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Historia da razao social

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MUNDO CONTEMPORÂNEO
Mundo contemporâneo ou idade, pode ser Compreendido entre a Revolução Francesa de 1789 e os dias atuais, o período histórico conhecido como Idade Contemporânea é marcado por transformações profundas na organização da sociedade e também por conflitos de amplitude mundial.
A adoção da Revolução Francesa como ponto inicial da Idade Contemporânea remete ao impacto de seus efeitos em diversos locais do mundo. Porém, a Revolução Francesa iniciou também a configuração do poder político que iria ser característico da burguesia que estava em ascensão: republicano, constitucional, representativo, defensor da propriedade e com forças militares profissionalizadas.
No Mundo Contemporâneo desaparecem os anteriores critérios que discriminavam os cidadãos. Os critérios de impedimentos de ordem cultural (pois hoje votam alfabetizados e os analfabetos), sexual (votam homens e mulheres), religioso (ninguém perde seus direitos políticos por motivo religioso), censitário (não se divide mais os indivíduos em cidadãos ativos, com renda, e passivos, sem rendimento), racial (por serem de outra cor que a maioria), ou ideológico (por defenderem uma doutrina contrária àquela que domina o país).
Em oposição ao capitalismo liberal surgiu ainda no início do século XX uma alternativa na organização social representada pela URSS, originada com a Revolução Russa. Essa experiência histórica, apesar de ser portadora de um desejo de igualdade entre todos os seres humanos, acabou reproduzindo a exploração e a divisão social.
No campo científico, as inovações e transformações foram também profundas. As pesquisas em medicamentos e em práticas médicas proporcionaram um aumento significativo da expectativa e da qualidade de vida das populações. As inovações em maquinários e técnicas de produção proporcionaram a base tecnológica para a expansão do capitalismo. Mas esse desenvolvimento tecnológico foi amplamente utilizado na área militar, resultando em armamentos cada vez mais letais, como as bombas atômicas.
REVOLUÇÃO
Segundo o dicionário de conceitos Históricos, a revolução é uma das poucas categorias das Ciências Sociais cujo significado não é controvertido. O problema, quando existe, está no emprego político do termo, pois revolução é às vezes utilizada com o sentido de golpe ou reforma. Primeiro, vamos definir uma revolução como um processo de mudança das estruturas sociais. A palavra surgiu durante o Renascimento como referência ao movimento dos corpos celestes, ganhando um significado político apenas no século xvii, com a Revolução Inglesa. 
Nesse período, revolução significava retorno à ordem política anterior que tinha sido alterada por turbulências. Assim, naquele momento, a Revolução Inglesa não foi entendida como a guerra civil e a ascensão de Cromwell, mas a volta à monarquia. Somente com a Revolução Francesa o termo ganhou o significado que tem hoje: o de uma mudança estrutural, convulsiva e insurrecional. 
Hector Bruit define uma revolução como um fenômeno político-social de mudança radical na estrutura social; um confronto entre a classe que detém o poder do Estado e as classes que se acham excluídas desse poder. Revolução é, assim, um confronto de classes. O autor apresenta ainda algumas das características mais marcantes de uma revolução: a rapidez com que as mudanças são processadas durante esse fenômeno e a violência com que são feitas. Nesse sentido, uma revolução é sempre traumática porque tira a sociedade de sua inércia, movimentando a estrutura social. Logo, toda revolução é vista negativamente por seus contemporâneos. 
Bruit trabalha com um tipo específico de revolução, aquela com base social e política. Mas o termo pode ser aplicado a diferentes áreas da vida humana: revolução política, revolução cultural, revolução tecnológica. Assim como a contextos históricos, como Revolução Francesa, Revolução Industrial. Revolução, como categoria de análise, significa todo e qualquer fenômeno que transforma radicalmente as estruturas de uma sociedade; quaisquer estruturas, e não apenas estruturas políticas, econômicas e sociais. Na perspectiva política, a historiografia costuma classificar dois tipos principais de revolução: as revoluções burguesas e as revoluções proletárias. Os principais modelos são, respectivamente, a Revolução Francesa e a Revolução Russa. 
A revolução burguesa, diz Modesto Florenzano, é um conceito adotado para definir os fenômenos históricos protagonizados pela burguesia ou aqueles dos quais ela foi beneficiada. Esse conceito está contextualizado no momento histórico do nascimento do Capitalismo e de transformação da sociedade feudal em sociedade burguesa, entre 1770 e 1850. Apesar da revolução burguesa clássica ser a Revolução Francesa, as alterações políticas na Inglaterra entre 1640 e 1660 também são assim descritas. Florenzano define ainda classe revolucionária: uma classe capaz de pôr em prática um novo projeto social e de estabelecer uma nova sociedade. Florenzano, como Bruit, considera que a revolução é um movimento de classe. 
Assim, para que haja uma revolução é preciso primeiro que haja um conflito social, uma situação de crise revolucionária. Sua tese é a de que a burguesia quase nunca foi uma classe revolucionária, aparecendo quase sempre como reformista, não tendo iniciado nem a Revolução Inglesa, nem a Francesa, nem liderado os principais momentos dessas revoluções. Mas, sem dúvida, foi ela quem se beneficiou desses movimentos. 
Para o autor, as revoluções burguesas foram mais consequência das forças desencadeadas pela Revolução Industrial do que dos esforços revolucionários da burguesia. Talvez a mais influente definição de revolução tenha sido a de Karl Marx e Friedrich Engels. Cunhada em meados do século xix, a ideia de revolução do materialismo histórico influenciou não apenas os estudiosos, mas também os revolucionários, impulsionando diversos movimentos políticos, inclusive a Revolução Russa. Marx e Engels construíram o conceito de revolução pensando na revolução proletária que deveria acontecer, a seu ver, inevitavelmente no Capitalismo. Para eles, uma das exigências para a revolução proletária era que antes dela a revolução burguesa fosse feita. Assim, não definiram só a revolução socialista, mas a revolução burguesa.
ILUMINISMO
Num contexto histórico em que a burguesia possuía poder econômico e reivindicava para si o poder político que se encontrava nas mãos da nobreza e do clero; em que os argumentos fundamentados nas crenças religiosas não eram aceitos para justificar o poder ou a organização das sociedades ou o modo de vida dos seres humanos; num período em que a ciência começou a ocupar um lugar significativo na construção do conhecimento, surgiu o movimento denominado Iluminismo. Luzes, razão, esclarecimento são palavras relacionadas a ele.
 Este período, compreendido entre fins do século XVII e fins do século XVIII, e também conhecido como século das luzes, caracterizou-se pela crítica a toda e qualquer crença, pela crítica aos próprios instrumentos utilizados para a obtenção de conhecimento, e por considerar o conhecimento como algo que tem a finalidade de tornar a vida dos seres humanos melhor, tanto no campo individual, como na vida em sociedade
 O que se aplica porque os filósofos da época acreditavam estar iluminando as mentes das pessoas. É, de certo modo, um pensamento herdeiro da tradição do Renascimento e do Humanismo por defender a valorização do Homem e da Razão. Os iluministas acreditavam que a Razão seria a explicação para todas as coisas no universo, e se contrapunham à fé.
A palavra Iluminismo vem de Esclarecimento (Aufklärung no original alemão), usada para designar a condição para que o homem, a humanidade, fosse autônomo. Isso só seria possível, afirmava o Iluminismo, se cada indivíduo pensasse por si próprio, utilizando a razão. O Iluminismo abarcou tanto a Filosofia quanto as ciências sociais e naturais, a educação e a tecnologia, desde a França até a Itália, a Escócia e mesmo a Polônia e a Américado Norte.
 Os pensadores e escritores de diversas áreas que aderiram a esse movimento de crítica às ideias estabelecidas pelo Antigo Regime eram chamados comumente de philosophes, filósofos em francês, mas entre eles havia também economistas, como Adam Smith, e historiadores, como Vico e Gibbons. 
Esses filósofos do século xviii, que chamados hoje de iluministas, definiam a si mesmos como homens do “século das luzes”. Para eles o século XVIII foi o ápice da maturidade intelectual e racional do homem. Mas tais filósofos não seguiam uma única e coerente corrente de pensamento, pelo contrário, possuíam múltiplos discursos, não tinham nenhum manifesto ou programa de ideias, e muitos, inclusive, se contestavam mutuamente. Essas divergências dificultam a definição do Iluminismo como um movimento, pois não havia coerência de pensamento.
 Todavia, a maioria desses pensadores compartilhava algumas ideias em comum: a defesa do pensamento racional, a crítica à autoridade religiosa e ao autoritarismo de qualquer tipo e a oposição ao fanatismo. Influenciados pela revolução científica do século xvii, principalmente pelo racionalismo e pelo cientificismo de Descartes, a maioria dos iluministas pregava o papel crítico da razão, considerando essa a única ferramenta capaz de esclarecer a humanidade. Em geral, combatiam a Igreja Católica e sua enorme influência social e política na Europa do Antigo Regime
LIBERALISMO ECONÔMICO
O liberalismo econômico consiste na ideia da liberdade para a economia, sendo ela livre de interferências do Estado, por exemplo. O mercado econômico seria regulamentado e controlado por ele próprio, ficando a cargo dos indivíduos grande parte das decisões econômicas.O princípio do liberalismo econômico é defender a liberdade da ação produtiva, ou seja, as empresas terem o direito de escolher quais produtos fabricar, assim como o trabalhadores de escolher para quem querem trabalhar e, por fim, os consumidores serem livres para consumir os produtos que quiserem. 
O surgimento do sistema econômico que conhecemos como “capitalismo” é acompanhado por um conjunto de idéias e teorias que procuravam dar-lhe sustentação. Duas revoluções são reconhecidas como marcos da chegada da burguesia ao poder: a revolução industrial ocorrida na Inglaterra (1640/1688) e a Revolução Francesa (1789). Enquanto a primeira abria as portas para o modo de produção da nova economia (utilização de máquinas e economia industrial), a segunda criava a forma de governo e a organização política da nova classe dominante. É da França que surgem alguns dos principais "pensadores" do novo sistema. 
Conhecidos como “liberais”, defendiam uma visão de que o mercado e o próprio sistema criariam suas regras de funcionamento. A palavra de ordem que foi criada pelo médico e economista francês François Quesnay, resumindo este pensamento, era o “Laissez-Faire” ou, literalmente, deixar fazer. O trabalho de Quesnay foi desenvolvido posteriormente, na Inglaterra, por Adam Smith.
 A base do pensamento desses teóricos era a de um Estado mínimo, que não fizesse qualquer intervenção no mercado e na economia. Acreditavam que as leis financeiras eram como as da física ou da matemática: exatas e imutáveis. Acreditavam que elas bastariam para repor no seu devido lugar qualquer desorganização momentânea da economia. O próprio mercado era o grande regulador de tudo. Achavam que o Estado não deveria intervir na economia, permitindo que a livre concorrência entre os produtores e o poder de organização da iniciativa privada agisse livremente.
Hobbes e sua filosofia individualista amoldam-se com perfeição ao modo de vida dos capitalistas produtores que começavam a entrar no ramo do comércio: os interesses pessoais e egoístas seriam os motivos básicos, senão os únicos, que levariam os homens a agir. Cada um se relacionaria com o seu próximo tendo em vista algum interesse e não por conta de uma integração social com base em normas e valores. Trata-se de um tipo específico de individualismo possessivo, segundo o qual o homem seria um ser independente, que agiria de acordo com o seu próprio interesse e nada deveria à sociedade.
Já Weber vem ressaltar que com o estabelecimento do protestantismo em muitos países europeus, a sua ética permitiu que os homens se lançassem, sem culpa, nesse desejo desenfreado pelo material, como se o impulso para a aquisição fosse uma representação do próprio desejo de Deus refletido nos homens.
NACIONALISMO
 A definição do nacionalismo, normalmente refere-se o termo a um contexto político, oriundo da formação dos Estados nacionais na Europa Ocidental no início da Idade Moderna. Assim sendo, o conceito mais corrente de Nação é aquele em íntima afinidade com a ideia de Estado. Este, por sua vez, é o organismo político-administrativo que ocupa um território determinado, sendo dirigido por governo próprio.
As Ideias difusoras do nacionalismo Segundo Machado (1994), as preocupações atuais generalizaram-se a todos os domínios da atividade humana, havendo, por isso, uma notória ansiedade na procura de algo. Tal realidade tem levado ao aparecimento de movimentos, nomeadamente religiosos, que vêm preenchendo a lacuna implementada pelas disfunções das sociedades. Esses movimentos orientam-se para a ruptura da ordem estabelecida, e têm feito com que a tomada de poder, pela via revolucionária, seja uma constante em algumas partes do nosso mundo. Para o mesmo autor, a questão dos nacionalismos, como fenómenos históricos, está na ordem do dia, tendo um carácter essencialmente psicológico, e traduz-se na luta pela procura de unidade e identidade, com a preocupação de conseguir um sentido para a vida, (...) produto da cultura e caracterizador de cada sociedade (p.97).
Do ponto de vista histórico, o nacionalismo também veio a fomentar as rivalidades que forneceriam sentido à ocorrência da Primeira Guerra Mundial. Afinal de contas, as rivalidades imperialistas estavam sempre próximas a um discurso em que o interesse de uma nação deveria estar acima das “injuriosas” ameaças de outras nações inimigas. Com isso, as noções de superioridade e rivalidade se mostraram como “centrais” na organização do ideário nacionalista.
Prosseguindo pelo século XX, o nacionalismo alcançou sua expressão mais radical com o surgimento dos movimentos totalitários na Europa. Mais do que simplesmente defensores da nação, esse movimentos tomaram para si a ideia de que as liberdades individuais deveriam ser suprimidas em favor de um líder máximo, capaz de traduzir e executar os anseios de toda uma coletividade. Observado o horror e o fracasso da Segunda Guerra Mundial, podemos ver o trágico resultado desse tipo de expressão extrema.
IMPERIALISMO
Segundo o dicionário de conceitos Históricos a definição de imperialismo é seu caráter múltiplo: Não há um imperialismo, mas imperialismos. Cada um com suas práticas e estratégias de controle específicas, possuindo também diferentes definições. A ideia de império surgiu já na Antiguidade. Para Roma, império era a extensão do próprio Estado, construído com base na colonização. Mas a palavra “imperialismo” apareceu apenas em 1870, sendo bastante utilizada entre 1890 e 1914, e servindo ainda hoje para designar práticas militares e culturais desenvolvidas por potências para exercer domínio sobre outros Estados, politicamente independentes. 
As múltiplas definições de imperialismo podem ser buscadas em uma historiografia tão vasta quanto heterogênea: de Lenin, que primeiro sistematizou o imperialismo como objeto das ciências sociais, até Edward Said, que no fim do século xx estudou o imperialismo na literatura ocidental. Desse amplo debate, o imperialismo se define como um período histórico específico, que abrange de 1875 a 1914, quando a Europa Ocidental passou a exercer intensa influência sobre o restante do mundo. 
O conceito designa também o conjunto de práticas e teorias que um centro metropolitano elabora para controlar um território distante. O conjunto de práticas que constitui o imperialismo começou a ganharcoerência a partir do fim do século xix na Europa ocidental, com a concorrência entre as economias capitalistas, o abandono da política liberal, o nascimento dos oligopólios e a participação dos Estados na economia.
 Foi o momento do surgimento do Capitalismo monopolista, em que a livre concorrência entre diferentes empresas gerou concentração da produção nas mãos das mais bem-sucedidas, levando à formação de monopólio. Rapidamente, os bancos passaram a dominar o mercado financeiro, exportando capital, influenciando as decisões de seus Estados e impelindo-os para a busca de novos mercados.
SOCIALISMO
O socialismo moderno surgiu no final do século XVIII, tendo origem na classe intelectual e nos movimentos políticos da classe trabalhadora, que criticavam os efeitos da industrialização e da propriedade privada sobre a sociedade. Karl Marx afirmava que a luta de classes era responsável pela nossa realidade social, e que este conflito inevitavelmente resultaria no socialismo através de uma revolução do proletariado, tornando-se uma fase de transição do capitalismo para um novo modelo de sociedade que não seria dividido em classes sociais hierárquicas, num modelo essencialmente comunista.
Trata-se portanto de uma ideologia política, com consequências para o desenvolvimento social e econômico, que surge como uma reação ao modelo econômico e político do capitalismo e do liberalismo da Revolução Francesa. Diante da defesa da propriedade privada capitalista, o socialismo afirma a necessidade de intervenção estatal na economia para distribuir a propriedade dos bens de acordo com as necessidades de cada um, a evoluir para a propriedade coletiva dos meios de produção que viria com o comunismo.
TOTALITARISMO
O totalitarismo, uma forma de governo e de dominação, baseado na organização burocrática de massas, no terror e na ideologia. Hannah Arendt percebeu elementos de grande reflexão nesse sistema de governo, abordando, a questão política no início do século XX. Dimensões de horrores e o radicalismo da negação à liberdade, jamais foram vistas. Encontramos semelhanças existentes entre o sistema de governo totalitário e outros sistemas atuais. Um dos aspectos que Hannah Arendt traz em sua conceitualização sobre o totalitarismo é quanto ao colapso da moralidade neste regime. Os aspectos desumanos, oriundos dos governos, nazista e stalinista constatados por ela, evidenciam um ponto de reflexão nesse sentido.
Em seu sentido direto, Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.
 
No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficam às margens do poder
GUERRA FRIA
Ideologicamente o final da Guerra Fria suscitou um amplo debate entre defensores de diferentes correntes teóricas, e inclusive deu força para a consolidação ou surgimento, até, de novas idéias nas Relações Internacionais. O exercício é de contribuição para um amplo debate, e neste caso, longe de eleger alguns 'homens de palha' para destruir com um único sopro teórico, trata-se de enxergar as forças e fraquezas, e as diferenças, entre algumas das análises já feitas sobre o período.
A Guerra é a designação de um período histórico de disputas entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e a extinção da União Soviética em 1991. Foi um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações.
As explicações para o início da Guerra Fria devem começar com a Segunda Guerra Mundial. Conflito que se classifica, por qualquer medida concebível, como o mais destrutivo da história humana, a Segunda Guerra Mundial gerou níveis inigualáveis de morte, devastação, privação e desordem. 
“A conflagração de 1939-1945 foi tão dilaceradora, tão profunda, que um mundo foi derrubado”, nota o historiador Thomas G. Paterson, “não simplesmente um mundo humano de trabalhadores, agricultores, negociantes, financistas e intelectuais sadios e produtivos, não simplesmente um mundo seguro de famílias e comunidades unidas, não simplesmente um mundo militar de tropas de assalto nazistas e camicases japoneses, mas tudo isso e muito mais.
NEOLIBERALISMO
Quando se utiliza a expressão "liberal" no continente europeu, o que se tem em vista é aquele pensador ou politico que defende as idéias econômicas do livre mercado e critica a intervenção estatal e o planejamento. São aqueles que se opõem ao socialismo, à socialdemocracia, ao Estado de bem-estar social. Mas a palavra "liberal" nos Estados Unidos quer dizer quase o contrário: ela se aplica principalmente a políticos e intelectuais alinhados com o Partido Democrata e que apóiam a intervenção reguladora do Estado e a adoção de políticas de bem-estar social, programas que os neoliberais recusam.
De qualquer modo, o termo neoliberalismo leva a vários significados:
uma corrente de pensamento e uma ideologia, isto é, uma forma de ver e julgar o mundo social; 2. um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congressos, edita publicações, cria thinktanks, isto é, centros de geração de idéias e programas, de difusão e promoção de eventos;
 um conjunto de políticas adotadas pelos governos neoconservadores, sobretudo a partir da segunda metade dos anos 70, e propagadas pelo mundo a partir das organizações multilaterais criadas pelo acordo de Bretton Woods (1945), isto é, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Mas todos esses significados têm uma coisa em comum: sugerem o retorno a um modelo ideal. Em primeiro lugar, retomam, atualizam e propagam os valores do pensamento liberal e conservador dos séculos XVIII e XIX. Em segundo lugar, também pregam a volta a uma forma de organização econômica que teria vigorado, por pouco tempo, no meio do século XIX (com o livrecambismo imposto pela Inglaterra) e no período de 1870-1914, a fase mais "globalizada" da economia mundial, com a livre circulação de capitais e mercadorias, no regime monetário do chamado padrão ouro.
GLOBALIZAÇÃO 
O termo globalização surgiu na década de 1980, nas escolas de administração dos eua, para designar a expansão transnacional de diversas empresas. O conceito logo se ampliou para definir o que para Manuel Castells é um momento histórico do porte da Revolução Industrial. A globalização é principalmente um processo de integração global, definindo-se como a expansão, em escala internacional, da informação, das transações econômicas e de determinados valores políticos e morais. Em geral, valores do Ocidente. 
Herdeira do imperialismo financeiro dos séculos xix e xx, a globalização ultrapassa as fases anteriores de internacionalização da economia para abranger praticamente todos os países do mundo. É uma nova fase do Capitalismo, surgida com o fim do bloco socialista Globalização 170 e a queda do muro de Berlim em 1989; eventos que levaram à grande expansão de mercados, alcançando áreas antes vetadas ao Capitalismo. Apesar da globalização atingir a cultura e as mentalidades, seu principal fator é a economia, criando mercados e integrando regiões, a partir de uma nova distribuição internacional de trabalho entre os países globalizadores e globalizados. 
Ou seja, entre aqueles Estados que controlam a dinâmica produtiva e comercial e aqueles que precisam se submeter a essa dinâmica. Essa nova distribuição internacional de trabalho é mais complexa que a tradicional por duas razões: primeira, um país pode ao mesmo tempo globalizar e ser globalizado, como é o caso da Espanha – globalizada pela Europa e globalizadora da América do Sul. Segunda, os países periféricos passam a produzir peças e componentes de produtos montados nos países centrais do Capitalismo, criando,assim, uma desigualdade de tarefas e lucros em um mesmo sistema de produção. 
Cientistas políticos e economistas que defendem a globalização como um processo benéfico para a humanidade, afirmam que ela gera riqueza e desenvolvimento para as Nações envolvidas. No entanto, apesar do crescimento da globalização econômica, por um lado, levar ao enriquecimento de determinados setores capitalistas, como as multinacionais e os investidores nacionais em cada país, por outro, gera camadas cada vez maiores de marginalizados, desempregados e subempregados, estando assim longe de integrar toda a população mundial nas benesses da sociedade de consumo. Apesar de ter surgido como um fenômeno da economia, no início do século XXI a globalização se apresenta também como um processo de transformações sociais e culturais. É a chamada nova ordem mundial, que aparece tanto na globalização econômica e cultural quanto no neoliberalismo político e em certas vertentes da pós-modernidade intelectual.
ARENDT, Hannah. Compreender: Formação, Exílio e totalitarismo. Trad. Denise Bottmann São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
WEBER, Max. Economia e sociedade. Trad. R. Barbosa e K. E. Barbosa. Brasília: Universidade de Brasília, 2000.
KANT, I. Crítica da Razão Prática. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

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