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Distúrbios metabólicos, obesidade, diabetes mellitus e dislipidemia

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Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM
Curso de Enfermagem 
Distúrbios metabólicos, obesidade, diabetes mellitus e dislipidemias.
Patos de Minas,
2016.
Distúrbios metabólicos, obesidade, diabetes mellitus e dislipidemias.
Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação na disciplina de Bioquímica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas
Patos de Minas,
2016.
Distúrbios metabólicos, obesidade, diabetes mellitus e dislipidemias.
Metabolismo é o conjunto de reações químicas que sustentam a existência de qualquer ser vivo. Essas reações permitem o crescimento, a manutenção e a reprodução de qualquer organismo, assegurando também a sua adaptação a diferentes condições ambientais. As desordens metabólicas surgem do mau funcionamento de uma ou mais reações químicas essenciais a um ou mais órgãos, e causam desequilíbrios fisiológicos que podem ter um sério impacto na saúde do organismo.
As principais desordens metabólicas são:
Diabetes Millitus  que é uma doença cuja principal característica é o aumento de açúcar no sangue. Ela altera o metabolismo do açúcar, da gordura e da proteínas. A diabete se manifesta quando o corpo não produz a quantidade essencial de insulina para que o açúcar do corpo se mantenha normal. Existem dois tipos de Diabetes Mellitus, que são: Tipo I: Apenas 10% dos diabéticos têm a diabete tipo I, esse tipo se manifesta principalmete em crianças e adolescentes. Nela, o pâncreas do indivíduo produz pouca insulina ou nenhuma, pois as células betas, que são as que produzem a insulina, são destruídas de uma forma irreversível e é necessário receber injeções diárias de insulina. Deve-se controlar a insulina, a alimentação e fazer exercícios.
Tipo II: Também aparece em crianças e jovens, mas é mais comum depois dos 30 anos, em pessoas obesas e pessoas idosas.  Neste tipo o pâncreas continua a produzir a insulina, mas neste caso é o organismo que se torna resistente aos seus efeitos. O tipo II é comum também para quem tem casos na família. Os sintomas da diabete são: a concentração de açúcar no sangue; aumento de volume urinário; perda de peso ( Tipo I antes do tratamento, já no tipo II não) fome exagerada; visão esfumaçada; sonolências náuseas e facilidade para ter infecções. Em pessoas que tem a diabete tipo I, os sintomas se manifestam rapidamente. A doença mal cuidada pode trazer muitas complicações, como por exemplo, a diminuição da circulação sanguínea que pode causar alterações no coração (ataque cardíaco), nos olhos (perda da visão), pernas (fraquezas), rins (requer hemodiálise), pele (feridas, úlceras, amputações) e nervos (paralisia). O tratamento  requer muitos exercícios e também dietas de acordo com o tipo e também com o paciente. Em geral os diabéticos não devem comer com muita frequência alimentos doces. As pessoas com diabetes também muitas vezes tem o colesterol alto, porém para abaixá-lo também é necessário controlar o açúcar. Alguns medicamentos também são usados, como a insulina e também hipoglicemiantes orais. A prevenção ainda não existe, pois pouco se sabe sobre o aparecimento da diabete tipo I. Já nos riscos da diabete tipo II é na alimentação e também nos exercícios físicos.
A obesidade é uma doença caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal e normalmente está associada a problemas de saúde, comprometendo ainda mais o estado do indivíduo. A obesidade é um fator de risco para várias doenças dentre as quais podemos citar: câncer, hipertensão arterial,doenças cardiovasculares, doenças cérebro-vasculares, apneia do sono, osteoartrite e diabete Melittus tipo dois. O dignóstico é feito através do cálculo de índice de massa corporal (IMC), método mundialmente difundido e criado por Adolphe Quételet, que consiste em dividir o peso do indivíduo (em kilogramas) pelo quadrado de sua altura (em metros). IMC menor a 18,5 corresponde a pessoas com peso abaixo do normal, entre 18,5 e 24,9 é tido como peso normal, entre 25 e 29,9 representa pessoas com peso acima do normal, entre 30 e 30,9 a pessoa está obesa e quando o IMC é maior do que 40, considera-se a pessoa portadora de obesidade mórbida. Há várias causas para o surgimento da obesidade dentre as quais podemos citar: predisposição genética, dietas ricas em gordura, falta de exercícios físicos e alterações endócrinas (hipotiroidismo, por exemplo). O tratamento inclui a reeducação alimentar, que consiste em consumir alimentos menos calóricos, maior ingestão de alimentos ricos em fibras e respeito aos horários das refeições. Este procedimento pode requerer suporte psicológico e auxílio por parte da família. Outra medida adotada é o início de atividades físicas visando gastar a energia acumulada do organismo na forma de gordura. A atividade física diminui o apetite e melhora a auto-estima. Depois de verificar se a pessoa está em condições adequadas de saúde para a prática de exercícios, o ideal é que ela caminhe 50 minutos quatro vezes por semana. A prevenção se dá através do estímulo, desde cedo, para que a criança aprenda a ter uma dieta balanceada e sem excessos e uma prática de exercícios frequentes. 
Dislipidemias, também conhecidas como hiperlipidemias ou hiperlipoproteinemia, estão relacionadas com o aumento de lipídios (gordura) sanguíneos, especialmente do colesterol e triglicerídeos (TGs), o que predispõe ao aparecimento da arteriosclerose (depósitos de placas de gordura). Os lipídios são moléculas de gordura, transportadas numa cápsula de proteína, sendo que a densidade dos lipídios e o tipo de proteína é que determinam o destino dessa partícula. As gorduras são obtidas dos alimentos (30%) ou são formadas em nosso próprio corpo (70%), especialmente no fígadopodendo ser armazenadas nas células adiposas para uso posterior. Os lipídios são componentes essenciais das membranas celulares, das bainhas de mielina das células nervosa e da bile. As dislipidemias podem ter duas causas: Dislipidemias primárias: estas são de origem genética, mas fatores relacionados com hábitos de vida, como por exemplo, sedentarismo e os hábitos alimentares podem funcionar como desencadeantes para seu surgimento; Dislipidemias secundárias: pode ter origem a partir de outras doenças, como diabetes mellitus, obesidade, hipotireoidismo, insuficiência renal, síndrome nefrótica, doenças das vias biliares, síndrome de Cushing, anorexia nervosa e bulimia, associado ao uso de fármacos, como diuréticos em elevadas doses, β-bloqueadores, medicamentos de tratamento de acne, terapia de resolução hormonal, anticoncepcional oral, entre outros. Os sintomas gerados pelas dislipidemias são diversos, dentre eles estão: arteriosclerose, angina pectoris, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência vascular periférica, entre outros. No entanto, muitos casos de dislipidemias são assintomáticas e suas consequências também são sérias. Por esses motivos, pacientes que estão dentro da classificação da Associação Médica Brasileira devem se precaver e realizar exames de rotina. O risco de arteriosclerose é avaliado através da análise dos fatores de risco causais entre esses fatores estão: Fumo; Hipertensão arterial sistêmica; Colesterol HDL-C (“colesterol bom”) menor que 40 mg/dl; Diabetes; Idade (maior ou igual a 45 nos homens, maior ou igual a 55 para as mulheres); Histórico familiar. A dosagem de colesterol total e suas frações é o elemento básico para o seu diagnóstico. Raras vezes podem surgir problemas de pele resultantes da dislipidemia, como xantelasmas e os xantomas. Diversos fármacos são indicados para o tratamento das dislipidemias. As vastatinas ou estatinas são recomendadas para reduzir o LDL-C (“colesterol ruim”) em adultos. O uso desses medicamentos reduz os eventos coronários isquêmicos e a necessidade de revascularização do miocárdio. A colestiramina é recomendada para crianças e como coadjuvante nos tratamentos com as vastatinas. Todavia, não pode serusada nas dislipidemias por hipertrigliceridemia. Neste último caso, o recomendado é o tratamento à base de fibratos, que reduzem o risco de eventos coronarianos em homens, aumentam o HDL-C e reduzem o TGs. Como nem sempre é possível prevenir essa condição por apresentar também causas genéticas, recomenda-se uma mudança na dieta. A terapia nutricional se faz necessária para evitar o consumo excessivo de gordura e o conseqüente acúmulo de lipídios nas paredes vasculares. Entre as recomendações alimentares estão: redução dos alimentos de origem animal, os óleos de coco e dendê, maior ingestão de alimentos com Ômega-3 (peixes de água fria e óleos de soja e canola) e ingestão de vegetais e fibras solúveis. Como o sedentarismo também é um fator predisponente da dislipidemia, a prática regular de exercícios físicos previne a formação de placas de gordura, melhora a condição cardiovascular, diminui a obesidade e o estresse e influencia positivamente a pressão arterial. Outra medida importante é o combate ao tabagismo.
Referencia bibliográficas
http://www.infoescola.com/doencas/obesidade

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