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SISTEMAS REGIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Ao lado do Sistema Global, existem outros sistemas regionais que buscam internacionalizar e contextualizar os direitos humanos no plano regional. Existem, por exemplo, os seguintes Sistemas Regionais: Europeu, Africano, Asiático, Árabe, Interamericano... O Sistema Interamericano é formado pela OEA (Organização dos Estados Americanos) + Convenção Americana (Também chamada de: Pacto de San José da Costa Rica). Atua, principalmente, por meio de 2 (dois) órgãos essenciais: Comissão Internacional de Direitos Humanos; Corte Internacional de Direitos Humanos. Estes órgãos são compostos por 7 (sete) membros. COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: É composto por 7 membros indicados pelos Estados-Membros da OEA. Os membros atuam individualmente, sem vinculação nenhuma com o Estado de sua nacionalidade. Não se subordina aos governos de seus Estados. Devido às periculosidades dos países da América Latina, os direitos mais violados são os de 1º (primeira) geração/dimensão. A comissão foi o 1º órgão a tomar conhecimento de uma denúncia individual. Foi criada em 1959 e é reconhecida internacionalmente como órgão EFICAZ! COMPOSIÇÃO: 7 membros de “alta autoridade penal” e de “reconhecido saber em matéria de direitos humanos”. Podem ser nacionais de qualquer país da OEA, o que significa que estes não precisam pertencer a um país que tenha assinado/ratificado a Convenção Americana. Art. 36: Os membros são eleitos a título pessoal, pela Assembleia Geral da OEA, pela lista de indicação dos Estados, que podem propor até 3 nomes. No caso de propostas de 3 nomes, ao menos 1 deve ser de nacionalidade diferente do país que o indicou. MANDATO: o mandato é de 4 (quatro) anos e só poderão ser reeleitos por uma única vez. Obs.: O mandato de 3 desses 7 membros expirará no fim de 2 anos. Logo depois da eleição na Assembleia Geral, ocorre um sorteio dos 3 membros que terão o mandato reduzido. OBS.: Não pode fazer parte da Comissão 2 membros da mesma nacionalidade. ATRIBUIÇÕES: Fazer recomendações aos governos dos Estados-Partes, prevendo a adoção de medidas adequadas à proteção dos Direitos Humanos; Propor estudos e relatórios que se mostram necessários; Solicitar aos governos informações relativas às medidas por eles adotadas referentes à aplicação das normas da Convenção Americana; Submeter um relatório anual à Assembleia Geral da OEA. OBS.: O Brasil foi “condenado” pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em algumas oportunidades: Carandiru; Candelária; Maria da Penha... DIREITO DE PETIÇÃO À COMISSÃO: Art. 44 da Convenção Amerciana Diz que qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental, legalmente reconhecida em 1 ou mais Estados-Membros da OEA pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violações de Direitos Humanos previstas na Convenção. Requisitos/Pressupostos: Art. 46 da Convenção Que tenham sido interpostos e esgotados todos os recursos de jurisdição interna, de acordo com os princípios de Direito Internacional; Que seja apresentada dentro do prazo de 6 (seis) meses contados da data em que o prejudicado tenha sido notificado da decisão definitiva; Que a qualificação (nome, profissão, domicílio) e assinatura constem na petição. JULGAMENTO DO PROCESSO NA COMISSÃO: O processo pode terminar com as seguintes soluções e/ou desfechos: A) ARQUIVAMENTO: Ocorrerá no caso de ausência ou insuficiência de provas da alegada violação de DH. B) ACORDO: Nessa hipótese o Estado denunciado admite as sugestões da Comissão, se obrigando a cumpri-las. C) RECONHECIMENTO DE VIOLÃO DE DH PREVISTOS NA CONVENÇÃO AMERICANA: Pode ocorrer voluntariamente por parte do Estado denunciado ou após o trâmite processual (ampla defesa do contraditório), nesse último caso a Comissão publica um relatório divulgado na Assembleia Geral, dando amplo conhecimento aos demais Estados da violação reconhecida ou, a publicação desse relatório e a denúncia são encaminhados à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
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