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Dir. Penal IV Semana 1 a 10

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SEMANA 01 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até 
o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado 
pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica 
solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para 
fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar 
qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, 
responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma 
objetiva e fundamentada. 
De acordo com o art. 327 do CP, Ronaldo Esperto é considerado funcionário público para fins 
penais, visto que exerce uma função pública. 
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou 
consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. 
 Ronaldo Esperto praticou o crime consumado de corrupção passiva descrito no caput do art. 
317, CP, visto ser esse um crime meramente formal, ou seja, consuma-se no momento em que o 
funcionário público solicita vantagem indevida. 
 
Questão objetiva. 
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de 
configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao 
menos, determinável. 
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo, 
funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública. 
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim 
entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. 
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e 
modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que figure, 
como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. 
e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, 
operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada. 
SEMANA 02 
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando 
verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta 
que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano 
Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu 
fuga, não vindo a ser alcançado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda 
às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
O desacato, previsto no Código Penal em seu artigo 331, consiste em desrespeitar um 
funcionário público, por meio de palavras ofensivas, no exercício de sua função ou em razão dela. 
A resistência, prevista no Código Penal em seu artigo 329, consiste em resistir à execução de 
ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe 
esteja prestando auxílio. 
 A desobediência, prevista no Código Penal em seu artigo 330, consiste em desobedecer a uma 
ordem legal de funcionário público. 
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
Ao desobedecer à ordem de Tício que consistia em entregar o material, incorre no crime de 
desobediência e, ao agredir Tício para empreender fuga, comete o crime de resistência, ambos 
tipificados no Código Penal em seus artigos 329 e 330 respectivamente. 
 
Questão objetiva. 
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração 
Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I – Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse 
ou sentimento pessoal. Art. 319 
II – O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de 
Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação. 
III – Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é 
necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular. Não, pois é crime 
meramente formal. Art. 317 
IV – Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a 
pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa. Não, pois o texto define 
uma qualificadora da corrupção passiva, art. 317, §2º 
V – No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do 
funcionário, não incorre em corrupção ativa. Corrreto, pois a corrupção ativa exige uma ação de 
quem tenta corromper. Art. 333 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras. 
SEMANA 03 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu 
amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a 
incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a 
autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com 
LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo 
LAURO, considerado partícipe do delito. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e 
Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
A capitulação correta é crime de favorecimento real, conforme previsão do artigo 349 do CP, 
pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo do veículo cometido por 
Arnaldo sem qualquer pretensão econômica. 
Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já que ele não 
agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo. 
 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? 
Não. A inimputabilidade do agente que cometeu o ato infracional é irrelevante para a 
tipificação da conduta de Lauro que responderá pelo crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 
do CP. 
 
Questão objetiva. 
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do 
seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral 
perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se como Moisés para 
não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu 
crime de: 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detençãoe multa, aumentada de um 
terço. 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. Art. 339, 
§1º 
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer 
majoração. 
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração. 
SEMANA 04 
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo 
aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h 
de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa 
velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas 
imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro e encontrou assim que 
entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase 
na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal 
e exigiu que ele entregasse o tênis. 
Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a 
cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de 
casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais 
que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi 
socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos 
constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da 
jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. 
A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura. 
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às 
questões formuladas: 
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou 
consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
A questão trata do crime de latrocínio previsto no art. 157, §3º do CP. Importante destacar a 
Súmula 610 do STF que diz haver a consumação do crime de latrocínio quando o homicídio se 
consuma, mesmo que não haja a subtração dos bens da vítima. 
 
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no 
curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento 
de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
O crime de latrocínio é considerado hediondo de acordo com o art. 1, II da Lei 8.072/90 (Lei 
dos crimes hediondos), assim, deve-se ser observado o contido no art. 2º, §2º da referida lei, ou seja, 
como o motoqueiro é reincidente em crime hediondo, deve cumprir 3/5 da pena antes de progredir no 
regime. 
A aplicação dessa lei começou a vigorar a partir de 29/03/2007. 
 
Questão objetiva 
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção 
correta. 
a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo. 
b) A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e imprescritível. 
c) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia. 
d) O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra 
parente consanguíneo até o quarto grau de agente da segurança pública, em razão dessa condição. 
e) A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu. 
SEMANA 05 
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter 
submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas 
vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que 
ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira 
atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-
tratos, previsto no art.136, §1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e 
equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está 
correta. 
O crime de maus-tratos caracteriza-se pelo excesso na disciplina aplicado a uma pessoa por 
seus responsáveis; no caso da questão, o padrasto causou intenso sofrimento à vítima, caracterizando 
o crime de tortura descrito no art. 1º, II da Lei 9.455/97. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e 
desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. 
Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, mesmo possuindo atribuição 
investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que: 
a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455/97, contudo a conduta do delegado não é 
equiparada a crime hediondo. 
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto 
na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não 
hediondo. 
c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e 
o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455. 
e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 
9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento 
físico ou mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. 
O crime de tortura imprópia não é equiparada ao crime hediondo, o que caracteriza exceção às 
demais espécies de tortura. 
SEMANA 06 
LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 
00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína 
totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico 
e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, 
caput, da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: 
(i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; 
(ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. 
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua 
conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas. 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da insignificância haja 
vista que é um crime de perigo abstrato e que tem como bem jurídico tutelado a saúde pública. 
Portanto a conduta ultrapassa a esfera pessoal do acusado e atinge toda a coletividade, em face da 
própria potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas. 
O delito de porte de substanciaentorpecente para uso pessoal e formal e de perigo abstrato. A 
pequena qualidade de droga encontrada como o acusado, ainda acompanhada de dinheiro, mas sem 
os petrechos que viabilizam traficância comercial (sacolas, balança de precisão entre outros) poderá 
descaracterizar o delito de tráfico para o de uso, não sendo pertinente o argumento da criminalidade, 
pois ao adquirir a droga para seu consumo põe em risco a saúde pública além de realimentar o 
comercio clandestino do tráfico. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo 
pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela: 
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunidade e, 
injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo. 
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de 
serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial. 
SEMANA 07 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato 
judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como 
Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, 
conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50g de cocaína 
para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua 
residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a 
determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por 
policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo 
competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido 
preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. 
Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que 
somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda 
destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, 
não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n. 11343/2006, 
responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis 
teses defensivas. 
A tese defensiva de maior valor é a da absolvição do acusado pela exclusão de culpabilidade 
com base no art. 22 do CP, por Astolfo ter sofrido coação irressitível pelo traficante local. Tal tese 
ganha força por conta da primariedade de Astolfo, assim como de seus bons antecedentes. 
 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
Não, pois segundo decisão do STF, réu primário com bons antecedentes, que não se dedica ao 
crime e nem participa de organização criminosa não comete crime hediondo. 
 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
Após a análise de toda a situação e sendo Adolfo condenado a uma pena abaixo dos 4 anos de 
reclusão, será possível a substituição de pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos, 
pois a vedação a essa substituição contida no art. 33, §4º da Lei n. 11.343/2006, foi declarada 
inconstitucional pelo STF. 
 
Questão Objetiva 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em 
determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para 
revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda 
vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais 
integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) 
no(s)artigo(s): 
a) 33, da Lei n° 11.343 de 2006. 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343 de 2006. 
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343 de 2006. 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343 de 2006. 
e) 35, da Lei n° 11.343 de 2006 
Desenvolvimento 
SEMANA 8Descrição 
Membro de organização criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. Acusado foi preso com 
maconha, crack e uma escopeta calibre 12. Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha. 
Disponível em: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/12/membro-de-organizacaocriminosa-e-condenado-16-anos-de-prisao-no-ce.html 
(atualizado em 15/12/2016). 
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com 
drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação 
para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de 
Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime 
fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes imputados 
ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, justificam a 
segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, 
em caso de confirmação desta condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson 
Araújo Albuquerque foi preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais 
militares notaram uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi 
apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma 
balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no 
Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. 
Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de 
Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao 
tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no 
Ceará e em outros estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio 
localizado no parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, 
ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam 
investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada 
às seguintes questões: 
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa 
para fins de tráfico de drogas. 
Para a caracterização da organização criminosa é preciso ao menos 4 (quatro) integrantes. A 
associação criminosa é um crime subsidiário onde, para a sua caracterização, é necessário ao menos 3 
(três) pessoas associadas com o único fim de cometer crimes. Já a associação para o tráfico de drogas é 
um crime especial e o requisito são 2 (duas) ou mais pessoas. 
 
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson AraújoAlbuquerque. 
As condutas de Mayandreson gera a aplicação da lei de drogas, pela incidência do princípio da 
especialidade, ainda que haja uma estrutura organizada, com 4 (quatro) ou mais pessoas, irá se 
aplicar o art. 35 da lei de drogas. 
 
Questão Objetiva 
O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização criminosa 
que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura inquérito policial para apurar a 
prática de delitos considerados de grande gravidade. No curso das investigações, determinado indiciado 
procura o Ministério Público, acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo 
de colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para tanto, solicita 
esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No caso, o Promotor 
de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as previsões da Lei nº 12.850/13, que: 
a) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com fundamento, 
apenas, nas declarações do agente colaborador; 
b) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o Ministério 
Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador, apesar de ser possível o 
requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena; 
c) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de modo que 
qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante inominada; 
d) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de colaboração 
contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do acusado com seu defensor, podendo, 
ainda, haver contribuição do delegado de polícia; 
e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na 
presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a 
verdade. 
SEMANA 9 
Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, 
armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, 
informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não 
tinha a intenção de utilizá-las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta 
permitida por lei. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de 
forma objetiva e fundamentada às questões: 
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? 
Posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, do estatuto do desarmamento, pois somente 
poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser 
renovado por meio de comprovação periódica. 
 
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? 
A tese defensiva seria a de mera infração administrativa, não respondendo assim por crime. 
 
Questão Objetiva 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a resposta correta. 
a) O crime previsto no art. 14 do Estatuto (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) versa sobre 
armas de fogo e munições, não contem plando os acessórios entre suas elementares. 
b) Entende-se como posse de arma de fogo a conduta de possuir ou manter arma em casa ou local de 
trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta arma de 
fogo municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma desmuniciada. 
d) Para a consumação da infração penal prevista no art. 13 do Estatuto, basta que o sujeito ativo 
omita as cautelas necessárias para impedir que pessoas menores de 18 anos ou portadores de deficiência 
mental se apoderem de munições. 
e) O porte de simulacro de arma de fogo de uso restrito caracteriza o crime previsto no art. 16 do 
Estatuto. 
SEMANA 10 
No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de 
Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão 
VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, 
conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na 
direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no 
Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local, 
NORBERTO, também de forma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas 
funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao 
reduzir a velocidade para passar por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual 
seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY-1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na 
outra pista, quase colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou 
lesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. 
Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento 
em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", 
incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a prática do fato delituoso 
afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na 
traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais." 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos 
previstos na Lei n. 9.503/97, indaga-se: qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
O agente responderá tanto pelo art. 306, quanto pelo art. 303, ambos do CTB. 
Quanto ao crime de desacato a doutrina entende que o fato dele estar embriagado ou mesmo 
com comportamento alterado não exclui o dolo para a prática deste crime contra a administração da 
justiça. 
 
Questão Objetiva 
Ao manobrar veículo automotor no interior de uma garagem particular, Felisberto, descuidadamente, 
atropela a amiga Marinalva, que orientava a manobra, a qual sofre lesões corporais de natureza leve. 
Durante a investigação do fato, descobre-se que Felisberto não possuía permissão ou habilitação para dirigir 
veículos automotores. Contudo, logo depois, a vítima comparece à Delegacia de Polícia e se retrata da 
representação anteriormente oferecida. Passados seis meses, é correto afirmar que Felisberto: 
a) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo 
automotor (art. 303 da Lei n° 9.503). 
b) não poderá ser criminalmente responsabilizado. 
c) poderá ser criminalmente responsabilizado por contravenção penal de dirigir veículo sem 
habilitação (art. 32 do Decreto-Lei n° 3.688). 
d) poderá ser criminalmente responsabilizado por dirigir veículo automotor sem permissão ou 
habilitação, ou quando cassado o direito de dirigir (art. 309 da Lei n° 9.503). 
e) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo 
automotor majorada (art. 303, parágrafo único, da Lei n° 9.503). 
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