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DeVry Brasil – FACULDADE IDEAL/ FACI
CURSO DE DIREITO
MARCO PEDRO VINAGRE SALES
PROCESSO PENAL
BELÉM – PA
2017
MARCO PEDRO VINAGRE SALES
PROCESSO PENAL
Trabalho referente a matéria de processo penal em SIDA da Faculdade Ideal / FACI – DeVry como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito.
Orientador Prof. Miguel Baia. 
BELÉM – PA
2017
LEI DE DROGAS (LEI 11.343/06)
	A Lei 11.343/06 revogou a antiga Lei de Drogas (Lei 6.368/76). Além de criar o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas para substituir o antigo Sistema Nacional Antidrogas, a nova lei mobilizou um novo olhar do legislador sobre a questão do tráfico de drogas.- O termo “droga” utilizado pela Lei 11.343/06 está de acordo com o panorama internacional(“narcotic drugs”) e substitui o termo “entorpecente” utilizado na Lei 6.368/76 .
	Uma das inovações jurídicas da Nova Lei de Drogas foi abolir as penas privativas de liberdade para o crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoal (art. 28). Não existe mais possibilidade alguma de prisão para aquele agente que adquire, traz consigo, guarda, tem em depósito ou transporta droga para consumo pessoal. As penas cominadas são exclusivamente restritivas de direitos.
	Semear, cultivar ou colher plantas para a preparação ou produção de drogas caracteriza crime de tráfico. Contudo, se for para o consumo pessoal do agente e em pequena quantidade, não será tráfico, e sim o crime de §1.º, do art. 28.
	Todos os delitos, estejam ou não submetidos a procedimento especial, cuja pena máxima não ultrapasse 2 anos de prisão estão sujeitos à Lei 9.099/95. Com a redação da Nova Lei, o crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoal tornou-se crime de menor potencial ofensivo.
	Em hipótese alguma será cabível prisão para o caso de posse ilegal de drogas para consumo pessoal, nem mesmo prisão em flagrante. Encontrado portando a droga, o criminoso será encaminhado para a Delegacia, ouvido e posto em liberdade, após assinar o termo de compromisso de comparecer à audiência preliminar. E mesmo que não aceite prestar termo de compromisso, ainda assim, não poderá ser preso.
		 Ao todo, são oito critérios levados em consideração para aferir se a droga se destina ao consumo pessoal do agente. São eles: Natureza da droga; Quantidade; Local da apreensão; Desenvolvimento da ação; Circunstâncias sociais; Circunstâncias pessoais; Conduta; Antecedentes do agente.
	Não existe mais previsão de regime integralmente fechado no ordenamento jurídico-penal. A Lei dos Crimes Hediondos foi alterada pela Lei nº 11.464/07, para admitir a progressão de regime em hediondos e assemelhados. Antes mesmo da alteração legislativa, o STF havia declarado a inconstitucionalidade do antigo § 1º do artigo 2º da Lei nº 8.072/90, considerando que a vedação de progressão de regime feriria os princípios constitucionais da individualização das penas, isonomia, humanização das penas e dignidade da pessoa humana.
	A Lei nº 11.343/2006, que revogou expressamente a Lei n.º 6.368/1976, ao definir novos crimes e penas, não previu a incidência de majorante na hipótese de associação eventual para a prática dos delitos nela previstos. Conclui-se, portanto, que se impõe retirar da condenação dos pacientes a causa especial de aumento previsto no art. 18, inciso III, da Lei nº 6.368/1976, em obediência à retroatividade da lei penal mais benéfica. Não se trata propriamente de abolitio criminis. A nova redação não aboliu o crime de tráfico ilícito de drogas. Apenas aboliu do rol de causas de aumento de pena aquela referente ao concurso de agentes (associação eventual), prevista no art. 18 da antiga Lei. Consequentemente, neste aspecto, a Nova Lei termina sendo mais benéfica, devendo retroagir para beneficiar o condenado.
	 De acordo com a lei, os crimes previstos nos arts. 33, caput e §1.º, e 34 a 37 da Lei de Drogas são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
	Há a possibilidade de livramento condicional para o crime de tráfico, após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
	A destruição de drogas far-se-á por incineração, no prazo máximo de 30 dias, observadas as cautelas necessárias com o meio ambiente, no caso de queimadas, guardando-se as amostras necessárias à preservação da prova.
	 A incineração de plantações ilícitas será realizada por meio de autorização judicial, ouvido o Ministério Público, e executada pela autoridade de polícia judiciária competente, na presença de representante do Ministério Público e da autoridade sanitária competente.
	 A via estreita do habeas corpus não é adequada para o pleito de desclassificação da conduta de tráfico para a de uso de entorpecentes, dada a necessidade de aprofundamento no acervo fático-probatório (STJ HC 88684 / RJ DJe 08/02/2010).
	Considera-se tráfico privilegiado o praticado por agente primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal. Dessa forma, a quantidade e a natureza da droga não irão impedir a aplicação da diminuição de pena decorrente do crime de tráfico privilegiado, muito menos o fato de o tráfico ser nacional ou internacional, conforme orientação do Superior Tribunal de Justiça 
	Dialeticamente, a nova Lei de Tóxicos alcançou um maior amadurecimento em relação às leis precedentes. Sua Política Criminal é notavelmente mais forte, por se compor de uma sistemática normativa mais completa. Destaca-se, nesse sentido, a instituição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD. Destarte o legislador, sem descurar-se da realidade social, tratou de traçar novas medidas que assegurem a eficácia da lei.
	Essa mesma atenção ao fator social, foi responsável pela grande novidade da Lei 11.343/06: a despenalização do delito de posse de entorpecentes para consumo pessoal – como se viu, há mesmo quem defenda a idéia de que houve a descriminalização desta infração. De qualquer forma, o espírito da nova Lei é muito mais preventivo do que punitivo, relativamente às legislações que a antecederam.
	Em consonância à nova política preventiva, o procedimento penal também sofreu alterações significativas. A prisão em flagrante já não pode mais ser aplicada ao mero usuário. Todavia, a nova Lei de Tóxicos não prescreve o mesmo sobre as outras infrações de menor potencial ofensivo nela constantes, o que parece contrastar com o disposto na Lei 9.099/95. Esta antinomia pode ser solucionada por diferentes critérios de interpretação que, por sua vez, apontam para resultados contraditórios. Na impossibilidade de escolher entre o resultado “mais correto”, resta-nos aguardar a avaliação jurisprudencial definitiva.
	Outro ponto digno de polêmica e controvérsias é a reprodução do art. 594 do CPP, que na opinião de TOURINHO FILHO contradiz o princípio constitucional da “presunção da inocência”. Todas as soluções apresentadas – ainda que contraditórias entre si – parecem ser perfeitamente possíveis do ponto de vista lógico. Tudo dependerá da forma de interpretação – entre as tantas possíveis – que os órgãos aplicadores da lei tenham por mais correta ou convencional.

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