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Aula 4 o método fenomenológico

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Prof Dr. Flávio Lima 
flaviopsicopb@yahoo.com.br 
O Fenomenologia e o Fenômeno em 
Husserl 
HUSSERL 
Início Séc. XX 
Fenomenologia vista como 
ciência dos fenômenos 
Fenômeno = aquilo que é 
imediatamente dado em si mesmo à 
consciência do homem. 
A fenomenologia assume o papel de 
um método ou modo de ver a 
essência do mundo e de tudo 
quanto nele existe. 
 Para Husserl, a FENOMENOLOGIA é: 
 
uma ciência rigorosa, mas não exata; 
uma ciência eidética (que busca a compreensão da 
essência); 
procede por descrição e não por dedução; 
se ocupa da análise e interpretação dos fenômenos; 
Tem atitude totalmente diferente das ciências 
empíricas e exatas; 
descrição daquilo que se mostra por si mesmo. 
O Fenomenologia e o Fenômeno em 
Husserl 
 Para Husserl, o FENÔMENO é: 
O vivido pela consciência, os atos e os correlatos 
dessa consciência; 
Objeto da investigação fenomenológica; 
Do grego phainomenon significa discurso 
esclarecedor a respeito daquilo que se mostra 
para o sujeito interrogador. 
 
O Fenomenologia e o Fenômeno em 
Husserl 
A INTUIÇÃO é o instrumento para buscar o 
conhecimento. Equivale à visão intelectual do objeto 
de conhecimento, do dado analisado, ou seja, aquilo 
que se apresenta ao sujeito que o questiona 
(Fenômeno). 
 
“Toda consciência é consciência de algo” (Husserl). 
 
 Intencionalidade da consciência (Princípio básico da 
fenomenologia) 
 A consciência e objeto não são entidades isoladas, 
correlacionam-se. 
 Para a fenomenologia não há objeto em si, mas o objeto 
existe para um indivíduo, indivíduo esse que atribui 
diferentes significados ao objeto. 
 Não há consciência pura, totalmente isolada do mundo, 
mas toda consciência é consciência de alguma coisa 
existente no mundo (Ser-no-mundo) 
O Fenomenologia e o Fenômeno em 
Husserl 
 A fenomenologia, 
procura abordar o fenômeno, aquilo que se 
manifesta por si mesmo, de modo que não o 
parcializa ou o explica a partir de conceitos 
prévios, de crenças ou de afirmações sobre o 
mesmo, enfim, um referencial teórico. A intenção 
da fenomenologia é abordar o fenômeno 
diretamente, interrogando-o, tentando descrevê-
lo e procurando captar sua ESSÊNCIA. (MARTINS; 
BICUDO, 1983, p. 10) 
Visão do sentido ideal que atribuímos ao fato 
materialmente percebido e que nos permite identificá-lo. 
As essências são dadas à intuição fenomenológica, que 
as transforma na apreensão de unidades significativas, de 
sentidos, ou objetos-sentidos, de universalidades. 
 A essência objetivada pela fenomenologia não é um 
conteúdo conceitual passível de definição, mas uma 
significação da essência existencial, que como tal deve 
ser descrita. 
 
Buscar a essência não consiste em desenvolver 
uma semântica da consciência, fugindo dessa 
forma da existência, mas consiste em redescobrir 
a presença que se tem de si mesmo, o sentido e o 
significado dessa consciência (MARTINS, 1992: 61). 
O método fenomenológico 
 Ciências das essências (fenomenologia) – Método 
fenomenológico – redução para chegar até o resíduo das 
coisas, as essências ou eidos (ideias). 
 Sobre o método fenomenológico: 
Busca a compreensão do fenômeno interrogado, não se 
preocupando com explicações e generalizações; 
Não pretende ser empírico ou dedutivo, mas descritivo; 
Descrição do fenômeno em si, tal como ele se 
apresenta, sem reduzi-lo a algo que não aparece. 
Relação entre sujeito e objeto, um não pode existir sem 
o outro. 
Centrado no ser humano, especificamente na análise 
do significado e relevância da experiência humana. 
O método fenomenológico trata de desentranhar 
o fenômeno, pô-lo a descoberto. Desvendar o 
fenômeno além da aparência. Exatamente porque 
os fenômenos não estão evidentes de imediato e 
com regularidade faz-se necessário a 
Fenomenologia. O método fenomenológico não 
se limita a uma descrição passiva. É 
simultaneamente tarefa de interpretação (tarefa 
da HERMENÊUTICA) que consiste em pôr a 
descoberto os sentidos menos aparentes, os que o 
fenômeno tem de mais fundamental. (MASINI, 1989, 
63) 
O método fenomenológico 
O método fenomenológico em 
Heidegger 
 Fenomenologia como ontologia hermenêutica; 
Analítica da existência (Dasein: Ser-aí); trabalho de 
caráter interpretativo segundo a perspectiva da 
experiência humana. 
 Hermenêutica: verbo grego hermeneuein 
(interpretar) e do subst. hermeneia (interpretação); 
 Filosofia hermenêutica: existência de uma ligação 
entre o objeto a ser interpretado e o intérprete; 
compreensão e interpretação da existência humana; 
explicitar o sentido (contextualizado); interrogar o 
dado que aparece. 
 É necessário que o pesquisador assuma uma atitude 
radical, colocando entre parênteses ou em suspensão o 
mundo natural. 
 Redução fenomenológica (Epoché fenomenológica): 
suspender, diante do fenômeno, as crenças referentes 
ao mundo natural. O pesquisador deve deixar de olhar 
o fenômeno de uma forma comum, abandonando os 
preconceitos e pressupostos em relação aquilo que está 
interrogando. 
 O pesquisador deve assumir uma atitude neutra, não 
no sentido de negar o mundo ou as experiências, mas 
sim, de refleti-los e questioná-los da maneira própria. 
O método fenomenológico 
Redução fenomenológica 
 Método para ter acesso ao fenômeno 
 
 É um recurso apropriado para pesquisar a vivência. 
 
 Consiste em suspender todos os preconceitos, valores, 
teorias científicas e crenças pré-existentes. 
 
 A Fenomenologia nos convida a “suspender” nossos 
próprios valores e ir ao encontro do fenômeno – da 
verdade. 
 
 Para Husserl, perceber uma coisa é vê-la, tocá-la, 
cheirá-la, ouvi-la, enfim, senti-la de diferentes maneiras 
e de acordo com as possibilidades dos sentidos. 
 Não se deve apreender o mundo como imposto à 
consciência, mas sim por meio de uma análise 
intencional, buscando-se a essência do fenômeno. 
 
 Redução fenomenológica é considerarmos nós 
mesmos como autores de tudo, analisar o objeto a 
partir da nossa própria concepção, captar a intenção, 
compreender a essência longe de preconceitos, e inter-
relacionar o mundo com a nossa mente. 
 
 “Ao invés de fatos, temos fenômenos. Fatos somente são 
obtidos por abstração. Fenômenos são vividos” 
(Holanda, 2003, p. 46). 
Redução fenomenológica 
 As essências ideais são para o fenomenólogo fenômenos, 
isto é, aquilo que se manifesta imediatamente na 
consciência, alcançado por uma intuição antes de toda 
reflexão ou juízo. 
 
 
 Na publicação de 1913, Husserl apresenta essa nova 
concepção da fenomenologia, na qual se tenta uma 
completa redução dos próprios valores, prejuízos e crenças – 
sendo o homem o autor de tudo. 
 
 É considerada por alguns como uma tentativa idealista, 
por super dimensionar o papel do homem. 
Redução fenomenológica 
 A redução fenomenológica consiste em retornar ao 
mundo da vida, tal qual aparece antes de qualquer 
alteração produzida por sistemas filosóficos, teorias 
científicas ou preconceitos do sujeito; retornar à 
experiência vivida e sobre ela fazer profunda reflexão 
que permita chegar à essência do conhecimento, ou ao 
modo como este se constitui no próprio existir 
humano. 
FENOMENOLOGIA E PESQUISA 
EM PSICOLOGIA 
Ao se utilizar da redução fenomenológica para se 
estudar formas concretas de existências, o pesquisador 
deve iniciar o seu trabalho voltando-se para a sua 
própria vivência a fim de refletir sobre ela para captar o 
significado da mesma em sua existência. 
A RF consiste numa profunda reflexão que nos revele os 
preconceitos em nós estabelecidos e nos leve a transformar 
este condicionamento sofrido em condicionamentoconsciente, sem jamais negar a sua existência 
(MERLEAU-PONTY, 1971, p.22) 
 Para chegar ao contato com a imediatez de sua 
vivência, é necessário que o pesquisador coloque fora 
de ação os conhecimentos adquiridos anteriormente 
sobre a experiência que está investigando. 
 
 O maior ensinamento da redução é a impossibilidade 
de uma redução completa (MERLEAU-PONTY, 1971, p.11). 
 
 Além de se utilizar da RF para investigar sua 
própria vivência, o pesquisador dela se utiliza, 
também, para estudar a vivência de outras pessoas. 
Esses momentos são 
paradoxalmente inter-relacionados 
e reversíveis. 
MOMENTOS DA REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA 
 
 Envolvimento existencial 
 
 Distanciamento reflexivo 
ENVOLVIMENTO DISTANCIAMENTO 
 Requer que o pesquisador 
preliminarmente coloque fora 
de ação os conhecimentos 
sobre a vivência adquiridos 
anteriormente. 
 
 Tentar abrir-se à vivência e 
nela penetrar de modo 
espontâneo e experiencial. 
 
 É preciso que ele não apenas se 
recorde dela, mas procure nela 
emergir para revivê-la de modo 
intenso. 
 
 É preciso ter com ela uma 
intensa sintonia. 
 Após o envolvimento e obtenção de 
uma compreensão global pré-reflexiva, 
o pesquisador procura estabelecer um 
certo distanciamento da vivência para 
refletir sobre essa sua compreensão e 
tentar captar e enunciar, 
descritivamente, o seu sentido ou o 
significado daquela vivência em seu 
existir. 
 O distanciamento não chega a ser 
completo, deve sempre manter um elo 
com a vivência, a ela voltando a cada 
instante, para que a enunciação 
descritiva da mesma seja a mais 
próxima possível da própria vivência. 
 Tal enunciação não deve ser feita em 
termos científicos e sim em linguagem 
simples. 
Para se investigar a vivência de outra pessoa o 
envolvimento existencial e o distanciamento reflexivo do 
pesquisador devem ser voltados para a vivência da 
pessoa. 
 
É possível, ainda, ao psicólogo envolver-se e refletir a 
respeito de enunciados emitidos por outros 
pesquisadores, decorrentes de reflexões feitas por estes 
sobre sua própria vivência. 
 
Nesse caso, o pesquisador parte dos enunciados do 
autor sobre determinada vivência, procura penetrar na 
vivência deste, para compreendê-los, relaciona-os à sua 
própria vivência e à de outras pessoas, reflete sobre tudo 
isto e chega às suas próprias enunciações a respeito do 
assunto. 
 
 
 
 As reduções são suspensões estratégicas que visam o 
conhecimento do fenômeno tal qual se apresenta à 
consciência. 
A pesquisa fenomenológica 
 Objetivo da pesquisa fenomenológica: buscar os 
significados que os sujeitos atribuem à sua experiência 
vivida, significados esses que se revelam a partir das 
descrições realizadas por esses mesmos sujeitos. 
 
 A descrição da experiência por quem vivencia um 
fenômeno é o caminho para a compreensão dele, e a 
linguagem é uma das formas que se abre para essa 
compreensão. 
 
 Pesquisa qualitativa: interpretação de sentidos. 
Entender o ser!

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