentes no território nacional são bens de 
interesse comum a todos os habitantes do país, além de definir a 
Amazônia Legal. 
 Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n. 6938/81: é conhecida 
como a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado 
a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. 
Estabelece também a obrigatoriedade de estudos e relatórios de 
impactos ambientais (EIA/RIMA); a obrigatoriedade do licenciamento 
ambiental para atividades ou empreendimentos que possam deteriorar o 
meio ambiente. A partir dessa lei, a fiscalização foi intensificada, 
fundando regras mais rígidas. 
 Lei de Recursos Hídricos – Lei n. 9433/97: estabelece a instituição da 
Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de 
Recursos Hídricos. 
 Lei de Crimes Ambientais - Decreto n. 3179/99: estabelece 
reordenação de infrações e punições administrativas e penais contra 
pessoas e/ou empresas que atuam de forma degradante ocasionando 
danos ambientais. 
 Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) 
- Lei n. 9985/2000: define os critérios e as normas para a criação e o 
funcionamento das 12 categorias de Unidades de Conservação (UC), 
que se diferenciam quanto à forma de proteção e ao uso. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
 Medida Provisória n. 2186-16 (ano 2001): estabelece as 
determinações a respeito do acesso ao patrimônio genético, da 
admissão e da proteção do conhecimento genético e ambiental, além da 
repartição dos benefícios provenientes. 
 Lei de Biossegurança - Lei n. 11105/2005: reordenou as regras de 
biossegurança e os sistemas de fiscalização sobre as atividades que 
englobam organismos modificados geneticamente. 
 Lei de Gestão de Florestas Públicas - Lei n. 11284/2006: estabelece 
a padronização do sistema de gestão florestal em áreas públicas, além 
da fundação do Serviço Florestal Brasileiro e do Fundo de 
Desenvolvimento Florestal. 
 Medida Provisória n. 458/2009: firmou novas normas de regularização 
de terras públicas na Amazônia. 
O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS 
Ecológico) é um grande destaque em relação à preservação ambiental. Criado 
pioneiramente no Paraná por meio da Lei n. 59/01, tornou-se uma referência 
nacional, sendo um instrumento apto para que os recursos financeiros 
cheguem às localidades onde há unidades de conservação ambiental. 
Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, trata-se de um “Instrumento 
de política pública que trata do repasse de recursos financeiros aos municípios 
que abrigam em seus territórios Unidades de Conservação ou áreas 
protegidas, ou ainda mananciais para abastecimento de municípios vizinhos”. 
Acessando o link a seguir, você confere o mapa do Brasil, com os 
estados que possuem esse tributo. Clicando no seu estado, é possível ter mais 
informações. Não deixe de conferir! 
http://www.icmsecologico.org.br/site/ 
Para mais informações a respeito da legislação relacionada ao meio 
ambiente, acesse o material on-line e confira o vídeo da professora Cristiane! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
Tema 2 – Princípios constitucionais relativos ao meio ambiente 
O direito ambiental é imprescindível para o estudo e a prática da 
preservação do meio ambiente, a fim de gerar desenvolvimento sem degenerar 
o planeta. Seria possível conscientizar a humanidade sobre a necessidade de 
um desenvolvimento planejado se não houvesse leis e punições? 
Em relação ao meio ambiente, o Artigo 225 da Constituição Federal 
Brasileira (BRASIL, 1988) estabelece que “todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo para as presentes e futuras gerações”. 
Esse artigo determina, ainda, seis princípios que surgiram como 
consequência prática das Convenções Internacionais para o Meio Ambiente, 
organizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), das quais se 
destaca a realizada em Estocolmo em 1972, que consagrou o Direito Ambiental 
Mundial. 
Os princípios constitucionais são, dessa forma, considerados colunas 
estruturais do direito ambiental e responsáveis por constituir ideias centrais de 
determinado sistema. Tenha mais informações sobre cada um deles a seguir: 
 Desenvolvimento sustentável: prioriza o equilíbrio entre as questões 
de natureza econômica, política, social, cultural e ambiental, visando 
contentar as necessidades da geração atual sem comprometer as 
próximas gerações. Ou seja, tem como objetivo a proteção do meio 
ambiente e uma melhor qualidade de vida humana. 
 Precaução: estabelece que medidas preventivas devem ser adotadas 
mesmo sem saber exatamente os riscos das atividades. Ou seja, deve-
se prever as ações antecipatórias para resguardar a saúde das pessoas 
e dos ecossistemas. A precaução envolve outros sistemas, como justiça, 
equidade, respeito, senso comum e prevenção. 
 Prevenção: estabelece que medidas antecipadas devem ser previstas 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
para evitar agressões ambientais, a fim de eliminar ou reduzir as causas 
e consequências negativas. 
 Poluidor-pagador: instrumento que estabelece que o poluidordeve 
arcar com os custos das medidas adotadas para manter a qualidade 
ambiental não se afastando da prevenção. O intuito é priorizar o 
equilíbrio entre a atividade a ser desenvolvida e o meio ambiente, 
apontando a responsabilidade dos agentes causadores da degradação 
dos recursos naturais. 
 Cooperação (participação): atesta que o Poder Público e a sociedade 
são responsáveis pela preservação e proteção ambiental, com 
obrigação coletiva de defesa do meio ambiente. 
 Publicidade: o meio ambiente é um bem de uso comum a todos e de 
interesse público, ou seja, qualquer realização do Poder Público a favor 
da proteção ambiental deve ter a ciência coletiva através da divulgação 
oficial do ato administrativo para conhecimento público. 
Para mais informações sobre os princípios constitucionais relativos ao 
meio ambiente, acesse o material on-line e confira o vídeo da professora 
Cristiane! 
Tema 3 – Política Nacional do Meio Ambiente e Sistema Nacional do Meio 
Ambiente 
Abordar a legislação do meio ambiente no território brasileiro seria 
impossível sem mencionar a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), 
estabelecida na Lei n. 6.938/1981. Isso porque ela é um marco legal das 
diretrizes, pois integrou as políticas públicas federativas. Seu principal objetivo 
é garantir a preservação ambiental, o equilíbrio ecológico do meio ambiente e a 
proteção da dignidade da vida humana. 
Esse documento instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente 
(SISNAMA), que possui uma estrutura administrativa governamental aberta à 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
participação de instituições não governamentais, consolidando-se como órgão 
de gestão ambiental e criador do Conselho Nacional de Meio Ambiente 
(CONAMA). 
Essa política nacional considera o meio ambiente como um patrimônio 
público, que precisa de proteção e justificativa de racionalização do uso do ar, 
da água, do solo e da produção de ruídos. Os direcionamentos principais são 
planejamento e fiscalização dos órgãos, proteção dos ecossistemas, controle 
das atividades poluidoras, incentivo às pesquisas, recuperação de regiões 
ecológicas e incentivo às áreas de ensino, focando na educação ambiental. 
Confira a seguir quais são os órgãos da fiscalização e regulamentação 
de proteção do meio ambiente: 
 
Para garantir a prática dessas diretrizes, alguns instrumentos são 
especificados na legislação da PNMA (BRASIL, 1981) como padrões de 
qualidade ambiental, zoneamento ambiental, avaliação de impactos ambientais 
(AIA), licenciamento e revisão de atividades poluidoras, incentivos às 
tecnologias limpas e fiscalização ambiental, criação de espaços territoriais, 
sistema nacional de informações ambientais, cadastro técnico federal de 
atividades e instrumentos de defesa, penalidades disciplinares ou 
compensatórias, relatório de qualidade do meio ambiente, garantia da 
prestação de informações relativas ao meio ambiente, cadastro técnico federal 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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de atividades poluidoras e instrumentos econômicos (concessão florestal, 
servidão ambiental, seguro ambiental e outros). 
Vale a reflexão, pois explicitamente a atualidade mostra a proporção e 
os danos decorrentes dos problemas ambientais estimulados pela humanidade. 
A problemática é mundial, sendo enfatizada como tema de educação ambiental 
como meio de alcançar um planeta sustentável a partir da Conferência das 
Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano. 
Ficou com alguma dúvida a respeito da Política Nacional do Meio 
Ambiente e do Sistema Nacional do Meio Ambiente? Então acesse o material 
on-line e confira o vídeo da professora Cristiane! 
Tema 4 – Gerenciamento ambiental (ISO 14000) e Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA) 
Leis, normais, regras e penalidades a favor do desenvolvimento 
sustentável do meio ambiente e contra os fatores e influenciadores negativos 
na era da modernidade se sobressaem desde a Revolução Industrial. Como diz 
o ditado popular “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, 
mas será que este pensamento é totalmente aplicado à realidade das 
tecnologias avançadas e dos recursos naturais? Ou seja, sabemos que muita 
matéria-prima que usamos é finita e mesmo assim as utilizamos para as 
experiências de todas as áreas. 
A partir desse dilema, elenca-se uma série de normas ISO 14000 
correspondentes ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA), editado pela 
International Organization for Standardization (ISO), que é uma organização 
não governamental fundada em Genebra, em 1947. 
Na verdade, a ISO 14000 proporciona assistência às empresas na 
implantação e/ou no melhoramento de um SGA. São diretrizes para auditorias 
ambientais, avaliação do desempenho ambiental, rotulagem ambiental e 
análise do ciclo de vida dos produtos, sendo criadas para minimizar o impacto 
provocado pelas empresas (privadas e públicas) ao meio ambiente. 
 
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9 
 Resumidamente, significa um levantamento de requisitos legais 
relacionados a um sistema de gestão ambiental, com o objetivo de organizar 
políticas e agrupar informações sobre os impactos ambientais, focando na 
proteção ambiental e na prevenção contra fatores agressores. 
Confira a seguir as Normas ISO 1400 de avaliação das empresas e do 
produto: 
 
As normas ISO 14000 e o SGA oferecem vantagens às organizações, 
entre elas: 
 A garantia de implementação política; 
 A consistência mundial para competição internacional; 
 A satisfação do cliente; 
 Os custos reduzidos; 
 A melhoria de imagem pública. 
 Afirma-se que a ISO 14000 mantém o enfoque estratégico na 
organização, além de implementar a política ambiental, por meio da 
identificação, das análises e da avaliação das mudanças ambientais geradas 
por produtos, serviços ou atividades. Como chamariz estão a flexibilidade e a 
adaptabilidade a qualquer setor produtivo. 
 
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Confira a seguir o Sistema de Gerenciamento Ambiental e suas 
características básicas: 
 
Diferentes normas preenchem a série ISO 14000, que são: 
 ISO 14001: trata do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e é destinada à 
certificação por terceiras partes; 
 ISO 14004: aborda o Sistema de Gestão Ambiental quanto ao uso 
interno da empresa; 
 ISO 14010: estabelece as regras referentes às auditorias ambientais, 
proporcionando credibilidade ao processo de certificação ambiental; 
 ISO 14031: faz referência ao desempenho ambiental; 
 ISO 14020: estabelece as regras para rotulagem ambiental para realçar 
as características ambientais do produto; 
 
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 ISO 14040: tem relação com a análise do ciclo de vida, priorizando as 
interações entre as atividades produtivas e o meio ambiente por meio de 
análise do impacto causado; 
 Guia ISO 64: faz menção aos aspectos ambientais nos produtos, 
objetivando menos agressividade ao meio ambiente. 
 A ISO é uma federação mundial de padronização presente em 140 
países, o que representa 95% da produção mundial. Para fazer parte dela é 
preciso que o país tenha um único organismo normalizador. Os selos verdes 
(certificados de produtos) constituíram um dos primeiros passos para 
elaboração de uma norma de gestão ambiental. A primeira empresa brasileira 
a receber o certificado foi a Bahia Sul Celulose, em 1996. 
Para mais informações sobre o Gerenciamento Ambiental (ISO 14000) e 
o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), acesse o material on-line e confira o 
vídeo da professora Cristiane! 
Tema 5 – AuditoriaAmbiental 
Auditoria Ambiental é um instrumento de gestão e avaliação sobre o 
desempenho dos equipamentos instalados em uma organização que tem o 
objetivo de fiscalizar e limitar as atividades com impactos sobre o meio 
ambiente, evitando acidentes. Para Donaire (2007), trata-se de “uma atividade 
administrativa que compreende uma sistemática e documentada avaliação de 
como a organização se encontra em relação à questão ambiental”. 
Já de acordo com a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA, 2002), trata-se de um 
processo sistemático e documentado de verificação, executado para 
obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as 
atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais 
especificados ou se as informações relacionadas a estes estão em 
conformidade com os critérios de auditoria estabelecidos nesta 
Resolução, e para comunicar os resultados desse processo. 
 
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12 
Confira a seguir a estrutura da auditoria ambiental: 
 
Cronologicamente, a auditoria ambiental surgiu na década de 1970, nos 
Estados Unidos, permitindo que as empresas verificassem seu atendimento à 
legislação e se preparassem para eventuais fiscalizações da Environmental 
Protection Agency (EPA). 
 Nos países em desenvolvimento, a auditoria ambiental ganhou mais 
visibilidade a partir da veiculação das normas International Organization for 
Standardization (ISO), porém no Brasil já existiam regulamentos legais desde a 
década de 1990 em Minas Gerais (Lei n. 10.627/92), São Paulo (Lei n. 790/91 
no município de Santos), Rio de Janeiro (Lei n. 1.898/91) e Espírito Santo (Lei 
n. 4.802/93). 
As auditorias ambientais são realizadas por órgãos fiscalizadores e 
entidades de controle externo, além de empresas privadas, apresentando 
objetivos e critérios próprios como: 
 Auditoria de Conformidade Legal (Compulsória): busca avaliar a 
adequação da empresa às normas legais do processo, sendo uma 
preparação para requerimento de licença ambiental; 
 Auditoria de Avaliação de Desempenho: busca avaliar a organização 
baseada nos indicadores que retratam seu desempenho ambiental 
 
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(consumo de água e energia, emissão de efluentes, entre outros); 
 Auditoria de Descomissionamento: realizada em empresas que estão 
fechando ou com mudança de local, busca verificar a existência de 
algum risco à população ou ao meio ambiente durante o procedimento; 
 Auditoria de Responsabilidade (Due Diligence, de Aquisição ou 
Alienação): busca investigar a existência de passivos ambientais da 
organização que podem intervir em um processo de compra e venda; 
 Auditoria de Cadeia Produtiva (Cadeia de Custódia): realizada em 
toda a cadeia produtiva; 
 Auditoria Pós-acidente: possui caráter investigativo e é iniciado após a 
ocorrência de um acidente ambiental, a fim de verificar suas causas e 
seus efeitos; 
 Auditoria de Sistema de Gestão: tem como foco adequar, certificar ou 
verificar o atendimento da empresa aos requisitos de determinado 
sistema de gestão ambiental. Pode ser interna e externa. 
Para mais informações sobre auditoria ambiental, acesse o material 
on-line e confira o vídeo da professora Cristiane! 
Trocando Ideias 
Então, ficou com alguma dúvida ou tem algum material complementar 
interessante para compartilhar? Entre no fórum e dê sua contribuição! 
Busque saber se a empresa na qual você trabalha possui alguma das 
certificações vista aqui. Veja também o que seus colegas postaram, às vezes 
você pode ser de grande ajudar para resolver alguma questão! 
Na Prática 
Acessando o link a seguir, você confere um interessante vídeo que 
apresenta os motivos que levam uma empresa a ter um Sistema de Gestão 
Ambiental. 
 
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14 
https://www.youtube.com/watch?v=w9ZtKTZUigQ 
Veja também qual a postura do Governo do Estado do Paraná a respeito 
da política ambiental. 
http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=650 
Síntese 
Chegamos ao fim de nossa sexta aula! Nesse encontro, conhecemos a 
legislação relacionada ao meio ambiente, a qual deve embasar três objetivos 
principais: 
 Mostrar as determinações e restrições em relação à preservação do 
meio ambiente; 
 Punir toda pessoa física ou empresa que não as cumprem; 
 Reconhecer empresas que aliam seu desenvolvimento à preservação da 
natureza, o que é feito por meio das certificações ambientais. 
 
Antes de finalizar essa aula, acesse o material on-line e assista a um 
vídeo com os comentários da professora Cristiane! 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Referências 
Ambiente Brasil, Aspecto Geral da ISO 14.000. Disponível em: 
<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/iso_14000/aspecto_geral_da_i
so_14.000.html>. Acesso em: 18 mar. 2016. 
ARAUJO, Luis Cláudio Martins. Princípios Jurídicos do Direito Ambiental. 
Disponível em: <http://www.agu.gov.br/page/download/index/id/2965218>. 
Acesso em: 18 mar. 2016. 
IAP - Instituto Ambiental do Paraná. Unidades de Conservação - Icms 
Ecológico. Disponível em: 
http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=291>. 
Acesso em: 18 mar. 2016. 
InBS. Instituto Brasileiro de Sustentabilidade, Conheça seis essenciais 
princípios do direito ambiental brasileiro. 2015. Disponível em: 
<http://www.inbs.com.br/6-essenciais-principios-do-direito-ambiental/>. Acesso 
em: 18 mar. 2016. 
MARTINS, Juliana Xavier Fernandes. A importância dos princípios 
constitucionais ambientais na efetivação da proteção do meio ambiente. 
 ANAP Brasil Revista Científica. Ano 1, n. 1, 2008. Disponível em: 
<http://www.redeacqua.com.br/wp-content/uploads/2011/09/Os-
princ%C3%ADpios-constitucionais-ambientais.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2016. 
PENSAMENTO Verde. O que é auditoria ambiental e quais os diferentes 
tipos? Disponível em: <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-
que-e-auditoria-ambiental-e-quais-os-diferentes-tipos/>. Acesso em: 18 mar. 
2016. 
SILVA, Francisca Regiane Chaves da. A Auditoria Ambiental como Instrumento 
Gerencial de Apoio à Preservação do Meio Ambiente. Sociedade, 
Contabilidade e Gestão. Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, 2009. Disponível em: 
<http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-
06/index.php/ufrj/article/viewFile/767/776>. Acesso em: 18 mar. 2016. 
TEMPLUM. O que é ISO 14001? Disponível em: 
<http://certificacaoiso.com.br/iso-14001/>. Acesso em: 18 mar. 2016.

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