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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – 6º/5º semestres PREFEITURA DO MUNICIPIO DE JUNDIAÍ Disciplina: 191W - Contabilidade Pública e Governamental 2016 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Atividades Práticas Supervisionadas (APS) apresentada como exigência para avaliação do 6º e 5º semestre, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre. 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 5 2.1 Previsão da receita corrente ....................................................................... 5 2.2 Contabilização pela arrecadação de ingresso extra-orçamentário ......... 6 2.3 Contabilização da fixação da despesa orçamentária ............................... 6 2.4 Lançamento da receita corrente ................................................................. 7 2.5 Arrecadação e recolhimento da receita corrente ...................................... 7 2.6 Contabilização do empenho normal ........................................................... 8 2.7 Contabilização da liquidação da despesa ................................................. 10 2.8 Contabilização da anulação do empenho normal ..................................... 11 2.9 Contabilização do pagamento da despesa ................................................ 11 2.10 Contabilização do pagamento de dispêndio extra-orçamentário ............ 12 3. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ .............................................................. 14 3.1 História .......................................................................................................... 14 3.2 Infraestrutura ............................................................................................... 21 3.3 Prefeitura ....................................................................................................... 25 4. SECRETARIA DE FINANÇAS ................................................................................... 27 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 30 6. BIBLIOGRÁFIA .......................................................................................................... 32 7. ANEXOS ..................................................................................................................... 33 4 1. INTRODUÇÃO A Contabilidade Governamental é o ramo da Ciência Contábil que está voltado para registrar, controlar e demonstrar os fatos que afetam o patrimônio da União, dos Estados e dos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações, ou seja, das entidades de direito público interno. A Contabilidade Pública - seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal - tem como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Diante disso, nesse trabalho serão demonstrados quatro tipos de demonstrações. Sendo elas classificadas como: Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial e Demonstrações das Variações Patrimoniais. Definindo e exemplificando a validação de dados correspondentes as demonstrações citadas, de acordo com a realidade vivenciada no setor de contabilidade pública da Prefeitura do Município de Jundiaí. 5 2. DESENVOLVIMENTO Como exigência do Manual da APS, segue 20 operações nos sistemas da Contabilidade Aplicada ao Setor Público seguidas de seus respectivos conceitos, quais sejam: 2.1 Previsão da receita corrente A previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF. O art. 12 da LRF dispõe: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que irão constar nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do governo. No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas orçamentárias busca assimilar o comportamento da arrecadação de determinada receita em exercícios anteriores, a fim de projetá-la para o período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. O modelo dependerá do comportamento da série histórica de arrecadação e de informações fornecidas pelos órgãos orçamentários ou unidades arrecadadoras envolvidas no processo. D - 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão Inicial da Receita C - 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar 6 2.2 Contabilização pela arrecadação de ingresso extraorçamentário Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis, os ingressos extraorçamentários em geral não têm reflexos no Patrimônio Líquido da Entidade. São exemplos de ingressos extraorçamentários: os depósitos em caução, as fianças, as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO), a emissão de moeda, e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. D - 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar C - 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada 2.3 Contabilização da fixação da despesa orçamentária A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo. Conforme art. 165 da Constituição Federal de 1988, os instrumentos de planejamento compreendem o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei OrçamentáriaAnual. O processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo poder legislativo por meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento. 7 D - 5.2.2.1.1.xx.xx Dotação Inicial C - 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível 2.4 Lançamento da receita corrente O art. 53 da Lei nº 4.320/1964, define o lançamento como ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível. Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil do crédito tributário em favor da fazenda pública em contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa. Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria. Além disso, de acordo com o art. 52 da Lei nº 4.320/1964, são objeto de lançamento as rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. D - 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão Inicial da Receita C - 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar 2.5 Arrecadação e recolhimento da receita corrente a) Arrecadação 8 Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/1964, pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas. D - 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) C - 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) b) Recolhimento É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei nº 4.320, de 1964, a seguir transcrito: Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. D - 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar Corrente C - 6.2.1.2.x.xx.xx Receita realizada Corrente 2.6 Contabilização do empenho normal Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. O empenho será formalizado mediante a emissão de um documento denominado “Nota de Empenho”, do qual deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a importância da despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária. 9 Embora o art. 61 da Lei nº 4.320/1964 estabeleça a obrigatoriedade do nome do credor no documento Nota de Empenho, em alguns casos, como na Folha de Pagamento, torna-se impraticável a emissão de um empenho para cada credor, tendo em vista o número excessivo de credores (servidores). Caso não seja necessária a impressão do documento “Nota de Empenho”, o empenho ficará arquivado em banco de dados, em tela com formatação própria e modelo oficial, a ser elaborado por cada ente da Federação em atendimento às suas peculiaridades. Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. Os empenhos podem ser classificados em: a. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez; b. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e c. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis. É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho, visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato. D - 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível C - 6.2.2.1.3.01.xx Crédito Empenhado a Liquidar 10 2.7 Contabilização da liquidação da despesa Conforme dispõe o art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivo apurar: Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. § 1º Essa verificação tem por fim apurar: I – a origem e o objeto do que se deve pagar; II – a importância exata a pagar; III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. § 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base: I – o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo; II – a nota de empenho; III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço D - 6.2.2.1.3.02.xx Crédito Empenhado em Liquidação C - 6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar 11 2.8 Contabilização da anulação do empenho normal Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. D – 2.9.2.4.1.01.xx Empenhos Emitidos/Liquidação de Empenho C – 1.9.2.4.1.01.09 Anulação de Empenho 2.9 Contabilização do pagamento da despesa O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo,ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa. A Lei nº 4.320/1964, no art. 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga. A ordem de pagamento só pode ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade. D - 6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar C - 6.2.2.1.3.04.xx Crédito Empenhado Liquidado Pago 2.10 Contabilização do pagamento de dispêndio extra orçamentário O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período. 12 Para o setor público, é de vital importância, pois é a lei orçamentária que fixa a despesa pública autorizada para um exercício financeiro. A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extra orçamentários. Segundo o art. 35 da Lei nº. 4.320/1964: Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; II - as despesas nele legalmente empenhadas. Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada. Dispêndio extra orçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios. Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situação líquida patrimonial em: a. Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. 13 b. Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver despesa corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos. A despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva. D – 3.3.2.0.0.xx.xx Serviços Extras C – 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa 14 3. PREFEITURA DO MINUCÍPIO DE JUNDIAÍ 3.1 História A região de Jundiaí era habitada por povos indígenas até o final do século 17. Eles se dedicavam à produção de milho e mandioca. Parte da cultura indígena foi incorporada pelos brancos colonizadores, entre elas a técnica construtiva e a utilização de queimadas na lavoura. Origem do nome O nome Jundiaí tem origem tupi e vem da palavra “jundiá”, que significa “bagre” e “y” significa “rio”. Alguns estudiosos também consideram o termo “yundiaí” como “alagadiços de muita folhagem e galhos secos”. Século XVII Os primeiros colonizadores chegaram à região em 1615. Apesar das controvérsias dos historiadores, a versão mais aceita sobre a fundação do município remete à vinda de Rafael de Oliveira e Petronilha Rodrigues Antunes que, por motivações políticas, fugiram de São Paulo e 15 refugiaram-se nos arredores, fundando a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, posteriormente elevada à categoria de Vila em 14 de Dezembro de 1655. Os novos colonizadores afugentaram os grupos indígenas, que se embrenharam na mata. A origem de Jundiaí está ligada diretamente ao movimento bandeirante, principal responsável pela ocupação da antiga Capitania de São Vicente. Século XVIII Ao longo dos séculos 17, 18 e início do 19, a economia da cidade se limitava a pequenas lavouras de subsistência, que abasteciam moradores da vila, tropeiros e bandeirantes. Na época, a região era formada por várias sesmarias pertencentes à Capitania de São Vicente, conhecida como “Portão do Sertão”. Era o caminho de muitas entradas e bandeiras. Durante longo período, a escravidão indígena foi a base da mão-de-obra local, embora essa prática fosse proibida por lei. Naquela época, a cidade tinha quatro ruas centrais, chamadas de Rua Direita (atualmente Barão de Jundiaí), Rua do Meio (Rua do Rosário), Rua Nova (Senador Fonseca) e Rua Boa Vista (Zacarias de Góes). As melhores casas eram de taipa e terra, enquanto os moradores mais humildes usavam o pau a pique, cobertas por sapé. A insurgente localidade possuía a Capela de Nossa Senhora do Rosário (hoje no local está o Gabinete de Leitura Rui Barbosa), o Hospício dos Beneditos e o Mosteiro de São Bento, um dos poucos monumentos sobreviventes. Naquela época, o abastecimento de água era feito de modo rudimentar, por meio de bicas públicas. Candeeiros de querosene eram responsáveis pela iluminação. Eles ficavam suspensos nas paredes, acesos no final da tarde e apagados ao raiar do sol. Um dos pontos comerciais mais movimentados era o Largo do Rocio, que deu lugar atualmente à Praça da Bandeira. Dentre as atividades agrícolas, a cana-de-açúcar era o destaque, mas a produção era utilizada para a fabricação de aguardente. Em meados do século 18, o número de escravos indígenas e de escravos de origem africana já era praticamente o mesmo, mas a partir da segunda metade deste século, a quantidade de africanos se intensificou, até que a mão-de-obra indígena foi totalmente abandonada. À medida que o número de africanos aumentava, também cresciam os focos de resistência. Há poucos registros históricos sobre a vida destes trabalhadores. Em 28 de Março de 1865 Jundiaí foi elevada à categoria de cidade. 16 Século XIX A partir da segunda metade do século 19 a produção cafeeira ganhou força para o oeste e isso promoveu o crescimento da cidade. Junto com o café vieram a ferrovia e as indústrias. A Ferrovia Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867, época em que se observava a crise do escravismo e a consequente alta do preço do escravo. Neste contexto, os grandes produtores rurais passaram a buscar novos trabalhadores e teve início o amplo processo de imigração, com a participação direta do Governo Federal. Os primeiros foram os italianos, que se instalaram preferencialmente na região da Colônia, no Núcleo Barão de Jundiaí, implementado pelo então presidente da Província de São Paulo, Dr. Antônio de Queiroz Telles (Conde de Parnaíba), filho do Barão de Jundiaí. Depois, outros europeus foram instalados no comércio e na lavoura e alguns passaram rapidamente de colonos a proprietários, incrementando a atividade agrícola. A imigração estimulou o crescimento comercial e industrial e, ainda, do segmento de serviços e infraestrutura urbana. Enquanto isso, Jundiaí ia se destacava como uma cidade estratégica no setorferroviário, com a instalação da Ferrovia Santos-Jundiaí (em 1867), a Cia. Paulista de Estradas de Ferro (em 1872), da Cia. Ituana (em 1873), da Cia. Itatibense (em 1890) e a Cia. Bragantina (em 1891). 17 Século XX De acordo com censo realizado pelo Governo Federal, em 1920 Jundiaí possuía uma população de 44.437 habitantes. O abastecimento de água foi implantado em 1881. A energia elétrica chegou em 1905 e o telefone em 1916. Os imigrantes, de origem oriental, principalmente os japoneses, chegaram na cidade nas décadas de 20 e 30. O processo de industrialização de Jundiaí acompanhou as vias de circulação. Com isso, as indústrias se concentravam nas regiões próximas à ferrovia e às margens do Rio Guapeva, atendendo principalmente os segmentos têxtil e cerâmico. Nos anos 30 e 40, ocorreu novo impulso industrial e após a inauguração da Rodovia Anhanguera, em 1948, mais empresas procuraram a cidade, aproveitando também a abertura da economia ao capital estrangeiro em 1950. Foi nesta época que vieram para o município as indústrias metalúrgicas. Por tudo isso, pode-se dizer que Jundiaí nasceu com uma forte aptidão para o trabalho e o desenvolvimento. Com o fim do trabalho escravo no País, os grandes senhores da terra de São Paulo passaram a investir na mão de obra dos imigrantes europeus, que fugiam dos horrores da guerra. Jundiaí recebeu grande números de italianos e, para abrigar as famílias de imigrantes, foram criados na cidade, por iniciativa do presidente da Província de São Paulo, Antônio de Queiroz Telles, o Conde do Parnaíba, quatro núcleos coloniais, entre eles o “Barão de Jundiaí”, que deu origem ao bairro da Colônia. Em 1887, 22 colonos italianos chegaram ao núcleo “Barão de Jundiaí” e, em poucos meses, esse contingente chegava a quase 100 pessoas. O cotidiano não era nada fácil: chegavam ao Brasil apenas com as roupas do corpo e poucos bens, sendo que as passagens foram subsidiadas pelo Governo brasileiro. Com trabalho, as famílias italianas foram criando seus próprios meios de subsistência, cultivando terras, criando seus filhos. Muitos grupos 18 conseguiram comprar pequenos lotes, montaram armazéns, organizaram varias culturas, principalmente de milho, feijão, arroz, batata, legumes, frutas, especialmente uva. A Chegada dos Imigrantes Italianos no Bairro da Colônia Onde hoje é o atual espaço da Festa della Colonia Italiana, guarda-se a história de um dos períodos mais importantes da imigração italiana em Jundiaí, como parte da memória ainda viva nas lembranças dos descendentes e registradas em livros e documentos de grande valor histórico. Núcleo Colonial Barão de Jundiaí Imagem Núcleo Colonial Barão de Jundiaí. Depois que o imperador D.Pedro II ordenou às províncias a criação de núcleos coloniais, o então Presidente da Província de São Paulo, Antônio de Queiroz Telles – o Conde do Parnaíba – criou quatro núcleos, entre eles “Núcleo Colonial Barão de Jundiaí”, em 4 de outubro de 1886, atual região do bairro da Colônia. Os núcleos deveriam estar situados em locais que permitissem facilidades de transporte dos produtos do mercado, possuir terra fértil para receber as culturas tradicionais das províncias e boas para a pastagem, além de oferecer condições naturais para serem trabalhadas por meios mecânicos. O imigrante destinado ao Núcleo Colonial não passava pela Hospedagem do Imigrante na capital, e contava com passagem livre nas ferrovias e com abrigo no núcleo escolhido. 19 Companhia Paulista Através da sua economia, o Núcleo Colonial Barão de Jundiaí relacionou-se intensamente com a cidade, ampliando seus contatos comerciais com a capital. Teve ainda disponibilidade de mão-de-obra considerável que, constantemente, era absorvida pelas ferrovias e indústrias de Jundiaí, como por exemplo, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A Árvore Lendária “A Figueira”, árvore que existiu na região central da Colônia onde hoje se localizam as cantinas, foi considerada o maior símbolo deste núcleo colonial, e tornou-se lendária ao cumprir, nos primeiros tempos, a função de “alojamento” dos imigrantes. Segundo depoimentos, as famílias permaneciam sob a figueira protegidas por panos, lençóis e barracas, enquanto esperavam a liberação de seus lotes. Citada em versos, livros, história e estórias, “a Figueira” permanece na memória da cidade, remetendo aos primeiros tempos dos imigrantes, ao seu contato com as terras novas, depois de uma viagem dura, carregada de emoções e de fatos dramáticos. “Fazendinha” Núcleo foi implantado numa área de 221 alqueires, denominada “Fazendinha”. As estradas foram executadas seguindo as curvas de nível do terreno e na parte central urbana foram destinadas áreas para Praça, Igreja, Escola, além da área municipal. 20 Ferrovia Atreladas do ciclo do café, a chegada da ferrovia e a urbanização impulsionaram Jundiaí ao desenvolvimento industrial. A Estação Ferroviária de Jundiaí foi inaugurada após sete anos de obra, em 1867. Denominada de São Paulo Railway, ela ligava a cidade portuária de Santos a São Paulo e Jundiaí. Foi também nessa época que o imigrantes – a maioria de italianos – começaram a chegar na cidade e fincar suas raízes. Jundiaí era última estação da estrada de ferro de Santos. Em 1872, foi inaugurado o trecho da Companhia Paulista. Em julho de 2005, a administração assinou uma carta de intenção para restauro e adequação da estação, que deverá ocorrer numa parceria entre a Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Para preservar a memória das estradas de ferro paulistas, foi criado, em 1979, o Museu Ferroviário, localizado na Avenida União dos Ferroviários, e que recebe o nome de “Barão de Mauá”, uma homenagem ao pioneiro do transporte ferroviário nacional, Irineu Evangelista de Souza. O acervo reúne livros, revistas, periódicos e muitas fotos históricas, bem como documentos relevantes da ferrovia. A visitação é aberta ao público em geral. 21 As Grandes Festas Com grande vocação agrícola, Jundiaí se despontou no cenário nacional com a produção de uvas de mesa, especialmente a niágara rosada. E para estimular ainda mais os produtores, foi criada a Festa da Uva em 1934, idealizada por Antenor Soares Gandra, com o apoio da Associação Agrícola de Jundiaí e Prefeitura. O evento foi centralizado no já extinto Mercado Municipal e marcou o Município. A festa continuou a ser realizada e com periodicidade de três anos, sendo que, em alguns períodos, o evento foi realizado de maneira mais espaçada. A partir de 1964, o evento passou a ser realizado ano sim, ano não, sempre em anos pares, alternando com a Festa do Morango. O local é o Parque Comendador Antonio Carbonari, mas conhecido como Parque da Uva. A primeira Festa do Morango foi realizada em 1965, no bairro do Poste. Depois com o crescimento da participação dos agricultores e do publico, o evento foi transferido para o Parque Comendador Antonio Carbonari, onde permanece até hoje. A festa acontece nos anos impares intercalando com a Festa da Uva. 22 3.2 Infraestrutura Aos poucos, tanto os imigrantes como seus descendentes foram se integrando à comunidade jundiaiense. Hoje, mais de 75%da população de Jundiaí é descendente de imigrantes italianos, que constituem uma das maiores colônias em todo o Brasil. Na primeira metade do século 20, Jundiaí descobriu a sua vocação industrial, que perdura até hoje, pois a cidade possui um dos maiores parques industriais da América Latina. Jundiaí destaca-se, atualmente, no desenvolvimento das áreas cultural, educacional, tecnológica e ambiental. A indústria do lazer também aquece a economia da cidade, com a instalação de parques temáticos que atraem turistas e geram empregos. O aniversário da cidade é comemorado em 14 de dezembro. Naquela época, a cidade tinha quatro ruas centrais, chamadas de Rua Direita (atualmente Barão de Jundiaí), Rua do Meio (Rua do Rosário), Rua Nova (Senador Fonseca) e Rua Boa Vista (Zacarias de Góes). As melhores casas eram de taipa e terra, enquanto os moradores mais humildes usavam o pau a pique, cobertas por sapé. A insurgente localidade possuía a Capela de Nossa Senhora do Rosário (hoje no local está o Gabinete de Leitura Rui Barbosa), o Hospício dos Beneditos e o Mosteiro de São Bento, um dos poucos monumentos sobreviventes. Naquela época, o abastecimento de água era feito de modo rudimentar, por meio de bicas públicas. Candeeiros de querosene eram responsáveis pela iluminação. Eles ficavam suspensos nas paredes, acesos no final da tarde e apagados ao raiar do sol. Um dos pontos comerciais mais movimentados era o Largo do Rocio, que deu lugar atualmente à Praça da Bandeira. Dentre as atividades agrícolas, a cana-de-açúcar era o destaque, mas a produção era utilizada para a fabricação de aguardente. Em meados do século 18, o número de escravos indígenas e de escravos de origem africana já era praticamente o mesmo, mas a partir da segunda metade deste século, a quantidade de africanos se intensificou, até que a mão-de-obra indígena foi totalmente abandonada. À medida que o número de africanos aumentava, também cresciam os focos de resistência. Há poucos registros históricos sobre a vida destes trabalhadores. Em 28 de Março de 1865 Jundiaí foi elevada à categoria de cidade. 23 BANDEIRA A Bandeira de Jundiaí foi concebida por Diógenes Duarte Paes e adotada oficialmente em 9 de maio de 1961, através da lei 904. A faixa de cor azul representa o Rio Jundiaí, o vermelho, verde e o branco são referências aos imigrantes italianos e a data é da fundação e elevação à vila. O campo verde representa o “Mato Grosso de Jundiaí” e a viticultura da região. As referências à indústria aparecem na roda dentada e, por fim, o Baluarte, no canto esquerdo, representa a idéia da “porta do sertão”. 24 O BRASÃO O brasão de Jundiaí apresenta versão resultante dos estudos realizados pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. O autor é Afonso d´Escragnolle Taunay e a versão representa a cidade como “porta do sertão”, que o próprio Taunay afirmava ser “guardiã avançada dos civilizados”. Ao lado, as figuras de um bandeirante (à esquerda) e de um oficial de milícias (à direita). A primeira imagem reitera e institui, simultaneamente, o mito do herói bandeirante. A presença de um oficial com trajes militares indica a força da origem européia, particularmente a portuguesa. A frase em latim “etiam per me Brasilia magna” significa “também por mim o Brasil é grande”. Os peixes que ocupam o rio explicam o nome da cidade, são os jundiás, espécie de bagre, que foram abundantes nas águas da região. A exaltação da natureza pode ser encontrada na referência às matas e na imagem folclorizada do índio que se encontra em meio a ela. A roda dentada se refere ao processo de industrialização e as parreiras de uva e ramos de café à agricultura da cidade. Quanto às datas, indicam a fundação (1615) e a elevação à categoria de Vila (1655). Foi em 28 de março de 1865 que a cidade emancipou-se à categoria de município. O HINO A letra e a música são de autoria da professora Haydée Dumangin Mojola. O hino foi reconhecido oficialmente pela lei 869 de 17 de novembro de 1960. 25 A versão cantada é interpretada pelo Coral Schola Cantorum, acompanhado pela Banda São João Batista. A versão instrumental é interpretada pela Banda São João Batista. Ó terra querida, Jundiaí Teus filhos amantes são de ti Que Deus abençoe eternamente Esta terra onde nasci Ó terra querida, Jundiaí Teus filhos amantes são de ti Saudades mil levam Os que passam por aqui Terra gentil, altruísta, De ti me orgulho, Pois és bem paulista! Teus filhos com devoção Marcham pr´a luta como heróis Cheios de fé em sua oração Que belas tardes amenas! Que lindas nnoites, Felizes, serenas! Teu jardim, é um paraíso Onde a mocidade sempre jovial Com seu odor confunde o riso. Quem poderia imitar O teu céu com tuas cores? Com teus lindos fulgores? Os teus campos, tuas flores? Só a natureza guiada pelo Criador É que pode pintar esse arrebol! 26 Que jamais vi, Tardes ao por do Sol. 3.3 PREFEITURA Pedro Bigardi engenheiro civil, funcionário público concursado por mais de 20 anos, professor de gestão e pós-graduação em planejamento ambiental e um dos principais responsáveis pelo início da erradicação de favelas em Jundiaí. Jundiaiense de 56 anos que, nas eleições de 2010, recebeu quase 70 mil votos e conquistou o direito de voltar à Assembleia Legislativa de São Paulo. Bigardi teve como principal virtude o reconhecimento dos eleitores pelo trabalho realizado em apenas 1 ano e meio como parlamentar. Além dos benefícios conseguidos graças aos R$ 5 milhões em emendas, o então deputado foi responsável pela aprovação da lei que destina recursos do programa nota fiscal paulista para entidades culturais e esportivas do estado. Foi eleito prefeito de Jundiaí no dia 28 de outubro de 2012 com 139.614 votos, a maior votação da história eleitoral da cidade. 27 VICE-PREFEITO Durval Orlato jundiaiense, 48 anos, casado, três filhos e dois netos. Eleito vereador de Jundiaí por três vezes: 1996, 2000 e 2008 (atual mandato). Vice-prefeito eleito. Foi deputado federal entre 2003 e 2006. Professor universitário, consultor em Planeamento e Administração. Foi aluno do SENAI, ferramenteiro e coordenador de projetos em empresa metalúrgica do ramo automobilístico. Graduado em Administração de Empresas, com pós-graduação (MBA) em Gestão de Pessoas. 4. SECRETARIA DE FINANÇAS A Secretaria de Finanças é responsável pela execução da política fiscal do Município. A partir da colaboração dos demais órgãos da Prefeitura, é essa Secretaria que elabora a proposta orçamentária anual e do Plano Plurianual de investimentos e ações, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Governo Municipal. Tem como atribuição também o acompanhamento e o controle da execução orçamentária. Compete, ainda, à Secretaria de Finanças, o cadastramento, lançamento, arrecadação e a fiscalização dos tributos e demais receitas municipais, além da inscrição em dívida ativa 28 dos débitos atrasados. A Secretaria também prepara o balanço geral e das prestações de contas de recursos transferidos para o Município por outras esferas de governo. Integram a Secretaria Municipal de Finanças o Departamento de Fiscalização Tributária, o Departamentode Receita, que engloba a Divisão de Tributos Imobiliários, Divisão de Licenciamento de Atividades, Divisão de Fiscalização de Atividades, Divisão de Dívida Ativa, Divisão de Fiscalização do Comércio e do Ambulante e Seção de Fiscalização do Comércio, o Departamento de Administração Financeira, com a Divisão de Contabilidade, Divisão de Contas a Pagar / Tesouraria e Divisão de Controle de Arrecadação, e o Departamento de Planejamento e Execução Orçamentária. SECRETÁRIO Pedro Galindo formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro. Atuou como secretário municipal nas prefeituras de Campinas e Hortolândia. Foi Coordenador do Projeto de Modernização Administrativa da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo. COMÉRCIO AMBULANTE A Lei 4.385, de 4 de julho de 1994, disciplina o exercício do comércio ou prestação de serviços ambulantes nas vias e logradouro públicos de Jundiaí. 29 Considera-se ambulante o vendedor ou prestador de serviços nas vias e logradouro públicos, a pessoa física, civilmente capaz, que exerça atividade por conta própria, desde que devidamente autorizada. É classificado como eventual a atividade praticada: � Temporariamente, por empresas em estabelecimentos de terceiros, licenciados para locar espaços destinados a vendas promocionais de mercadorias; � Em determinados períodos do ano, por vendedores não constituídos em empresas, especialmente durante eventos festivos e semelhantes. � Em instalações precárias ou removíveis, como balcões, barracas, mesas e similares, assim como veículos (Artigo 219 § 3º da Lei Complementar nº 460/2008 alterada pela LC 467/08 – Código Tributário Municipal). DÍVIDA ATIVA Diz-se Dívida Ativa de toda ação exercida para o cumprimento de determinada obrigação. Por ação, entendemos tratar-se de toda cobrança exercida contra o devedor da entidade pública, seja ela de natureza administrativa ou judiciária, e por obrigação entendemos todo crédito devido, não importando a sua natureza. A Lei 5.172 de outubro de 1966, recepcionada no sistema constitucional vigente como lei complementar Código Tributário Nacional (CTN), conceitua a Dívida Ativa “In verbis” 30 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), na condição de órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, atua junto aos entes da Federação de modo a normatizar procedimentos que possibilitem a evidenciação orçamentária e patrimonial do setor público. Propicia, assim, uma harmonização contábil de toda a Federação, atendendo à base legal, aos princípios da ciência contábil e aos esforços de convergência às Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público, em atendimento à Portaria MF nº 184/2008 e ao Decreto nº 6.976/2009. Nesse sentido, a STN, com apoio do Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis (GTCON), instituído desde 2007, vem criando as condições necessárias para a implantação de uma nova cultura gerencial na gestão dos recursos públicos. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) visa colaborar com o processo de elaboração e execução do orçamento, além de contribuir para resgatar o objeto da contabilidade como ciência, que é o patrimônio. Com isso, a contabilidade poderá atender a demanda de informações requeridas por seus usuários, possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais e a avaliação da situação fiscal dos órgãos e entidades públicos, sob os enfoques orçamentário e patrimonial, com base em um Plano de Contas Nacional. Dessa forma, este Manual contribui para o desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público no Brasil e apoia a instrumentalização do controle social, constituindo- se assim ferramenta primordial para o aperfeiçoamento da gestão pública. Este Trabalho de Pesquisa foi realizado com os Conceitos Contábeis obtidos a partir do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público e das informações disponíveis no site das Entidades Públicas adotadas pelos Grupos de Estudos composto pelos alunos do 6º e 5º semestres do Curso Superior de Ciências Contábeis. 31 As informações disponibilizadas nos sites das Prefeituras tais como Histórico, Turismo, Economia, além dos Balanços e outras Demonstrações Contábeis, possibilitaram a visualização da escrituração contábil na Administração Pública. Pelo exposto, concluímos a transparência da ação dos gestores dos bens públicos, ao registrar os principais fatos evidenciando, por meio de relatórios, os resultados da administração orçamentária, financeira, patrimonial e de controle, em conformidade com a legislação pertinente. Esta disciplina possibilitar ao aluno o domínio da sistemática que envolve o controle orçamentário e financeiro da administração pública. 32 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública. 15a ed., São Paulo: Atlas, 2016. MAUSS, Cézar Volnei. Análise de Demonstrações Contábeis Governamentais, 1a ed., São Paulo: Atlas, 2012. PISCITELLI, Roberto Bocaccio. TIMBÓ, Maria Zulene Farias. Contabilidade Pública: Uma Abordagem da Administração Financeira Pública, 12a ed.,São Paulo: Atlas, 2012. QUINTANA, Alexandre Costa et al, Contabilidade Pública: De Acordo com as Novas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, 2a ed., São Paulo: Atlas, 2015. ROSA, Maria Berenice, Contabilidade do Setor Público: De Acordo com as Inovações das Normas Brasileiras de Contabilidade. 2a ed., São Paulo: Atlas, 2013. SILVA, Valmir Leôncio da. A Nova Contabilidade Aplicada ao Setor Público: Uma Abordagem Prática. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2014. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 6ª edição. Disponível em: <https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/contabilidade- publica/principaispublicacoes/mcasp > Acesso em: 10/10/2016. Prefeitura do Município de Jundiaí Disponível em: <https:// https://www.jundiai.sp.gov.br/> Acesso em: 20/10/2016. 33 7.ANEXOS 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
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