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Apostila de Fundamentos de Conbtabilidade2017

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UNICARIOCA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
 
Apostila de Fundamentos de contabilidade
Professor: Luiz Alves
Rio de Janeiro - 2017
UNICARIOCA – Centro Universitário Carioca 
Fundamentos da Contabilidade
Objetivo e definição de contabilidade
O objetivo da contabilidade é o controle do Patrimônio. O controle é feito através de coleta, armazenamento e processamento das informações oriundas dos fatos que alteram essa massa patrimonial. Portanto, podemos definir Contabilidade como o sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade. Uma entidade contábil é o conjunto patrimonial pertencente a uma pessoa jurídica ou pessoa física. No caso de pessoa jurídica, esta pode ser com ou sem fins lucrativos. 
Campo de Atuação do Profissional da Contabilidade.
O campo de atuação para o profissional formado em Ciências Contábeis é hoje muito vasto, permitindo uma condição abrangente de empregabilidade. O atual estágio de desenvolvimento da contabilidade, que, além da contabilidade tradicional financeira, congrega também a contabilidade gerencial, inclui o conceito de contabilidade estratégica, ampliando muito o leque de funções para o profissional contábil. Em linhas gerais, podemos agrupar as funções contábeis em quatro áreas de atuação;
Contabilidade Financeira e Gerencial;
Auditoria;
Perícia;
Administração Financeira e de Investimentos.= e outros......
Á área de Contabilidade Financeira e Gerencial tem como referência a função máxima de Controladoria ou Contador Geral como era denominada anteriormente. O Controller representa hoje o profissional que desempenha o conjunto completo da contabilidade financeira e tributária e da contabilidade gerencial. Assim, podemos identificar, entre outras, as seguintes funções na área denominada de contabilidade:
Contador e Analista Contábil; 
Controller;
Analista e Chefe de Custos e Orçamento
Analista de Investimento;
Analista e Gerente de Tributos;
Analista Financeiro de Relatórios Gerenciais e outros......
Na área de Auditoria:
Auditor Interno;
Gerente de Auditoria Interna;
Analista de Controles Internos;
Auditor Externo e outros.......
Na área de Perícia:
Perito Geral e Legal;
Parecerista Contábil;
Avaliação de Negócios e outros.....
Na área de Administração Financeira e de investimento podemos identificar as seguintes funções, entre outras:
Analista de Planejamento Financeiro e de Tesouraria;
Gerente Financeiro;
Analista de Crédito;
Avaliador de empresas e outros ......
Usuários da Informação Contábil
A coleta (obtenção), o registro e a sumarização da informação econômica visam fundamentar o processo decisório de todas as pessoas relacionadas com as entidades, tais como os administradores, os investidores, o Governo, os empregados, os financiadores e toda a sociedade, ou seja, aqueles que constituem os agentes econômicos internos e externos. 
De acordo com o objetivo de c ada usuário, decisão quanto a investimentos ou financiamentos, distribuição de resultados, entre outros, existe uma demanda diferenciada de informações contábeis. Por este motivo, podemos dividir os usuários da informação contábil do seguinte modo:
Acionista Controlador – retorno do capital comparado com o risco, valorização da empresa, lucro e dividendos;
 Administradores – retorno do capital e do ativo, otimização dos gastos realizados, otimização das decisões futuras, lucratividade do mix de produtos, participação nos lucros......;
Financiadores – Capacidade de pagamento, grau de endividamento.....;
Governo – Tributação e arrecadação de impostos, taxas e contribuições, além da formulação de diretrizes da política econômica e das atividades do Judiciário e de agências reguladoras.....;
Acionistas minoritários – Fluxo regular de dividendos, valorização da empresas....Capacidade de pagamento dos salários, perspectivas de crescimento da empresa, participação nos lucros....
De forma geral, pode-se dizer que o conjunto completo de demonstrações contábeis normatizadas pelo IASB e pelo CPC visa gerar informação relevante a um amplo grupo de usuários que não têm condições de exigir informação detalhada para atender suas necessidades específicas.
Princípios de Contabilidade:
Os Princípios Contábeis podem ser conceituados como premissas básicas acerca dos fenômenos e eventos contemplados pela Contabilidade, premissas que são a cristalização da análise e observação da realidade econômica, social e institucional. Portanto, significam as regras em que se assenta toda a estrutura teórica para escrituração e análise contábil. Os Princípios de Contabilidade, são os seguintes. A partir de outubro de 2016, a resolução 750/93 que contemplava esses Princípios foi revogada, em função da aplicação do CPC - Estrutura Conceitual. Mas, esses aspectos basilares forammantidos. 
ENTIDADE – Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo do patrimônio dos sócios.
CONTINUIDADE – Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes patrimoniais levam em conta esta circunstância.
OPORTUNIDADE – Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações integras e tempestivas.
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL – Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressa em moeda nacional.
COMPETÊNCIA – Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
PRUDÊNCIA – Determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Pressupostos Básicos:
Como o próprio nome sugere, pressuposto básico é aquilo que se tem por premissa, aquilo que se entende e em que se acredita por antecipação como sendo básico, ou seja, fundamental ao entendimento do que vem adiante. Os pressupostos básicos são dois: 
Regime de Competência:
Os atos e fatos contábeis devem ser reconhecidos quando ocorrem as transações e os eventos econômicos, isto é, independentemente de sua realização financeira (pagamento ou recebimento).
Continuidade:
A contabilidade deve elaborar as demonstrações contábeis partindo da ideia de que a entidade deverá continuar em operação no futuro, ou seja, não será encerrada em um futuro previsível. Desse modo, presume-se que a empresa não tem a intenção e nem a necessidade de liquidar todos os seus bens e direitos. 
Reflexões sobre Princípios Contábeis:
José João da Silva, sócio de uma empresa comercial, emitiu um cheque seu, particular, para pagamento de uma duplicata emitida contra sua empresa. Seu contador discordou de tal fato, porque este feriu que princípio contábil?
Uma despesa de aluguel de fevereiro de X3 foi paga em dezembro de X2. Em que mês tal valor deverá ser contabilizado como despesa e que princípio contábil faz essa determinação?
Uma empresa adquiriu uma televisão para revenda por R$ 18.000,00. No mês seguinte, a lista do fornecedor indicava que ela valia R$ 22.000,00. Nesse mesmo mês, a empresa tinha oferta para vende-lo por R$ 37.000,00. Qual o valor que deve ser com siderado na conta Estoque de mercadoria para revenda?
O Sr. José dos Santos adquiriu um carro de passeio para sua esposa no valor de R$ 35.000,00. O pagamento foi efetuado a vista com cheque de sua empresa. Questionado pelo por seu contador, ele argumentou que a empresa érea sua e, portanto, poderia perfeitamente pagar suas contas pessoais com o dinheiro da empresa. O principio contábil ferido pelo Sr. José foi o da:
Uma empresa optou por adquirir um grande volume de material de expedienteem dezembro de X1, apesar de saber que seu consumo só iria ocorrer durante o exercício de X2. Tal aquisição foi motivada pelo longo prazo de pagamento concebido naquele mês, ou seja, junho de X2. Como o contador, em termos de registro contábil, deve agir?
Uma empresa de celulose mantém um depósito de produtos químicos altamente tóxicos. No final do exercício fiscal de X2, por problemas de manutenção e conservação desse depósito, houve o vazamento de grande parte dos produtos armazenados, o que imediatamente poluiu o rio que representava a principal fonte de abastecimento de água para a região. Diante do fato, o contador efetuou a contabilização de uma provisão, tendo em vista que o IBAMA já notificou a empresa e o advogado desta, especialista em Direito Ambiental, reconheceu que o valor da multa ficará entre R$ 1.500.000,00 e R$ 2.000.000,00. Qual o valor provisionado pelo contador da empresa e que principio contábil foi atendido com essa ação? 
1 - Patrimônio
É o conjunto de riquezas de propriedade de alguém ou de uma empresa (de uma entidade). São aqueles itens que a civilização convencionou chamar de riquezas, por serem raros, úteis, fu níveis (característica de troca), tangíveis (característica de poder ser movimentado e ser tocado fisicamente), desejáveis e etc.
Dentro dessa visão já tradicional para a humanidade, e numa primeira etapa de definição, patrimônio seria o conjunto de bens.
Assim, exemplificando, uma pessoa que possuísse uma casa e um carro teria seu patrimônio composto de:
1 Casa
1 Carro
– Controle
O conceito de controle para a contabilidade está intimamente relacionado à mensuração dos elementos patrimoniais (os bens) na moeda corrente do país (em reais). Isso significa que, ao lado da descrição de todos os bens, a contabilidade deverá colocar o valor desses bens. Assim, nesse nosso exemplo, o patrimônio ficaria assim:
Casa – R$ 150.000,00
Carro – R$ 50.000,00
– Direto e Obrigações
Após o primeiro passo, quando deixamos claro que os bens compõem o patrimônio de uma entidade (pessoa ou empresa), verificamos que existem outros tipos de elementos que os homens comumente consideram também como riqueza. São os valores a receber de terceiros, pois, em algum momento, deixamos certos bens guardados por outras pessoas. São os direitos, tais como promissórias receber, saldo bancário, caderneta de poupança, imposto de renda a restituir do governo e etc...
Se alguém tem um direito para com um terceiro, é porque esse terceiro tem uma obrigação para com ele. Ou seja, no exato momento em que nasce o direito para uma pessoa, nasce uma obrigação para seu parceiro. 
Assim, ao incorporarmos os direitos no conceito de patrimônio controlado pela contabilidade, temos de, inevitavelmente, considerar as Obrigações.
Retomando nosso exemplo, vamos imaginar que o dono daquele patrimônio tenha um saldo bancário de R$ 2.000,00 (um direito) e deva R$ 148.000,00 para o SFH (uma obrigação), daquela casa que ele tem. O seu patrimônio ficaria assim :
Diretos e Bens Obrigações
1 Casa 150.000,00 SFH 148.000,00
1 Carro 50.000,00
Saldo. Bancário 2.000,00 
Então, agora, podemos definir Patrimônio como o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Os bens e direitos, por serem desejáveis, são considerados elementos patrimoniais positivos; as obrigações, por serem de caráter restritivo, serão considerados elementos patrimoniais negativos. 
 
Reflexão:
Luiz da Silva, pessoa física, possui hoje um carro no valor de R$ 7.000,00, uma casa no valor de R$ 22.000,00, uma poupança de R$ 1.200,00 e nenhuma dívida. George Washington, seu amigo, também hoje tem um carro no valor de R$ 35.000,00, um apartamento no valor de r$ 75.000,00, nenhum dinheiro na poupança, um cheque especial negativo de r$ 12.000,00, dívida de R$ 26.000,00 com o carro e outra dívida de R$ 45.000,00 de financiamento do apartamento. Calcule a riqueza líquida de cada um e identifique, em termos de controle do patrimônio, quem deve ser considerado dono da maior riqueza. 
Considerando os dados e a solução do exercício anterior, dois meses despois a situação de Luiz continua a mesma, mas George, com a entrada de algum dinheiro, conseguiu quitar parcelas do financiamento do carro no valor de R$ 2.000,00 e do apartamento no valor de R$ 2.800,00. Mantendo os demais valores constantes, calcule a nova riqueza líquida de George e compare-a novamente com a de Luiz, identificando quem tem agora a maior riqueza.
Patrimônio Líquido
Aos Bens e Direitos foram atribuídos o sinal positivo (+) e as obrigações o sinal negativo (-). Com isso, foi possível criar uma equação de igualdade, ao mesmo tempo em que se criou um quarto elemento contábil, obtido por diferença, que é o Patrimônio Líquido.
	
Portanto, Patrimônio Líquido é a resultante aritmética da somatória dos bens e direitos (elementos patrimoniais positivos) diminuída da somatória das obrigações (elementos patrimoniais negativos). 
Patrimônio Líquido significa a sobra, o resíduo, em valor, dos elementos patrimoniais. Daí seis diversos nomes, como Sobra Patrimonial, Patrimônio Residual, Riqueza Líquida, Capital Próprio, Sobra Efetiva, Riqueza Efetiva e outros. Com a criação da figura do Patrimônio Líquido, ao lado da colocação dos sinais aritméticos nos elementos patrimoniais, pudemos criar a seguinte equação, que é chamada de equação fundamental da contabilidade.
PL = B + D – O => Patrimônio Líquido = Bens + Diretos - Obrigações
Tudo na contabilidade gira em torno dessa equação, que deu origem ao moderno conceito de contabilidade e das partidas dobradas, que veremos logo a seguir:
Assim podemos completar o nosso exemplo, calculando o valor do Patrimônio Líquido do nosso exemplo de aulas anteriores:
PL = R$ 150.000,00 + R$ 50.000,00 + R$ 2.000,00 – R$ 148.000,00
PL = R$ 54.000,00
Isso significa que, apesar de essa pessoa ter uma casa que vale R$ 150.000,00 e outros valores, o fato de ter uma dívida de $ 148.000,00 faz reduzir sua riqueza efetiva, seu patrimônio, para o líquido de R$ 54.000,00. Em outras palavras, se essa pessoa, hoje, desejar transformar em dinheiro tudo o que ela tem, e pagar tudo o que ela deve, ficará com um patrimônio em dinheiro de apenas R$ 54.000,00, que é seu Patrimônio Líquido. Daí, a importância desse elemento patrimonial como medidor de riqueza.
Tamanho da Riqueza
O Patrimônio Líquido é a medida da riqueza, na comparação com entidades diferentes. Assim, na contabilidade, dizemos que é mais rico aquele que tem mais Patrimônio Líquido, ou uma empresa é maior que outra, se tem mais Patrimônio Líquido.
Exemplificando:
Patrimônio de Antônio:
1 Carro BMW = R$ 150.000,00
Saldo Bancário = R$ 2.000,00
Financiamento do Carro = R$ 95.000,00
Qual o Valor do PL = ?
Patrimônio de Fernando:
1 Carro Uno = R$ 9.000,00
Saldo Poupança = R$ 3.000,00
Sem dívidas
Qual o valor do PL = ?
Equação de Equilíbrio Patrimonial 
Depois de encontrada a equação fundamental da contabilidade ( PL = B + D – O ), houveram por bem transformá-la, colocando-se em cada lado da equação de igualdade os valores positivos, sem misturá-los com os valores negativos. Assim, passou-se o PL, para o lado direito, montando p que foi denominado Da
B + D = O + PL => Bens + Direito = Obrigações + Patrimônio Líquido 
Ativo e Passivo
O lado esquerdo da equação de equilíbrio convencionou-se chamar de ATIVO e o lado direito PASSIVO. Assim, o ativo compreende os elementos patrimoniais positivos, ou seja, os bens e direitos, e o PASSIVO as obrigações e o PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Nosso exemplo inicial ficaria assim:
	ATIVO
	Valor
	PASSIVO (*)
	Valor
	Casa
	150.000,00
	Divida – SFH
	148.000,00
	Carro
	 50.000,00
	
	
	Saldo Bancário
	 2.000,00
	Patrimônio Líquido
	 54.000,00
	Total do Ativo
	202.000,00
	Total do Passivo
	202.000,00
 (*) Atualmente esse lado do Balanço Patrimonial tem sido denominado(Passivo + Patrimônio Líquido).
Balanço patrimonial
Ao conjunto de Ativos e Passivos denominamos BALANÇO PATRIMONIAL. O nome Balanço vem da ideia de equilíbrio entre Ativo e Passivo. Assim, o Ativo compreende os bens e direitos, e o Passivo compreende as obrigações e o Patrimônio Líquido.
Note que o Balanço Patrimonial reflete a posição do conjunto patrimonial em determinado instante. Ele é um relatório estático, parado. Podemos definir então Balanço Patrimonial como a representação estática do patrimônio. O fato de o Balanço Patrimonial ser um relatório que evidencia o patrimônio de uma entidade em determinado instante implica que, no minuto seguinte, um novo fato poderá afetar esse Balanço. O novo fato fará com que se tenha um novo Balanço , ou seja, uma nova situação após esse fato. 
Reflexão:
Dados os elementos patrimoniais a seguir, colocar: (B) se for bem; (D) se for direito; (O) se for obrigação e, partir daí, identificar o Patrimônio Líquido e montar o Balanço:
	Duplicatas a receber 
	120.000,00
	Saldo negativo em banco
	10.000,00
	Terrenos
	 50.000,00
	Promissórias a receber
	15.000,00
	Salários a pagar
	20.000,00
	Saldo positivo em banco
	5.000,00
	Depósitos na poupança
	 5.000,00
	Contas a pagar
	10.000,00
	Dinheiro em caixa
	 2.000,00
	Patrimônio Líquido
	
 
Origens e Aplicações de Recursos
O Balanço Patrimonial pode também ser analisado sob uma ótica mais estritamente financeira, fugindo um pouco da simples colocação de que representa os bens, direitos e obrigações. Dessa forma, analisaremos o Balanço como evidenciador dos tipos de fontes de recursos financeiros e de como esses recursos foram aplicados.
Dentro dessa visão, o Ativo representa todas as aplicações de recursos dentro da empresa, enquanto o Passivo representa todas as origens (fontes) de recursos que entraram na empresa. As origens de recursos evidenciadas no Passivo são dois tipos: recursos próprios e recursos de terceiros.
Reflexão:
Dados os elementos patrimoniais a seguir, colocar: (A) se for aplicação de recursos; (F) se for fonte de recursos de terceiros e (FP) se for fonte de recursos próprios:
( ) Ações de outras empresas
( ) Mercadorias em estoque
( ) Capital social
( ) Impostos a recolher
( ) Aplicação financeira
( ) Patrimônio Líquido
( ) Adiantamento a Fornecedores
( ) Empréstimos
( ) Maquinas
( ) Cheques a receber
Objetivos da Empresa
Uma empresa é constituída para dar lucro a seus sócios ou acionistas, já que eles esperam ganhar mais aplicando num negócio de risco, do que estão acostumados a ganhar com suas aplicações como pessoa física. Uma empresa é criada com a ideia de ter um tempo de vida indeterminado, de permanência constante no mercado. Raramente criam-se empresas com o intuito de encerramento de atividades com datas programadas. 
Para atender a esses dois objetivos básicos, os diretores, ou os donos das empresas, praticam atos administrativos ou empresariais. Ou seja, a administração patrimonial faz-se pela prática de atos, com o objetivo de atender aos dois objetivos básicos da criação de uma empresa. 
Atos e fatos administrativos ou contábeis
Os praticados pelos administradores ou donos da empresa, que afetam o Patrimônio empresarial, são denominados Fatos Administrativos ou Contábeis. Uma série de atos praticados, mas que não afetem imediatamente o patrimônio, não serão considerados fatos. A visita do sócio ao gerente do banco, com o objetivo de manter um bom relacionamento, não afeta de imediato patrimônio da empresa; portanto, não será um Fato. 
Forma de controle
Vimos em encontros anteriores o conceito de controle de contabilidade, que é transformar todos os elementos patrimoniais em reais, para dar uma medida única para o patrimônio. A forma de fazer esse controle, extinguindo o processo de contagem dos elementos patrimoniais e sua valorização, é registrar cada transação de todos os eventos econômicos. Em outras palavras, a contabilidade instituiu, como método de controle patrimonial, o registro (a escrituração, o lançamento) de TODOS os fatos administrativos ou contábeis, ou seja, todas as ocorrências (transações) de todos os eventos econômicos.
Como exemplo, faremos uma análise detalhada de uma sucessão de fatos e suas implicações no patrimônio e patrimônio líquido (PL), considerando o nascimento de uma empresa revendedora de veículos, fazendo um Balanço Patrimonial após cada fato.
Noções de Débito e Crédito
Não devemos confundir termos da linguagem comum, quando usados na terminologia contábil. Débito, na linguagem comum, significa: dívida, situação negativa, ter saldo negativo na conta corrente bancária e etc... Já crédito significa: situação positiva, possibilidade de comprar a prazo (ter nome limpo no mercado), saldo positivo na conta corrente bancária etc. Quando falarmos nas palavras débito e crédito, não devemos associar seus significados do ponto de vista técnico com o que elas representam na sua linguagem comum.
Na terminologia contábil, essas palavras assumem vários significados. Há situações em que têm os mesmos significados da linguagem comum, e há outras em que podem representar coisas diferentes, normalmente com sentido inverso. Portanto, muito cuidado. Como nosso propósito é compreender os principais conceitos da contabilidade de forma progressiva, neste momento conheceremos o significado de débito e crédito em relação ao gráfico em forma de “T”.
A regra é a seguinte: em toda representação gráfica em forma de ” T”, seja utilizada para representar o razão de uma conta ou um conjunto de contas patrimoniais ou de resultado, convencionou-se que o lado esquerdo será sempre o lado do débito e que o lado direito o do crédito.
	DÉBITO ! CRÉDITO
 !
 !
 
Portanto, é importante entender os dois gráficos a seguir, pois eles serão importantes para o entendimento de débito e crédito.
 Contas Patrimoniais
	DÉBITO ! CRÉDITO
Bens (+) ! Obrigações (-)
Direitos (+) ! Patrimônio Líquido (-)
 !
 
 Contas de Resultado
	DÉBITO ! CRÉDITO
 Despesas (+) ! Receitas (-) 
 ! 
 
Então, nesse início vamos ficar com a seguinte convenção:
Na ciência contábil, em toda representação em forma de ”T”, o lado esquerdo será sempre o lado do débito e o lado direito será sempre o lado do crédito. Como no Balanço Patrimonial apresentado no gráfico em forma de ” T”, as contas do Ativo e Despesas foram convencionalmente posicionadas do lado esquerdo e as do Passivo e Receitas do lado direito, temos que:
 As contas do Ativo são de naturezas devedoras;
As contas do Passivo são de natureza credora;
As contas de Despesas são de natureza devedora; e
As contas de Receita são de natureza credora.
Reflexões: 
Como ficamos sabendo, quando devemos DEBITAR ou CREDITAR. Débitos nas contas de Ativo e Despesa aumentam o seu saldo, consequentemente Créditos diminuem seu saldo. Créditos nas contas de Passivo e Receitas aumentam o seu saldo, consequentemente Créditos diminuem seu saldo. Portanto, debitar e creditar é um conhecimento que se adquire com a prática. De qualquer forma segue uma pequena orientação sobre o assunto:
	Fato Contábil
	Alteração no Patrimônio
	
	
	Compra de uma máquina à vista
	Aumento de Ativo e Diminuição de Ativo
	
	
	Compra de uma máquina a prazo
	Aumento de Ativo e Aumento de um PassivoPagamento de uma despesa
	Aumento de Despesa e Diminuição de Ativo
	
	
	Venda de mercadoria a crédito
	Aumento de Receita e Aumento de Ativo
	 - 
	
	Compra de mercadorias a prazo
	Aumento de Ativo e Aumento de Passivo
	
	
	Compra de mercadorias a vista
	Aumento de Ativo e Diminuição de Ativo
	
	
	Pagamento de fornecedor
	Diminuição de Ativo e Diminuição de Passivo
	
	
	Venda de mercadorias a vista
	Aumento da Receita e Aumento do Ativo
	
	
	
	
	
	
Reflexão:
Fato 1 – Entrada de capital inicial em dinheiro = R$ 300,00.
Fato 2 – Aumento de Capital em bens, sendo o valor do prédio R$ 200,00 e terreno R$ 50,00.
Fato 3 – Depósito em Banco R$ 280,00.
Fato 4 – Aplicação Financeira R$ 225,00.
Fato 5 – Compra de 3 carros para revenda por R$ 320,00 (100,00 – 110,00 – 110,00 ) , sendo em cheque R$ 20,00 e a prazo R$ 300,00. Bens destinados a estoque e posterior revenda.
Em sequência ao nosso estudo vamos agora, apresentar fatos contábeis visando alterar o Patrimônio Líquido, ou seja, atividades desenvolvidas pela empresa com o intuito de gerar resultados.
Fato 6 – Pagamento de despesas de cartório no valor de R$ 13,00
Este é o ponto importante. Pela primeira vez temos uma alteração na riqueza efetiva. O Patrimônio Líquido. A contabilidade através do registro de cada fato, além de evidenciar o valor de cada item patrimonial, também consegue evidenciar se está havendo crescimento ou decrescimento no Patrimônio Líquido. Neste caso está havendo temporariamente uma perda, pois diminuir o Patrimônio Líquido significa estar perdendo parte do capital dos sócios:
Fato 7 – Rendimento creditado de aplicação financeira – R$ 4,00
Fato 8 – Venda de um carro (adquirido por 100) por R$ 154,00, sendo R$ 77,00 a vista em dinheiro e R$ 77,00 a prazo. 
Fato 9 – Pagamento de comissão ao vendedor do carro R$ 2,00, em dinheiro.
Fato 10 – Pagamento ao fornecedor em dinheiro – R$ 60,00.
NB: Neste fato 10 observe que não houve alteração no Patrimônio Líquido, pois o pagamento de obrigação não se constitui numa despesa.
Fatos Permutativos e Modificativos
Os fatos apresentados de 1 a 10 mostraram que existem dois tipos básicos de fatos administrativos ou contábeis,: aqueles fatos que alteram a qualidade (composição) do patrimônio, sem alterar o patrimônio líquido, e aqueles fatos que alteram o patrimônio líquido. Aos que não alteram o patrimônio líquido chamamos de fatos permutativos. Aos que alteram o patrimônio líquido, denominamos de fatos modificativos.
Os fatos modificativos alteram o patrimônio líquido para mais ou para menos. Os fatos que alteram para mais, que aumentam o patrimônio líquido, são denominados RECEITAS. Os fatos modificativos que diminuem o patrimônio líquido são denominados de DESPESAS.
Daí se conclui que as Despesas são fatos que provocam diminuição da riqueza da empresa, e as Receitas aumentam a riqueza da empresa. Em outras palavras, o Patrimônio Líquido é diminuído por despesas e aumentado por receitas, excluindo-se, é claro, do conceito de receita, os aumentos de capital que dão origem à empresa. 
 
Fatos Contábeis Mistos
O fato misto envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um modificativo. Pode, portanto, acarretar alterações no Ativo e no Patrimônio Líquido, ou no Passivo e no Patrimônio Líquido, ou no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido ao mesmo tempo. Os fatos mistos também podem acarretar aumento ou diminuição no patrimônio.
Exemplos:
Os móveis e utensílios, que tinham o valor contábil de R$ 700,00, foram vendidos, á vista, por R$ 750,00.
A empresa J. Fernandes Ltda., efetuou o pagamento de uma duplicata no valor de R$ 200, em dinheiro tendo pago também. R$ 20,00 de juros pelo atraso. Ou seja, um desembolso de dinheiro no valor de R$ 220,00. 
Contas
É o nome dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) e aos elementos de resultado (despesas e receitas).
É por meio das contas que a contabilidade consegue desempenhar seu papel de registrar e controlar todos os acontecimentos responsáveis pela gestão do patrimônio. Por isso, elas são tratadas com muita atenção pelos contabilistas. Portanto, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela gestão do seu patrimônio, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos etc..., são registrados por meio das contas em livros próprios.
As contas podem ser classificadas de acordo com vários critérios, nesse momento vamos utilizar o critério adotado pela teoria patrimonialista, ou seja, Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.
Contas Patrimoniais – São aquelas que representam os bens, os direitos, as obrigações e o Patrimônio Líquido. Dividem-se em ativas e passivas e são elas que representam o patrimônio da empresa num dado momento, por meio do Balanço Patrimonial.
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens
	Obrigações
	 Caixa
	 Fornecedores
	 Veículos
	 Duplicatas a pagar
	Direitos
	Patrimônio Líquido
	 Duplicatas a receber
	 Capital
	 Promissórias a receber
	 Reservas
	
	
Contas de Resultado – As contas de resultado dividem-se em contas de despesas e contas de receitas. Aparecem durante o exercício social, encerrando-se ao final dele. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por meio delas que ficamos sabendo se a empresa apresentou lucro ou prejuízo no desenvolvimento de suas atividades.
Despesas – Decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços. Por exemplo: o consumo de materiais de limpeza, material de expediente, serviços telefônicos, consumo de energia elétrica, consumo de água e tec...
Receitas – Decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. Existem em número menor que as despesas, sendo as mais comuns representadas pelas seguintes contas:
- Aluguéis ativos
- Receita de serviços
-Descontos obtidos
-Venda de mercadorias
-Juros ativos
Existem contas de resultado que podem aparecer tanto no grupo das despesas quanto no grupo das receitas. É o caso dos aluguéis, dos juros e dos descontos.
Função e Funcionamento das Contas
As contas têm por função possibilitar que a contabilidade registre e controle as operações que modifiquem ou que possam vir a modificar a situação patrimonial da empresa. Mais à frente veremos que o funcionamento das contas se dá por meio de débitos e créditos nelas lançadas. 
Plano de Contas
Até aqui vimos que as contas são importantíssimas para os registros contábeis. São elas que possibilitam a escrituração dos fatos ocorridos nas empresas. Todo contabilista, para realizar a escrituração contábil, deve ter em mãos uma relação contendo todas as contas necessárias ao seu processo contábil.
Conceito de Plano de Contas
O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. É um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma empresa.
Cada empresa deve elaborar seu plano de contas sempre observando aos seus interesses e, principalmente, à legislação pertinente ao ramo de atividade que exerce. Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades por Ações. 
Plano de Contas Simplificado 
Contas Patrimoniais
	1 . ATIVO
	2. PASSIVO
	1.1 – Circulante
	2.1 – CIRCULANTE
	1.1.01 – Caixa
	2.1.01 – Fornecedores
	1.1.02 – Bancos c/movimento
	2.1.02 – Duplicatas a Pagar
	1.1.03 – Clientes
	2.1.03 – Promissórias a Pagar
	1.1.04 – Duplicatas a Receber
	2.1.04 – Salários a Pagar
	1.1.05 – Promissórias a Receber
	2.1.05 – Impostos e Taxas a Recolher
	1.1.06 – Estoque de Mercadorias
	
	
	
	1.2 - NÃO CIRCULANTE
	2.2 - NÃO CIRCULANTE 
	1.2.01 – Duplicatas a Receber
	2.2.01 – Duplicatas a Pagar
	1.2.02 – Promissórias a Receber
	2.2.02 – Promissórias a Pagar
	1.2.03 – Computadores
	
	1.2.04 – Imóveis
	2.3 – PATRIMÕNIO LÍQUIDO
	1.2.05 – Instalações
	2.3.01 – CapitalSocial
	1.2.06 – Móveis e Utensílios
	2.3.02 – Resultados Acumulados
	1.2.07 – Veículos
	
	1.2.08 – Fundo de Comércio
	
	
	
	
	
CONTAS DE RESULTADO
	3. DESPESAS
	4. RECEITAS
	3.1 – DESPESAS OPERACIONAIS
	4.1 – RECEITAS OPERACIONAIS
	3.1.01 – Água e Esgoto
	4.1.01 – Receita de Serviços
	3.1.02 – Aluguéis Passivos
	4.1.02 – Receita de Venda de Mercadorias
	3.1.03 – Refeições
	4.1.03 – Receitas Eventuais
	3.1.04 – Combustíveis
	4.1.04 – Juros Ativos
	3.1.05 – Descontos Concedidos
	
	3.1.06 – Despesas Bancárias
	
	3.1.07 – Energia Elétrica
	
	3.1.08 – Frete e Carretos
	5. CONTAS DE APURAÇÃO DO RESULTADO
	3.1.09 – Impostos e Taxas
	5.1 – RESULTADO LÍQUIDO
	3.1.10 – Material de Expediente
	5.1.01 – Resultado do Exercício
	3.1.11 – Material de Limpeza
	
	3.1.12 – Serviços de Terceiros
	
	3.1.13 – Telefones
	
	3.1.14 – Despesas Eventuais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Escrituração:
É uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios, especialmente no Diário e no Razão, todos os acontecimentos que ocorreram na empresa e que modifiquem ou possam vir a modificar. Assim todas as empresa, sejam elas classificadas como microempresas, empresas de pequeno porte, empresas de médio ou de grande portes, estão obrigadas a manter escrituração contábil.
Livro Diário
No Diário são lançados, com individualização, clareza e indicação do documento comprobatório, dia a dia, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que provocam modificações no Patrimônio (fatos administrativos), bem como aqueles que possam vir a modificar futuramente o Patrimônio (atos administrativos relevantes). Por ser obrigatório, o Diário está sujeito às formalidades legais extrínsecas e intrínsecas exigidas para os livros de escrituração. Deverão conter Termo de Abertura e Termo de Encerramento. 
Livro Razão
É um livro de grande utilidade para a contabilidade, porque destina-se ao registro do movimento individualizado de todas as contas. Sua escrituração passou a ser obrigatória a partir de 1991 (art. 14 da Lei no. 8.218218 de 29/8/91).
Métodos de Escrituração
Método de escrituração é o modo de registro dos fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes.
Métodos das Partidas Simples
Esse método consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de um só elemento. No livro Caixa, por exemplo, os eventos são registrados visando apenas o controle do dinheiro (Entradas e Saídas), sem a preocupação de controlar outros elementos patrimoniais ou até mesmo de evidenciar o lucro ou prejuízo decorrente das respectivas transações.
Método das Partidas Dobradas
Esse método, que é de uso universal e foi divulgado no século XV (1494), na cidade de Veneza, na Itália, pelo frade franciscano Luca Pacioli, consiste no seguinte: “Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo que a cada débito corresponde um crédito de igual valor”.
Lançamento Contábil 
É o meio pelo qual se processa a escrituração. Todos os fatos administrativos bem como os atos administrativos relevantes, são registrados por meio do lançamento, inicialmente no livro Diário, mediante documentos que comprovem a legitimidade da operação (Notas Fiscais, Recibos, Contratos, Papéis de Trabalho e etc...)
Elementos essenciais do lançamento 
O lançamento é feito em ordem cronológica de dia, mês e ano, e os elementos que o compõem obedecem a uma determinada disposição técnica. 
Vejamos como se faz um lançamento contábil;
Compra a vista de um armário de aço, marca Mantiqueira, conforme nota fiscal no. 8.931, da Maquinolândia Ltda, no valor de $ 1.000,00, em 15 de março de 2013.
	Elementos
	Contas
	Valor
	Debito/Credito
	Dinheiro
	Caixa
	1.000,00
	Crédito
	Armário de Aço
	Móveis e Utensilios
	1.000,00
	Devedor
	
	
	
	
Montagem do Lançamento
Nota: No lançamento contábil a partida do débito, sempre vem primeiro.
Rio de Janeiro, 15 de março de 2012
Débito: Móveis e Utensílios
Crédito: Caixa
Compra de armário de aço Mantiqueira, conforme nota fiscal no. 8.931, da Maquinolândia Ltda. 1.000,00.
Formulas de Lançamentos
1ª Fórmula – Quando aparecem no lançamento uma conta debitada e uma conta creditada.
Compra de um veículo, marca FORD, a vista por R$ 30.000,00, nf. Mo. 9.890, da Distribuidora de Veículos Taubaté Ltda.
2ª.Fórmula – Quando aparecem no lançamento uma conta debitada e mais de uma conta creditada.
Compra de uma motocicleta, marca Lunar, valor R$ 5.000,00 da Casa Estrela Ltda., nf. No. 5.390, nas seguintes condições:
Pagamento no ato de R$ 3.000,00, em dinheiro, como entrada.
O restante será pago em 30 dias, conforme aceite de duplicata no. 001. 
3ª. Fórmula – Quando aparecem no lançamento mais de uma debitada e apenas uma conta creditada.
Venda de uma escrivaninha a Vicente Leite, conforme nf. 118, por R$ 500,00, nas seguintes condições:
Recebimento no ato de R$ 100,00, em dinheiro.
O restante em 4 parcela de R$ 100,00, conforme aceite de duplicata nos. 120/01 a 120/04.
4ª. Fórmula – Quando aparecem no lançamento mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada.
Compras efetuadas no Supermercado Taubaté de:
Um refrigerador, para uso da empresa, conforme nota fiscal no. 1.521, no valor de R$ 1.000,00;
Uma motocicleta marca Guará, conforme nota fiscal no. 372, no valor de R$ 10.000,00. Foram pagos, no ato, como entrada, R$ 2.000,00, e o restante será pago por meio de três duplicatas, de número 1 a 3, no valor de R$ 3.000,00 cada, vencíveis de 30 em 30 dias. 
Reflexão:
Constituição da empresa da seguinte forma: Capital no valor de R$ 40.000,00. Integralizados com R$ 20.000,00 em dinheiro e R$ 15.000,00 em terreno e R$ 5.000,00 em Edificação. Esse imóvel será utilizado como sede da empresa.
Compra à vista de quatro (4) cadeiras e uma mesa para uso da empresa, conforme nota fiscal no. 897, da Casa de Móveis Embaú S/A, no valor de R$ 1.000,00.
Compra de um microcomputador, marca informática, á vista, conforme nota fiscal n. 7.341, da WT Informática Ltda, no valor de R$ 2.000,00.
Transferência para conta bancária de R$ 15.000,00. 
Compra de mercadorias, a prazo, conforme nota fiscal no. 980, da Casa de Tecidos Caçapava S/A, no valor de R$ 5.000,00, com nosso aceite, no ato, da duplicata no. 980/01, com vencimento para 60 dias.
Venda de 50% das mercadorias compradas acima, a prazo, conforme nossa nota fiscal no. 012, ao sr. Edson Vinicius, no valor de R$ 13.000,00. No ato da venda, o cliente aceitou a duplicata no. 021, com vencimento para 45 dias.
Apropriação de conta de energia elétrica no valor de R$ 100,00
Aquisição de material de escritório, a vista no valor de R$ 800,00.
Apropriação da conta de telefone do mês no valor de r$ 200,00.
Apropriação de conta de agua e esgoto, no valor de R$ 300,00, a ser pago em 35 dias.
Pago conta de energia elétrica, no valor de R$ 100,00 e conta de telefone no valor de R$ 200,00, através de debito em banco.
 Venda a vista de mercadorias, para diversos compradores, no valor de R$ 2.000,00, as quais custaram R$ 500,00.
Apropriação da seguinte folha de pagamento: 
 Salário Bruto = 2.250,00
 Desconto INSS = 250,00
 Liquido = 2.000,00
Razão da Conta: Caixa
	Data
	Histórico
	Débito
	Crédito
	Saldo ( ) credor
	
	Saldo inicial
	
	
	5.000,00
	01.01.2015
	Recebido de cliente
	30.000,00
	-
	35.000,00
	05.01.2015
	Pagamento de fornecedor
	-
	20.000,00
	15.000,00
	10.01.2015
	Compra de imobilizado
	-
	10.000,00
	 5.000,00
	10.01.2015
	Recebido venda de mercadorias à vista
	10.000,00
	-
	15.000,00
	
	Saldo final15.000,00

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