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peixes osseos e cartilaginosos

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GNATHOSTOMATA
(gr. Gnathos = Mandíbula / Stomata = Boca )
Classe Condrichthyes
(gr . Chondros = Cartilagem / Ichthys = Peixe)
Os peixes cartilaginosos são representados pelos tubarões, peixes-serras, raias e quimeras. Todos são predadores, habitando principalmente as águas marinhas.
A características que mais chamam a atenção, é o esqueleto desses animais, que é completamente cartilaginoso, o que originou o nome da classe.
Principais Peixes Cartilaginosos do Brasil
Tubarão-branco, Cação, Peixe serra, Peixe-martelo, Raia-do-mar, Raia de água doce.
Classe Osteichthyes
A classe recebeu este nome porque é constituída de peixes cujo esqueleto é ósseo . Esses peixes estão bem adaptados a qualquer meio aquático, e por essa razão, a grande maioria dos peixes existentes atualmente tanto nos mares como nos rios, são ósseos
DIFERENÇAS ENTRE PEIXES CARTILAGINOSOS E PEIXES ÓSSEOS
	PEIXES CARTILAGINOSOS
	PEIXES ÓSSEOS
	Escama placóide
	Escama ctenóide, ciclóide ou ganóide
	Boca ventral
	Boca frontal
	Ausência de opérculo *
	Presença de opérculo
	5 a 7 pares de fendas branquiais
	1 fenda branquial de cada lado
	Cada fenda tem 1 brânquia
	Cada fenda tem 4 brânquias
	Linha Lateral
	Linha Lateral
	Presença de cloaca
	Apresenta ânus
	Ausência de bexiga natatória
	Presença de bexiga natatória
	Nadadeira caudal heterocerca
	Nadadeira caudal homocerca
	 
	 
	* Exceto as quimeras
	 
 
 
 
 
Alguma dúvida sobre o conteúdo? Dê uma olhada no site Portal São Francisco (http://www.portalsaofrancisco.com.br/) que teem todo o conteúdo sobre peixes cartilaginosos, ósseos e ainda vários outros temas  dentro da Biologia
Características Gerais dos Condríctes
São os primeiros registros fósseis de Gnathostomata com características semelhantes aos Ostracodermi por possuírem placas ósseas no corpo. Muitos registros em água doce e com as facilidades que adquiriram de locomoção encontraram-se registros marinhos. As placas ósseas servem principalmente como depósito de cálcio metabolizado.
Os Placodermi eram animais grandes e pesados apresentando mandíbulas e maxilas, placas ósseas, nadadeiras pares, manutenção da notocorda, formação inicial das estruturas internas sejam elas cartilaginosas ou ósseas (com objetivo de formar o endoesqueleto) e a presença de uma estrutura existente nos peixes até os dias atuais, a bexiga natatória.
O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. São os tubarões, as quimeras e as raias.
A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Como aquisição em relação aos ciclóstomos, possuem mandíbula, nadadeiras pares e mais desenvolvidas e um esqueleto melhor estruturado. O corpo é recoberto por escamas.
Esqueleto formado por cartilagem (no máximo ossificada), estruturada por condrócitos mais fibras colágenas mais matriz com glicoproteínas chamadas condromucinas (formação protéica com colágeno bastante resistente e maleável). Não há formação de tecido ósseo, a cartilagem pode sofrer apenas calcificação (retenção dos caracteres de jovem no adulto).
São cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado por cartilagem. São pecilotérmicos (poiquilotérmicos) ou heterotérmicos. São aquáticos, respiram por brânquias, possuem 5 ou 7 fendas branquiais, mas não apresentam opérculo.
Diferem dos peixes ósseos por apresentarem a boca na posição ventral, a nadadeira caudal heterocerca e no tubo digestivo a válvula espiral.
As escamas são do tipo placóides, de origem dermo-epidérmicas, semelhantes aos dentes.
Sistema Nervoso dos Condríctes
No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta).
O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal.
Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal. O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos. O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos.
O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno. Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.
Fonte: www.pucrs.br
Classe Chondrichthyes
Os peixes formam o grupo de vertebrados mais numeroso e mais diversificado, superando a cifra de 40.000 espécies viventes sendo divididos em Agnatha, Chondrichthyes (tubarões e raias) e Ostheichthyes (peixes ósseos).
Os peixes apresentam tamanhos e formas variados, a maioria das espécies são marinhas, embora existam muitas de água doce e ainda, toleram grandes variações de temperatura, sendo que algumas espécies podem sobreviver em fontes termais de 42° C enquanto outras podem viver em ambientes com temperaturas próximas a do congelamento.
Os primeiros peixes, representados pelos já extintos ostracodermos e os peixes Agnatha (sem mandíbulas) surgiram, provavelmente no Cambriano.
Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes, surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente.
Sendo assim, os tubarões e formas similares apareceram no planeta Terra na Era Paleozóica, Período Devoniano, cerca de 408 milhões de anos atrás. Neste ambiente aquático os peixes, dentre eles os cações, experimentaram uma grande variedade de formas.
Ao longo de sua existência, esses seres sofreram especializações evolutivas, adquirindo vários hábitos de vida, ocupando, igualmente, diversos habitats. Uma coisa, porém, ocorreu - mantiveram a tipologia de seus ancestrais, por isso são considerados, por alguns, como animais primitivos, desprezando-se todos os avanços conseguidos em milhões de anos, especificamente com relação aos sentidos e estratégias reprodutivas.
O nome Chondrichthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. São os tubarões, as quimeras e as raias.
CARACTERÍSTICAS
Grandes (média de 2 m)
Corpo fusiforme ou deprimido dorsoventralmente
Nadadeira caudal heterocerca (dificerca em quimeras)
Nadadeiras peitorais e pélvicas pareadas
2 Nadadeiras dorsais medianas
Nadadeiras pélvicas transformadas em Clásperes
Boca ventral, 2 bolsas olfatórias
Pele com escamas placóides ou nuas em elasmobrânquios e nua em quimeras
Dentes de escamas placóides substituídos em série. Dentes em plavas trituradoras em quimeras
Endoesqueleto cartilaginoso (notocorda persistente mas reduzida)
Crânios sem suturas
Sistema muscular
Blocos de músculos em miômeros, que permitem as ondulações, principalmente na cauda, desenvolvendo a natação. Há músculos que se especializam para o funcionamento de outros órgãos dos corpo, tais como os que movimentam as nadadeiras e promovem a locomoção.
Sistema digestívo
A boca é ventral com várias fileiras de dentes laminares e pontiagudos, que são substituídos frequentemente. Esses dentes são, muitas vezes, transformações das escamas placóides. A línguas espessa é presa ao assoalho bucal. Segue-se a faringe com 5 a 7 pares de fendas branquiais. O esôfago curto conduz o alimento ao estômago que apresenta a forma de letra J . O intestinoé curto, mas para compensar, possui internamente as válvulas espirais ou tiflossolis para remover o excesso de sais. A terminação do intestino é a cloaca.
Há glândulas como o pâncreas e um enorme fígado bilobado com vesícula biliar, não tem glândulas salivares.
Fileiras de dentes laminares e pontiados frequentemente substituídos
Estômago em forma de J e Fígado grande preenchido com óleo para auxiliar a flutuação
Sistema sanguíneo
O sangue possui hemácias grandes, ovais e nucleadas. O coração é envolvido pelo pericárdio e tem forma de letra S.
Apresenta 4 cavidades: seio venoso de paredes finas, um átrio ou aurícula, um ventrículo e um cone ou bulbo arterial de onde sai a aorta ventral. Circulação fechada.
Coração com 4 câmaras:
Seio venoso
Átrio
Ventrículo
Cone arterial
Respiração
É branquial. Possuem 5 a 7 pares de branquias localizadas em câmaras separadas, com fendas que se abrem para o exterior. Não há opérculo para proteger as brânquias.
Tem um par de orifícios: os espiráculos. A água entra pela boca, banha as brânquias e sai pelas fendas e espiráculos. Quando o animal se encontra em grandes profundidades, a água entra pelo espiráculo.
5 a 7 pares de brânquias conduzindo a fendas branquiais expostas em elasmobrânquios
4 pares de brânquias cobertas em quimeras
Sem pulmões ou bexiga natatória
Sistema excretor
No embrião existem rins pronefro e no adulto mesonefro . Os excretos nitrogenados são uréia e amônia. A urina possui poucos sais devido a pouca capacidade dos rins em torná-la concentrada. Eles armazenam no sangue sais, uréia e trimetil-amina para equilibrar a pressão osmótica com a água do mar.
Rim opistonéfrico
Sangue isosmótico ou ligeiramente hiperosmótico
Alta concentração de uréia no sangue
Sistema nervoso
Encéfalo com 2 hemisférios cerebrais, 2 lobos olfatórios, 2 lobos ópticos
10 pares de nervos cranianos
3 pares de canais semicirculares
Na faringe há botões gustativos. O olfato e a visão são muito desenvolvidos. Existe apenas o ouvido interno com função de equilíbrio. Em cada lado do corpo, desde o tronco até a cauda, existe uma linha para a percepção da correnteza e pressão da água. Na cabeça encontram-se as ampolas de Lorenzini, funcionam como termorreceptores e também como eletrorreceptores. São pequenas câmaras contendo células sensitivas ligadas a fibras nervosas. Estão ligados a um pequeno canal que se abre para o exterior através de poros.
Existe órgãos elétricos nas raias.
Sentidos: olfato, recepção de vibrações (linha lateral), visão e eletrorecepção, ouvido interno abre-se para o exterior
Sistema reprodutor
Dióicos
Gônadas pares
Ductos reprodutores abrem-se na cloaca (abertura urogenital e retal separadas em quimeras)
Podem ser: ovíparos, ovovivíparos ou vivíparos
Desenvolvimento direto
Fecundação interna
Sistemática
Filo Chordata
Animais com notocorda em algum estágio da vida
Subfilo vertebrata
Animais craniados com vértebras
Classe Chondrichthyes
Peixes cartilaginosos
Cerca de 850 espécies
Apenas 28 espécies são de água doce
Subclasse Elasmobranchii
Tubarões e Raias
Ordem Squaliformes e outras: Tubarões
Ordem Rajiformes: Raias
Subclasse Holocephali
Quimeras
Ordem Chimaeriformes: Quimeras
CLASSE CHONDRICHTHYES
Grupo antigo altamente desenvolvido, apresentam uma incrível combinação de órgãos dos sentidos bem desenvolvidos, maxilas poderosas, musculatura muito forte para natação e hábitos predadores que lhes garantem um lugar seguro e duradouro na comunidade aquática.
São os maiores vertebrados atuais (excetuando-se as baleias). Podem alcançar até 12 m de comprimento, mas em média apresentam 2m.
SubClasse Elasmobranchii (Tubarões e Arraias)
9 ordens
815 espécies
Dominam as águas costeiras
TUBARÕES
Corpo fusiforme com rostro pontudo. Narinas pares anteriores a boca. Olhos laterais sem pálpebras.
Cinco fendas branquiais anteriores a cada nadadeira peitoral. Nadadeiras dorsais com espinho.
Nadadeira pélvica modificada nos machos em Clasper (para a cópula). Cauda heterocerca. Pele coriácea com escamas placóides semelhantes a dentes (reduzir a turbulência das águas)
Predação
Localizam as presas inicialmente (1 Km ou mais) através de seus órgãos olfatórios (localizam partículas em uma concentraçào de uma parte por 10 bilhões)
Localizam também por percepção de vibraçòes de baixa frequência com mecano receptores na linha lateral. (órgãos receptores especiais: neuromastos)
Em menores distância utiliza a sua visão (excelente visão)
Estágio final do ataque: Campo bioelétrico que circunda os animais () Ampolas de Lorenzini), localizados na cabeça.
Podem localizar animais enterrados por eletrorecepção.
Seus maxilares apresentam fileiras de dentes triangulares afiados. A fileira anterior é funcional, e é seguida posteriormente por fileiras de dentes em desenvolvimento.
Ambiente marinho (Soluções para a fisiológia osmótica)
Para evitar que a água seja osmóticamente retirada do corpo eles retém compostos nitrogenados (uréia e óxido trimetilamina) no sangue. Estes elevam a concentração de solutos sanguíneos de maneira a exceder ligeiramente a concentração marinha
Declínio das espécies
A pesca mundial de tubarões exerce uma pressão muito grande nas populações, devido ao alto preço de suas nadadeiras usadas na sopa de nadadeiras de tubarão (prato oriental fino vendido a 50 dólares a porção).
Populações costeiras sofreram um decl’;inio tão grande que os EUA estão prestes a tornar ilegal o corte das nadadeiras. Mesmo nas Reserva Marinha das Ilhas de Galápagos dezenas de milhares de tubarões foram mortos ilegalmente para o comércio asiático de nadadeiras. Contribuindo com este fator para o declínio das espécies está a baixa fecundidade e o longo período até que os tubarões atinjam a maturidade, algumas espécies levam até 35 anos.
RAIAS
Raias bentônicas, raias elétricas, Peixes-serra, Raias de Agulhão, Raias-ticonha e Jamantas
Apresentam, como uma adaptação à vida bentônica, um achatamento dorso-ventral e nadadeiras peitorais bem desenvolvidas, achatadas e fundidas à cabeça (utilizadas como asas na natação). As aberturas branquiais ficam no lado inferior da cabeça, mas os espiráculos estão no topo.
Apresentam dentes adaptados para triturar as presas: moluscos, crustáceos e pequenos peixes.
Raias com ferrão possuem uma cauda delgada em forma de chicote que apresenta um ou mais espinhos serrilhados com glândulas de veneno em sua base.
Ferimentos feitos com estes são extremamente dolorosos e levam muito tempo para cicatrizar.
Raias elétricas são lentas e com grandes órgãos elétricos em cada lado de cabeç. A voltagem produzida é relativamente baixa (50 volts), mas a saída da força pode chegar a 1 quilowatt (suficiente para paralisar presas ou assustar predadores)
SubClasse Holocephali (Quimeras ou peixes-rato, peixe-coelho ou peixe-fantasma)
31 espécies
Em vez de uma boca com dentes, suas maxilas apresentam placas achatadas. A maxila é superior é fundida ao crânio. Alimenta-se de algas, moluscos, equinodermes, crustáceos e peixes.
Fonte: www.fag.edu.br
Classe Chondrichthyes
 
Peixes Cartilaginosos
Chondrus, cartilagem; ichthyes, peixes
São classificados em dois grupos:
Holocephali: Quimeras
Brânquias protegidas por opérculo
Cauda longa e flexível
Olhos grandes
Sem escamas
Peixes Cartilaginosos
Elasmobranchii: Tubarões e Raias
(~ 760 espécies)
Elasmobranchii: (~ 760 espécies)
Fendas branquiais (5 a 7) não recobertas
Nadadeira caudal bem desenvolvida
Corpo recoberto por escamas placóides
Boca ventral
Arco mandibular frouxamente ligado ao crânio
Alimentação
Os dentes refletem seus hábitos alimentares- nos tubarões são triangulares, serrilhados
Nas raias são pequenos, obtusos, usados para quebrar e triturar.
Órgãos dos sentidos
Olfato
Narinas na região cefálica com quimiorreceptores
Linha Lateral
Com neuromastos (detectam as vibrações), e transmitem-nas às células nervosas
Quimioe Mecanorrecepção
Percepção a grandes distâncias
Visão
Quando próximos àpresa. Olhos sem pálpebras.Audição
Ouvido interno, com canais semicirculares
Ampolas de Lorenzini
São eletrorreceptores(detectam campo elétrico) não possuem bexiga natatória
Teores óleo no fígado
Esquema de um Ampole
Reprodução
Macho com par de nadadeiras pélvicas transformado em órgão copulatório (clásper)
Reprodução dos Cordados
Fecundação interna e desenvolvimento direto
Háespécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas
Elasmobranchii: anatomia interna
Boca ventral
Coração com 2 câmaras
Excreção por rins metanéfricos
Esqueleto cartilaginoso
Notocorda persistente
Anatomia dos Cordados
Fonte: www.biologia.ifsc.usp.br
Classe Chondrichthyes
 
Possuem mandíbulas, que possibilitam a maior variedade de alimentos.
Características
Esqueleto totalmente cartilaginoso.
Pele revestida por dinimutas camadas placóides.
Boca ventral e as fendas faringeanas estão reduzidas a cinco pares.
Circulação fechada.
Circulação simples e completa.
Possuem grupos segmentares pelo corpo nadadeiras pares, peitorais e pélvica e uma nadadeira caudal.
Peixes Ósseos
São tanto de águas doce quanto de salgadas:
Boca é terminal e as fendas branquiais são em quatro pares, e não exteriores.
Pele com escamas de origem dérmica é lubrificada com mucos.
Linha lateral capta as variações de pressão e pequenas vibrações
Esqueleto formado por crânio.
Possui bexigas natatória.
Escamas
Ciclóides
Normalmente arredondadas e lisas
Ctenóides
Mais ou menos rugosas e com a margem denteada
Ganóides
Em forma de placa rombóide
Placóides
As escamas típicas dos Chondrichthyes, têm a base de dentina.
Nutrição Chondrichthyes
Boca ventral
Fileiras de dentes com substituição periódica
Intestino curto com válvulas espirais (tiflossolis)
Apresenta pâncreas e grande fígado
Termina na cloaca.
Exemplos de Chondrichthyes
Tubarão
Arraia
Anatomia da Arraia
Clásper - Órgão copulador
Fonte: www.fortium.com.br
Classe Chondrichthyes
 
Grego: chondros = cartilagem, ichthys = peixe
Tubarões, raias e quimeras
Devoniano inferior
São os vertebrados viventes mais inferiores que têm vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e extremidades pares
Predadores
Praticamente todos são habitantes de oceanos
Fósseis
São de grande interesse biológico, uma vez que algumas de suas características anatômicas básicas aparecem em embriões jovens dos vertebrados superiores
Vantagens sobre os ciclóstomos
Escamas
2 pares de nadadeiras laterais
Mandíbulas móveis articuladas com o crânio
Dentes cobertos com esmalte
3 canais semicirculares em cada ouvido
Os canais semicirculares fornecem informações sobre os movimentos giratórios. Cada um permanece em ângulo reto em relação aos outros dois. A movimentação do líquido, um ou mais dos canais, desloca a cúpula, com a conseqüente curvatura de seus pêlos sensoriais.
Órgãos e ductos reprodutores pares
Vértebras
Desvantagem em relação aos peixes ósseos
Esqueleto cartilaginoso
Escamas placóides
Fendas branquiais separadas
Um par de espiráculos comunicando-se com a faringe
Ausência de bexiga natatória
Tamanho
Cações: 90 cm (até 18 m)
Raias: 30-90 cm
Quimeras: menos de 1m
1. Aspecto Externo
Orifício retal entre as nadadeiras pélvicas.
As nadadeiras variam de forma, tamanho e localização.
Peitorais: inclinam-se para cima, provocando a elevação das partes anteriores contrabalançando a ação da cauda pélvicas
Dorsal: pode ser única, múltipla ou contínua no dorso
Anal: pode estar modificada em órgão copulador
O efeito combinado das nadadeiras caudal e peitorais permite a elevação do peixe (ausência da bexiga natatória)
2. Tegumento
Escamas placóides
3. Esqueleto ( Condocrânio )
Caixa craniana abrigando o encéfalo
Cápsulas pares para os órgãos olfativos, ópticos e auditivos
Esqueleto visceral
Mandíbulas, arco hióide, 5 pares de arcos branquiais
Esqueleto apendicular
Cintura peitoral
Cintura pélvica
Rraios dérmicos
Coluna vertebral
Vértebras anficélicas
Notocorda nos espaços intervertebrais
4. Sistema Muscular
Músculos segmentares no tronco
Músculos especializados movem as nadadeiras pares, a região branquial e estruturas da cabeça
5. Celoma
Septo transvesal separa o celoma da cavidade que contém o coração
6. Sistema Digestório
Boca
Dentes
Língua
Faringe
Fendas branquiais
Esôfago curto
Estômago em J, que termina na válvula pilórica
Intestino, com válvula espiral
Cloaca
Orifício retal
Fígado: 2 lobos
Vesícula biliar e ducto biliar (parte anterior do intestino)
Pâncreas bilobado (entre o estômago e o intestino)
7. Sistema Circulatório
Coração – pericárdio
Seio venoso
Atrio
Ventrículo
Cone arterial
Vasos relacionados com o transporte de sangue para hematose
Aorta ventral
Artérias branquiais aferentes
Aorta dorsal
Artérias branquiais eferentes
Artérias
Carótidas pares
Internas
Externas
Subclávias pares
Celíaca (estômago, fígado e intestino)
Mesentéricas
Anterior (baço e intestino posterior)
Posterior (glândula retal)renais
Genitais
Ilíacas pares (nadadeiras pélvicas)
Aorta caudal
Veias
Veia caudal
Porta-renais pares
Veias pós-cardinais pares
Veias abdominais pares
Jugulares pares
Cardinais anteriores pares
Porta-hepática
Hepáticas
8. Respiratório
Brânquias
Mecanismo
Corrente de água > boca > bolsas branquiais > fendas branquiais
9. Excretor
Rins mesonéfricos
Ureter
Papila urogenital
Glândula retal
10. Glândulas endócrinas
Hipófise – 4 subdivisões
Tireóide – língua ou faringe
Ilhotas de Langerhans - pâncreas
Adrenais
Supra-renais – adrenalina (dentro das veas pós-cardinais)
11. Sistema Nervoso
Encéfalo
Hemisférios cerebrais pares
Medula espinal
Nervos espinais pares
Sistema nervoso simpático – gânglios sobre as veias pós-cardinais
12. Órgãos dos sentidos
Narinas
Botões gustativos – faringe
Olhos
Ouvido
Linha lateral
Canais sentitivos – ampola de Lorenzini
13. Reprodução
dióicos
aparelho reprodutor
macho
2 testículos
Ducto eferente
Ureter (ducto deferente)
Seio urogenital
Clásperes
Fêmeas
2 ovários
2 ovidutos
Glândula da casca
Útero (ovovivíparos)
Cloaca
Fecundação interna
Comportamento pré-nupcial
Vivíparas – placenta
14. Relações com o homem
Alimento
Fígado
Indústria: capas de livros, abrasivo (marfim e madeira), couro (sapatos e bolsas)
Pesca
Turismo
15. Bibliografia Recomendada
ORR, R. T. Biologia dos Vertebrados. Livraria Roca: são Paulo, 1986, 508p. ROMER, A. S. Anatomia Comparada: Vertebrados. Interamericana: México. 1973 435p. STORER, T. I., USINGER, R. L., STEBBINS, R. C. & NYBAKKEN, J. W. Zoologia Geral. Companhia Editora Nacional: São Paulo. 1986, 816p.
Fonte: www.dbi.uem.br
Classe Chondrichthyes
Chondros: cartilagem + ichthys: peixe
Tubarões (cações), Raias e Quimeras
Maioria dos tubarões e raias é marinha, mas alguns vivem em rios e lagos tropicais.
Tubarões (pelágicos) e Raias (fundo do mar), porém algumas são filtradoras e portanto pelágicas
Ex: Raia Jamanta.
Formas Atuais são divididas em dois Grupos
1. Holocephali
Com apenas uma abertura branquial de cada lado da cabeça, ex: quimera ou peixe coelho.
2. Elasmobranchii
Várias aberturas branquiais de cada lado da cabeça
Ex: Tubarões e raias, sendo:
Cações com corpo fusiforme, com 5 a 7 pares de fendas branquiais de cada lado da cabeça.
Raias com corpo achatado dorsoventralmente e 5 pares de fendas branquiais na face ventral do corpo.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Pele rija, coberta de pequenas escamas placóides, que reduzem o atrito com a água, aumentando a eficiência natatória. Na pele há ainda a presença de muitas glândulas mucosas.
Boca ventral coberta por esmalte; narinas não comunicadas com a cavidade bucal; presença de mandíbula e maxila, olhos bem desenvolvidos (baixa intensidade de luz) e com a presença de membrana nictitante (ataques) – Considerados grandes predadores. Filtradores também
Ex: Tubarão baleia.
Esqueleto cartilaginoso, sem ossos verdadeiros.
Coração com duas câmaras (1 aurícula e 1 ventrículo). Neste caso, o sangue passa somente uma vez em cada circuito do corpo eé venoso (não oxigenado e escuro).
Respiração por brânquias presas às paredes opostas de bolsas com forma de fendas, tendo cada bolsa uma abertura independente; ausência de bexiga natatória.
Ausência de bexiga natatória: o fígado (onde o volume de óleo é regulado pela absorção e produção do mesmo pelo organismo) serve para contrabalançar o peso das escamas placóides, dentes e cartilagens calcificadas.
Excreção por meio de rins mesonéfricos, sendo o principal produto excretado a uréia.
Temperatura do corpo variável, ou seja, ectotérmicos.
Vibrações na água: existência de mecanorreceptores na linha lateral. Esta, um fino sulco ao longo de cada lado do tronco e da cauda e responde a estímulos de pressão na água (resposta táctil).
Ampolas de Lorenzini: pequenos tubos preenchidos com muco, e em sua base localizam-se cel. sensoriais e neurônios aferentes à sinais elétricos emitidos pelas presas.
Quimiorecepção: devido ao acurado sentido olfatório.
CELOMA
Estômago, intestino e outros órgãos internos situam-se na grande cavidade do corpo ou celoma, sendo que este e revestido por uma membrana lisa e brilhante denominada peritônio, que também cobre os órgãos.
Obs: um septo transversal separa o celoma da cavidade que contém o coração.
SISTEMA DIGESTIVO
Boca com fileiras de dentes pontiagudos não ligados à mandíbula e maxila como nos peixes ósseos e vertebrados superiores. Fileiras de dentes se desenvolvem atrás dos funcionais para substituição.
Esquema
Boca - Esôfago (curto) - Estômago (forma de J, que termina num esfíncter, músculo circular ou válvula pilórica) - Intestino (presença de válvula espiral) - Cloaca e Ânus.
REPRODUÇÃO
Sexos separados; gônadas pares; ovíparos ou ovovivíparos e desenvolvimento direto.
Ovíparos
Ovos grandes com casca rígida e abertura para trocas com o meio.
Ovovivíparos
Retêm o jovem em desenvolvimento no interior do oviduto, a casca é menos resistente. Há uma vascularização dos ovidutos e sacos vitelínicos.
FECUNDAÇÃO INTERNA EM TODAS AS SPP. MODERNAS.
Obs.: Durante a cópula apenas um clásper é introduzido no interior da cloaca da fêmeapor meio de ganchos.
RELAÇÕES COM O HOMEM
Alimento (carne e nadadeiras ou galha, usado em sopas e afrodisíaco).
Fígado (óleo contendo vitamina A).
Conflitos com o homem
Fonte: www.avesmarinhas.com.br
Classe Chondrichthyes
 
Os tubarões, raias e quimeras (peixes de águas profundas, também são designados peixes-rato) desta classe (gr. chondros = cartilagem + ichthys = peixe) são os vertebrados vivos mais primitivos com vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e barbatanas pares.
Este grupo é antigo e representado por numerosos restos fósseis. Pertencem-lhe alguns dos maiores e mais eficientes predadores marinhos. Todos possuem um esqueleto cartilagíneo, dentes especializados que se renovam ao longo da vida e uma pele densamente coberta por escamas em forma de dente.
Praticamente todos são marinhos, embora existam espécies de tubarões e raias que penetram regularmente em estuários e rios, e, em regiões tropicais, espécies de água doce.
Todos os peixes cartilagíneos são predadores, embora os filtradores também ingiram fitoplâncton. Neste caso existem projecções rígidas dos arcos branquiais, que funcionam como filtros. Grande parte da sua dieta é composta por presas vivas, embora consumam igualmente cadáveres, quando disponíveis.
A maioria dos tubarões não apresenta mais de 2,5 m de comprimento mas alguns atingem 12 m e o tubarão-baleia 18 m, sendo estes os maiores vertebrados vivos, com excepção das baleias.
Morfologia do Tubarão
As raias são igualmente pequenas, com cerca de 60-90 cm de comprimento mas a raia-jamanta atinge 5 m de comprimento e 6 m de envergadura
Raia
Raia
CARACTERIZAÇÃO DA CLASSE
Os tubarões, com o seu corpo fusiforme e aerodinâmico, têm grande interesse biológico pois apresentam características anatómicas básicas presentes em embriões de vertebrados superiores, nomeadamente:
Esqueleto cartilagíneo
Sem ossos verdadeiros mas compostos por cartilagem resistente e flexível, mais ou menos reforçados por depósitos calcários, o esqueleto é composto por um crânio ligado a uma coluna vertebral e cinturas peitoral e pélvica. A mandíbula (não fundida ao crânio) e a maxila estão presentes. A notocorda é persistente nos espaços intervertebrais. Algumas espécies possuem coluna vertebral rija, em tudo semelhante à dos peixes ósseos. Este tipo de esqueleto apenas suporta animais com mais de 10 metros de comprimento em meio aquático, cuja densidade é superior à do ar
Escamas placóides
A pele é rija e está coberta com escamas semelhantes a dentes (são compostas por uma placa de dentina na derme, revestida por esmalte) com um espinho orientado para trás, bem como numerosas glândulas mucosas. Este revestimento confere à pele uma textura de lixa, o que torna o animal mais hidrodinâmico.
Algumas espécies de raias apresentam escamas grandes e espinhosas, enquanto outras não apresentam escamas de todo
Barbatanas pares e impares
Além das tradicionais barbatanas medianas, surgem barbatanas pares (peitorais e pélvicas), todas sustentadas por raios dérmicos. Ao contrário das barbatanas dos peixes ósseos, as barbatanas dos tubarões são rígidas, não podendo ser dobradas ou flectidas.
A origem das barbatanas pares é pouco clara. Alguns autores consideram-nas derivadas de dobras longitudinais latero-ventrais sustentadas por raios, teoria que parece apoiada por estudos do desenvolvimento embrionário de tubarões atuais e de peixes fósseis. O anfioxo apresenta igualmente dobras deste tipo, que se unem á cauda.
Dado que estes animais são mandibulados, têm necessidade de orientar o corpo em relação ao objeto a morder. Assim, surgem as barbatanas, tanto pares (impedem o balançar cima/baixo) como impares (impedem o rolar esquerda/direita). Nos tubarões machos geralmente as barbatanas pélvicas apresentam órgãos copulatórios designados clásperes.
A cauda é heterocerca (com lobos assimétricos, pois a coluna vertebral penetra no lobo dorsal maior). Nas raias e afins a cauda é longa e fina, podendo terminar num espinho farpado com glândulas de veneno, como forma de defesa;
Celoma
A cavidade do corpo é perivisceral, forrada pelo peritoneu e subdividida por uma membrana, separando o coração das restantes vísceras;
Sistema nervoso e órgãos dos sentidos
Olho de tubarão cinzento dos recifes
Aberturas das ampolas de Lorenzini na zona ventral do focinho de um tubarão cinzento dos recifes
Encéfalo distinto e órgãos sensoriais muito desenvolvidos, que lhes permitem localizar presas mesmo quando muito distantes ou enterradas no lodo do fundo.
Estes órgãos incluem:
Narinas: localizadas ventralmente na extremidade arredondada da cabeça, capazes de detectar moléculas dissolvidas na água em concentrações mínimas;
Ouvidos: com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores);
Olhos: laterais e sem pálpebras, cuja retina geralmente apenas contém bastonetes (fornecendo uma visão a preto-e-branco mas bem adaptada á baixa luminosidade);
Linha lateral: um fino sulco ao longo dos flancos contendo muitas pequenas aberturas, contém células nervosas sensíveis á pressão (algo como um sentido do tato á distância);
Ampolas de Lorenzini: localizadas na zona ventral da cabeça, são outros canais sensitivos ligados a pequenas ampolas que contém eletrorreceptores capazes de detectar as correntes eléctricas dos músculos de outros organismos;
Sistema digestivo
A boca é ventral com fileiras de dentes revestidos de esmalte (desenvolvidos de escamas placóides).
Os dentes estão implantados na carne e não na mandíbula, sendo substituídos continuamente a partir da parte traseira da boca, à medida que são perdidos. A forma dos dentes revela os hábitos alimentares dos animais, dentes pontiagudos e serrilhados nos tubarões, que os usam para agarrar e cortar, e pequenos e em forma de ladrilho nas raias, que os usampara partir as carapaças e conchas dos moluscos e crustáceos de que se alimentam no fundo.
As narinas não comunicam com a cavidade bucal mas com a faringe.
O intestino apresenta válvula em espiral (para aumentar a área de absorção) e fígado, grande e muito rico em óleo o que confere grande flutuabilidade, chegando por vezes a compor 20% do peso do corpo. No entanto, em algumas espécies tal não é suficiente, pois se pararem de nadar afundam-se. O orifício retal abre para a cloaca;
Sistema circulatório
Coração com 2 câmaras (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso;
Sistema respiratório
As brânquias estão presas à parede de 5 a 7 pares de sacos branquiais, cada um com uma abertura individual em forma de fenda, abrindo á frente da barbatana peitoral nos tubarões ou na superfície ventral das raias. Nas quimeras apenas existe uma fenda branquial.
Os sacos branquiais podem contrair-se para expelir a água ou, como acontece na maioria dos tubarões, o animal usa uma espécie de respiração a jato, nadando ativamente com a boca e as fendas branquais abertas, mantendo um fluxo constante de água. Por esse motivo, é frequente os tubarões afogarem-se quando presos em redes de pesca perdidas.
Geralmente existe um par de espiráculos atrás dos olhos, em ligação á faringe, que, nas espécies bentónicas, permitem a entrada de água sem detritos para as brânquias. Não existe bexiga natatória.
O sistema excretor é formado por rins mesonéfricos.
Reprodução
Embrião de tubarão-martelo, uma espécie vivípara
Os tubarões e raias têm os sexos separados, gónadas tipicamente pares, em que os ductos abrem na cloaca e a fecundação é interna. Os clásperes, barbatanas ventrais modificadas, são introduzidos na cloaca da fêmea e o esperma escorre pelo canal formado pelas duas estruturas unidas.
Podendo ser ovíparos (ovos são libertados envoltos em cápsulas semi-rigídas), vivíparos (jovens desenvolvem-se dentro de uma estrutura semelhante a uma placenta, o que lhes permite ser alimentados diretamente pelo corpo da mãe) ou ovovivíparos (retêm os ovos no interior da fêmea, nascendo filhotes completamente formados, cauda primeiro), produzem ovos são muito ricos em vitelo mas sem anexos embrionários.
O desenvolvimento é direto, não existindo nunca estados larvares. Os filhotes nascem com os dentes funcionais e são capazes de caçar de imediato, embora, devido ao seu tamanho, sejam eles próprios potenciais presas.
Fêmea de tubarão de Portugal aberta, mostrando os ovos nos oviductos, onde os filhotes se desenvolvem
Embrião de tubarão ovovivíparo, que se desenvolve a partir de ovos retidos no oviducto da fêmea
Os tubarões são perseguidos, por pura ignorância ou para a obtenção das suas barbatanas (para sopa e utilização em poções "afrodisíacas" asiáticas) ou mortos por acidente em redes de arrasto, correndo grande número de espécies sério perigo de extinção atualmente.
Com o aumento da população humana e a redução dos cardumes de peixes ósseos, os peixes cartilagíneos têm sido pescados em grande número. Todos os anos se matam cerca de 100 milhões de tubarões e afins, dos quais cerca de 6 milhões são tubarões azuis, mortos apenas pelas suas barbatanas.
Sendo estes animais fundamentais ao correto "funcionamento" do ecossistema marinho, esta matança deve terminar ou os desequilíbrios podem ser muito graves.
Tubarões-martelo mortos devido á utilização de redes de arrasto
Barbatanas de tubarão azul prontas para a seca
Tubarões mortos por pesca desportiva
Bem mais dignos de admiração que de receio, os tubarões apresentam comportamentos complexos, revelando-se bem mais que máquinas de matar indiscriminadas, como antes eram descritos.
Um exemplo desse fato é o extraordinário comportamento dos grandes tubarões-brancos sul-africanos, na zona da Ilha das Focas, saltando da água mais de 2 metros (daí a alcunha dada pelos locais de tubarões voadores ou jumping Jacks) para capturar focas mas ignorando outros organismos, nomeadamente o Homem ...
Fonte:curlygirl.naturlink.pt
Classe Chondrichthyes
 
PEIXES COMESTÍVEIS
LITORAL ALAGOANO
Arraia
Também chamada raia. Classe Chondrichthyes.
Tem o corpo achatado, em forma de disco, com uma cauda fina e alongada. Vive no fundo e pode enterrar-se para se defender ou cavar a areia em busca de alimento.Habita perto da costa e pode entrar em estuários e lagoas com a maré enchente.
Praias: Dasyatis guttata e Aetobatis narinari.
Agulha
Inclui animais da Classe Osteichthyes, Famílias Exocoetidae e Belonidae. Habitam águas costeiras e entram nos estuários e lagoas. Ocorrem no litoral alagoano a agulhinha, que tem a maxila inferior alongada, como se fosse um bico, e maxila superior curta; e o agulhão com as duas maxilas do mesmo tamanho, mas sempre formando um bico longo. Carne muito apreciada como tira-gosto, embora considerada de qualidade inferior.
Praias: Hyporhamphus roberti (agulhinha) e Strongylura marina (agulhão).
Bagre
Classe Osteichtyhes, Familia Ariidae. Peixe de couro, com barbilhões nas maxilas. vive em fundos lodosos ou arenosos de pouca profundidade. Importante fonte de renda para os pescadores. Nos estuários e lagoas temos Bagre bagre (bagre-bandeira), Bagre marinus, Cathorops spixii e Selenaspis herzbergii.
Cação
Também cação-panã e cação-lixa, peixes da Classe Chondrichthyes. Têm corpo alongado e cabeça achatada. Alguns apresentam os lados da cabeça salientes, com olhos nas extremidades, lembrando um martelo. Nadadeiras evidentes. São marinhos, mas podem entrar em estuários e lagoas com maré enchente. Nas praias, Sphyrna sp (cação-martelo) e Rhizopriondon porosus.
Cação martelo
Camurim ou robalo
Classe Osteichthyes, Família Centropomidae. Peixe carnívoro, relativamente grande, com a mandíbula saliente. Carne de boa qualidade, mas pouco consumida em Alagoas. Estuários e lagoas, Centropomus undecimalis (camurim-açu) e Centropomus paralellus
Carapeba
Classe Osteichthyes, Família Gerreidae. Tem o corpo ovalado, prateado. Grande fonte de renda para pescadores. Encontra-se principalmente em estuários, ou perto da costa, em praias arenosas. Carne de primeira, muito apreciada em Alagoas. Estuários e lagoas, Eugerres brasilianus.
Cioba ou vermelho
Classe Osteichthyes, Família Lutjanidae. Peixe costeiro, cabeça grande, com espinhos na nadadeira dorsal.
Cor avermelhada, com pequena mancha escura nas laterais. pode-se encontrar em estuários e lagoas, mas principalmente nas praias: Lutjanus sp.
Curimã ou tainha
Classe Osteichthyes, Família Mugilidae. Peixe de bom tamanho, vivem em mar aberto perto da costa. Em certas épocas do ano aparece aos cardumes perto da praia, onde é possível pescá-lo com facilidade. Fonte de renda para os pescadores.
Estuários, lagoas e praias: Mugil sp.
Manjuba
Classe Osteichthyes, Família Engraulidae. Peixe pequeno, com uma faixa prateada na lateral do corpo. É pescado em grandes quantidades, principalmente no verão, consumido frito ou seco e salgado. Carne apreciada, mas não muito conhecida no litoral alagoano. Estuários e lagoas, Anchoviella lepidentostole.
Pescada ou pescada branca
Classe Osteichthyes, Família Sciaenidae. Peixe importante para a produção pesqueira, principalmente no verão. De tamanho médio a grande, apresenta escamas maiores na linha lateral. Estuários, lagoas e praias, Cynoscion acoupa.
Peixe-galo
Classe Osteichthyes, Família Carangidae. Comum no litoral alagoano. Cor prateada, apresenta forte achatamento lateral e por vezes um filamento na nadadeira dorsal. Carne apreciada pela população local. Estuários, lagoas e praias, Selene vomer e Selene setapinnis.
Sardinha
Classe Osteichthyes, Família Glupeidae. Peixe pequeno de cor prateada, observado na região litorânea, aos cardumes. Pode-se encontrar também em estuários e lagoas. Importante como alimento e fonte de renda para os pescadores. Opisthonema oglinum e Harengula clupeola.
 Xaréu
Classe Osteichthyes, Família Carangidae. Corpo curto e alto, pode atingir grande tamanho. A população aprecia a carne,mas o xaréu não tem importância econômica destacada em Alagoas. Estuários e lagoas, Caranx hippos.
Fonte: www.frigoletto.com.br
Classe Chondrichthyes
PEIXES CARTILAGINOSOS
A classe Chondrichthyes (grego Chondros, cartilagem + ichthys, peixe), também conhecida por Elasmosbranchii, éra dos peixes cartilaginosos. Cartilagem é o tecido elástico do nosso nariz e orelhas.
Apareceram no final do Devônio e desenvolveram-se no Carbônico. Os peixes desta classe não possuem ossos verdadeiros, seu esqueleto é feito dç cartilagem fracamente calcificada. Todos predadores, tem a pele rija coberta de pequenas escamas placóides.
Também não possuem bexiga natatória, órgão membranoso que o animal enche e esvazia de gás (02, N2 ou C02) permitindo que seu corpo fique neutro na água, como o colete equilibrador de mergulho autônomo.
Por isso, a maioria das espécies desta classe ficam em constante movimento para não afundar, os que não nadam ficam apoiados no fundo. O figado abrange mais ou menos 20% do peso do corpo e é rico em vitamina A. Possuem de 5 a 7 fendas branquiais de cada lado da cabeça.
Figura 1: Tubarões, os reis dos mares.
Os três representantes vivos da classe são Tubarão, Raia e Quimera.
A Quimera é um animal de diftcil encontro e não nos oferece risco, nos interessam o Tubarão e a Raia. Ambos costumam ter a companhia de duas espécies de peixes, o Piloto , que nada na frente ou ao lado da cabeça e a Rêmora, que através de uma ventosa dorsal se fixa indo de carona. A rêmora também se fixa em tartarugas, cetáceos e em cascos de barcos.
Identificação
Superclasse: Peixes
Classe: Chondrichthyes (Cartilaginosos)
Subclasse: Selachii (Tubarão e raia)
Ordem: Squaliformes / Pleurotremata (Tubarão)
Ordem: Rajiformes / Hypotremata (Raia)
Subclasse: Holocephali
Ordem: Chimaeriforrnes (Quimera)
TUBARÃO
Quando ouvimos esta palavra logo imaginamos um terrível e implacável devorador que, ao ver um ser humano, não hesita em atacá-lo até a morte. Porém, apesar do ceticismo popular, a realidade é totalmente diferente.
Não há dúvida que na água ele é um verdadeiro rei, apareceu na Terra no Período Devoniano há mais de 300 milhões de anos, antes dos dinossauros, sendo que habita o mar até hoje.
Teve durante todos estes milhões de anos apenas poucas mudanças biológicas, o que demostra ser um animal perfeitamente evoluído e adaptado em seu meio.
No Brasil foi encontrado um fóssil de 220 milhões de anos. Vive em todos os oceanos do mundo podendo-se encontrar algumas espécies em rios e lagos, como no lago Nicarágua, norte da América do Sul. No mar vive desde a superficie até a profundidades de mais de 1.800 metros, possuindo neste caso orgãos luminosos como o Dwarf-shark(Squaliolus Iaticaudus).
Figura 2: Arcadas dentárias de tubarão.
São fusiformes e perfeitamente hidrodinâmicos, atingindo grandes velocidades. Espécies como o Mako e o Branco atingem até 70 km/h. A pele é acinzentada no dorso e esbranquiçada no ventre. Possuí a barbatana dorsal em forma de ponta de asa e o corpo revestido por pequenas escamas placóídes dentadas que não se sobrepõem.
Possui uma aguçada sensibilidade do meio. A visão, que é melhor que a do gato, focaliza objetos sete vezes melhor que um mergulhador. Sua linha lateral sente perfeitamente qualquer variação hidrostática. Seu órgão conhecido como Ampolas de Lorenzini, que têm os pontos de sensibilidade sob o focinho, são sensíveis a mínimas variações elétricas e magnéticas. Pressentem descargas de 1,5 Volts a 1.500 Km de distância. Percebe a presença humana a enormes distâncias. O cérebro é pequeno e quase insensível à dor.
Figura 3: Tubarão martelo - órgãos sensoriais complexos.
Tem uma boca ventral com enorme mandíbula que pode conter, dependendo da espécie, de 10 (tubarão de 7 fendas) a mais de 100 (tubarão Baleia) dentes dispostos em 5 ou 6 fileiras. Quando ele perde um dente, o de traz se desloca para a frente até tomar seu lugar, este deslocamento pode demorar de 24 horas (tubarão Branco) a uma semana (cação Limão).
O tubarão troca de dentes com certa freqüência, são milhares os trocados durante sua vida. Algumas espécies típicas de regiões bentônicas possuem o corpo achatado como o caso do tubarão Anjo.
Há cerca de 360 espécies e seu tamanho varia de 20 cm, tubarão Bicudo (Squaliolus laticaudus) de 150 a 200 gramas de peso até 18 metros, tubarão Baleia com 15 a 20 toneladas, o maior peixe do mundo.
A maioria é pequena, 65% medem até 1,2 metros, 29% ficam entre 1,2 e 3,7 metros e apenas 60% medem mais que 3,7 metros. O macho se distingue da fêmea por possuir um par de apêndices copuladores formados por expansões de cada uma das suas barbatanas pélvicas.
Figura 4: Tubarão Baleia - o maior peixe do mundo é inofensivo para o homem.
Predadores por excelência, se alimentam de tudo o que for comestível, até do que não o é, vivendo cerca de 25 anos. A carne deste peixe está cada vez mais sendo aceita para consumo e suas nadadeiras secas são muito apreciadas no oriente. Os orientais são inclusive grandes responsáveis pela aniquilação da espécie.
Vi um filme deprimente e revoltante de pescadores japoneses em grandes barcos matando uma quantidade enorme de tubarões só para retirar as nadadeiras, jogando o corpo sem condições de sobrevivência de volta ao mar, um absurdo de desperdício de recursos naturais.
Figura 5: Tubarão Tigre - ataques a surfistas no Nordeste do Brasil.
CAÇÃO - TUBARÃO
Sabe qual é a diferença entre cação e tubarão? Há mais de 14 anos, digo aos meus alunos que depende do agente devorador. Se o encontramos na água onde ele nos devora, étubarão e, se o compramos na peixaria, situação que somos nós que o devoramos, é cação. Na verdade o que existe na nomenclatura é uma diferença regional, o animal que échamado de cação no Sudeste/Sul, é conhecido como tubarão no Nordeste.
Os pescadores costumam chamar de cação os pequenos tubarões, inclusive havendo o lado psicológico da venda, é muito mais fácil vendê-lo chamando de cação. Um “cação” comum no nosso litoral e comercializado sem alarde, o Martelo, é um dos mais perigosos tubarões que existem. A realidade é que o animal é um só, principalmente se o avistamos na água, com certeza, independente do tamanho, vai ser sempre um tubarão.
Figura 6: Tubarão branco - personagem de filmes de Spielberg.
ENCONTRO / ATAQUE
É certo que o temor que temos de um ataque é exagerado, principalmente pela imagem que sempre nos foi passada pela imprensa e filmes. Em 1972, foi publicado um artigo por uma conceituada editora onde dizia que o Tubarão atacava por esporte, um absurdo a imagem que se fazia.
O da série Tubarão — de Spielberg, que na verdade eram três bonecos mecânicos de poliuretano com 7 metros, tinha até sentimento de vingança, uma coisa inadmissível em um peixe. Sempre se cultuou a idéia de um animal feroz, agressivo e que atacava por prazer. Lógico que temos que ter respeito e evitar o encontro, mas, este ocorrendo, não significa um ataque iminente, O risco entre mergulhadores é maior para caçadores submarinos que, devido ao sangue do peixe arpoado, estimulam os esqualos.
Um trecho de Bernard Gorsky, caçador da expedição Moana, “...Nada os deteve, nem os berros, nem o barulho que fazíamos batendo com a palma da mão na água. Roger puxou a faca. Nadávamos recuando, com quanta força tínhamos. A goela aberta de um tubarão alcançou uma das nadadeiras de Roger.
Outra perseguia as minhas, cheguei a sentí-la. Batíamos violentamente com os pés, provocando um borbulhar em que tudo desaparecia. Todos os nossos sonhos e esperanças dependiam do movimento daquelas fauces de tubarão. Momentos Atrozes...”. Este trecho mostra um “ataque” de tubarões a caçadores submarinos que se salvaram sem ferimentos.
Isto se deu devido ao estímulo: todo animal com fome, medo, ou provocado tende a atacar.
Figura 7: Mako - agressividade.
O encontro com um tubarão certamente é algo inesquecível e vai causar um tremendo susto. Só que este susto muitas vezes é recíproco, o animal provavelmente vai embora. Um encontro de HansHass, “. . .Só reparou em mim depois de ter passado. Com uma ligeireza de um gato — quase impossível de imaginar num corpo tão grande e maciço voltou-se, virando para mim um dos lados de sua cabeça disforme.
Ainda hoje recordo a extremidade achatada do martelo e o olho redondo e sem brilho. Parecia olhar-me espantado. Senti um calafrio atravessar-me o corpo.
Mas o estranho é que o animal assustou-se tanto quanto eu: o seu corpo foi atravessado por um calafrio semelhante. Voltou-se e fugiu como um coelho acossado...”. Este encontro foi com um dos mais perigosos tubarões, o Martelo, de uns quatro metros de comprimento e num local de grande incidência de “ataques”, Austrália. Mesmo assim o esqualo fugiu.
Um cachorro ameaçado ataca mais, nem por isso deixamos de sair à rua com medo de um encontro com um. Assim, não se deve deixar de mergulhar pelo fato de um dia poder se encontrar um tubarão. A probabilidade de uma pessoa ser “atacada” é de 1 em 300 milhões e de vir a falecer devido a este “ataque” 1 em 1,5 bilhão, bem menor que ser abatido por um raio que é 1 em 1 milhão. De 50 a 100 ataques” anuais no mundo apenas 15 a 25 pessoas morrem. Um dado comparativo é que animais como abelhas, cobras e porcos matam mais humanos que tubarões.
“Ataques” de tubarões a mergulhadores são raríssimos e não há um só caso comprovado no Brasil de “ataque” a um mergulhador autônomo.
O tubarão não costuma atacar o ser humano e sim morde-o quando é incomodado, estimulado ou por engano. Mesmo após uma mordida normalmente a pessoa consegue se salvar, se o esqualo fosse assim tão abominável ficaria até “palitar os dentes com os ossos”. Os casos de morte que ocorrem costumam ser por hemorragia, perda de sangue.
Além disso, é importante frisar que os “ataques” costumam ser a surfistas e nadadores, além de haver regiões delimitadas em que ocorrem. Sabe-se que os ataques” a surflstas se dão pelo animal confundi-los com uma tartaruga ou foca, pratos de seu cardápio. Por debaixo da água é esta a visão que se tem. O mesmo ocorre com nadadores ou pessoas na água se agitando. Os maiores responsáveis pelas mortes são o Branco, o Tigre e o Cabeça Chata.
Figura 8: Tubarão lixa - praticamente inofensivo.
No Brasil, onde há aproximadamente 70 espécies, já ocorreram cerca de 80 “ataques” com mais ou menos 28 vítimas fatais. O primeiro “ataque” a surfista se deu na Praia do ltararé — São Vicente.
A maioria dos “ataques” se deu em Recife a partir de 1992, após a construção do Porto de Suape, com certeza uma resposta do meio a interferência do homem.
Os casos estudados mostraram que os tubarões responsáveis foram o Tigre e o Cabeça Chata. Há diversos estudiosos no mundo que trabalham levantando dados a cerca dos “ataques”. Em nosso país temos o grande pesquisador Otto Bismarck Gadig.
O risco de um “ataque” é maior para mergulhos no oceano Pacífico; mais da metade ocorreram na Austrália além de haverem vários casos na Califórnia — EUA.
A África também é outro ponto de grande número de “ataques”. A temperatura da água também influi, o ponto crítico é em torno de 21 graus. Existem estímulos que atraem os esqualos, dentro eles variações elétricas, variações mecânicas da água como explosões e, sem dúvida, o sangue.
Além de seus dentes, podem provocar graves escoriações sua pele, revestida de escamas cortantes, e sua barbatana. O tubarão não precisa, como muitos pensam, virar de lado para morder, ele pode fazê-lo em qualquer posição. Na hora da mordida, sua mandíbula se desloca para frente e seus dentes para fora.
E uma mudança grande, rápida e eficiente. Segundos antes da mordida, o tubarão fecha a membrana protetora dos olhos (a maioria possui esta membrana).
Certamente, quem já viu uma cena de uma tubarão mordendo, o que a maioria já deve ter visto por interesse de mídia, ficou com uma imagem marcante e assustadora.
PROCEDIMENTOS
Se ele for visto antes do mergulho, aborte-o, pois a presença de um na água não é nada convidativo e, se for visto durante o mergulho procure ficar perto do costão ou do fundo e imóvel, o que é até fácil devido ao medo.
O ideal édeixarmos os braços junto ao corpo e as pernas fechadas. Normalmente o esqualo vai embora, pois não fazemos parte de seu cardápio, mas, se ele não se afastar, começar a fazer círculos ou se aproximar demonstrando um “ataque” iminente, lembre-se sempre que a única coisa que voce não pode fazer é tentar fugir batendo as nadadeiras desesperadamente, pois, para ele, suas pernas vão, parecer um animal ferido em fuga e isto o atrai, desperta o seu instinto de caça.
Se ele chegar demasiadamente perto, a parte que podemos tentar atingir é o focinho.
Se o mergulhador já for para a imersão sabendo da existência de esqualos na região, é conveniente levar um bastão comprido com uma ponta metálica para, no caso de aproximação, cutucá-lo. O ideal, sem dúvida, é não freqüentar lugares que tenham tubarões, a não ser em mergulhos específicos para isto, com guia qualificado.
Se ocorrer uma mordida, a primeira providência é estancar o sangue, compressa para o tronco e torniquete para membros. Tomar analgésicos e líquidos. Se tiver soro é melhor. Tudo vai depender da mordida e conseqüentemente da perda de sangue.
Mergulho a 15 anos em mar aberto e nunca vi nenhum durante o mergulho. Não nego que já vi barbatanas durante a viagem, mas isso sempre ocorreu no meio do mar, longe de costão. Um que muitos mergulhadores se gabam de terem visto e chegado perto é o tubarão Lixa (Lambarú — gênero Ginglymostoma) que é inofensivo, ficando parado no fundo até alguém o incomodar e o espantar. Inclusive este é o tubarão preferido dos grandes aquários pois, além de ficar parado, possibilitando um volume menor de água, não oferece risco aos tratadores.
Figura 9: Tubarão dos recifes caribenhos - "Shark-dive".
Uma espécie de mergulho que está se difundindo muito é a do mergulho com tubarões. Mergulhadores ficam em um círculo enquanto o guia, no centro, alimenta tubarões. Apesar da atividade já ter sido apreciada por milhares de pessoas, nunca se registrou nenhum “ataque”.
ESPÉCIES PERIGOSAS
Somente poucas espécies são consideradas potencialmente perigosas.
Algumas das mais agressivas são:
Destas o Branco é o mais temido, considerado o maior predador. Estas espécies costumam ter de 2 a 4 metros. Assim como temos espécies potencialmente perigosas também temos as inofensivas como o Marracho, Peregrino (até 10 metros de comprimento), Baleia (até 18 metros), Anjo e Lixa (Lambarú).
O tubarão Baleia, assim como o Peregrino, é comedor de plâncton e pequenos organismos. Para quem não conhece sua passividade, é um verdadeiro monstro. Imagine encontrar um gigantesco tubarão com mais de 15 metros. No Brasil, um exemplar de 10,60 metros e 10 toneladas encalhou no litoral do Rio de Janeiro.
Ele vive em grandes profundidades, subindo raramente à superficie, normalmente na primavera para se alimentar de plâncton. Assim como nos mamíferos, os maiores são mansos e inofensivos.
INIMIGOS
Os inimigos naturais do tubarão que podem ferí-lo ou até matá-lo são a Orca, Cachalote, grupo de Golfinhos, Crocodilo marinho e Lula gigante. O homem se tornou um grande se não o maior inimigo do tubarão, inclusive gerando preocupação com relação à pesca predatória deles. Há possibilidade de serem extintas diversas espécies, devido àpesca indiscriminada e descontrolada.
IDENTIFICAÇÃO
Ordem — Squaliformes/Pleurotremata (TUBARÃO) Principais Famílas
Orectolobidae (Lambarú)
Alopiidae (Raposa)
Carchariidae (Mangona)
Lamnidae (Branco/Mako)
Sphyrnidae (Martelo)
Carcharminidae (AzulIGalha Branca/Tigre)
Rhincodontidae (Baleia)
Cetorhinidae (Peregrino)
Triakidae (Canejo)
Squalidae (Prego)
Squatinidae (Anjo)
RAIA
Figura 10: Raia Jamanta - Laje de Santos, 2001.
Como o Tubarão, existem desde a era Primária há mais de 300 milhões de anos. Possuem o corpo achatado, nadadeiras peitoraís muito desenvolvidas no mesmo plano do corpo formando um disco e cauda normalmente fina onde se alojam os ferrões. Estes, quando presentes, são omaior risco, pois possuem a forma de ponta de flecha, todo farpado. Povos da Oceania usavam estes ferrões, que alcançam até 40 cm, na ponta de lanças. Alimentam-se ao entardecer e reproduzem-se de março a abril.
O maior risco de ferimento é com relação às raias que vivem em fundos arenosos. Quando ela sente-se ameaçada, levanta o ferrão que fica perpendicular ao fundo. Uma pessoa, entrando ou saindo do mar por uma praia, pode ter o pé espetado por este eficiente dardo de defesa, que causa muita dor e, às vezes, séria inflamação. E lógico que a raia não vai ficar parada à espera de ser pisada, isso só acontece quando ela é acuada. A raia não pode, como muitos já me perguntaram, disparar o ferrão contra o mergulhador.
Existe raia em água doce e no mar. Das marinhas, destaco as 4 espécies mais comentadas e temidas.
RAIA MANTEIGA
De pequeno porte, comum de 50 cm a um metro, possui 2 ferrões na cauda. Fica semi enterrada na areia à espera da presa. O risco é pisarmos em cima de uma, machucando o pé no ferrão. A carne desta raia é uma das poucas apreciadas, entre as raias, para se comer.
Figura 11: Raia Manteiga - comestível.
RAIA ELÉTRICA
Também é conhecida como Treme-Treme, pois dá descargas elétricas. São aproximadamente 38 espécies em 10 gêneros. De 40 a 50 cm, possui o corpo quase circular, cauda grossa com nadadeiras e a parte ventral com manchas. Vivendo em fundos arenosos ou de cascalho, fica semi-enterrada à espera da presa.
Não possui ferrão mas possui dois orgãos entre a cabeça e a nadadeira peitoral, com células geradoras de corrente elétrica, que descarregam 150 choques por segundo de 45 a 220 Volts e com 2.000 W. Após a descarga, a raia precisa de um grande tempo para se recarregar. Esses choques podem levar, além da tontura, ao desmaio.
Ela se utiliza da descarga elétrica para defesa e algumas vezes para captura de presas. É de difícil aproximação. Em 1985, em Ilha Bela, fiquei bem uns 15 minutos atrás de uma para conseguir fotografá-la. É lógico que devemos manter uma distância respeitável, pois uma descarga elétrica sob a água pode causar afogamento.
Figura 12: Raia Elétrica.
RAIA CHITA
Tem este nome pois seu dorso possui manchas redondasclaras. E de grande porte e formato losangular, alcançando 2,50 metros com 250 Kg. De natação livre, possui de 1 a 5 ferrões na cauda, tendo a cabeça saliente com um focinho parecido com um bico de pato. Também é de dificil aproximação. Fica perto da superffcie, como as Jamantas, e se alimenta de pequenos moluscos. Por vezes pula fora da água. Já encontrei algumas grandes, mas nunca consegui chegar muito perto, o que é ideal, devemos manter boa distância.
Figura 13: Raia Chita
RAIA JAMANTA
A raia Jamanta, apesar de não oferecer risco com relação a ferrão, pode ser perigosa devido ao seu grande tamanho.
Há dois gêneros muito parecidos: a Manta e a Mobula. As do gênero Manta são as maiores, chegando a medir 5 metros de comprimento por 8 de largura, com peso de 3 toneladas.
A Mobula atinge cerca de 2 metros e possui um ferrão pouco desenvolvido. O corpo da Jamanta é em formato losanguiar, como a chita, só que possui duas projeções carnosas ao lado da boca, que é terminal e não ventrai.
Devido a estas projeções em forma de chifre, que são, na verdade, nadadeiras cefáiicas, era conhecida como diabo marinho ou demônio do mar. Um dos livros que narra aventuras com este peixe, do grande pesquisador submarino Hans Hass, tem o título de “Demônio do Mar Vermelho”. Possui coloração preto-escuro no dorso e branca no ventre. Nada lentamente perto da superfície inclusive por vezes deixando sair as pontas das nadadeiras para fora.
Quando nos deparamos com uma Jamanta, nos impressio. na não só o seu enorme tamanho, como o fato dela vir em nossa direção, passando a uma distância muitas vezes inferior a 2 metros.
Devido à localização e abertura de sua boca, é nos dado a sensação de que vamos ser engolidos, o que é irreal, pois o animal tem dentes muito pequenos e só se alimenta de plânctons e pequenos crustáceos, utilizando, por vezes, o par de nadadeiras cefálicas para direcionar o alimento à sua boca. As menores são mais curiosas e ficam mais tempo em nossa volta.
O meu primeiro contato com uma Jamanta, em 1981, foi assustador. Eu estava começando na atividade e não fazia idéia do que era um peixe daquele tamanho.
Mergulhava calmamente na ilha Laje de Santos, um pouco afastado do costão, quando senti um enorme vulto por cima de mim.
Quando levantei a cabeça, deu-me a impressão de um filme espacial, onde aquelas enormes naves ficam passando na teia como se não tivessem fim. Aquele vulto, a poucos metros da minha cabeça, passava sem parar, pois ainda tive a sorte de logo deparar com uma raia de uns 5 metros de largura.
Eu me apavoreí e nadei feito um doido para tentar me enfiar entre as pedras. Tive, além de uma intoxicação por Dióxido de Carbono (Gás Carbônico), um encontro realmente marcante. Com o tempo, acostumei-me inclusive, a pegar carona no animal e garanto que é uma emoção indescritível, imagino como um vôo de asa deita submarino.
Para quem vai se aventurar a pegar carona, quatro conselhos úteis: o primeiro é nunca se aproximar pela frente, pois isso assusta a raia que pode dar uma guinada brusca para o lado pondo em risco o mergulhador, uma “asada” de sua nadadeira deve equivaler a um soco de Mike Tyson (!).
Devemos nos aproximar por cima e por trás, deitando suavemente sobre seu dorso. O segundo conselho é não abusar no malabarismo sobre ela pois, depois que pegamos confiança, começamos a fazer estripulías que podem assustar o animal.
O terceiro é tomar cuidado com a variação de profundidade, na excitação da carona descuidamos da compensação e, como a Jamanta varia muito a profundidade, perto da superficie, pode facilmente nos ocorrer um barotrauma, principalmente de ouvido.
O último é: só se aventure se tiver boa experiência de mergulho e se sentir perfeitamente seguro.
Figura 14: Raia Jamanta - dócil.
OUTRAS RAIAS
Há outras raias, normalmente de pequeno porte, Sapo, Ticonha, Borboleta, Lixa, Pintada e Santa, que ficam nadando perto do fundo e raia Amarela que fica semi-enterrada na areia. Estas pouco encontramos.
Figura 15: Raia de pintas azuis.
Identificação
Ordem: Rajiformes / Hypotremata (Raia)
Subordem: Batoidea
Principais Famílias
Myliobatidae (Chita, Ticonha, Sapo)
Dasyatidae (Manteiga, Borboleta)
Mobulidae (Jamanta)
Subordem: Narcobatoidea
Família: Torpedinidae (Elétrica)
Fonte: www.anestesiologia.com.br
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Características Gerais dos Osteíctes
Os peixes da classe Osteichthyes (do grego osteos, osso, e ichthyos, peixe) possuem esqueleto ósseo. Ocupam ambientes de água doce ou marinhos. As escamas que recobrem o corpo dos osteíctes são de origem dérmica, diferentemente das escamas dos condríctes, de origem epidérmica.
São osteíctios da ordem teléosteos a maioria dos peixes conhecidos: pescada, bagre, sardinha, carpa, corvina, piranha, truta, cavalo-marinho, pirambóia, poraquê (peixe-elétrico), enguia e vários outros exemplos. As características comuns a todos os peixes ósseos, com aproximadamente 21.000 espécies atuais, são:
Cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado principalmente por tecido ósseo. São pecilotérmicos.
Aquáticos e respiração por brânquias, que estão protegidas pelo opérculo (placa articulada e flexível). Nos peixes dipnóicos, a membrana da bexiga natatória é vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior e o sangue. Esses "peixes pulmonados" podem resistir a longos períodos de seca, quando permanecem entocados em buracos no fundo lamacento dos rios. A pirambóia, encontrada no Brasil, é um exemplo de peixe dipnóico.
A boca fica localizada anteriormente. Cecos pilóricos do estômago produzem enzimas digestivas, melhorando a capacidade digestória. A nadadeira caudal é homocerca ou dificerca.
A bexiga natatória é um órgão hidrostático (regula a densidade do peixe).Em algumas espécies a bexiganatatória não está ligada ao tubo digestivo (peixes fisoclistos). Quando a bexiga natatória está ligada ao tubo digestivo os peixes são do tipo fisóstomos.
As escamas são de origem dérmica e dos tipos ciclóide e ctenóide.
A forma do corpo em geral é hidrodinâmica, contendo glândulas que secretam muco na pele, facilitando a locomoção no meio aquático.
São dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é sexuada e em geral com fecundação externa. Nas espécies de fecundação interna a nadadeira caudal modificada atua como órgão de cópula. A maioria é ovípara. Há porém, espécies vivíparas. Possuem apenas o anexo saco vitelino. A forma jovem (larval) é o alevino. Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto é, sobem os rios na época da reprodução (= anádromos).
Sistema Nervoso dos Osteíctes
No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta).
O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal. Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal.
O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos.
O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos.
O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno.
Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.
Fonte: www.pucrs.br
Classe Osteichthyes
Os peixes ósseos são o grupo mais vasto (correspondem a 9 em cada 10 espécies) e diverso de peixes actuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC). Esta é a classe mais recente do ponto de vista filogenético, bem como a considerada mais evoluída. A taxonomia dentro desta classe tem sido frequentemente alterada, devido à descoberta de novas espécies, bem como de novas relações entre as já conhecidas.
Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento mas existem formas reduzidas (certos gobies apenas têm 10 mm de comprimento) e gigantescas (espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900 Kg de peso).
Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude, zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em oxigénio, etc. Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar.
Peixes palhaço
Caracterização da classe
As suas características principais são:
Forma do corpo
Corpo é fusiforme, mais alto que largo, de corte oval o que facilita a deslocação através da água. A cabeça estende-se da ponta do focinho á abertura do opérculo, o tronco daí ao reto, para trás do qual se tem a cauda. O corpo apresenta uma forte musculatura segmentar - miómeros -, separados por delicados septos conjuntivos;
Esqueleto ósseo
O esqueleto é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam apresentar ossos cartilagíneos (esturjão, por exemplo), com numerosas vértebras distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços intervertebrais.
O esqueleto apresenta 3 partes principais:
 coluna vertebral
 crânio
 raios das barbatanas
Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica, ligando-se essas barbatanas por meio de tendões, sem ligação á coluna vertebral). Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas. O crânio é articulado com as maxilas e mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos branquiais. A articulação do crânio com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não podem virar a cabeça.
A cauda é geralmente homocerca
Escamas mesodérmicas
A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção facilita o deslizar através da água e protege contra infecções, e escamas no tronco e cauda, de várias formas mas sempre de origem dérmica. Algumas espécies não apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte.
As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças. Em algumas espécies, esta camada de pele ajuda a manter a humidade quando o animal está emerso.
Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em cada espécie, esta é uma importante característica sistemática desta classe;
Barbatanas pares e impares
Barbatanas são sustentadas por raios ósseos ou por vezes cartilagíneos. As barbatanas impares são duas dorsais e uma retal, bem como a caudal simétrica. A forma da barbatana caudal altera a forma de deslocação do animal: barbatanas arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes velocidades. A barbatana dorsal tem suporte esquelético e varia grandemente de forma, de acordo com os hábitos do animal. As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do opérculo, e as pélvicas. Cada barbatana tem o seu próprio conjunto de músculos, o que permite um movimento independente, aumentando a capacidade de manobra. Ao contrário dos peixes cartilagíneos, e devido à presença de bexiga natatória, os peixes ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas para manobrar na água;
Sistema nervoso
Encéfalo distinto e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente:
Olhos
Grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objectos próximos mas que percebem facilmente movimentos distantes, incluindo acima da superfície da água. A retina contém cones e bastonetes, o que permite visão a cores na maioria dos casos;
Ouvidos
Com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores), permitem uma audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja esfregando partes do corpo entre si, seja com a bexiga natatória;
Narinas
Localizadas na parte dorsal do focinho, comunicam com uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água;
Anatomia externa de um peixe teleósteo
 
Linha lateral
Localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se encontram mecanorreceptores. A eficácia deste sistema para detectar movimentos e vibrações por ele causadas na água permite a formação de cardumes, fundamental como estratégia de defesa destes animais;
Sistema digestivo
A boca grande é terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas, onde estão implantados dentes cónicos e finos.
Existem outros dentes, localizados nos primeiros arcosbranquiais, úteis para prender e triturar o alimento.
Na boca existe uma pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos respiratórios;
Sistema circulatório
Coração com duas cavidades (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso. O sangue é pálido e escasso, quando comparado com um vertebrado terrestre;
Sistema respiratório
Tipicamente com brânquias em forma de pente sustentadas por arcos branquiais sseos ou cartilagíneos, no interior de câmara comum de cada lado da faringe, coberta por um opérculo, fino e margens livres abaixo e atrás.
Os arcos branquiais apresentam expansões que protegem os filamentos branquiais de partículas duras e evitam a passagem de alimento pelas fendas branquiais.
Nas branquias existe um mecanismo de contracorrente entre a água e o sangue que as irriga, aumentando a eficiência das trocas gasosas.
Geralmente existe bexiga natatória, um grande saco de paredes finas e irrigadas derivado da zona anterior do intestino, que ocupa a zona dorsal da cavidade do corpo. Esta cavidade está preenchida com gases (O2, N2, CO2), actuando como um órgão hidrostático, ajustando o peso do corpo do peixe consoante a profundidade. O ajuste faz-se por secreção ou absorção dos gases para o sangue. A capacidade da bexiga natatório é superior nos peixes de água doce pois esta é menos densa que a salgada, não podendo sustentar o peixe com a mesma facilidade. A bexiga natatória pode ajudar na respiração (peixes pulmonados) ou como caixa de ressonância de órgãos dos sentidos ou produção de sons;
Sistema excretor
 Rins mesonéfricos
 Ectotérmicos
Reprodução
Sexos separados, gónadas geralmente pares, grande maioria ovíparos com fecundação externa, embora existam espécies com fecundação interna e hermafroditas. Algumas espécies passam por mudanças de sexo, machos passam a fêmeas aumentando de tamanho e as fêmeas tornam-se dominantes nos cardumes ao passarem a machos.
Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com quantidade de vitelo muito variável. As espécies de mar alto produzem enormes quantidades de ovos, pois a maioria não sobrevive, que passam a fazer parte do plâncton, enquanto espécies costeiras os colocam entre detritos e folhas ou no fundo.
Algumas espécies cuidam dos ovos e/ou dos juvenis, guardando os ninhos e mantendo-os oxigenados com jorros de água. Outros incubam os ovos na boca ou permitem que os jovens lá se recolham quando ameaçados.
Várias espécies migram grandes distâncias (tanto de água salgada para doce, como algumas espécies de salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar.
Cardume de Peixes
Os peixes ósseos são os únicos que formam cardumes, por vezes com dezenas de milhar de indivíduos. Nos cardumes os peixes deslocam-se sincronizadamente, como se fossem um só. Cada peixe segue paralelamente ao seu vizinho, a uma distância de cerce de um comprimento do corpo e mantém a sua posição devido à acção da visão, audição e linha lateral. A cor prateada da maioria dos peixes que fazem cardumes é fundamental pois ajuda a detectar os movimentos uns dos outros (uma pequena mudança de direcção produz uma grande diferença a nível da luz reflectida).
Num cardume os peixes estão mais seguros pois há mais sentidos atentos a um potencial predador e torna-se mais difícil escolher a presa no meio de tantos corpos em movimento. A vida em grupo também ajuda a encontrar alimento e parceiros sexuais.
Espécies ameaçadas parece pequena, quando comparada com outros grupos de vertebrados, mas tende a aumentar à medida que estudos mais cuidados são realizados e que o aquecimento da água do mar se intensifica.
Os peixes, principalmente os peixes ósseos, têm sido um aparentemente inesgotável armazém de alimentos para a espécie humana. A pesca tem vindo a intensificar-se ao longo dos anos, numa tentativa de compensar a demanda de peixe para a alimentação humana e animal (para o fabrico de farinha de peixe, usada em rações de engorda).
Assim, a pesca tradicional deixou de satisfazer e surgiu a pesca intensiva com redes flutuantes e de arrasto no fundo, pois as águas superficiais começaram a ser esgotadas. Estas redes, além de serem por vezes abandonadas em alto mar, onde permanecem décadas, aprisionando todo o tipo de animais que acaba por morrer, causam enormes danos ao fundo do mar. As bolas que são usadas para fazer peso na rede podem pesar até 10 Kg, ajudando a arrancar tudo o que está no fundo, seja rocha ou coral. A pesca de arrasto recolhe indiscriminadamente todos os animais que encontra, a maioria dos quais são depois rejeitados, pois não pertencem à espécie pretendida, e atirados ao mar (mas já mortos), mesmo que sejam comestíveis.
A largura das malhas de pesca tem sido outra batalha que tem sido difícil de vencer na luta pela conservação da diversidade nos oceanos, pois os armadores recusam quase sempre usar malha de maior diâmetro, que permitiria aos juvenis escapar à captura e permitiria a manutenção e recuperação dos stocks pesqueiros. Mesmo quando legislação nesse sentido é aprovada, como na União Europeia, raramente é cumprida ou são punidos os infractores.
Quando mesmo estes métodos são insuficientes ou em locais pobres, está a tornar-se comum a utilização de dinamite ou cianeto para capturar grandes quantidades de peixe, principalmente em zonas baixas, como recifes de coral. A devastação causada já arrasou mais de 80% dessas zonas no sudeste asiático.
sca excessiva, a poluição de rios e mares, são apenas algumas das causas deste problema, que parece apresentar uma solução complicada, sob a pressão da industria pesqueira e à falta de informação dos pescadores.
Peixe morto devido á poluição de um rio
Fonte: curlygirl.naturlink.pt
Classe Osteichthyes
 
Características Gerais dos Peixes
A designação de peixes (lat. pisces) é extensiva a nada menos que 4 classes de vertebrados, cada qual possuindo características próprias. Mas para os cientistas um peixe é simplesmente definido como um vertebrado aquático de sangue frio (o que sabe-se nem sempre é verdade).
Isso significa que os peixes possuem coluna vertebral, vivem na água e sua temperatura sangüínea se equilibra com o ambiente. A maioria dos peixes respira por brânquias ou guelras, se locomove por meio de nadadeiras, se reproduz pondo ovos e é coberta por escamas protetoras (peixes atuais). Certos grupos extintos foram dotados de um escudo ósseo protetor, além do esqueleto interno.
Sua pele possui duas camadas: por fora a epiderme e sob ela, a derme. As glândulas da epiderme secretam um muco protetor contra fungos e bactérias.
As escamas, que formam um escudo mais resistente, são feitas de ossos transparentes enraizados na derme. Como os anéis das árvores, elas registram a idade e o crescimento do peixe.
As nadadeiras são classificadas em ímpares (dorsal, caudal e retal) e pares (peitorais e pélvicas).
Três são os principais tipos de nadadeiras caudais:
	TIPOS DE NADADEIRAS CAUDAIS
	DESCRIÇÃO
	Homocerca
	A coluna vertebral não se prolonga através da nadadeira que é bilobada e simétrica
	Dificerca
	A coluna vertebral não se prolonga através da nadadeira que é bilobada e simétrica
	Heterocerca
	A porção terminal da coluna vertebral normalmente encurva-se para cima e a nadadeira é assimétrica
As nadadeiras pares são de dois tipos:
	TIPOS DE NADADEIRAS PARES
	DESCRIÇÃO
	Actinopterígeas
	Possuem base larga e seu esqueleto consiste em uma série de barras (raios) ósseas ou cartilaginosas paralelas, relativamente curtas.
	Crossopterígeas
	Têm a forma de uma folha e seu esqueleto consiste num eixo central com ramos laterais dispostos simetricamente
As escamas são de quatro tipos:
 placóide
 ganóide
 ciclóide
 ctenóide 
Escamas placóides: ocorre nos peixes cartilaginosos e apresenta estrutura similar à dos dentes; são placas pequenas em geral rômbicas;
Escamas ganóides: são maiores; tem geralmente, forma rômbica ou arredondada; a superfície esposta é coberta por uma camada de esmalte (ganoína);
Escamas ciclóides:

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