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ARRITMIAS

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Discentes: Joel Lima e Talmon Castro
ARRITMIAS
DEFINIÇÃO
Arritmia cardíaca é o termo genérico para a condição alterada do ritmo normal do coração. 
Impulsos elétricos do coração
EPIDEMIOLOGIA
Incidência de algumas arritmias:
-Taquicardia ventricular não-sustentada em 4% da população geral.
48% do pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio nas primeiras 48h.
13% dos pacientes com prolapso da válvula mitral.
FISIOLOGIA/ ANATOMIA 
O coração é um órgão muscular com quatro cavidades:
Paredes musculares
A contração das fibras musculares do coração é controlada por uma descarga elétrica
Pacemaker fisiológico do coração: nódulo sinoatrial.
A velocidade das descargas depende:
Dos impulsos nervosos;
Da quantidade de certos hormônios no sangue.
Fonte:http://www.blogplanetacurioso.com.br/2013/05/anatomia-do-coracao.html
Arritmias Atriais
Distúrbios no Nó Sinoatrial
Parada sinusal
Bloqueio sinoatrial
1º grau
2º grau (tipo 1 ou 2)
3º grau (escape atrial)
Ritmo atrial ectópico
Ritmo atrial multifocal
Taquicardia atrial 
Não sustentada ou Sustentada
Taquicardia atrial multifocal
Fibrilação atrial
Flutter atrial
Arritmias Atriais
Arritmias ventriculares
Tem origem abaixo do Nó Atrioventricular
Extrassístoles (isoladas, pareadas...)
Taquicardias Ventriculares (não sustentada e sustentada)
Fibrilação Ventricular
TVs sustentadas: importante causa de morte súbita.
EPIDEMIOLOGIA
150 mil das 350 mil mortes súbitas anuais nos EUA.
320 mil mortes súbitas anuais no Brasil.
Prevalência aumenta com a idade.
PATOGENIA
A frequência cardíaca em repouso é de 60 a 100 bpm
Variações são normais
Arritmias
Ritmo inadequadamente rápido
Ritmo inadequadamente lento
Impulsos elétricos seguem vias ou trajetos anômalos
Podem ocorrer por:
Doença cardíaca estrutural
Anormalidade nos canais iônicos cardíacos
Causas idiopáticas (benignas)
Mecanismos responsáveis pelo surgimento das arritmias em alterações do automatismo, da condução, ou de ambos.
Alteração do automatismo cardíaco
Alteração na condução cardíaca
Alteração simultânea do automatismo e da condução cardíaca
 Fisiopatologia
Causas de disfunção elétrica no coração
Arritmias Cardíacas - Fisiopatologia
Retardo da pós-despolarização
Reentrada
Reentrada
Fonte: CECIL, 2014
Atividade de marca-passo ectópico
Bloqueio Cardíaco
Evolução da Doença
ANÁLISE CLÍNICA
Repouso?
Movimento?
Repentino?
Gradual?
EXAMES COMPLEMENTARES
Eletrocardiograma (ECG):
Monitor Portátil (HOLTER);
Fonte:http://www.manuaismsd.pt/?id=41&cn=610
ECG
Fonte: http://www.montgomerycardiovascular.com/innovative-procedures/holter-monitoring/
MONITOR HOLTER
Terapêutica Farmacológica E PROGNÓSTICO
TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA
Classificação de Vaughan Willians (1970)
Classe I: Ia, Ib, Ic
Classe II
Classe III
Classe IV
-Adenosina
Classe I
Bloqueiam os canais de sódio uso-dependentes: repouso, aberto e refratário
Associa-se e desassocia-se dos canais sódio
Ia, Ib e Ic
Classe Ia
- Associa-se e desassocia-se dos canais sódio de maneira intermediária
-Quinidina, procainamida e disopiramida)
-Adversos: Visão embaçada, boca seca, constipação e retenção urinária
Classe II
Antagonistas de receptores Beta- adrenégicos (metropolol)
Aumentam o período refratário do nó AV
Adversos: piora de broncoespamos em asmáticos, bradicardia e fadiga
Classe III
Bloqueio de alguns canais potássio envolvidos na repolarização 
Prolongam o potencial de ação
- Amiodarona, sotalol e dronedarona
- Adversos : anormalidades da tireóide; fibrose pulmonar, distúrbios neurológicos e gastrointestinais
Classe IV
Bloqueiam canais de cálcio do tipo L
Condução mais lenta nos nós AS e AV
Reduz a pós-despolarização
Reduzem a força de contração fonte: 
Verapamil e diltiazem
Adversos: rubor, edema, cefaléia ; constipação
Adenosina
Produzida endogenamente
Receptores A1 no nó AV 
Receptores de potássio/ACh
Hiperpolariza 
Velocidade do potencial de ação mais lenta
Adversos: precordialgia, falta de ar, tonturas e náuseas
Prognóstico
Depende: tipo de perturbação do ritmo; doença coronariana; insuficiência cardíaca, etc
Fibrilação Ventricular: grave
Arritmias atriais: excelente
Bloqueio cardíaco: bom
NOVAS PERSPECTIVAS
Novo microdispositivo de monitoramento cardíaco
O novo dispositivo de monitoramento de arritmias cardíacas é 80% menor que os até agora disponíveis, sendo que a operação não implica o internamento.
Novo tratamento para arritmia cardíaca: 
crioablação
Esta técnica utiliza um cateter fino e flexível para avaliar a arritmia e um cateter com balão que congela e destrói as células na entrada das veias pulmonares, isolando-as e bloqueando assim a passagem de correntes eléctricas não desejadas.
"Luva eletrônica" 
mantém batimento cardíaco regular
O dispositivo, criado por investigadores das universidades de Ilinóis e Washington usa uma espécie de "teia de sensores e eletrodos" para monitorar continuamente a atividade do coração e pode, através de choques eléctricos, manter um batimento cardíaco saudável.
CASO CLÍNICO
HISTÓRIA CLÍNICA
	70 anos, masculino, solteiro, natural e procedente de cidade de médio porte, encaminhado ao ambulatório de cardiologia com queixa de cansaço. Paciente refere apresentar quadro de dispneia aos médios esforços e às vezes de forma espontânea. Queixa-se também de tontura ao se levantar. Hipertenso em uso de Hidroclorotiazida(25 mg) 1x/dia, tabagista durante 15 anos, parou há 40 anos.
EXAME FÍSICO
BEG, lúcido e orientado, normocorado e hidratado.
Pressão arterial sentado(braço direito): 110x178 mmHg; Pressão arterial deitado(braço direito): 130x90 mmHg. FC: 95bpm; FR: 22 imp; Temperatura36,8°C.
Pulso venoso jugular irregular.
Ausência de déficits focais.
Murmúrios vesiculares positivos em ambos os hemitórax, sem ruídos adventícios.
Ictus cordis localizado no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha médio clavicular , medindo 2 polpas digitais e impulsivo. Ritmo cardíaco irregular, bulhas normofonéticas, sem sopros. Pulsos irregulares.
Abdômen sem cicatriz, plano, flácido, ruídos hidro-aéreos positivos, sem viceromegalias e massas palpáveis, sem dor à palpação.
Ausência de edema ou eritema articular.
Ausência de outros achados relevantes.
EXAMES COMPLEMENTARES
Laboratório
Valoresobtidos
Valores Referenciais
Hemograma
Hematócrito
40,7%
37-49%
Hemoglobina
13,9d/dL
12,7-17g/dL
Plaquetas
181.000mm³
140.000 - 400.000m³
Leucócitos
5.900mm³
3.700 – 95.000 mm³
Bioquímica
Glicose
82 mg/dL
60 – 110 mg/dL
ÁcidoÚrico
8,43 mg/dL
3,4– 7,0 mg/dL
Ureia
20 mg/dL
20-40 mg/dL
Creatinina
1,45 mg/dL
0,6- 1,3 mg/dL
Colesterol Total
228 mg/dL
200- 239 mg/dL
HDL
64 mg/dL
Ótimo> 60 mg/dL
LDL
162 mg/dL
150 – 200 mg/dL
TG
162 mg/dL
150-200 mg/dL
Ecocardiograma
ParâmetrosDescritivos
Ritmoirregular
Dilatação moderada dos átrios
Valva mitral espessada, com calcificaçãodo anel e dinâmica normal
Valva aórtica comfibrocalcificaçãodiscreta, sem estenose.
O estudo comDooplerevidencia:
Refluxomitral de grau discreto;
Refluxo aórtico de grau discreto.
Conclusão
Calcificação mitro-aórtica
Insuficiênciamitral discreta
Insuficiência aórtica
PONTOS DE DISCUSSÃO
1.Qual o diagnóstico mais provável?
2. Qual a etiologia dessa patologia?
3. Qual a importância do ECG e ECO no caso?
4. Qual a principal preocupação com esta patologia?
5. Qual a conduta mais apropriada?
RESPOSTAS
FA
Doença estrutural cardíaca
ECG: Registra em seu traçado a ausência da atividade atrial organizada.
 ECO: Determina a existência de cardiopatia estrutural.
4. Ocorrência de fenômenos tromboembólicos.
5. Controle da FC(BB e BCC; avaliação do estado de coagulação(CHA2DS-VASc2) heparina; cardioversão farmacológica(amiodarona) ou elétrica.
REFERÊNCIAS
GOLDMAN, L., SCHAFER, A. I. Cecil medicina. 24. ed.,
Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
LONGO, D. L. et al. Manual de medicina de Harrison. 18. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
SANTANA , M.A. 100 Casos clínicos em medicina- comentados e esquematizados. Salvador,2015.632 p
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/novo-micro-dispositivo-de-monitorizacao-cardiaca-implantado-em-doente
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/hospital-de-gaia-disponibiliza-novo-tratamento-para-arritmia-cardiaca 
http://www.atlasdasaude.pt/content/aparelho-detecta-arritmia-cardiaca
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anticoagulantes-podem-prevenir-avc-em-doentes-com-arritmia-cardiaca
TEIXEIRA, L. Arritmias cardíacas. Texto de apoio ao curso de especialização. Manual Merck, capítulo 16, 2010. Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/04/arritimias.pdf
CARNEIRO, BV et al. Arritmias: fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico. Revista de Medicina e Saúde de Brasília , v. 1, p. 93-104, 2012.
REFERÊNCIAS
http://doencas-trabalho.f1cf.com.br/doencas-trabalho-559-arritmias-cardiacas-epidemiologia-e-fatores-de-risco.html
FOCHESATTO, Barros Filho L E. Medicina Interna na Prática Clínica. Porto Alegre: Artmed; 2013.
CARNEIRO, BV; PIRES, HHM; NOGUEIRA, ACC; BRICK, AV. Arritmias: fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico. Rev Med Saude Brasilia 2012; 1(2):93‐104

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