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Apostila Direito Penal I

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Direito Penal I
PARTE HISTÓRICA:
TEMPOS PRIMITIVOS: Não se pode falar em um sistema orgânico de princípios penais nos tempos primitivos. A pena, em sua origem remota, nada mais significa senão vingança, revide à agressão sofrida, desproporcionada com a ofensa e aplicada sem preocupação de justiça. Várias foram as fases der evolução da vingança penal. Para facilitar a exposição, seguimos a divisão estabelecida por Magalhães Noronha, que distingue as fases da vingança privada, vingança divina e vingança pública.
VINGANÇA PRIVADA: cometido um crime ocorria a reação da vítima ou de seus parentes, ou, ainda, do grupo social- que agiam sem proporção à ofensa atingindo não só o ofensor, como até todo o seu grupo, adotado no Código de Hamurabi, Êxodo e Lei das XII Tábuas. Posteriormente surge a composição, o ofensor se livrava do castigo com a compra de sua liberdade. Adotado no Código de Hamurabi, Pentateuco e Código de Manu. 
VINGANÇA DIVINA: influência decisiva da religião na vida dos povos antigos. Reprimir o crime com satisfação aos Deuses pela prática de ofensa contra o grupo social. 
VINGANÇA PÚBLICA: com maior organização, com o fim de dar maior estabilidade ao Estado, visando a segurança do soberano, aplicado na Lei das XII Tábuas. 
OBS: DIREITO PENAL ROMANO: evoluindo-se das fases da vingança, através do talião e da composição, bem como da vingança divina na época da realeza, direito e religião se separam. Dividem-se os delitos em crimina pública, crimes majestades e delicta privada, posteriormente são criados os crimina extraordinária. Decisivo o direito romano para o direito penal, com os princípios: sobre o erro, culpa, dolo, imputabilidade, coação irresistível, agravantes e atenuantes. 
DIREITO GERMÂNICO: primitivo, não era composto de leis escritas , mas constituída pelos costumes. Tinha fortes características de vingança privada, só muito mais tarde foi aplicado o talião, por influência do Direito Romano e do cristianismo. DIREITO CANÔNICO: marca a influência da religião no direito penal, assimilando o Direito Romano. 
PERÍODO HUMANITÁRIO: no decorrer do Iluminismo, inicia-se o denominado Período Humanitário. Surge César Bonesana, Marquês de Beccaria – publica seu livro “Dos delitos e das penas” (Del Delliti e Delle Pene), que demonstra a necessidade de reforma das leis penais , pregando os seguintes princípios básicos: Só as leis podem fixar a pena, o juiz não pode interpretar ou aplicar sanções arbitrariamente; as leis devem ser conhecidas pelo povo, e redigidas com clareza; prisão preventiva somente se justifica diante de provas de existência de crime e sua autoria; Não se deve permitir testemunho secreto, ou sob tortura; Não se justificam o confisco de bens de herdeiros dos condenados, o penas infamantes à sua família. 
ESCOLA POSITIVA E PERÍODO CRIMINOLÓGICO: o movimento naturalístico do século XVIII pregava a supremacia da investigação experimental em oposição à indagação puramente racional, influenciou o Direito Penal. O movimento Criminológico do Direito Penal iniciou-se com os estudos do médico italiano César Lombroso, pioneiro da Escola Positiva e criador da Antropologia Criminal. Considerava, ele, o crime como manifestação da personalidade humana e produto de várias causas, Lombroso estuda o delinquente do ponto de vista biológico. Tem a Escola Positiva o seu maior expoente em Enrico Ferri, criador da Sociologia Criminal. Ele afirmava ser o homem responsável por viver em sociedade. Rafael Garofalo inicia a chamada fase jurídica do positivismo italiano, sustentava que no homem existem dois sentimentos básicos, a piedade e a probidade, e que o direito é sempre uma lesão desses sentimentos. Princípios Básicos da Escola Positiva: O crime é fenômeno natural e social, sujeito a influências do meio e de múltiplos fatores, exigindo o estudo pelos métodos experimentais; A responsabilidade penal é responsabilidade social, por viver o criminoso em sociedade, e tem por base a sua periculosidade; A pena é medida da defesa social, visando à recuperação do criminoso ou à sua neutralização; O criminoso é sempre, psicologicamente, um anormal, de forma temporária ou permanente. 
Direito Penal no Brasil: as ordenações Afonsinas, as ordenações Manuelinas, as ordenações Filipinas, o Código Criminal do Império 1830; Código Penal de 1890, o atual de 1942. Reforma de 1984.
FONTES DO DIREITO PENAL
Conceito: trata-se da manifestação do Direito Penal. A origem do Direito Penal.
Fonte material – União
Fontes Formais:
Fontes Formais Imediatas – As leis penais existentes: CP, CPP, Lei de execuções penais.
Fontes Formais Mediatas – os princípios gerais de Direito, os costumes, a jurisprudência e as súmulas.
Fontes Informais: doutrina; analogia.
OBS: Interpretação: doutrina – Integração: analogia
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL
1 – Legalidade ou reserva legal – Sem legislação específica não há crime. É uma forma de limitação do poder punitivo do Estado (Art. 5º, XXXIX da CF/88 e Art. 1º do CP).
OBS: Anterioridade: a lei que estabelece o crime deve ser anterior à sua prática.
2 - Intervenção – Limita o poder de atuação do ente estatal. O direito punitivo só será aplicado em observância ao princípio da legalidade.
3 - Irretroatividade da Lei Penal – A lei penal só pode retroagir para beneficiar o réu. (retroatividade benéfica)
4 – Bagatela ou Insignificância – Aferida a irrelevância de uma conduta delituosa. Deve ser excluída sua tipicidade penal.
5 - Ofensividade – a lei deve proteger os bens jurídicos, no sentido de constatar a ofensa para que haja punição.
6 - Proporcionalidade – Pena proporcional ao delito cometido.
7 - Alteridade – Não ofendido nenhum bem jurídico por ato meramente subjetivo, não existe crime. Exemplo: suicídio.
8 - “In dubio pro reo” - Na dúvida, o réu deve ser absolvido.
9 – ‘Non bis in idem” – uma pessoa não poderá ser julgada duas vezes pelo mesmo crime.
10 – Presunção de inocência: o réu será considerado inocente até prova em contrário.
OBS: Culpabilidade: o agente deve agir com dolo ou culpa para ser responsabilizado.
DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL (Lei nº 2.848-40):
-Parte Geral: (arts. 1º a 120): prevê todas as leis não incriminadoras;
-Parte Especial: (arts. 121 a 361): prevê todas as leis incriminadoras, que descrevem uma conduta e cominam em penas.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL:
A lei penal começa a vigorar na data nela indicada ou, na omissão, 45 dias após sua publicação dentro do país e em 3 meses no exterior.
OBS: A revogação da Lei Penal se opera com a edição de nova lei, e sua revogação pode se efetivar total (ab-rogação) ou parcialmente (derrogação). (art. 2º, CP). 
A lei penal pode ser: temporária com prazo fixado de vigência, ou excepcional: criada para ser aplicada em evento emergencial ou furtivo. (art. 3º, CP).
OBS: 
Especialidade: norma especial acima de norma geral.
Subsidiariedade: entre duas normas, uma pode ser considerada primária, a outra auxiliar (subsidiária). Aplica-se a primeira.
Consunção: crime sobre crime – o mais grave absorve o de menor potencial ofensivo.
Lei penal em branco: É a lei que depende de outro ato normativo para que tenha sentido, uma vez que seu conteúdo é incompleto.
Abolitio criminis: crime revogado.
Lex mitior: retroatividade benéfica.
Tempus regit actum: ultratividade da lei.
Tempo do crime: (art. 4º, CP): Teoria da atividade: o crime sempre é cometido no momento da ação ou omissão.
Lugar do Crime (Art. 6º, CP): Teoria da ubiquidade:o local do crime tanto onde se praticou a ação ou omissão quanto onde se concretizou a produção do resultado.
OBS: Competência: Teoria do resultado: é competente para processar e julgar o crime, a comarca onde se efetivou o resultado, e no caso de tentativa, onde foi praticado o último ato executório. 
Territorialidade da lei penal – art.5º, CP: para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo, ondequer que se encontrem, bem como as aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Aplica-se também a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras em voo no espaço aéreo nacional ou em pouso no território brasileiro, em porto ou mar territorial do Brasil.
Território Nacional – Todo espaço em que o Estado exerce sua soberania, ou seja, 12 milhas a contar da faixa costeira, incluído o espaço aéreo correspondente.
Extraterritorialidade da lei penal – art. 7º, CP: é a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira a fatos criminosos ocorridos no exterior. Constam as exceções ao art. 5º, CP.
OBS: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (art. 8º, CP).
OBS: Para que a sentença estrangeira possa produzir efeitos no Brasil, esta deverá ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ); a execução de pena é um ato de soberania. (art. 9º, CP).
Prazo penal: inclui-se o primeiro dia, exclui-se o último. (art. 10, CP).
TEORIA DO CRIME:
Crime é uma ação típica, ilícita (antijurídica), culpável (punível). 
Os crimes podem ser praticados por ação (crimes comissivos) ou por omissão (crimes omissivos).
OBS: Dividem-se em crimes omissivos próprios ou puros, e comissivos por omissão. Os crimes omissivos próprios podem ser imputados a qualquer pessoa. São crimes ligados à conduta omitida, independentemente do resultado, tendo como objeto apenas a omissão. Já nos crimes comissivos por omissão, a simples prática da omissão causa um resultado delituoso, que é punível se o agente tinha como obrigação vigiar ou proteger alguém. É a materialização de um crime por meio de uma omissão. 
SUJEITOS DO CRIME: 
Ativo: quem pratica o crime. Ex: Qualquer pessoa. (Exceções previstas em lei.)
Passivo: a vítima do crime. Ex: Qualquer pessoa; Estado; nascituro; incapaz.
OBS: Não podem ser sujeitos passivos: morto; animais; plantas; seres inanimados.
OBS: A pessoa jurídica pode ser penalmente responsabilizada por crimes contra o meio ambiente. (lei nº 9.605/98).
DOLO – Intenção declarada e manifestada na vontade consciente do agente para praticar uma ação, cujo fato é tido como crime pela legislação aplicável. O dolo se concretiza também na certeza e na consciência do resultado.
OBS: Dolo Eventual - O resultado existe dentro das leis de probabilidade, e, mesmo que o agente não queira, por sua vontade, a efetividade do resultado, assume o risco eventual de sua ação. Preterdolo – Existência de dolo e culpa; 
CULPA – Pune-se a culpa apenas quando existe previsão legal para tal fim. A ação é praticada sem intenção, podendo a culpa se manifestar por meio da imperícia (falta de habilitação técnica para a prática de determinado ato), da imprudência (precipitação e falta de cuidados necessários no exercício de um ato) e da negligência (displicência; falta de atenção devida).
NEXO DE CAUSALIDADE – A causa é a linha de ação percorrida pelo agente para a ocorrência do resultado. O nexo causal tem a função de descrever as situações apresentadas quando da conduta. O nexo de causalidade divide-se em dependente (depende da conduta para produção da causa) e independente (causa independente que se relaciona com a causa principal). = teoria da equivalência.
OBS: É absolutamente vedada (proibida) no Direito Penal brasileiro a responsabilidade objetiva, ou seja, aquela para a qual basta o nexo causal, independente de dolo ou culpa.
Etapas do crime ou “iter criminis”:
-Cogitação
-Atos preparatórios
-Execução 
-Consumação
OBS: A cogitação e os atos preparatórios não são puníveis.
CONSUMAÇÃO (CRIME CONSMADO) – Ocorre quando todas a etapas do crime se manifestam por meio de um resultado. 
TENTATIVA (CRIME TENTADO) – Ocorre todas as vezes que circunstâncias alheias à vontade do agente impedem a execução de um crime. 
OBS: Não existe tentativa nas contravenções, nos crimes culposos e nos preterdolosos.
*Existem duas espécies de tentativa: Tentativa Perfeita ou Crime Falho (quando todos os atos necessários à consumação do crime são praticados, mas este não acontece); e a Tentativa Imperfeita (quando acontece uma interrupção dos atos necessários à consumação).
Desistência Voluntária – Ato de desistência de se prosseguir na execução de um crime. Ocorre quando autor de uma determinada ação, voluntariamente, interrompe a sua execução, o que afasta a possibilidade de punição pelo crime. Responderá apenas pelo o que tenha já consumado.
Arrependimento Eficaz – o autor da ação se arrepende e impede que o resultado se produza, respondendo criminalmente apenas pelos atos já praticados.
Arrependimento Posterior – antes da apresentação e do recebimento da denúncia ou queixa pelo juiz, o autor do fato repara o dano ou restitui a coisa. Essa modalidade ocorre nos crimes sem violência ou grave ameaça.
OBSERVAÇÕES RELEVANTES:
Descriminantes Putativas: art. 20, CP, §1º, CP. É a falsa impressão de estar agindo sob a proteção legal. Se houver culpa, há punição, do contrário, considera-se conduta atípica.
Erro Acidental – Divide-se em: erro sobre o objeto (Por exemplo, furta-se uma lata de tinta, pensando ser de solvente); e erro sobre pessoa (exemplo: pratica-se o homicídio sobre uma determinada pessoa, acreditando ser esta a vítima visada).
Erro na Execução ("aberratio ictus") - O autor do fato age com intenção de provocar dano delituoso, que, por inabilidade ou acidente, se consuma em terceira pessoa, estranha à sua intenção. Nesse caso, o autor do fato é punido com o mesmo rigor que o seria se tivesse concretizado sua intenção contra a vítima visada.
Erro de Tipo – Circunstância que afasta a ocorrência de dolo e a imposição de culpa. O erro de tipo incide sobre a expressão contida na tipificação penal. Ex.: Crime de Desacato – o autor da ação desconhece que a vítima de seu ato desrespeitoso é autoridade pública, o que afasta o dolo e inclui a culpa.
Resultado Diverso do Pretendido ("aberratio delicti") – Devido ao erro, o autor da ação provoca um resultado diferente do pretendido. Ex.: Na pretensão de furtar uma casa, o autor do delito arromba uma porta com excesso de força, provocando a morte de um desavisado que passava pela porta do lado de dentro da casa.
Crime Impossível - O crime deixa de se consumar quando o autor da ação utiliza-se de meio ineficiente e impróprio à sua consumação (Ex.: tentar matar um cadáver; ministrar água pura, imaginado tratar-se de veneno; praticar atos referentes ao aborto em mulher que não esteja grávida).
OBS: Tipos de crimes:
1 – Material: exige-se para sua consumação a realização da conduta e do resultado.
2 – Formal: basta a prática da conduta para que haja a consumação. O resultado, em si, não é fundamental.
3 – Mera conduta: Não tem resultado. São crimes que em sua definição não se especifica sua finalidade.
4 – Comum: qualquer um pode cometer.
5 – Próprio: a lei especifica quem pode cometer e em qual situação.
6 – Instantâneo: de consumação imediata.
7 – Permanente: a consumação se prolonga. Há de se constatar certa duração da prática do crime que haja consumação.
8 – Unissubjetivos: podem ser cometidos por um só agente.
9 – Plurissubjetivos: precisam, necessariamente, de mais de um agente para a consumação da conduta.
10 – De forma livre: a prática da conduta é feita como bem entender o agente.
11 – De forma vinculada: o agente fica vinculado a praticar exatamente como consta na lei, para que haja consumação.
12 – Unissubsistente: consumação em único ato.
13 – Plurissubsistentes: consumação necessita de vários atos.
14 – Crime vago: não há vítima direta. A conduta não é direcionada.
15 – Crime de mão própria: só pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, ou seja, pelo autor direto da ação. Ninguém os comete por intermédio de outrem.
16 – Crime progressivo: é um “crime meio”para se alcançar a conduta desejada, que é mais grave.
17 – Crime Continuado: (art. 71, CP): delito idêntico praticado repetidamente. Atuação contínua.
Causas de Exclusão da Ilicitude (art. 23, CP): 
Estado de Necessidade - Segundo o art. 24 do CP, "considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para se salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se". 
Legítima Defesa – Conforme o art. 25 do CP, "entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem".
Estrito Cumprimento do Dever Legal – Inexiste crime se o autor do fato o pratica em estrito cumprimento de seu dever legal. Ex.: O poder de polícia e a fé pública.
Exercício Regular de Direito – Praticar ou deixar de praticar algo, devido ao exercício regular de direito. Ex.: sigilo profissional dos médicos e advogados.
CULPABILIDADE
Critério psico-biológico foi adotado pelo Código penal brasileiro. Considera-se, portanto, tanto a idade quanto o discernimento do sujeito ativo.
*Imputabilidade - Capacidade do agente de entender e de ser responsabilizado penalmente. No caso de inexistência desta capacidade, o agente delituoso é considerado INIMPUTÁVEL.
Causas Dirimentes – a menoridade penal, as doenças mentais e a embriaguez. 
*Embriaguez:
-Voluntária: sujeito responde pelo crime.
-Acidental: se completa, exclui a imputabilidade, se incompleta, não há exclui, mas há diminuição de pena de 1/3 a 2/3.
- Patológica: exclui a imputabilidade.
	
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA:
-Coação: é o constrangimento a alguém para que faça ou deixe de fazer alguma conduta.
Pode ser: 
Física: fato passa a ser atípico.
Moral: 
-Resistível – há crime, o agente (coagido) responde com direito a uma atenuante;
- Irresistível – há crime, mas o agente (coagido) não responde.
-Obediência Hierárquica: subordinação decorrente de função pública. (Não alcança o vínculo empregatício, familiar, religioso).
Pode ser: 
Ilegal: se o subordinado sabe que a ordem é ilegal, responde pelo crime.
Legal: se o subordinado cumpre ordem legal, está amparado pela excludente de ilicitude, estrito cumprimento do dever legal. Não pratica crime.
DICA BACANUDA!
 
	Crimes:
	Contravenções Penais:
	Constantes no CP; leis especiais.
	Exclusivamente na lei: 3.688-41
	Dolo ou culpa.
	Voluntariedade.
	Cabe tentativa.
	Não cabe tentativa.
	Ações Penais: Pública e Privada.
	Só ação penal pública.
	Penas: Privativas de liberdade; restritivas de direito e multa.
	Prisão simples e multa.
	Pode ser punido no exterior.
	Só há punição no Brasil.
Bibliografia recomendada:

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